Poesias de Robert Louis Stevenson

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Apenas humano...

Sem que ela percebesse, eu chegaria de mansinho, delicadamente e com todo o carinho me achegaria no mais fundo do seu coração, dele retirando tudo o que a machucou, curando todas e quaisquer feridas que ainda existam, a começar pelas mais antigas, por mínimas que sejam.

À memória ruim eu daria um jeito de apagar, deixando apenas o seu ensinamento, ainda aprendemos mais com a dor.

Pediria que ela sorrisse sem receio abrindo espaço para um novo registro de paz, carinho e amor.

Longe do preceito de que todos somos obrigados a ser "felizes", como se fosse um produto disponível nas vitrines dos megashoppings, eu lhe diria para ser feliz naturalmente, sabendo que por certo surgirão momentos acompanhados de sofrer.

Quando se pensa que hoje não há mais segredos, talvez possamos entender que a maior utopia é sermos apenas humanos, com muitas contradições, melhor que assim seja e sem culpa.

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Segredos que não nos pertencem...

O outro é um universo a ser explorado, conhecido, para tanto há que se ter paciência, carinho, acolhimento, e só será possível se ele assim o permitir.
Nenhuma pessoa tem o direito de devassar o interior da outra, ainda que se pense que será para ajudá-la.
Mal sabemos de nós mesmos porque, em geral, ficamos na superfície do que e do porque somos e o que fizemos.
As muitas construções que nos moldaram ao longo do tempo, em uma jornada de incertezas, descobertas e medos, nos pertencem.
O que há em nossas entranhas só descobriremos se o quisermos, daí a partilhar, só se for com alguém especial, que nos queira bem e nos inspire absoluta confiança, com uma dose dupla de amor e sinceridade.
Se formos escolhidos por alguém que queira e precise dividir seus segredos que tenhamos muito cuidado com o que soubermos pois, ainda assim, não nos pertence.

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Uma verdadeira história de amor não tem fim...

Enquanto a matéria finda, o amor verdadeiro só transcende e, como energia, se mistura ao cosmos perpetuando a memória dos que amamos e está em nossos corações para uma jornada sem fim, rumo à melhora contínua.
Não há morte neste mundo, apenas uma breve mudança de ambiente a fim de burilar o imprescindível desapego de tudo o que é supérfluo.
Nós, e os entes queridos que nos antecederam, continuaremos na trilha, para que seja em melhores condições do que quando aqui chegamos.
O aprendiz atento observa e ouve mais, fala menos e evita as reações ditadas por impulsos, cultiva o perdão a partir dos seus próprios erros e também daqueles que o feriram.
Não é fácil perdoar, somos humanos e ainda extremamente sensíveis ao orgulho e a vaidade, caldo de cultura onde se nutrem mágoas e ódios.
Perdoar a nós mesmos, bem como pedirmos perdão a todos os que machucamos física, moral e espiritualmente, nesta ou em outras encarnações, não é fácil, mas possível, é semeadura em bom terreno.
Uma história de amor só é possível com a aceitação e renúncias verdadeiras mais o perdão que acalma os corações mais feridos e endurecidos.

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Sem machucar


falar de sentimentos, dos mais simples,

ou os mais íntimos, parecem incomodar,

vigiar a própria sensibilidade e

ceder a esse mundo impessoal

e performático é aceitar amarras ao que é puro,

um olhar mais atento à natureza escancara

a delicadeza e beleza num minúsculo ponto da

terra, da água, do céu e de quem está ao lado,

podemos sim admirar, tocar e amar,

sem machucar....

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Suicidas...

De alguma forma fizemos, fazemos e seremos parte da vida de todos onde quer que estejam nesse globo de Deus.

Estamos envolvidos em uma teia delicada, o simples roçar nesses fios provoca vibrações densas ou sutis que em milésimos de segundos chegam do outro lado da Terra e, nesse caminho, perpassam pela vida de milhões de pessoas e ambientes.

Ao se entregar amor ou ódio esse sentimento vai, instantâneo, sem barreiras, chegar aos corações de quem está receptivo, em especial para os que estão em sofrimento intenso.

Imaginemos um cordão iluminado de pura energia e luz, aportando em alguém que, não importa as razões, esteja a ponto de interromper sua vida, como se o suicídio fosse a solução para sua momentânea incapacidade de enxergar um caminho, que se encontra com sua autoestima em baixa, deprimido, desalentado, e, assim, sem perceber, pode num centésimo de segundo intuir que há algo diferente ao seu redor, sutil mudança que o faz mudar de ideia e continuar vivendo, ele nunca mais será o mesmo, um dia perceberá que renasceu.

Vale a pena, diariamente, não importa a hora ou o lugar, ao agradecer a Deus por mais um dia, lembremo-nos de entregar com carinho o amor mais puro que, contido em um segundo, será uma explosão de vida em algum lugar e para um alguém em especial que será tocado.

