Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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REMORSO II (soneto)

Às vezes, um poetar me espera
E os amores e temores infando
Me padecem, doem, até quando?
E assim, em branco vai a quimera

Inspiração, emoção, vou sufocando
N'alma, sem a doce ventura sincera
Oh! Como este gozo no poetar quisera
Mais suspirar, viver e amar trovando!

Ah! Quão dura é a vera realidade
Desespera, ao encarar a vetustez
Te traz remorso e tira a suavidade

Das paixões que deixei por talvez
Da timidez do olhar na oportunidade
E dos versos quererem só a lucidez!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/08/2019, 06'55"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO "X"

Como o talho do punhal numa emoção
A perfídia escorre do peito num sofrer
Num fio navalhado dentro do coração
Que no sentimento se põe a morrer

Mora em mim o teu "x", tão mutilação
Que o amor não mais pode entender
Vida e morte em uma una conjunção
Que o meu ser se cansou de ceder

Viver a presença e não a solidão, sorte
Pois o suporte não se acha pelo chão
E tão pouco para paixão é um aporte

Então, domine o teu querer, tua ilusão
Viva a vida, tão breve, com total porte
E tenhas equilíbrio no sôfrego coração

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ALVORECER DO CERRADO GOIANO (soneto)

Alvorece de nuvens o céu do cerrado
Numa alvacento tal penugem a nublar
O Sol tão luminoso no adeus ao luar
Radiante, pro dia assim ser anunciado

Ouve-se o vento que se põe a soprar
Os buritis revoltos no charco estacado
Tal magos, num feitiço tão encantado
Despertando toda a passarada no ar

Num novo acordar, horizonte alumiado
Surge a vida com a sua harpa a tocar
Em um tom de um devaneio prateado

Sobre a indomável vastidão a avivar
Sucupiras e jatobás no chão tão árido
O Goiás se abre em um sedutor raiar

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

No Tempo

O tempo já não muito importa
as horas, segundos, quantos?
O que foi já não abre porta
e os sonhos, estes tantos...
O que vale é o que vem
se ainda tem, os recantos
onde a alma se sinta bem
e no ir além, terá encantos
Porém, lembre-te de amar
pois nestes acalantos
tua passagem irá marcar
cada teu minuto
teu dia, um olhar
um sorriso, teu atributo
As rugas, ah! deixe-as ter
é o fruto
de que pôde viver!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

MEUS VERSOS II (soneto)

Meus versos, assobio do vento no cerrado
A alma melancólica devaneando na rima
O sentimento escorrendo de sua enzima
Do grito do peito do sonho estrangulado

São mimos das mãos no verbo em esgrima
Ternura na agonia, voz, o lábio denodado
Galrando sensações num papel deslavado
Que há no silêncio do fado em sua estima

Os versos meus, são o olhar em um brado
O gesto grifado no vazio sem pantomina
Vagido da solidão parindo revés entalado

Meus versos, da alacridade me aproxima
Me anima, da coragem de haver poetado
Ter e ser amado, o telhado, riso e lágrima

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Abril de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CRISTO JESUS (soneto)

Todo o louvor, a Ti, exaltar procuro
Em Ti a paz, no Teu verbo de pastor
Nos cuidados o que há de mais puro:
verdade, o perdão, a caridade, amor

Fonte límpida que sacia do escuro
Alento nos caminhos desesperador
És a perfeição no imperfeito perjuro
Debalde não crer, que és o Salvador

Tua infinita bondade, Pai Amoroso
A Teus servos perfeição colossal
Aos homens doaste afeto caloroso

Cristo Jesus, na vida, nosso degrau
Volva a tua face ao pecado danoso
E assim nos faça livrar de todo o mal! (Amém!)

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Quinta feira Santa
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÚLTIMA VEZ (soneto)

Tal dia, marcado, será derradeiro
Sem eco, sem contenda, e paz
Tão segredado, de saber ineficaz
Que bom é se manter cavalheiro

E neste exato momento, fugaz
Que o é, no silêncio de mosteiro
Apagarás da vivência tal letreiro
E o já, egresso, não suspeitarás

Um dia, o gesto será só roteiro
Instantes do palco, por detrás
E na pena a tinta sem o tinteiro

Última vez, suspirada cor lilás
Desfeito e desnudado useiro
Nada mais terá regresso, jaz!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO ALEGRE

Permita-me um momento de ilusão
Onde alegre, na alegria possa crer
E cá no soneto felicidade então ter
Sem sofrê, alegrando a imaginação

Só alegre não basta a alegria querer
Tem que haver um além da emoção
Olhos lacrimejados duma satisfação
Da alegria em tal melodia à florescer

Então, alegremente cá nesta canção
Cantar as alegrias e, louvar o prazer
Ressonando alacridades no coração

E neste horizonte de alegria no ser
Deixar a sofrência só como bordão
Onde na alegria, alegre és o viver!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Feliz dia do contador (22 de setembro)

Contador: o que contabiliza sua vida,
no lucro não nos dá prejuízo, assinala a saída,
com crédito, benefício, e acolhida...
O que calcula e avalia, e faz a perda reduzida!

