Poesias que Falam de Alimentos

Cerca de 79693 frases e pensamentos: Poesias que Falam de Alimentos

os cabelos de minha amada
novelo de Ariadne
me conduzem pela noite escura
pelos labirintos que me afligem

Parte, e tu verás
Parte, e tu verás
Como as coisas que eram, não são mais
E o amor dos que te esperam
Parece ter ficado para trás
E tudo o que te deram
Se desfaz.

Parte, e tu verás
Como se quedam mudos os que ficam
Como se petrificam
Os adeuses que ficaram a te acenar no cais
E como momento que passaram apenas
Parecem tempos imemoriais.

Parte, e tu verás
Como o que era real, resta impreciso
Como é preciso ir por onde vais
Com razão, sem razão, como é preciso
Que andes por onde estás.

Parte, e tu verás
Como insensivelmente esquecerás
Como a matéria de que é feito o tempo
Se esgarça, se dilui, se liquefaz
E qualquer novo sentimento
Te compraz.

Repara como um novo sofrimento
Te dá paz
Repara como vem o esquecimento
E como o justificas
E como mentes insensivelmente
Porque és, porque estás

Ah, eterno limite do presente
Ah, corpo, cárcere, onde faz
O amor que parte e sente
Saudade, e tenta, mas
Para viver, subitamente, mente
Que já não sabe mais
Vida, o presente; morte, o ausente -
Parte, e tu verás.

MEU TESTAMENTO

Quando percebi que tinha meus dias contados
Que minha vida, rapidamente, chegaria ao fim
Pensei fazer meu testamento.

Dei balanço em tudo que possuía
Contei casas, contei dinheiro
Meus livros-grande tesouro!
Meus ricos pertences,
Minhas antiguidades...

Depois... somei tudo,
E vi que tudo era nada!
Cacarecos sem valor.
Coisas inúteis e supérfluas,
Expostas às calamidades,
Aos riscos dos incêndios
E dos ladrões.

Para que testemunhar
Esses bens que se podem acabar
Que as traças podem roer
Ou o fogo devorar,
Se outros bens imperecíveis
Eu conseguí amealhar?

Senhor, Tu mesmo disseste
Que nenhum copo d'água
Dado ao meu irmão
Ficaria sem recompensa
No reino do Teu Pai!

Nos celeiros eternos
Vou procurar guardar
Outras riquezas
Não as da terra!

Meus filhos não herdarão de mim
Castelos,nem faendas,
Nem ricas propriedades...
Não deixarei ouro nem prata,
Nem dinheiro em caixas fortes...
Tudo é vaidade sobre a terra
Nada há que sempre dure...
Tudo, sem valorque me seduza.

Meu testamento é minha fé,
É minha esperança,
É todo meu amor!

Que meus filhos possam herdar de mim
Todo o bem dessa fé
Que foi a minha luz,
Mais clara e mais querida,
Dessa esperança que foi a minha força
Dessa caridade
Que me fez ver Deus
Em toda a natureza
Em todas as pessoas,
Em tudo que existe
E Dêle provém!
Caridade que é amor,
Amor que é vida!

CIGARRA

Diamante. Vidraça.
Arisca, áspera asa risca
o ar. E brilha. E passa.


CHUVA DE PRIMAVERA

Vê como se atraem
nos fios os pingos frios!
E juntam-se. E caem.


OUTUBRO

Cessou o aguaceiro.
Há bolhas novas nas folhas
do velho salgueiro.


O HAIKAI

Lava, escorre, agita
A areia. E, enfim, na bateia
Fica uma pepita.


NOTURNO

Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.


HORA DE TER SAUDADE

Houve aquele tempo...
(E agora, que a chuva chora,
ouve aquele tempo!)


OS ANDAIMES

Na gaiola cheia
(pedreiros e carpinteiros)
o dia gorjeia.


QUIRIRI

Calor. Nos tapetes
tranqüilos da noite, os grilos
fincam alfinetes.

Mesmo que fosse cego
e existirá mil caminhos a minha frente
te encotraria no fim de todos
pois todos os caminhos levam-nos
ao que mais precisamos.

