Poesias de Robert Louis Stevenson
Violei-me
As palavras são cuspidas da minha boca
Vagarosamente, empurradas para fora
Jorradas como rio em forte correnteza
Destilando da garganta pela língua.
Em um engasgar seco eu repeti
Estou dissipada, navegou no meu sangue
Me encabulou zombando de mim
Jogo na mesa quem da as cartas?
Suspense , mistério não tão mistério assim
Envergonhado pior de todos os golpes baixos ,
Essa piada o amor .
O lamento do violão
Da janela , a chuva caia
Escorria nos vidros
Dançava gota a gota
Faziam ziguezagues .
Meus olhos acompanhavam
De um lado para o outro
Tic tac, tic tac
Voltas e meia com os polegares.
Um passo um suspiro,
Declinando a cabeça
Lamentava por algo perdido
Ou simplesmente
Por não ter nada a dizer ...
O gosto das uvas
Revirei-me outra vez
A cama fez jus ao meus pensamentos
Meus segredos sonhos ,meus medos , Derrepente aquela sensação ,
Aquela de, encontrei eu achei
Achei o que eu procurava ,
Pobre mente atormentada .
Insana infundada ,
Dar me as mãos e só flutue
Pise nos degraus imaginários
E sonhe junto a me
Essa história sem pudor.
Quem é você ?
Quem és tu que chegas de mansinho Aproximando uma pedra por vez .
Um estalar de garganta , um dois três
É vinho,tinto ,suave, seco, tardio doce
Ou passado , eu não sei
A me só me resta esperar
Por esse breve encontro talvez.
Relatos de quatro rodas
Meros pés pernas andantes
Tapados conformados
Hipocrisia todos os dias
Passo a passo .
Palavras e palavras confusas
Sou só mais um mortal
De conflitantes pensamentos
De esperas revoltantes
O que diz a sua mente
Melhor o que guarda
Sorrisos , choro alegria pedidos
Dor desespero
Rum nesse passar infinito
Nesse declínio maldito
O tempo, gozador do ser .
Ida
Talvez eu fique por aí
Só talvez eu me negue a ir ,
Sinto o gosto do sangue morno na boca
O ferrugem do travar dos dentes.
Aquela porta escura que não deve ser aberta
Aquele fio de angústia
Que sai do peito esvaindo pelas costelas
A sensação do assoviar da morte .
Alguém puxa o fio
Eu sinto na minha carne
Palavras ,infinitas palavras despedida
Pobre alma ,vagante atormentada.
cupido
O que é amar pra você
Uma explosão de dor
Agonia se agarrar nos detalhes
É cegar-se pra não ver .
Permitir que alguém invada você
Toda dor causada cria uma casca
Uma ferida que não sara
Não cicatriza.
Corte as asas de um pássaro
E ele não voará
Quebre o coração de alguém
E até respirar fica difícil .
Sim meu coração foi partido
Esmagado pisoteado
Mastigado
Servido
"Maldita seja
Eu não sabia que amar doía tanto
Eu não imaginava
Que me destruiria
Nunca pensei.
Quão dilacerante seria
Dar meu coração
Uma praga desconfortante
Dor escruciante .
Luta de amor e ódio eterno
Quando um não , doía até os ossos
Que queres que te faça
Maldita seja .
Maldita bruxa devassa
Deveria queimar-te ,
Mas a única coisa que queima
É meu desejo de te .
Malditas labaredas
Eu sou a própria fogueira .
"Arco iris"
Serei pra sempre sua,
Vagas palavras dentro do meu coração
Que se partiu em pedaços
Não tão vagas assim.
Aquelas palavras escritas que gritaram,
Pra sempre para todo sempre
Até alguém ouvir
Tanto a ser dito, nada que os sentidos Possam ouvir
Mergulhei
Aqui estou eu, tomada atordoada
Ai ,coração maldito
So fazes zombar de me
Escreverei milhões de palavras
Pintarei todas as ruas de azul rosa ou amarelo ou vermelho
Eu beijarei seus pés e sentirei seu cheiro Minha, minha eu repito
"Sua"
Eu escutei
Ariane de Moura
Quando um vaso se quebra
Cavando uma saída sem fim
Doi quando eu respiro
Meu coração sangra
E meus olhos se molham
São duas linhas distintas, em caminhos separados
Não importa quantas vezes eu chore
Sera minhas mãos a enxugar meu próprio rosto.
Como explicar tanta dor
Como te fazer viver e sentir
Escrevendo as aqui
Como te mostrar aquela pontada?
Seguida de falta de ar
Junto a engasgo de melancolia
Como dizer escrevendo , sinto ,
Eu sinto , sinto se partirem
Como ossos secos
Jorram como sangue de uma artéria
Como cinzas quentes
De uma árvore em chamas
Te venero
Tempestade, furacão de sentimentos mútuos
Dilacerou meu coração , arremessando
Minha alma nesse mar de paixão
Chovia em mim e molhava minha boca
Desejando , minha pele e meus beijos quentes
Escorria pelo meu corpo com a boca
Sentia meu cheiro , eu sentia seu
Você me chamava , eu te ouvia
Te seguia , eu tinha sede de você
Queria beber te como vinho
Queria sugar te como mel em meus dedos
Queria deslizar minha língua e sentir
Cada gosto seu
Não é da carne , e do desejo é do beijo
Seu seu cheiro
Seus beijos seu delírio por mim
Minha , sua ,sua suspira geme
Pra mim
Bebe da minha boca
Nosso fogo e desejo
Eu louca por te
Minhas palavras
Eu dou um passo no escuro
Navego entre as linhas do destino
Eu brinco com cada palavra
Dedilhada nas cordas de um violão.
