Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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⁠...PAI

Se eu pudesse escrever um poema
Duma história, nossa, verso a verso
Na melhor inspiração no melhor tema
De um pai reto, sério, bravo, diverso
No seu jeito amoroso, coração bondoso

Nestas singelas estrofes... pois, nada seria
Tão completo... grato, e tão mais generoso
Que tua proteção, pouco é a minha poesia
Pra te reverenciar e, tão valeroso!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/08/2021, 05’50” – Araguari, MG

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⁠[...] Não sou isto ou aquilo! Sou...
Todavia, tento fazer de toda hora
Brandura, esquecendo o outrora
E do dia a dia um agradável voo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de agosto de 2020 - Araguari, MG

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⁠SONETO A MARIA

Ó Mãe de candor e esplendor em lume
O amparo no rosário a quem lhe desfiar
Porque és, Maria, Mãe, afeto implume
Razão e fé, do amor que ensina a amar

Tua presença é a sede na vida incólume
Ouvir o Teu Nome é um santo comungar
Quando os Céus a assenta em alto cume
De joelhos os teus filhos se põem a rezar

És Maria, Bendita Mãe de nós pecadores
Bendito fruto entre as mulheres, amém!
A bem aventurada, encimada de flores

Imaculada, Senhora, excelsa Virgem Maria
A constelação que do ceio o bem, provem
És a nossa esperança tão cheia de quantia

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/08/2021, 18’00” – Araguari, MG

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⁠SONETEAR

Uma constante inspiração de agrado
Por ti, soneto, o meu versejar sente
Que outra, tal como tu, indiferente
É. Somente em ti eu fico inspirado

Como em um estímulo imaculado
Com os versos da ilusão da gente
A cada poesia o poema reluzente
De beijos, desejos, e sonho alado

Em ti não tenho sombria fronteira
Pois em ti confio a quimera inteira
Nas horas tristonhas e de encanto

E nos jardins dum poetar majestoso
Esvoaçam, o tal sonetear impetuoso
Das tantas fantasias do meu canto!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 13/08/2021, 11’58”

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⁠SOU RÉU DE POESIA

Sou réu de poesia! Confesso a minha sina
Porém não me penalizo desse ditado fado
Sublime, o poetar é também feita contina
Jeito tão mais gostoso e tão quão amado

Por certo o que nos redime, nos faz alado
Arte! A quem quer ter a poética inquilina
Eu cedo, e está fortuna, assim, me defina
Se eu portar, por acaso, e for um sorteado

E nesta ação, tão incrível, embora fique
Meu poetizar espalhado em mil pedaços
Eu rogo que a inspiração tenha o clique

Sou réu de poesia, mas também indefeso
Na criação, da geração e dos teus passos
Assim mesmo, da prosa quero ser preso!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/08/2021, 05’58’ - Araguari, MG

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⁠SONETO À GOIÁS

Saudação cerrado! Bom dia alvorecer!
Ouço o vento árido numa brisa quente
Que vem do planalto numa só vertente
Circunvalando os galhos num retorcer

Ipês amarelando o chão, ali cadente
Que divinal, a arte do desigual a ser
Numa beleza que o diverso é prover
Dum céu apinhado de estrela luzente

Boa noite! Pôr do sol da cor do açafrão
Da caliandra que enfeita todo o sertão
Onde a gente vai do cinzento ao lilás

Águas cascalhadas, de som e canção
Timbrando o capim santo em exalação
Numa superfície, num só lugar: Goiás!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Agosto de 2016 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CANTAR EM VERSO

Tenho sede de poesia, tua rima, de tua poética
e por essa via vou sedento, falante, esfaimado
me sacia cada verso, cada sensação que libera
busco o som, a quimera, as prosas de cada dia

Sou faminto da imaginação, teu sonho alado
de tua sintonia, tons, fantasia, isto ou aquilo
tenho fome de emoção de tuas unas alcunhas
quero devorar cada ato na minha inspiração

Quero a poesia alinhada em sua formosura
alvura no verso, tal qual o claro luar posto
quero beber a luz fugaz de tuas centelhas

E, sequioso venho e vou provando o gosto
das palavras, catando toda paixão da gente
os cheiros, sentimentos, no sedutor cerrado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28, agosto, 2021, 14’21’ - Araguari, MG

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⁠Serventia

Na minha alma tem uma condição
Na minha alma tem uma poética
E, na minha poética uma fonética
Vem comigo. Prove da sensação!

