Poesias de Robert Louis Stevenson
ELA
Ela sabe ser o caos e calmaria.
Sabe ser ternura e ser fria.
Ela não sabe se quer mudar de cidade, país, fugir com o circo, mas quase tem certeza que é de outro planeta.
Ela tem uma alma de artista que floresce dos pés à cabeça.
Ela é professora de alongamento, canta, dança, escreve poesia.
E ainda tem tempo de estudar e sorrir para os clientes todo dia.
Ela é de lua, mas porque é aluada, mas tem sol em seu ser.
Ela tem luz própria há quem ame, há quem odeie, jura que ,às vezes, não faz por querer.
Ela não sai se não for causar, e mesmo quando não quer, sem querer é o centro de atenção, provocando desejo, inveja ou admiração.
Há quem diga que ela é louca e sem noção, ela aceita o elogio e continua a voar com os pés no chão.
No amor ela é romântica, carinhosa, companheira, fiel e ainda escreve poemas ou cartas para o amado.
É intensa, fogosa e dança especialmente para seu homem que o deixa todo apaixonado.
Ela também é orgulhosa, rancorosa e também pouco tolerante - sabe que precisa mudar, mas tem um coração gigante.
Ela só precisa de alguém que some na vida dela e que não a faça desistir.
Ela é de poucas amizades e creio que será sempre assim, mas se você decidir ser amiga dela saiba que ela é da sinceridade que dói, é sua amiga de verdade.
Isso porque ela erra com o outro, mas jura ser falta de malícia por no coração não ter maldade.
Sua mãe é sua guardiã, melhor amiga e até hoje tenta fazê-la sair do seu mundo cor de rosa.
Ela se cansou de esperar pelo príncipe encantado, quando achou que estava tudo perdido pulou da torre...
Mas, descobriu que podia voar... E nos seus ideais resolveu mergulhar fundo...
Hoje ela só quer viver dos seus sonhos, fazer mais 2 faculdades, aula de canto, violão, violino, piano, costura e ainda ter tempo de viajar pelo mundo...
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Um dia serei algo
Nem que seja um derrotado
Um homem sozinho, isolado
Astuto, instável, inconsolado
Fora de si, louco, transtornado
Um verdadeiro desgraçado
Um dia serei algo
Nem que seja um defunto
Ou ainda um conjunto:
terra, lama, pó, rejunto.
As vezes eu até pergunto:
serei eu um consunto?
Um dia serei algo
Há quem diga um mineral
Absorvido por um animal
Internamente, parte visceral
Terei um destino cru e fecal
Serei um efeito colateral
Um dia serei algo
Nem que seja uma memória
Talvez eu entre para história
Triunfarei com a minha glória
Ou apenas, terei uma vida ilusória
Um fracasso, azarado, sem vitória
Um dia serei algo
Nem que seja um sonhador
Um memorável doutor,
Um senhor sem pudor
Ou apenas um desfavor
Para uma vida sem amor
Um dia serei algo
Nem que seja um destroçado
Há quem diga um milionário
Um grandioso empresário
Ou apenas um esfomeado
Em uma rua, desolado
Um dia serei algo
Nem que seja amigaço
Um super-man, homem de aço
Um beberrão, um bagaço.
Ou quem sabe Pablo Picasso
Ou apenas um palhaço
Um dia serei algo
Nem que seja um velho instável
Há quem diga um ditador inigualável
Populista, com caráter formidável
Ou apenas, um pobre velho deserdado
Sem afeto, simplesmente, abandonado.
Um dia serei algo
E assim, com caráter ferrenho
Com esforço, confiança e empenho
Digo a única certeza que tenho:
É que um dia serei algo.
Marcha ré
Tentei
Retentei
Re-retentei
Re-re-retentei
Re-re-re-retentei
Re-re-re-re-retentei...
Ainda não cheguei...
Minha vida está em marcha ré.
É que esqueci uma coisa lá atrás:
O meu futuro.
Um olhar pode esconder quaisquer verdades que nos tirem um pouco de sossego, até mesmo nos privam de certezas antes inabaláveis, e reconhecer este conflito nos possibilita duvidar de nossas sentimentalidades.
John Pablo de La Mancha
Nada que esteja próximo da sensação de sentir a plenitude do êxtase nos faz acreditar em sua primordial existência para justificar sua busca, pois pode-se compreender a finalidade de cada gesto no momento em que nos deparamos com o agradável inesperado.
John Pablo de La Mancha
Nenhuma forma de querer é menor ou maior que os significados que o definem, da mesma forma como não há pouca ou muita exigência na intensidade do que desejamos.
