Poesias sobre o Chamado de Deus
Deixe-se ser guiado por onde os caminhos do teu coração te levarem. Leva contigo sempre a vontade de chegar e não esqueça o mais importante:
Nunca desista dos seus sonhos.
Sou nordestino, domador de boi é meu destino, sou o rei do rodeio amanso boi desde menino, amansando boi bravo pelo caminho , seguindo meu destino , porquê nordestino nunca desiste , é um povo guerreiro e sonhador e corajoso e corajoso sou desde menino...
E a vida da muitas voltas e mundo segue a girar , vendi meu cavalo, meu arreio ,deixei a espora de lado e no mundo fui me largar , viajando pelas estradas descobri que existe um mundo a explorar , me tornei um estradeiro carreteiro dominador de cavalo , mas não de pelo e patas e sim de lada , e essa máquina que nos dias de hoje eu venho com muito orgulho a dominar , .
JeffersonCarreteiro.
A viajem
Ela era tão linda. Seu rosto era atraente, sua voz era macia e eu por algum motivo era incrivelmente apaixonado até por seus pulsos. Tão finos, tão delicados, tão necessitados de mim os segurando firmemente. Poderia mapear cada canto do seu corpo, poderia reconhecer cada cheiro dele e, caso me perdesse, não haveria problema algum. Moraria nele como um náufrago perdido o resto de minha vida. Gostava do modo como sabia se encaixar em mim independente do meu humor. Às vezes era mansa, às vezes louca. Era incorrigivelmente perfeita. Mas naquele fatídico dia, o que eu mais temia aconteceu.
De manhã ao acordar, notei que ela havia me mandado uma mensagem SMS: “Amor, o que acha da gente fazer uma viajem juntos esse final de semana?” Entrei em choque. Admito que fui covarde, talvez fraco, mas ainda não estava preparado para encarar essa situação, para digerir isso com normalidade. Estaria eu fazendo tempestade em um copo d’água? Seria na verdade uma situação normal, banal entre qualquer casal? Poderia eu me acostumar com essa nova realidade? Confesso... Não consegui. Terminamos.
Eu estava cego. Suportaria surtos de ciúme, tpm’s assassinas e até mesmo, quem sabe, uma traição. Mas uma viajem, com “j”, foi mais do que meu coração apaixonado poderia suportar. Nunca mais nos vimos. Fiquei sabendo, por uns amigos em comum, que agora está na faculdade, acredite : Letras. Ainda sinto saudades dela... Quem sabe um dia.
Todos falavam demais, gritavam demais, bebiam demais. Procuravam demonstrar seus estereótipos de um modo forçado, quase que empurrado goela abaixo. Enquanto nós, sentados um de frente pro outro, apenas nos sentíamos. Reparávamos no modo como o outro respirava, no piscar frenético dos olhos e até mesmo, no volume escondido pelas roupas. Você percebia que aquela taça que eu erguia a boca não era propriamente uma taça, e sim você. Pelo jeito como eu a tocava, como a degustava em minha boca ao mesmo tempo em que olhava no fundo dos seus olhos, ou quando balançava em frente à face para aspirar todo aquele perfume já decantado, como quem cheirasse até o canto mais obscuro do teu corpo. Na minha mão, naquele momento, era você e não uma taça. E você sabia bem.
Sabia porque, enquanto sentia o teu cheiro de forma indireta, tombava sutilmente o pescoço, o deixando à mostra, e fechava os olhos. Podia me sentir no seu corpo, enquanto a sua mão percorria a haste da sua taça subindo e descendo, com calma e confiança, com leveza e intensidade. A sua perna, mais precisamente a parte interna das suas coxas recostavam-se quase que instintivamente, como uma bateria movida a fricção, que fazia percorrer pelo seu corpo todo uma leve descarga de algo tão sufocante e revigorante, que ainda não tem nome. Mas te fazia querer estar exatamente ali, concentrada.
Talvez para outras pessoas, em meio àquela multidão, fosse difícil não deixar o foco se dispersar. Mas pra nós isso nunca foi problema. Pra quem passava, achava que a gente nem se notava, e nós adorávamos isso. Tínhamos o nosso próprio universo, onde falávamos sem dizer, sabíamos sem precisar demonstrar e nos amávamos através do sentir.
FESTIM
Não tem salmão
atum azul
Gadus morhua
na santa ceia
deste poeta
esfomeado e patife
que chegue aos pés
do meu filé de sereia
que disfarçado em sardinha
trago contrabandeado
do doce mar do Recife.
ANTIMUSA
Com seus olhos de incrédulo voyeur, minha poesia,
Ávida, viu, menina, ao que passavas, tanta graça
Sorrir-se-lhe, que desde então, dia e noite, me arrelia,
Sempre em segredo pondo-se a esperar-te. E, por pirraça,
Impregna-me a lira de saudade e, em lenta agonia,
Até morre – ah, poesia mais caprichosa! -, se não passas.
Quebrando barreiras.
Estou entrando numa fase de mudanças.
Nem tudo o que fazemos pode estar certo ou errado, estou apenas me conhecendo melhor, me deixando ser quem eu sempre quis ser, LIVRE.
Me vejo no espelho…não sou a mesma de ontem e prefiro não ser a mesma do amanhã.
Vivo de momentos, sejam eles bons ou ruins. Estou aproveitando cada oportunidade. Estou me descobrindo e rindo por estar tão leve e feliz.
