Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix
Escultura de Barro
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.
Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.
Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.
Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.
O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.
A Arte
"A arte é uma redenção — Ela livra da vontade e portanto da dor — Torna as imagens da vida cheias de encanto — A sua missão é reproduzir-lhe todas as cambiantes, todos os aspectos — Poesia lírica — Tragédia, comédia — Pintura — Música; a ação do gênio é aí mais sensível do que noutra arte. "
Meu jardim de saudades
Verde catedral marinha
E cuja reza caminha
Pelas roboantes naves.
Ai flores do verde pinho
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'a perderam no caminho.
Revejo-te e venho exangue,
Acolhe-me com piedade
Longo jardim da saudade
Que me puseste no sangue.
Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.
A tua alma em mim existe
E anda no aroma das flores
Que te falam dos amores
De tudo o que lindo e triste.
A tua alma com carinho
Eu guardo-a e deito-a a cantar
Das flores do verde pinho
quelas ondas do mar.
Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.
Vestimentas, cosméticos, perfumes e adereços ornamentam a matéria.
Porém, são ineficazes quando se trata de realçar as belezas do espírito.
(Maria do Socorro Domingos)
Soberba
Atrás de todo "Eu" - arrogante e narcisista - existe um "Nós" - discreto e altruísta - que caminha no silêncio da simplicidade.
(Maria do Socorro Domingos)
Um dia de chuva é mágico. O som da chuva caindo no chão é como uma melodia suave, que envolve meu corpo e meu espírito. A chuva traz consigo uma sensibilidade especial e um sentimento de paz. Nesse dia, posso escrever minhas poesias mais profundas, aquelas que meu coração quer ouvir. A chuva é a melhor companhia para escrever, trazendo consigo uma energia especial que me ajuda a expressar meus sentimentos. Com as gotas de chuva, posso sentir o sabor da tranqüilidade e do amor. É um dia para escrever, refletir, e desfrutar da chuva.
Hoje é um dia para olhar para a lua e ver os sonhos da escritora brasileira que preenche o seu coração com uma alma tão linda. É uma lembrança de que a beleza do mundo e a inspiração que ela traz para nós é infinita.
Seus olhos mulher guerreira são um esplendor, como o fogo da determinação que a alimenta. Sua luz é intensa e seu brilho é tão belo, como seu espírito de luta que nunca se acaba. Seus olhos são uma obra de arte, encantando qualquer um que os olha. O azul profundo da sua força, a verdade de sua alma e o calor das suas lutas são incríveis. Seus olhos são a verdadeira beleza de uma guerreira.
Querida garota do abismo, não te quero em amores rasos, te quero no clichê do dia á dia, quero que você sinta saudades do seu tempo de escola, quero que você chore ao lembrar que sua mamãe penteava seu cabelo e que você só dormia com luz acessa, quero que lembre daquele garoto que fez seu coração imaturo bater e querer viver um romance,mas e agora?, você cresceu, não tem mais medo do escuro, você sabe se pentear sozinha, cortar as unhas, pintalas, Você é a garota do abismo, já viveu tanta coisa, você já achou que seu mundo ia acabar tantas vezes, achou que ia desmoronar tantas vezes...As vezes o mundo explodiu, mas as vezes nada aconteceu, você respirou e continuou, tantas coisas deviam te ter derrubado, mas você ainda ta aqui, vivendo dia apos dia.
Para mim,com amor...a garota do abismo.
É estranho, não é? Saber que, quanto mais você vive, mais estará escrevendo o resto da sua vida. E então, que tal viver com mais leveza?
Eu sou apenas uma adolescente; tenho todo o tempo do mundo? Sim e não. Tenho tempo para pintar o cabelo de vermelho, colocar um piercing e até deixar o cabelo curto. Porém, não posso apenas brincar de vestir; tenho que estudar para o vestibular, arrumar um trabalho, construir uma boa carreira no futuro.
Você vive e escreve sua história, e, um dia, tudo muda: seu cabelo cresce e a tinta vermelha desbota. O piercing? Talvez você nem use mais. Mas e aí? Você será uma adulta feliz? Talvez não, talvez sim. Só o futuro dirá.
Estou cercada de imbecis, pessoas,animais, é tão difícil tentar ser algo, as vezes a gente só quer ser areia ou água do mar.
ser criança pode ser difícil, ser adolescente pode ser difícil, ser adulto pode ser difícil, ser idoso pode ser difícil, existir pode ser difícil, para morrer não se precisa de coragem, mas para viver precisa.