Tem força, vive no cerrado, ética
Que me chama, clama, doce ilusão
Na minha alma tem uma variação
Na minh’alma tem vária dialética

Na serventia, inspiração!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/08/2021, 08’20’ - Araguari, MG

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⁠ESPÍRITO DE UMA SAUDADE

Carrego comigo a tua recordação
No coração eu carrego a saudade
Nunca estou sem ela, uma prisão
Na minha calmaria, na liberdade

Onde quer que vá, comigo estão:
- o teu nome, o cheiro, a vontade
Você é o meu castigo, a sensação
A emoção suspira na calamidade

Eu carrego essa saudade comigo
Eu a carrego no aturado coração
Sem você o desejo é um mendigo

Comigo essa saudade eu carrego
No aturado coração, dura solidão
Saudade, a ti meu espírito entrego...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/08/2021, 15’31’ - Araguari, MG

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⁠ENFADA SAUDADE

Está saudade enfada que me devora
numa melancolia igualmente sentida
em uma ausência que brada e chora
aperta o ar numa sufocante batida

É uma sensação que do peito evapora
nesta aflição interior, inquieta, abatida
em mistérios duma sofreguidão sonora
que me atinge, desorganizada, sofrida

Entrego-te todo este mísero alvoroço
o sorriso, a nostalgia, a tranquilidade
quero contigo suspirar, sair do fosso

Então, não me deixe nesta imensidade
de sensações, vazio, o padecer vosso!
que me devora nesta enfada saudade...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/08/2021, 06’19’ - Araguari, MG
Dois anos de morte de meu 5º irmão.

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⁠ENVELHECENDO

Frauda o sono na madrugada. Sem apreço
Tropeço em tropeço, corpo e vigor, se vão
É pulsação na emoção, é a conta, é o preço
À dimensão do tempo, do tempo à dimensão

Um espesso sentimento: agrado e padeço
Ao chão, cada suspiro de uma sensação
Vida, palpitação, de arremesso e arrefeço
E, bem sei que curto ou longo nos levarão

A cada verso, reverso do fim e do começo
O início, o término, no meio, se misturarão
Do berço ao regresso, diverso, eu confesso!

Se tive insatisfação, também, mais gratidão
Tristeza ou não, apenas um outro endereço
Envelhecendo, a oblação dos que sorte são!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 12, 04’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SER POETA E SER POÉTICO

Ser poeta e ser poético dentro de um sonho de arte
Que, aureolando a melodia e harmonizando a prosa
Deixa aquele integral senso quando este se biparte
Em afeto e dor, numa só sensação, a sutileza da rosa

Emoção. Eis o que faz amar-te, eis o que fez apreciar-te
Inspiração pura, entregue ao criador de mão laboriosa
Que amplia, cria, que a manufatura e leva a toda parte
Do amor, intérprete do coração, lhano num esplendor

Talvez a imaginação é tanta, ante a tanta imaginação
Sente tanto sentimento, o travador, esse ser dialético
Que ri e chora, e que sempre está cheio de fascinação

Sussurros guaiam do estro, num entusiasmo frenético
Devaneios suspiram, respiram, e d’alma estruge ilusão
Dentro de um sonho de arte de ser poeta e ser poético

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, setembro, 2021, 11’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SUCUPIRA

Florir no cerrado ou no ressecado recanto
Ou mesmo em chão cascalhado, de feitio
Sedutor, nobre no sertão, dum lilás manto
Que se destaca dentre outras. Bela e sutil

Quando desabrocha ao olhar, um espanto
Entre a profusão mil, e as passifloras mil
Ela, singela, que nascida é pra o encanto
Adorna as planícies do planalto do Brasil

É de vê-la ímpar, de tal graça, ao vento
Tocando a alma, dum magnetismo total
Sucupira, árvore cheia de encantamento

E, de vê-la arroxeada copa tão colossal
Que aviva cada canto do árido cinzento
Aprazia, sacia, numa poética sem igual...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/09/2021, 19’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOB UM RETRATO

Aqui tens amarelado, um retrato desbotado
Numa saudade que dói e na saudade versa
Em um silêncio mudo, contudo, encharcado
De memória, histórias, de casos e conversa

