Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix
Prostituto
Prostituo-me com prostitutas
Disdou sentido a minha vida sem sentido
Só para que os de más condutas
Olhem para mim e digam “ele é fudido”
A minha vida é tão enfadonha
Tal e como a de muitos jovens
Cheia de vícios, malefícios e vergonha
Eu tenho isso em mente não sei se tu tens
Embarquei na loucura dos tempos
Desviei-me dos bons costumes que aprendi
Sonho na área e tudo vai com os ventos
Não sei nem se quer dar conselhos a ti
Eu que sou o mais antigo na vida
Mal sei formular projectos de vitória
Vivo como mortos atormentados pela desvida
Depois desta, de mim ninguém terá memória.
Minda
Minda!
Só para dizer o quanto és linda
Sem receio 1000 versos como estes faria
Versos iguais ao teu rosto cheio de alegria
Embora não penses o mesmo de mim
Com versos e rimas te elogio mesmo assim
Tu mereces, ainda que consideres pouco
Aceite o elogio deste vadio, poeta e louco
Até podia te oferecer um vestido de marca
Mas não seria mais belo que a sua anca
És doce no falar e excitante no desfilar
És preta e negra com isso deves te orgulhar
Não te ofereci flores porque és uma delas
Nem me foi necessário te oferecer estrelas
Tu brilhas, alegras os olhos do apreciador
Resumindo todo poema; Minda és um amor!
Não acredito
Embora fosse o que sempre quis;
Me deitar no seu corpo como morto
Desfalecendo os meus músculos virís
E ressuscita-los no aconchego do seu porto
Embarquei na loucura de dissuadi-la
Organizei mil dúzias de caprichados versos
E os recitei docemente para comove-la
E se uniram em mim sentimentos dispersos
Para a minha espantosa alegria, me aceitaste
Não acreditei! Era um sonho ouvir de ti um “sim”
Quase enfartei quando amorosamente me osculaste
Na hora esqueci da vida, por conseguinte, de mim
Estou infinitamente feliz por tê-la ao meu lado
Alegras-me os momentos e viabilizas-me os sonhos
Embora não acredite, mesmo por ti sendo desejado
A verdade é que os meus dias já não são tristonhos
Reflexões da mente
Tanto esforcei a mente
E na efervescência dos miolos
Rapidamente conclui, infelizmente;
Na minha cabeça mais do que piolhos
Tem o que atemoriza muita gente
Tenho muito tempo para pensar
Acredito esta ser a maior riqueza do pobre
Tempo, suficientemente, para lastimar
Mas o que eu concluo é simples e nobre
Embora tão difícil num poema se revelar
Trago nesta meia dúzia de versos
Um segredo, a chave para se ser feliz
Embora já tenha vários escritos dispersos
É neste que revelo o que se sabe e não se diz
Eu e todos, infelizes, pela vaidade submersos.
Estrela minha
Nunca te elogiei
Mas sempre reconheci tua beleza
És linda, incomparavelmente, com certeza
É por isso que sempre te amei
Aprecio te ver sem extensões
Não que tenha algo contra elas
É que de cabelos com as sobrancelhas
Só de te olhar se me alegram emoções
És a melhor flor do meu imaginário jardim
Adora mais que tudo em ti, pois é lindo
Ainda que um dia esqueça-me a mim
Pensar sempre em ti é bem-vindo
Nada me alegra longe de ti
Porque a tua presença me motiva
Do que me magoaste esqueci
Por ti só sinto amor, minha diva.
Mistura dos tempos
Chorei rios de saudades e nostalgia
Pois despertaste a infância em mim
Voltei a ser criança, lembrei o que não devia
Ó vida nefasta! Porque me maltratas assim
Porque não me deixas viver o presente
Tão sem graça como sempre foi
Me recordas o passado mísero e indigente
Sem ao menos dizer; passado, oi!
Não me mistures as minhas tristezas
É suficiente o fardo que diariamente levo
Lhe afirmo isso e mais, com todas certezas
Conheço a paz mas somente a observo
Agora vida, basta de lamúrias
Não sei qual é a sua real intenção
Se é me treinar para viver nas luxúrias
Ou eternamente me magoares o coração.
Tapete vermelho
Estás num tapete vermelho
Como te fica nele caminhares
És uma imagem reflectida no espelho
Que tombo terás quando despertares
Num mundo tão real como este
Não sei como é que consegues tanto sonecar
Esse velho que tão novo coração cedeste
É caso e desfruta bela vida familiar
O que me admira nesse vosso amor
É ouvir de te que se amam sem limites
Mas que amor é esse que não dás valor
Entregando se a mim sem recreio nem convites
Não vou pedir que o deixes agora
Pois não tenho o material que ele te dá
Mas eu lhe advirto antes mesmo da hora
Largue-o, antes que a vida te prove o quanto é má.
Bando de embriagados
Tão jovem tão bêbado
No sangue mais do que vitaminas
Circula o álcool
Que vergonha!
9 Meses de castigo
Para nascer uma cegonha
Vale a pena um aborto
Do que esses friks de hoje,
Vivem o modernismo
O que eu chão de perdição e morte
El Salvador, Zero, Zed, DoublePaunch, Tentaçao, Boss …
Que nomes tão belos
Mas com efeitos desastrosos
Eu não consumo esse veneno
E tu?
É claro que consomes pois não passas de um ébrio.