O caminho do ódio é o mesmo, vigiar o pensamento é um exercício para sempre.

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Flores do mundo...


mentalize todas as flores do mundo,
das menores às maiores,
de todas as cores,
com os mais diversos perfumes,
orvalhadas a cada novo amanhecer,
iluminadas pela lua cheia,
porto seguro de abelhas e pássaros,
tem uma vida breve,
mas não morrem jamais,
afinal,
ninguém as esquece após um único olhar,
receba-as,
contém o maior amor do mundo...

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Onde andará...

Desde ontem eu sei,
Não posso reclamar, escolhi sem brincar,
Deixei o coração assumir, tomar conta,
Saudade teima em voltar,
Onde estão o suor frio e as pernas a bambear,
O trêmulo sussurro juntinho ao rubor da face acanhada,
Aquela rua,
A sessão de cinema e o sorvete depois,
As promessas ante o primeiro olhar de ciúme,
O primeiro beijo e nossos olhares encabulados,
A despedida de quem queria ficar...
Onde andará? O que será?

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Cura...

É difícil se isolar do passado sem com ele se reconciliar, seguir adiante carregando densas lembranças, muitas das vezes registradas de formas equivocadas em função da idade, da inexperiência ou do medo, beira à impossibilidade, ainda que inconscientemente.
Algumas pessoas (nós mesmos) e suas ações, permanecem em nosso íntimo e teimam em reclamar quando pensamos tê-las esquecido.
Ainda que difícil, quase insuportável, remexer em feridas ainda abertas é uma forma de cura, isso só é possível quando nos dispusermos a admitir que é preciso parar, voltar para poder seguir adiante, mais confiantes e seguros, sem medo de errar.

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Sem exigências...

sem exigências,
apenas o possível,
sem ilusões,
mesmo que no todo irrealizável,
melhor assim,
ter alguém ao lado,
essência plena,
aquietando,
há que esperar,
a pressa não faz o coração mais leve...

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A distância...

a distância

não me impede de lhe roubar um beijo,

dar-lhe e receber um gostoso abraço,

acarinhá-la no colo,

pode o tempo passar,

rápido, célere,

sua beleza e nosso amor

simplesmente não...

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Lágrimas...

chorar não é fraqueza,

não penso assim,

o choro é um ato nobre,

partilhamos lágrimas,

quando da dor ou de nossas alegrias,

sem vergonha ou medo,

o valor de uma lágrima não se esquece,

melhor se por amor...

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Olhares possíveis...

simples ações,

pequenos detalhes,

muito significam n’alma,

ternura, carinho e amor,

são olhares possíveis, todos os dias,

para o que resta dessa e de outras vidas

que ainda se farão necessárias...

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Noite lá fora...

noite lá fora,

ser ou ter que parecer forte é difícil,

um pouco de cansaço parece culpa,

ouça, só por ora,

apenas por hoje,

me dá um tempo,

culpa? não,

apenas limite,

por favor, me entenda,

eu preciso parar agora,

só por um instante

deixa-me respirar,

cair no sono,

renovar-me,

quando eu desejar um colo,

ou somente um momento,

sem culpa,

nos falamos ou

apenas,

silêncio...

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Encantos, magias e dor...

encantos e magias,

expectativas e reflexões,

lágrimas que se misturam,

cumplicidades e partilhas,

harmonia e paz,

para sempre,

especialmente quando da dor...

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Desde sempre...

Há pessoas, com quem convivemos de há muito, que estão em nossas vidas de passagem, outras, após breve encontro e pouco falar, nos dão a certeza de que estiveram em nosso caminho, presentes desde sempre...

Não sabemos o rumo que tomaremos nessa vida e por quanto tempo ainda estaremos juntos, aprender a conviver com a incerteza do minuto a seguir é uma tarefa árdua quando ainda temos tanto a dizer, descobrir e compartilhar...

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Esperança na terra seca...

Refazem o batido caminho pela velha e conhecida terra seca, o mesmo sol que lhes dá vida também lhes judia marcando-os, nos rostos, os poucos, mas já aparentes muitos mais anos de vida...

Intenso, escaldante, é secura demais...

Se a chuva vier o chão não lhes negará a vida adormecida...

Já faz muito, mas ainda se lembram do último ano onde o inverno foi bom, nessa memória tem cheiro da terra sendo encharcada...

Exaustos chegam ao açude ainda com um pouco de lama, olham para o céu com poucas nuvens...

Cai de joelhos e puxa os filhos, com os olhos rabisca no barro todos seus desejos e sonhos como se fossem sementes e suplica:

Meu divino São José,
Aqui estou a vossos pés.
Dá-nos a chuva com abundância,
Meu divino São José.
“O sertão é uma espera enorme”,
Dá-nos chuva com abundância,
Meu divino São José.