Puxei um pequeno pedaço de papel
e o brilho, dispo-se a mim, ouvi um forte
tilintar que atravessou minha alma e minhas caras
começaram a tecer um breve poema.
Um suspiro, os sons, milhares de restingues me devolviam
as origens e eu insistia em buscar os meus restos, os rastros
do que não fui ou pelo menos não pude ser.
Quando já me encontrava voltado ao velho mundo de meus deuses
bastou apenas um vulto de consciência para as reais virtudes humanas
me trouxessem bruscamente ao meu eu, quando me vi...
pobre diabo, réu, vestindo a mesma mortalha, fruto de mim mesmo
que tive tudo, mas nunca encontrei um breve instante para me devolver
ao mundo de onde vim.

Por infindos momentos busco definir-me.
Afinal,quem sou?
Quem sabe a chuva que lança a areia no Saara, de Caetano?
Ou mesmo a mosca que pousou na sopa de Raul?
Sinto, por vezes, que sou eu mesmo o trocado por Pessoa...
E outras vezes, pareço a garça triste que mora na beira do rio, de Alves...
Seria eu o que deseja ficar no teu corpo feito tatuagem,
como Chico?
Não sei... Jamais saberei!
Precisaria de duas vidas de infindos momentos para,pelo menos, supor!

"Fräulein" era pras pequenas a definição daquela moça... antipática? Não. Nem antipática nem simpática: elemento. Mecanismo novo da casa. Mal imaginam por enquanto que será o ponteiro do relógio familiar.
Fräulein... nome esquisito! nunca vi! Que bonitas assombrações havia de gerar na imaginação das crianças! Era só deixar ele descansar um pouco na ramaria baralhada, mesmo inda com poucas folhas, das associações infantis, que nem semente que dorme os primeiros tempos e espera. Então espigaria em brotos fantásticos, floradas maravilhosas como nunca ninguém viu. Porém as crianças nada mais enxergariam entre as asas daquela mosca azul... Elza lhes fizera repetir muitas vezes, vezes por demais a palavra! Metodicamente a dissecara. "Fräulein" significava só isto e não outra coisa. E elas perderam todo gosto com a repetição. A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., Amar, Verbo Intransitivo, 1927

Na vida existem vários desafios, mais sem eles você não estaria andando hoje,
foi dado um desafio a você de andar e você conseguiu, existem pessoas que não conseguem nem por isso são fracassadas, e não seria apenas este desafio a sua vida, terá muitos ainda, entre eles, desafios na escola, com os amigos certos e errados, com os familiares, ...no amor ah esse desafio pode ser o mais sofrido, o mais dolorido mais se é forte, da até para lembrar do nosso primeiro desafio, ANDAR porque você precisa ter calma, espera e chegara a hora certa, não adianta você levantar e querer dar um passo maior que o outro, porque você ainda não sabe andar, então tenha calma... respire e nunca se esqueça que ninguém nunca está sozinho, aquela pessoa... Sempre estará ali, com você, pode atravessar um deserto e não encontrar um arco-íris mais se você achar que está sozinho não vai encontrar, porque agente sempre precisa de um ...Amigo para os desafios que são dados pela vida, nunca desista siga seu caminho, dói ? sim... mais vai doer mais se você não TENTAR ...

A liberdade é algo bom, mas pense;
Passarinho voa livre, e existe sempre uma águia a caçar
Se queres a liberdade, terás que ter alguém, e saber que sempre vai haver a águia a te esperar.

Não perca mais tempo, pois sempre depois de uma forte chuva, há sempre um nascer do sol e de noite, a lua vai brilhar,
Jesus, foi um carpinteiro, então pense:
é preciso sempre, criar suas pontes, para cruzar o rio, e uma ponte para o abismo, ele criou mais o mataram, e está vivo em nós até hoje,
Então, crie suas estradas de terra, para ultrapassar um forte riacho, crie uma ponte !,
Mais nunca, se feche uma porta por medo, ou alguém disse que não vale a pena, vá até ela, se sofrer, a vida continua, mais você irá olhar para trás e dizer,
Eu tentei !, Eu não desisti !, Fui até o fim ...

SEM AVISO PRÉVIO

No inicio foi incerto confuso
Não imaginava o quanto seria o impacto da minha dor,
Com sua partida.
Nossas almas estão ligadas
e uma despedida agora poderá fragmentar-las
É difícil dizer adeus,
enquanto minha vontade é ficar e te esperar.
Um grande vazio se instalou dentro de mim...
Não quero este adeus que me invade a alma.
Foi um momento importuno e ágora!
Peço-te que atenue a minha falta.
É tua culpa!
Inteiramente tua culpa
que me fizer-te amá-lo tanto assim.
E agora! se despedi sem aviso prévio?
Volta! Volta para mim.