Raiva, oque fazer com ela, eu viro uma bomba relógio, e quando o timer chegar no final, levo todo mundo pro ralo?
Eu dou uma coça? uma surra? uma sova? uma pancada?
todas essas palavras sugerem o mesmo, mostrar que nem tudo é preto no branco e nem tudo é escuro no claro mas sim que tudo que se planta, colhe.
A GENTE
Eu e tu: soneto e eu, poética repartida
Em duas estimas, duas estimas numa
Aí sentida. Tu e eu: ó versejada vida
De duas sortes que em uma só resuma
Prosa de partilha, cada uma presumida
Da alma contida, conferida... em suma
Essência na essência, sem que alguma
Deixe de ser una, sendo à outra medida
Duplo fado sentimental, a cuja a sina
Que na própria paixão cada uma sente
A sensação dum aquinhoar da emoção
Ó quimera duma poesia integralmente
Que infinitamente brote da inspiração
E, suspire na inspiração infinitamente...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26, agosto, 2021, 11’03’ - Araguari, MG
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, tenho aqui o meu cantinho
Mal me quer, ao dormir preciso de carinho
Bem me quer, de amizades não tenho fome
Mal me quer, não sei escrever teu nome
Bem me quer, paternidade é com meu cachorro
Mal me quer, na solidão eu peço socorro
Bem me quer, divido a opinião comigo mesmo
Mal me quer, a partilha permanece a esmo
Bem me quer, amo, a tudo e todos, sou feliz
Mal me quer, tudo é tão rápido, por um triz
Bem me quer, como é bom apreciar o amanhecer
Mal me quer, a cada dia veloz é o envelhecer
Bem me quer, sei mastigar a vida de solitário
Mal me quer, não tenho ninguém no itinerário...
Bem me quer...
Luciano Spagnol
singular
no caminho singular
fui plural
tentando me encontrar
entre o bem e o mal
na variante
do acaso
calmaria e vendaval
ao longo prazo
nunca fui total
no lusco fusco
sou igual
o afeto que busco
fui silêncio e barulho
probabilidade
e neste embrulho
deserto e diversidade
de prosa e verso
realidade
de um comum universo
plural ou singular
existiu amizade
e pude saber o que é amar
só o amor nos faz eternidade!
Luciano Spagnol
dorido
a lágrima exibi
o silêncio, é palavra, ato
o revés, bisturi
que corta de fato
teu sentido, teu tato
a emoção contamina
perfura a razão
nos olhos neblina
sofreguidão
na despedida
no gemido
na partida
no laço corrompido
na magoa proferida
no desejo proibido
na luta vencida
o não no pedido
sem amor
é dorido
nunca acolhedor...
do perdão devedor
Luciano Spagnol
Fogão de lenha
Ah! O velho fogão de lenha
O fogo estalando o graveto
Panelas empretejada e prenha
Exalando seu tempero secreto
Só saudade, razão quem o tenha
Na fornada os biscoitos de goma
D. Celina. Quem duvidar, que venha
Provar, do pão de queijo, puro aroma
Velho fogão, assim, faz sua resenha
Envolta os causos e mexericos soma
Ao café no bule, que na alma embrenha
Só tu pode e guarda em seu fogo lento
O poetar que meus versos ordenha
Lembranças de um tempo de contento
És tu velho e bravo fogão de lenha!
Luciano Spagnol
noite
a sinfonia da noite
cai sobre o cerrado
a alma neste açoite
é retiro amordaçado
é silêncio em seresta
a solidão num gorjeado
e a quimera numa fresta
a noite cerrando o cerrado
Luciano Spagnol
a fragilidade da paixão
ela é como bolha de sabão
que não se pode dominar
é o vento a soprar
é o verão no coração
vício na respiração
ar
doce remédio a envenenar
cura e turbilhão
substância pro tédio:
emoção, pré amor, assédio...
Luciano Spagnol
Passa
o tempo por nós passa
passa o ser sem tempo
num delírio e arruaça
o fado sem passatempo
o futuro
longe ou perto
fácil ou duro
sempre incerto
e tudo passa
mágoas passam
a perda a caça
pessoas passam
é ventura é pura graça
a existência é oblação
a vida passa...
Luciano Spagnol
🔍 Está em busca de se entender melhor?
Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
Receba no WhatsApp