Profecia
Um dia serei poeta para todos
Tenho certeza do que lhes afirmo
Ainda que me desconheçam os povos
Um dia saberão os versos que lhes rimo
Por enquanto sou um laguna-ninguém
Conservador de contos, romances e poemas
Mas no dia em que eu for descoberto por alguém
Os meus textos substituirão cafés e cinemas
Não que me julgue o melhor dentre os piores
Mas escrevo o suficiente para um dia o ser
Agora não sou, mas inspiro-me nos melhores
Com eles muitas coisas me pus a aprender
É o dom que sem sementes em mim germinou
Não importa o tempo que terei que esperar
A verdade é que um dia serei o que sou
Poeta do povo com mil rimas para vos adornar.
Profecia
Um dia serei poeta para todos
Tenho certeza do que lhes afirmo
Ainda que me desconheçam os povos
Um dia saberão os versos que lhes rimo
Por enquanto sou um laguna-ninguém
Conservador de contos, romances e poemas
Mas no dia em que eu for descoberto por alguém
Os meus textos substituirão cafés e cinemas
Não que me julgue o melhor dentre os piores
Mas escrevo o suficiente para um dia o ser
Agora não sou, mas inspiro-me nos melhores
Com eles muitas coisas me pus a aprender
É o dom que sem sementes em mim germinou
Não importa o tempo que terei que esperar
A verdade é que um dia serei o que sou
Poeta do povo com mil rimas para vos adornar.
Luar
Fico a me perguntar
Em noites de luar
Teu olhar que faz a lua brilhar
Ou ela brilha por teu olhar?
Em verdade não posso afirmar
Mas desejo esse olhar
Desejo teu brilhar
E para sempre te amar
Mulheres diferentes mesmo semelhantes
Não há não
Duas mulheres iguais em toda a criação
Ou sobrancelhas a menos ou cabelos a mais
Não há, de certeza, duas mulheres iguais
Florzinha todas tem
E é o próprio das mulheres
Seios algumas
Ancas, nem todas
Umas são atraentes
Inteiras, partidas
Donzelas, independentes
Outras nervosas
Redondas, aguadas
Macias, bondosas
Fibrosas carnudas
Nas formas presentes
Nos actos distantes
Mesmo semelhantes
São sempre diferentes
Algumas preferem trabalhar deitadas
E descansar em pé.
Saúda
Se me não lembrar de ti
Que apague-se-me a memória ao meu cérebro
Para que não me lembre do dia em que te esqueci
E nunca me seja suave recordar do que vivi
Apague-se-me a língua ao meu paladar
Para que nada dela às outras eu possa dar
Se me não lembrar dos teus lábios nos meus
Que não me haja diferença entre a luz e as trevas
E que os meus passos sejam como ondas fugitivas
Que não só seja incluso no livro dos ateus
Como também no livro do anticristo
Para que pelo amor jamais seja visto
Se me não lembra de ti um dia
Que a paz e a harmonia se transformem em nada
E a fonte que nos unia seja despedaçada
Para que não hajam lembranças de alegria
E por último que eu morra e não ressuscite
Para que nunca te esqueça eternamente
Se eu pudesse viver sempre
Amava a luz, a paz
E o brilho do teu ser
Amava afrente, atrás
Até o que não posso ver
Amava-te em verdade
Verdade e transparência
Se eu pudesse viver sempre
Não só te ofertava o meu amor
Como também o meu sabor
Pois para sempre te ofertava
Sem receio nem recreio
Servia-te como que por eterno
Mas, tarde ou cedo morrerás
Beberás do liquido da morte
E nunca mais serás a mesma
Como posso te amar eternamente?!
Se um dia a morte te acolherá
O que será de mim ou de ti
Quando um partir
Se na inexistência habitaremos
Mais vale morrer para amar
Do que morrer deixar um amor
Vivo em um mundo diferente.
Em um mundo que poucos compreendem e entendem.
No meu mundo há coisas inexplicáveis, mas sei que ainda vou descobrir.
Lá o tempo não envelhece, somente a minha pessoa.
Quando saio desse mundo, volto para outro, que não faz parte de mim, pois ele é igual á todos, e eu prefiro o diferente.
1998
Estava com saudades de casa, daquela mesma praça. Corria sem fim, me imaginava em lugares diferentes, no meio daquelas árvores eu era uma viajante, subia e ficava admirando e ouvindo-as cantarem. Sentia-me livre, estava no meu mundo e não me importava com mais nada além das minhas próprias histórias.
Usava um vestido azul claro e ficava descalça com os cabelos desarrumados.
Gostaria de voltar ao tempo, mas agora só posso fechar os olhos e me imaginar lá. Saudades de uma infância duradoura.
Já mais deixe a tristeza, a angustia, a solidão,
fazer parte da sua vida...
Coloque luz no seu olhar, sorriso no rosto, encanto na alma,
E seja muito feliz...
Deus tem muitos motivos para não atender os pedidos de chuva nas regiões em que sempre houve abundância de água.
O que a humanidade está fazendo para ajudar as pessoas que estão sofrendo, há muito tempo, com a falta de água, até morrendo de sede?
Vivo no Brasil mas viajo o mundo com os beijos que meus dedos abraçam
Yo vivo en Brasil, pero viajo por el mundo con mis dedos besos abrazan
Vivo no Brasil mas viajo o mundo com os beijos que meus dedos abraçam
...
Que te olhar dividido entre o toque e a distância em tocar o peso em medida do olhar
Estás viendo dividido entre el tacto y la distancia en que juega el peso medido de la mirada
You're looking split between touch and distance in playing the measured weight of the gaze
Eu esqueci, ou ao menos, achei que tinha esquecido
Mas de repente entra alguém com aquele perfume maldito
Que eu tinha quase esquecido, e percebo que um ano inteiro tentando te esquecer foi em vão.
