Poesias Faceis do Elias Jose
Eu fecho os meus olhos
Mas ainda assim te vejo
Você tá nos meus sonhos
Porque ainda te desejo
Eu me tornei um escravo
Em agonia todo santo dia
Pela solidão, sou açoitado
Desejando a sua companhia
Por você, minha alma anseia
Por ti, a minha vida suspira
Por você, minha alegria pranteia
Por ti, minha consciência pira
O amor que um dia era...
Hoje é só uma quimera.
Em troca de paz
Prefiro pagar a conta
Já não me preocupa a afronta
Dói em mim, em ninguém mais
Eu não me importo de ficar com o peso
Aliás, esse eu bem conheço
Estou disposta, me diga o preço
Se me outorgar a paz
O exterior é o aparente
Que sem alma reluzente
É fake, é sem efeito.
O lado de dentro é segredo
Nem sempre revelado
No peito bem arquivado.
Julgar é um desacerto
Uma opinião infundada
Muito fala sobre nada.
Viver intensamente
É o que liberta das correntes
Dessas interpretações rasas.
Você foi o derradeiro amor da minha vida. Se bem que, não amamos sempre da mesma forma, nenhum amor é igual.
É verdade que tive muitos amores após o seu: eu me casei, tive um filho, namorei da virgem santinha da igreja à namorada sapequinha de um “amigo” (tudo bem... pode me chamar de talarico). O que quero dizer é que, por mais que eu tenha amado outras mulheres e me apaixonado intensamente, todas elas tinham o mesmo defeito... pois nenhuma delas era você.
Ainda que o nosso relacionamento tenha tido momentos de tristeza e decepção no final, por tudo que vivemos e o quanto nos amamos durante os 4 anos, eu o encaro como um presente. O meu amor por você foi único, excepcional... talvez, esse seja o problema de se viver um grande amor na juventude... diante dele, os amores comuns não têm chances.
O amor se vive, às vezes se perde, mas nunca se esquece: Parabéns pelos seus 32 anos! Não importa como, onde ou com quem você esteja, mesmo não te conhecendo mais, eu sempre vou te amar! Espero que esteja bem e feliz! Deus te abençoe!
PRIMEIRO HEXÁSTICO
De João Batista do Lago
na república dos canalhas
Homero não se faria ser
não sentiria qualquer prazer
mudo graçaria pela hélade
feito poema sem virtude
carente da felicidade
SEGUNDO HEXÁSTICO
onde está o pão da vida?
— no sacrário do si mesmo
tu somente és único verbo
hóstia que se dá de si
e sendo da cruz do madeiro
o único cristo a resistir
TERCEIRO HEXÁSTICO
vida de infinda busca eterna
venturosa… enigmática… é
fio de navalha… é mágica
nada quer do morto passado
nada espera do futuro
dela sabe-se só o presente
QUARTO HEXÁSTICO
esquece a glória prometida
vaidade é tesouro pobre
resiste só ao instante fátuo
sucesso luta nobre é
revela assim sabedoria
sagrando a alma da poesia
QUINTO EXÁSTICO
não revela à toa o teu segredo
guarda-o no baú da tua razão
melhor não saberem dos medos
assim não te imporão degredos
falsos demônios anjos são
todos parados nos umbrais
SEXTO HEXÁSTICO
eis-me aqui sujeito póstumo
zumbi de deambulações
aedo de poemas tortos
catando esmos corações
ditirâmbico sem o báquico
hino para minhas orgias
SÉTIMO HEXÁSTICO
líquidos eruditos vãos
velhos discursos si produzem
ágoras de sós volatizam
logos e verbos pós-modernos
etéreos assim conduzem
infernos campos niilistas
Eu te conheci muito jovem, quando tudo ainda era novo e emocionante... as possibilidades do mundo pareciam infinitas! Bem... elas continuaram sendo infinitas para mim, talvez, também para você, mas não para nós.
Nessa infinitude da sua ausência, simplesmente, vivendo para caçar emoções, o meu coração se quebrou tantas vezes e de tantas maneiras que não dá mais pra consertar. Ainda que o meu coração desfaleça e a minha carne definhe com a idade, os dados ainda estão rolando e sigo pagando qualquer preço por mais um pouquinho de emoção! Algumas vezes ganhando, outras vezes perdendo, mas, até quando?
Enfim, entre sexo, fatias de pizza, balas e guaraná... ainda me prendo àquela sensação! Eu sei que, para sempre, sempre acaba..., mas você sempre será um amor pra recordar! E lembre-se que, se você não demorar muito, prometo te esperar a minha vida inteira!
OITAVO HEXÁSTICO
poetas líquidos não enformam
voláteis são vãs plantações
semeadas em campos estéreis
espigas de milhos sem grãos
debulhadas não dar para o pão
não mata a fome de inférteis
NONO HEXÁSTICO
brisa cálida… envolvente
afasta de mim esse cálice
nunca mais o beberei
jamais quero a embriaguez
soberbia e sucesso vãos
póstumo caminho eterno
DÉCIMO HEXÁSTICO
desejo é toda potência
motor de toda existência
valor supremo dessa vida
intrínseco da natureza
convenções jamais o impedem
sagrado faz-se eterno verbo
DÉCIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
a dor me cobre a ossatura
invade a carne de tod’alma
s’instala na tumba da carne
alimentando pensamentos
desconstruind’identidades
valores morais sedentários
DÉCIMO SEGUNDO HEXÁSTICO
Onde some o ser humano
resta tão-somente o homem
prisioneiro do si mesmo
fluídico e sem forma própria
agrilhoado à sua caverna
é sombra sem a luz do dia
DÉCIMO TERCEIRO HEXÁSTICO
não bastais com incompetência
até quando há de sangrar
a miserável paciência
manada rum’ao precipício
metadestino imanente
glória do rei concupiscente
DÉCIMO QUARTO HEXÁSTICO
o discurso e a modernitude
túnicas de líquidas almas
escarros de um mesmo beijo
adubam todas mentes dóceis
sombras eternas do humano
presas na tumba do decano
DÉCIMO QUINTO HEXÁSTICO
canalhas de plantão venceram!?
‒ virtude e ética não se fazem dos seus atos ‒
dignidade só restará
quando só consciência plena
no horizonte fixar a pena
de toda liberdade eterna