Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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Entao diga me que se perde em minhas palvras
e se encontra atravez da musica
pode assim chegar perto de mim

chorava pela distancia nos separa, e te sentir tao perto
hj choro por estar perto , e estar tao longe

Sinto como se minha alma chora se
como se meu coração sangra se
Meus nao chorando,
Sinto como seu meu rosto se inunda se
de lagrimas, expondo a minha dor
sinto como se o mundo quiseste me engolir
e mas uma vez olho pro lado e to sozinha

Ainda a noite me sufoco, entre cada lagrima que insisti em cair, pela dor da sua ausencia.
Não sei ate quando vai se tornar suportavel, mas vou viver com esse amor ate meu coração para de bater e assim junto com ele o amor que existe em mim deixara de existir

"" Sentir o gosto da rima perfeita
E perder a eleita
Pra um pensamento efusivo
Que viajou demais...""

Cantiga de uma excepcional

Primaveras?
Não as tive. O sol brilhou e as flores floresceram
E não pude vê-las.
Estava estática dentro da jaula
Fria da alma filha da tristeza.
Belezas?
Quais?
Jamais tive a chance de ganhar
Sequer a esperança de ser
Igual
Gente como tantas
No mundo cheio e plural.
Não me percebem
Fico à mercê da minha necessidade
De mostrar que posso mais.
Do que me conferem
As mesquinhas parcelas dos que crêem
Que são mais que eu.
Enganam-se por que
Eu sou capaz.
Apostem em mim
E vão perceber que posso amar
E que no meu universo cabem
Sentimentos e idéias
Dos seres ditos normais.

Tiradentes

Tira, tira Tiradentes.
A tua presença viva dos anais da história.
Liberdade ainda é inglória.
Melhor que vás para São Paulo ou Bahia.
Deixa as Minas e segue sem jamais
Olhar para trás.
A Inconfidência é conspiração à coroa
E terás sina de forca.
Esquartejamento público.
Teu corpo será colocado
Como bandeira,
E desfraldado
Contará para o mundo a tua ignomínia.
De lesa-majestade.
Deslealdade
Com o poder maturado da Europa.
Lideras uma causa sem remédio.
Teu país dormirá por décadas
No seio da impunidade.
Da discriminação
Da contramão
Da desigualdade.
Gritante!
Pedante!
Dos homens do comando.
E teu sonho ainda é um esboço
De um projeto que começa a se desenhar
Na conjuntura arredia
Porém, esperançosa.
De uma nação forte que quer mudanças e inspira
Ainda mais o lema.
Liberdade, ainda que tardia.

Para o assassino

É para ti que escrevo.
Limpando o pó da minha alma
Empedernida pelos crimes
Bárbaros que presencio
Lendo ou ouvindo.
Desatinados
Acontecerem sob o céu de Deus.
Ou da natureza bruta
Como queiras a tua fé.
Que talvez nem a tenhas.
A secura de amor talvez faça parte
Do labirinto da tua entranha.
E deves nem saber ao certo.
Que o mal é tão doloroso a quem o recebe.
Morrer, então é o fim.
E vem alguns dizer que não morremos
Passamos desta para outra melhor.
E se não for assim?
E se deixarmos nossas células
Germinarem outros organismos e
Mais nada. Fica o vazio de vida.
Que poderia ter sido e que não foi.
E cortada impiedosamente.
Curta, breve.
Tão somente.
Um tempo estreito que sem jeito.
Levou nossa fala e nosso canto.
Pode-se às vezes, por sofrer
Até querer morrer.
Mas depois se levanta e prossegue.
E destempera o que tiver acima
Da medida exata que combina
Com o tom leve que se pode suportar.
Se tiver riso demais, buscamos o comedimento.
Se lágrimas acima do normal.
Damos uma enxugada nelas
E dá-se o prosseguimento.
Na caminhada.
Então, se alguém gritar
Denunciando crueldades.
Anunciando as verdades.
Que podem contaminar.
O mundo. Não maltrates.
Ah! Não, por favor, NÃO mates.

Brinco de viver

Meu coração está repleto de amores
Que colhi durante o meu caminhar.
Transformei meus espinhos em flores
Num grandioso desabrochar
De esperanças e de alegrias.
Brinco ser a Lua namorando o Sol
E brinco ser o Sol iluminando a rica Terra.
E no compasso de tanta euforia.
Tenho refletido no olhar doce arrebol
E minha voz é de tenor quando berra
Pras Divindades a minha gratidão por Ser
Existir
E brinco que sou uma estrela
De maior brilho que reluz
E sou nuvem que derrama sobre os prados
Meu amor
E solto o meu riso escancarado.
Pra que siso?
Se a vida é breve e vai correr.
Por isso, às vezes fico séria e então, só então,
Brinco de viver.