John Pablo de La Mancha
O sentido de satisfação das palavras pode se realizar na definição que se tem de suas intenções, porém compreender o que querem dizer pode não ter absolutamente nenhuma razão para aceitar o que precisam querer.
John Pablo de La Mancha
Acreditar que as certezas trazem consigo a exatidão das evidências nos faz acreditar que nossas decisões alcançarão o que esperamos, mas se forem frágeis fortalecerão o que tememos
John Pablo de La Mancha
Não esqueça do vento e não ignore as brisas... Por isso respire o perfume das flores enquanto o vento lhe é favorável e sinta a leveza da brisa enquanto o tempo está do seu lado.
John Pablo de La Mancha
Quando os efeitos sobre o que fizemos não encontrar o limite para compreender o que deveríamos ter feito saberemos que a escolha foi errada, e sentiremos o peso de cada indecisão.
John pPablo de La Mancha
Por quanto o tempo couber na infinitude de qualquer devaneio tanto melhor para a espera e pior para a razão.
John Pablo de La Mancha
O sentido pertencimento cabe naquilo que é razoável para a compreensão do que pensamos como somos, e isto não significa que seremos vistos da mesma forma ou aceitos de alguma forma, pois pertencer é, antes de mais nada, uma necessidade do querer.
John Pablo de La Mancha
Muitas palavras podem refletir bem mais que o pensamento que as produzem, mesmo que causem temor por não serem ditas ou sofrimentos por serem sufocadas, pois uma vez expressadas podem modificar uma verdade, e se contidas podem criar arrependimentos.
John Pablo de La Mancha.
As certezas que trazem consigo a absoluta realização das palavras, sob a forma de razão, podem esconder um sentido desconhecido de fracasso das atitudes.
John Pablo de La Mancha
O mais importante é sempre importante quando damos chance à menor possibilidade.
John Pablo de La Mancha.
O sentido que se opõe ao absolutismo da maturidade no máximo nos cencede o benefício da dúvida, jamais a certeza do erro.
John Pablo de La Mancha
A sabedoria não consiste em ter conhecimento e exercitá-la com o intuito da soberba. Consiste em controle e equilíbrio do conhecimento para evitar a arrogância.
John Pablo de La Mancha.
Às vezes os limites podem compreender a distância que separa as finalidades das necessidades, porém o que se deseja alcançar nem sempre faz parte do que se precisa.
John Pablo de La Mancha
A lucidez nos leva às razões e sempre nos cobra a certeza de fazer o correto, o devaneio nos tira a sensatez, mas, às vezes, nos liberta da opressão das hipocrisias.
John Pablo de La Mancha
Hoje me peguei pensando... pensando na vida, o que vivi, no que deixei de viver. No que aconteceu, no que deixou de acontecer. Começa a fluir um sentimento singelo, sereno, terno... lembro dos momentos, dos bons momentos. Dos incríveis momentos que eu vivi, principalmente dos que eu não vivi. Lembro-me do que aconteceu e, lembro amargamente do que não deixei acontecer.
Hoje me peguei pensando... o quão intrépido fui com esses momentos. O quão incrédulo fui com os sentimentos vindouros que não se realizaram. O quão cético fui com os momentos que deixei passar. Algumas lembranças batem na minha porta. Outras esmurram. Tento olhar entre as persianas que escondem o meu rosto o que está a me incomodar ou a me presentear. Olhei de mansinho como quem não quer nada. Pude ver algumas coisas...
Hoje me peguei pensando... fiquei pensando sobre o que eu pude ver através das persianas. Sorri. Dei um sorriso amarelo com o canto da boca. Mas, na verdade, o coração estava transbordando. O coração estava caindo em gargalhadas. Quão tolo ele foi outrora – pensou. Este coração malévolo, traiçoeiro.
Hoje me peguei pensando... fiquei imaginando que, por um momento, eu poderia viver o passado no meu presente e, que, este presente poderia ser eterno. Diria que te desejo, que te quero por perto enquanto a eternidade for o presente. Ah! este presente... é tão ente. Só de pensar em reviver um momento que era pra ter acontecido... é como se fosse um encontro com o passado, um encontro com aquilo que não aconteceu.
Hoje eu me peguei pensando... o pensamento foi a mil. E, ao mesmo tempo, voltou a estaca zero. Logo pensei: no zero, que é o nada, existe algo, e esse algo, sou eu, somos nós, que somos nada. Um nada que se tornou tudo, um tudo que se formou do nada. Acho que pensei demais, creio eu...