Dia de creditar abraço,
parabenizar a quem nos livra do embaraço.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
outubro de 2019

Inserida por LucianoSpagnol

flerte

olhava o céu
nuvem inerte
alvas como papel
cá do cerrado

calado, meu coração
dispensava qualquer termo
numa espera sem ação
um olhar perdido, ermo
pensando só em você

e neste glacê de emoção
o meu sentimento voa
até ti, buscando razão
desta distância atoa
que ao amor maltrata

é dor chata, que dá solidão
aquelas que não cabem
no peito, de tanta aflição
e só os que sentem sabem
como é contramão sentir...

então, venha logo! Não fique por vir!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 14 de outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

mansidão

as paredes estão caladas
as janelas numa mansidão

as portas foram silenciadas
para não inquietar a solidão

eita casa vazia!
prostração
tagarela só a poesia

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, meados de outubro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

vai um cafezinho?

há no cerrado um gretado
ali ressequido, árido chão

no verão ele é molhado
no inverno devastação

sem a cor do encantado
mas encanta a fascinação

ele tão pálido, incendiado
insiste em renovação

aguerrido nosso cerrado
dedicado o nosso sertão

hoje todo cafeinado…
põe açúcar ou não?

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
quarta 16/10/2019
Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

AMANHECER (soneto)

O sol do cerrado, hoje nasceu no cantinho
da página do horizonte, e o vento friorento
opaco, a chiar na fresta, com olhar sedento
abraçando o dia e, brindado com remoinho

E no cantinho da pauta do céu, momento
dum novo alvorecer, engrunhado, mansinho
encimando o inverno no sertão torvelinho
num ritmo trêmulo, mas cheio de elemento

E o coração na janela d'alma observando
suspenso nos pensamentos, devaneando
enquanto o tempo tingia o olhar de magia

Neste amanhecer da vida de sol brando
que nasce ali no cantinho, dia formando
meus sonhos vão sonhando em romaria...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2017, junho – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

mês

fevereiro decolo na idade
o tempo também
parabéns e felicidade
recebo, porém,
é que a velocidade
do amanhã, que provem
enxovalhado de longevidade
que a ira detém. Ir além...
tento possibilidade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

a diarista

já o lusco fusco chegando
com sua casca ressequida
o céu do sertão apagando
e as maritacas de partida

pela janela vai adentrando
silenciosa, está tal rapariga
espanando num desmando
sombreando, cheio de giga

tece a noite, vai-se o dia
finca estaca na imensidão
o canto da cigarra anuncia
o tardar, tolda a escuridão

o cerrado a noite cria
a melancolia recordação

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
segunda, outubro, 2019
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

formas

formas na emoção
olhar fixo no infinito
universo em conspiração
a dor além do manuscrito
são feitios do coração
são áreas de um rito
que moldam a paixão
e faz do amor erudito

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
janeiro de 2016 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Outra Vez

Outra vez, eu tive que me ausentar
Os sonhos foram levados ao vento
E agora não adianta mais chorar
Os pensamentos estão ao relento

Se buscar bem no fundo do meu olhar
Verás gotas de desalento e sofrimento
São estações que continuam a passar
E eu um passageiro neste seguimento

Outra vez, eu tive que me calar
Neste silêncio de isolamento
Ali pode minha alma poetar
E a poesia me trazer total alento

Mas talvez ninguém possa entender
O que para muitos é pouco fundamento
Quando se ama para valer, faz viver
E só vive quem tem amor no sentimento

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Poesia parida

Pare dor e aflição os meus versos
Da inspiração do poeta por vir
São teus açoites em reverso
Com rimas que vão se despir
Gota a gota, gelha a gelha
Coando a quimera que põe a fingir
Tal veras, que ao banal se assemelha
Doando ao poeta sensação no existir
A poesia vida, odor, e a intuição centelha
Sussurrando suspiros do poema a parir

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2016 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

novembro

já é novembro, dos ventos
o tempo fugaz caminhando
as quimeras em movimentos
rodopiando, e que seja brando
inflados de sentimentos...

as coisas já esquecidas
no bolso da promessa
que não sejam retorcidas
e tão pouco tenha pressa
que cure, todas as feridas...

há tempo após a existência

tenha fé, no nosso Criador
mais louvor... mais reverência
e assim, mais sal, menos dor
afinal, o penúltimo mês do ano
que o recebamos com amor
e que não sejamos, profano...

no coração todo o valor
lembranças, sem dano
mês de finados, luz, fervor...

bem-vindo!
- mês 11 do calendário gregoriano
chegou novembro, que seja lindo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/11/2019, 05'35"- Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

quero...
um bom dia
um café
sorriso e alegria
pra melhor ficar de pé

um beijo
um par de torradas
chá ao som de realejo
as gargalhadas...

um como vai?
Carinho e carícias
um abraço, aiai...
Só boas notícias!

e no fim da jornada, quero!
um olhar
como foi o seu dia?
e um "eu te amo" pra finalizar.

eu quero!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/02/2016 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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