Foto piedosa, meiga, de um tempo passado
Ante o vazio do olhar, da atenção dispersa
Olhos amorosos, em um sussurro chorado
Ó contemplação de uma sensação perversa

Ante ele, recordando a tão doce formosura
Ente amado, as preces para a eternidade
Que o tempo leva numa nostálgica ternura

É que Deus, Ente, lhe doirou em santidade
Dando-lhe a paz e o caminho da alma pura
E cá eu vou carpindo sob a infinda saudade...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 10’10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Canção Musicada Pra Velhice

Dizes-te tempo, entretanto
Em ti andejando, cada dia
Mais e tais, mais um canto
Mais algo, e mais ousadia

E a cada novo ano, passa
Indo a carcaça abarrotada
Aparência baça, com graça
Peleja, e generosa morada

Cada passo, renovo, brilho
A vida num prélio deveras
A juventude um trocadilho
E o desejo das primaveras

Sigo da vida a doce poesia
Se ventura eu fosse poeta
Dele apanharia mais magia
Velho, mas de alma repleta

Cada fio do cabelo já prata
E a saudade no peito forte
No olhar luz, a sina pacata
E, que o coração se importe

Porém, antes, porém, sorte
Caro tempo, aqui me esforço
É bem que se vai pra morte
Mas, que seja sem remorso...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/09/2021, 15’40” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENVELHECEU COMIGO

Quando, à primeira vez, me vi na poesia
Que foi lá pros tempos da longe meninice
E quedei-me à paixão de quem sentisse
Sede n’alma, emoção e razão na grafia

E depois, fantasia e ilusão, a vê-la, disse:
É moço o poeta é enroupar-se de ousadia
O sentimento aceso, estro, sedução e cria
Hoje a sinto entre as sensações da velhice

Cá de caneta e papel, trancos e solavancos
Vejo-a idear as mãos em prosa, terno abrigo
De venturas e os hostis versos saltimbancos

E ao apreciá-lo assim, inteiramente, digo,
Vendo-a poetar com meus cabelos brancos
A poesia, realmente, envelheceu comigo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 setembro, 2021, 17’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DIVINA COMÉDIA

Lágrima sussurrando na face sofrida
Sensação erguendo os braços ao céu
A sorte dentro do silêncio escondida
A quem serve sentido perdido ao leu

Se o desejo causa martírio no papel
Pecado, ilusão, e a dor infinda ferida
Corre o fado e só gera direção cruel
Porque estar delirante por toda vida?

Não é melhor na prosa ser clemente
Paz, harmonia, poesia no que insiste
Em não ser, sendo feliz com a gente

Razão: deixo a poética n’alma haver
E o triste deixo apoucado, se existe
Vivo o amor, do que meramente ter...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 20’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MANACÁ de cheiro

Para cantar o Manacá numa verdade
Não basta a prosa, tem de ter beleza
No olhar, sensibilidade n’alma acesa
Saber degustar do encanto que brade

Duma flor, duma graça e delicadeza
Do lilás a alva... tão pura na vaidade
Uma quimera envolvente, majestade
O Manacá de cheiro, orna a natureza

Invejo o vento que no seu movimento
Acaricia, beija, e se envolve no cheiro
De essências robustas, doce momento

És formosa que qualquer outra vontade
Pois, abrenha o sentimento por inteiro
Odor que trescala, um cheiro de saudade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 setembro, 2021, 17’20” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠quarentena

eu, quando sofro
não sofre eu.
sofre o que pena
da pena que se tem
dá dó essa cena
da lágrima que vem...
fazendo da dor quarentena

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/09/2021, 15’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O MEU PROVEITO

Tenho desejo de tudo quanto for sensação
No sentimento, de tudo quanto for agrado
De uma emoção, daquele estar apaixonado
Do que pela vida tem sentido e útil afeição

Do carinho dado, a poética e poesia, razão
Frente a frente com a felicidade e apeado
Do não, pois, toda a gente tem o seu lado
Cândido, são, de pés descalços pelo chão

Então, piedade, piedade do nosso fender
Pois, cada qual tem a sua ilusão em curso
Sonhos e realização, e um amor para ter

E, por não ser apenas um mais um, tendo
Tento ser mais que apenas aquele a haver
Aprendiz por ter sido, proveito crescendo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 15’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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