"Hoje acordei cinza

Dentro de mim morava o desassossego

Morava a inquietude por algo que nunca vi

Acordei minhas pernas e sai em busca do nada

Passei por uma moça que fazia da rua sua casa e sua cama de pedra lhe aquecia do calor insuportável que me queimava a roupa.

Me sentia despido perto de tanta falta

Passei por algumas centenas de pés enquanto vagava por horas atrás do incerto
Pés esses que andavam depressa
Que sem dúvida eram mais rápidos que meus olhos

Pés descalços que se queimavam ao tocar na cama da moça de pedra.

Me senti invadindo um espaço que deveria ser de todos

Mas até ai a palavra dever já havia sido enterrada possivelmente bem longe daqui
Talvez em outro país

Mas eu nunca sai daqui

Parei no meio daquilo tudo e olhei pro céu

Não é que ele ainda estava lá

Ele era chuva, ele era como eu

Mas era cinza por fora enquanto assim era lá dentro de mim.

Será que longe ele ainda é azul?

Os canhões da cidade nunca vão nos deixar saber

Eles não deixam escolha, ser cinza já era obrigação

E não saber se ia chover já era normal

Essa sombra negra que se confundia as nuvens já era o que nos cercava a cabeça a tempos

Mas os pés eram rápidos demais pra enxergar.

Palmei meus ouvidos, me enrolei no meu corpo dormente, ainda de olhos trancados, e por um segundo descobri o que me inquietava

Lembrei o que me faltava

Era a paz, que a tempos não vinha nos visitar
E que possivelmente já havia ido embora
Junto com o dever

Junto com a moça

Junto com os pés
Junto com o céu

E junto com o meu sossego.

Agora vou procurar por esse lugar onde eles foram parar
E se um dia você quem os encontrar

Não me avise

Aproveite o que é quieto
Por que se eu os achar

Prefiro matar meu desassossego primeiro

Do que perder mais uma vez pra quem deles não sabe cuidar"


Mateus Ribeiro de Aquino
@mateusribeir0

A imprecisão vocabular, num adulto, é prova de mente confusa. A falta do senso das proporções, prova de desonestidade inconsciente.
Você aprende português e matemática -- isto é, quando aprende -- para se vacinar contra esses dois vícios.

Ser antissocial não é deixar de ir às festas.
Eu só não me prendo aos padrões sociais e às regras que "disseram" serem amigáveis, ou politicamente corretas, de convivência.

Pessoas são como diamantes. Corremos o risco de jogá-las fora só porque não tivemos a disposição de olhá-las para além de suas cascas. E então, desperdiçamos grandes riquezas no exercício de alimentar pobrezas.
-Padre Fábio de Melo

"O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
A raiz de todos os males: o egoísmo
O maior erro: o abandono
A distração mais bela: o trabalho
O pior defeito: o mau humor
A pior derrota: o desânimo
O melhor professor: as crianças
A felicidade mais duradoura: ser útil aos demais
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
O presente mais belo: o perdão
O mais imprescindível: o lar
A maior proteção: o abraço
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: o amor!"

Intuo que a vida afetiva sobreviva sob as mesmas regras. Amores desfeitos são
como os resfriados. Num primeiro momento são agudos, doídos. Ficamos
prostrados, indispostos. Mas é só uma questão de paciência. Afetos também
carecem de repouso. Precisamos deixar que o movimento natural da vida venha
inflar novos ares dentro de nós. O tempo se empenha de ajeitar as coisas em seu
lugar. Pode acreditar. Este momento doloroso vai passar.

Quando olho uma pessoa, não vejo nela o cargo, mas a substância humana E SÓ.
Tenho total desprezo por indivíduos cuja única substância é o cargo em que estão -- seja esse cargo político, empresarial, eclesiástico, militar, judicial ou universitário.

"Dizem que o amor machuca
Que o amor parte o coração
Que o amor magoa
Mas o que não sabem mesmo é que o amor
É tão incrível, que ninguém é capaz de descreve-lo"