AUTO DA DANAÇÃO
Já sob a densa treva sepultado
em minha sombria jornada rumo ao Érebo
com esses olhos em frangalhos
que a hora inexorável urge em comer
por Zeus (ou por Hades), eu hei de ver
minh’alma tão patética
enfim se rebelar
reivindicar seu salvo-conduto
seu direito de ir e vir
e arrancando, de profundis
do corpo inerte que já não habita,
um resquício de vida
num suspiro derradeiro
pela oca boca cadavérica inda atrevida
às margens do Aqueronte
desafiar da Morte o austero barqueiro
vociferando, prenhe de indignação
minhas póstumas palavras de ordem:
Ei, Caronte! Seu velho escroto!
Não pago um óbolo p’ra viajar nesse esgoto.
(*) Inspirado pelo Movimento Passe Livre.
Liberdade.
Abro a porta, me vejo sozinha. Posso ouvir os latidos do cão do vizinho. Entro devagar, estou cansada. Deixo minha bolsa no centro da mesa e penso em colocar apenas uma música, aquela música que me lembra de como eu era livre, leve….solta. Coloco no toca disco, relaxo, solto meus braços, não ligo pros vizinhos, pois estou sendo eu mesma. Empurro a mesa do centro, afasto o sofá, aumento o volume só mais um pouco, danço…como se não houvesse o amanhã, canto como se tudo fosse a última vez. Me deixo ir e aos poucos vejo que estou contagiada. Sorrio e pego me dizendo ”como é bom ser livre”.
MEA-CULPA
Quando eu enfim
desembarcar desta viagem -
pelo andar da carruagem,
bem sei, não tardo -
eis meu pesado fardo
de pesares
culpas
remorsos
arrependimentos:
não ter aprendido
a dirigir, nadar, dançar
tocar um instrumento
não deixar herdeiros
nem legado
(além de um punhado
de poemas inacabados
planos frustrados
sonhos interrompidos)
ter magoado fulana, que não merecia
ter ofendido beltrano, e não me desculpado
ter amado sicrana, sem ter sido amado…
Mas deveras
hei de partir de coração partido
só por te haver jurado
amor eterno, e não cumprido.
BATISMO DE FOGO
Entre porres de bourbon
e ressacas marinhas
delirium tremens
febres terçãs
vestígios de naufrágios
canteiros de martírios
salmos, epifanias
mosaicos de neon
preso em teu labirinto entre fortes
desde as maciças retas concretas
de tua carnadura urbana
às tenras curvas abstratas
de tuas coxas mundanas
dentro de ti – ai de mim! -, Copacabana
fiz meu rito de passagem
meu batismo de fogo:
fiz-me
homem
menino
poeta.
Após um chá, ela estava perdida novamente!
Em folhas de solidão, que revelam somente a liberdade de encontrar um novo amor. Gostaria de chegar no final da sua história, uma nova melodia, mas ela espera…na vontade do destino, porque sabe que no final estarão juntos.
Vários capítulos já se foram, versos continuam sumindo…e indo pro passado.Fechando o seu último livro não terminado, percebe que sozinha não está, mas que sempre estará pensando nas pessoas que a amam de verdade.
MENINA DOS MEUS OLHOS
Menina de olhos risonhos
de fada, de querubim,
meus olhos são tão tristonhos,
me ensina a sorrir assim.
Menina de olhos tão doces,
tão castanhos, tão profundos,
ah, quem me dera, se eu fosse
seu dono, por um segundo!
Menina de olhos aflitos,
perdoai, pelo amor de Deus,
se encaram-te assim, tão fitos,
meus negros olhos ateus:
já são devotos contritos,
de joelhos, aos pés dos teus.
" Quando as coisas não saem como planejamos não significa que estamos sem sorte...
Significa que ... ou precisamos aprender a esperar um pouco mais... ou simplesmente não era pra ser. O resto é culpa e não merece atenção!"
154
Mas eu que falo, humilde, baixo e rudo,
De vós não conhecido nem sonhado?
Da boca dos pequenos sei, contudo,
Que o louvor sai às vezes acabado;
Nem me falta na vida honesto estudo,
Com longa experiência misturado,
Nem engenho, que aqui vereis presente,
Cousas que juntas se acham raramente.
Propus que o pulso
não fosse expulso da via
que o próprio Confúcio
em sua mente diria
pra dar posse a mera justiça precoce
da Terra, que não corre
e em meio ao ócio sua paz
sempre espera.
PALAVRAS
Palavras, são formadas por simples letras, de grandes frases
que tem o grande poder de amar ou destruir, guerrear ou dar a paz. Nao devemos joga-las ao vento, a procura de um ouvido, indisposto a ouvi-las.
Poesia feita de pó de histeria,
com pitadas de revolta e anarquia,
duas colheres de insatisfação coletiva,
untada com distorções e microfonia
dissolvidos em um megafone que berra
contra o inerte e apático padrão de vida pseudo estético
e esta pronta a receita de um Vandalismo Poético...
Não da para ficar falando
das palmeiras de nossa terra,
quando o povo não tem acesso a ela,
para sobreviver ou se enterrar.
Não da para ficar falando
do canto do sabiá,
quando a saúde pública é saúva,
e aquilo que a pátria recebe
não é o que a pátria nos dá.
Aprendi com a leitura que...
Correr parado, voar deitado
E entrar pela porta da frente de uma grande empresa
É tão fácil como conhecer o mundo de Alice no Pais das Maravilhas.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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