Viajante das Estrelas

Minha rua é na Lua.
Meu quintal no Espaço Sideral
Sou uma viajante
Das Estrelas
E percorro milhões de anos-luz em
Décimos de segundos.
Penetro em Universos paralelos
E navego
Em mares de marte e Kleper
O último descoberto.
Sou enamorada dos astros
E cometas.
Celebro o amor no infinito.
Festejo cada brilho nascido.
No espaço incomensurável
Meus últimos convidados foram os anéis
De Saturno
A constelação de Órion é irmã minha
Todas as constelações amigas.
O Sol é meu guia, meu orientador
Por isso sou nascente
E Poente.
Horizonte total e expansivo.
Sou na vertical
Um dilúvio
De alegria.
De profundidade abissal.
Meu pensamento
É minha Nave Espacial.

Que o Natal seja o ano inteiro

Desejo que a magia do Natal
Dure enquanto existir uma vida
No planeta azul, verde e marrom
Azul colorido pelas águas.
Verde tingido pelas matas
E marrom da cor da mãe terra
Que todo o sentimento
Que o Natal encerra
Seja traduzido para o amor
E que ele brote em cada coração.
Que as partilhas sejam efetivas
Que não fiquem vazias as mãos
De nenhum dos nossos irmãos
Que as lembranças festivas.
Perpetuem pelo ano inteiro
De dezembro ao janeiro de 2016
E que aconteça nos anos vindouros
Até os finais dos tempos.

Fui preparado para nadar contra a corrente e não há quem me faça desistir de ir rio acima. Não quero escorrer pro mar. Quero conhecer a perfeição da nascente. Quero ver o sopro das gotas d'água, que se transformam na imensidão fluente aqui em baixo.
Eu não nasci para ser industrializado; eu sou da terra, sou pó, sou artesanal.

“” Eu quero a imperfeição dos mais que perfeitos
A corrigir minha perfeição
Quero a certeza dos duvidosos
A concluir minha insensatez

Hoje eu quero o bom
Acima de qualquer maldade
E a verdade sobrepondo a vaidade
Quero um mundo de irmãos

Que meu querer seja poder...””

MEU LAR E EU

Todo homem pode viajar.
Viajar mesmo.


Pode conhecer lugares mil.
Dormir e comer nos melhores hotéis.

Pode ver o que nunca viu.
Gastar míseros ou milhões de réis.

Pode deitar-se em camas macias.
Cobrir-se com lençóis finos.

Pode ouvir lindas melodias.
Musicas que sejam belos hinos.

Porém...

Todo homem voltará.
Outra vez em casa entrará.

Seja luxuosa ou simples.
Esse é o seu lugar.

Seu cheiro está ali.
A arrumação fala de si.

Seu espaço.
Idealizado.

No compasso.
Desenhado.

No braço.
Edificado.

O seu reinado.
Lugar desejado.

O lugar amado.
Seu lar por Deus abençoado.

"tudo é bom na medida exata"

Você pode ser jeitoso,
sem ser agressivo.
Você pode ser impessoal,
sem ser indiferente.
Você pode ser amoroso,
sem ser melado.
Você pode ser firme,
sem ser estúpido.
Você pode ser cooperativo,
sem ser servil.
Você pode ser divino,
sem ser santo.
Na vida podemos ser de tudo,
desde que saibamos a medida exata das coisas!

“” De que adianta ser livre, sem ter um céu para voar
Pois sem as asas, que as pernas nos indiquem o libertar
Mas faltando as pernas e as asas que o coração nos leve a sonhar...””

“” Que venham os novos dias
E suas novas cores
Que tragam também, novos amores.

Pois o que para, adoece
E se saudade é estrela
Luar é noite que acontece...””

A SEDUÇÃO NO DISCURSO (ADVOGAR)

E o supremo martelo é batido,
E o juiz dita: “que adentre o acusado,
Que por seus crimes será julgado,
Para que o bem geral seja mantido”.

E o promotor diz: “este é bandido,
E por seus crimes deve ser condenado,
Pois verdadeiramente ele é culpado,
Para o bem comum deve ser detido”.

E os olhos sobre o réu a condená-lo,
Porém, seu defensor com sedução
Encanta todo o júri com emoção,

E o sábio advogado a ornamentá-lo,
Com sua Hermenêutica e persuasão,
Consegue para o réu a absolvição.

Desfaço-me do que sonho:
faço-me sonho de alguém
oculto. Talvez um Deus
sonhe comigo, cobice
o que eu guardo e nunca usei.

Thiago de Mello
Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas

Discurso em crise


Letras voam,
Aéreas no ar.
Consoantes, antes
Levadas a sério,
Hoje despencam
Em queda livre.


Vogais se chocam
Silabas abaixo.
Palavras já não existem mais.


Sons ecoam em dissonâncias,
Nada parece ressonante.


O que antes teria relevância,
Hoje já não encontro mais.


Há mais linguagem desabando
Do que ação se concretizando.


Estamos capotando em discurso.