Talvez nenhum de seus desejos se realize e nenhuma das sementes veja brotar...

Sabe que não há certezas na vida, mas precisa acreditar que haverá ainda uma próxima vez, pelo menos para os meninos...

Inserida por pauloafonsobarros57

Há sim para sempre...


Vivemos uma era onde tudo se faz rápido, consumimos com todos os sentidos e fazemos várias ações em paralelo nessa existência frenética.

Com tanta pressa deixamos muito passar sem bem dimensionar e pouco ou nada saborear no complexo milagre da vida.

Vamos repensar um pouco, olhar no retrovisor do tempo e constatar, do primeiro segundo de vida até aqui, quanto já foi sem que nos déssemos conta?

Horas há em que é preciso correr, mas não podemos desprezar sorrisos, afagos e colos sinceros, esses momentos, cada vez mais raros, compõe nossa trajetória individual que, mesmo se juntando ao coletivo, é a história de cada um.

Olhando para os ontens, recupero sensações de mãos e dedos delicados abrindo caminhos em meus cabelos, sussurrando entre beijos mágica melodia, sem pensar no amanhã, mesmo após adormecer sei que ela, minha mãe querida, minutos mais ali permanecia.

Dividimos apenas 37 anos, nada ela deixou de fazer, seu amor, que continua, faz parte do que é para sempre.

Inserida por pauloafonsobarros57

Oportunidades de uma jornada...

Somos companheiros dividindo trechos de uma jornada, alguns entes queridos, amigos e desafetos já desceram num determinado ponto, uns serenamente, outros em sofrimento.

Nenhum deles ficou para trás, de alguma forma nos acompanham e a nós estão ligados pelos fios das lembranças boas ou não muito agradáveis por conta das questões mal resolvidas, aquelas mágoas insufladas pela vaidade ou orgulho e que, simplesmente, não foram tratadas.

Não importa o tempo que já passou, neste momento, podemos fazer uma higienização completa, como se estivéssemos entrando num quarto onde acumulamos o que não nos faz bem, está tudo num baú, cheio de poeira, cheiros ruins, ainda sentimos aversão.

A decisão é nossa, abrir ou não esse baú e fazer uma necessária e saudável faxina.

Começamos pelas pessoas da família ou convívio social que machucamos ao longo da jornada, não importa agora a razão, peçamos perdão e numa bacia ao lado com água e sal vamos mergulhar o pano encharcado com essas impurezas, logo que toca a água nós o torcemos e essa negatividade é transmutada, limpa.

Feito isso agora imaginamos aquelas pessoas que nos fizeram infelizes e chorar, do fundo do nosso melhor começamos a desatar os nós e também os perdoamos, usando o mesmo pano e a mesma bacia e, finda a limpeza, nos sentimos bem e em paz.

A jornada continua agora mais leve, não esqueçamos, em algum momento chegará o nosso ponto de descida.

Pode ser a qualquer hora, qualquer dia, que não adiemos esses acertos necessários, não sabemos a nossa hora e a de ninguém.

Paz e serenidade!

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Onde se vai em meio ao nada...


desperta e não sabe onde,
só não é breu porque vê uma réstia de luz,
não sabe quanto dista,
rasteja com dificuldade ao seu encontro,
sente frio ao tocar um lodo,
poça, água parada, cheiro ruim,
escala um pequeno morro,
a luz está perto,
o silêncio absoluto o mantém alerta,
chega e toca um pequeno candeeiro,
não sabe quanto óleo sobra,
já estivera ali, em outro tempo,
ou fora um sonho?
quanto falta?
quanto lhe resta?
escolheu esse dia e hora?
há que se decidir,
o que fazer em meio ao nada?

Inserida por pauloafonsobarros57

Sem acasos...


No exato momento de quando nascemos o firmamento parou, as divindades juntas se aquietaram, prestando-nos delicada atenção.

Somos os registros de toda a sequência de eventos iniciada antes mesmo de nossa concepção, numa fabulosa mobilização das forças universais que, a partir de então, já em movimento, cuidavam e planejavam dos mínimos detalhes para quando chegasse a hora certa, agradeçamos aos inúmeros partícipes do milagre da vida.

Para cada nascimento, tal e qual uma impressão digital, há uma mobilização perfeita, os corpos celestes, as marés, as pessoas certas em volta, jamais haverá igual sensação, pois que, para cada novo ser, a orquestra cósmica prepara e executa uma música inédita, com um arranjo de notas que não mais se repetirá.

Nessa sincronia universal, saudando quem aqui aporta, não restam dúvidas, somos únicos e, ao longo dos séculos tem sido assim, não há repetição, é uma nova vida, sem igual, entrelaçando-se com outras para a construção de novos caminhos com as partilhas possíveis, sem acasos.

Inserida por pauloafonsobarros57