Eu não digo as palavras ,
Eu as transpiro,
As faço carne da minha carne
As faço sentir por se próprias .
São viscerais , do profundo
Metódicas consistentes
Quase com vidas
Se não, vivas.
Você pode dançar com elas
Canta-las educa-las endireita-la
Melhor sussurra-las , grita-las
Por fim guarda-las .
"Infame
Olhei e vi seus olhos
Naquelas gotas de chuva
Que molhava seus cabelos
Dançamos .
Estava hipnotizada , com seu ar de que
Nós podemos ser tudo que quisermos ser
O mundo é seu é meu é nosso
Nas linhas tênue do seu corpo .
Fio a fio eu puxei, te trouxe pra mim
Daquela água que escorria de você
Eu bebi , destilando pela minha boca
Encurralada não resisti .
Pedi um beijo ,
Quando me negou
Eu o tomei pra mim.
Sintonia
Senti medo ,quando seu corpo tocou o meu
Sentir que entrava na minha carne
Tive medo de não conseguir sair
Fiquei tão presa , na maciez da sua boca.
Que me esqueci , me perdi
Todo meu amor
Todo meu carinho e atenção ,
Flamejante, como o ardo .
Daquele chocolate aquele , aquele
Pimenta , finalmente, quanta memória
Não concluída , quanto prazer desejo adiado
Sua pele , tom de romã , ou maçã , canela isso .
Seu cheiro que embebeda meus pensamentos , mas como se é pra sentir
Sim me embebeda , entra pelos meus pulmões
E derrepente , estagnada perplexa do seu poder .
Macio quente , doce forte
Molhava minha boca
E eu quase implorava
Me beija .
Minha licença poética
Meu delírio eminente
Vislumbre da poesia perfeita
Minha cereja negra .
Ao soar dos sinos
Traz de volta , traz pra mim
Revoga o beijo o cheiro , desejo
Arromba a porta que ficou trancada
Não por opção , mas por orgulho besta .
Segure os dedos minhas mãos
Não solte não vá embora , fique .
Resista , peça , me queira
Me dispa.
Beba de mim, sugue de mim
Sussurre enquanto beija minha boca
Converse no meu ouvido
Com sua voz rouca .
Sorria
Quando fechar lentamente os olhos
Enquanto se curva sobre mim
Abra as pernas e como na cadeira
Sente , apoie seus braços e viaje em me
Passeie com as mãos no meus pescoço
Busque meus olhos pra se
Impeça minha fuga .
Beije-me
Não me deixe ir.
Morrerei engasgada de palavras
Ouvi dizer que todos os poetas
Morreram engasgados
Pensei engasgados
Morrerei escrevendo tudo .
Mas nunca será o suficiente
Sou inundada de dentro pra fora
Permeada de caos e contradições
Tão finitas quanto eternas .
Um relógio de cordas
Programado já repetição
O eu caótico frustrado
Com fleches de memória .
Inerte da história , na contra mão
Infinitas palavras deslocadas
Extraídas soberbas de me .
jaz
Será , que há espinhos nos meus lábios
Não são macios ou suaves o bastante
Todo choro guardado
De tristeza e solidão
Serve um beijo sem paixão
A quem pertence os beijos
Que só quero da a você
Cordão maldito
Liga meu eu ao seu ser
Nada tão bom quanto parece
Meio frio , morno , seco
Aqui , lá bem ao longe
Onde o sol nunca dorme
Horizonte.
inconstância
A solidão é algo extraordinário
Busca de dentro aquilo
Que você não quer encarar
Nós passos dados adiante
Solitude , ao senta-se em um banco de praça
Ao respirar fundo tomando um café no sofá
Ao ler seu livro favorito
Encostado na cama com o travesseiro
Ao acordar de manhã agradecido
Pelos dias difíceis , mas mesmo assim
Agradecido
Ver o sol com o raios tão resplandecente
Que toma por completo nossa alma
Aquecendo o coração de quem
Faz morada no gelo
Nas lágrimas nos sorrisos
O que queremos
Naquela casinha velha
Feita de madeira e capim
Encontrei a paz que necessito
Minhas poucas palavras
Nunca serão referidas como solidão
Sólida é o que todos vivem dentro da suas próprias mentes
Claro eu também tem a mente solitária
Mas eu gosto disso
Eu gosto de saber que posso está só
E mesmo assim sorrir
Além do mais fazer esforço para agradar
sempre nunca foi meu forte
Eu posto está feliz, e mais tarde triste
Posso dormir hoje amanhã nem tanto
Isso enloquece a maior parte das pessoas
Não que eu seja melhor nem diferente
Acho que eu só aprendi a entender
Somos milhares diferentes
Todos querendo a mesma palavra
Felicidade
Ninguém quer ser triste
As pessoas não sabem lidar com a tristeza
Elas querem a felicidade eterna mesmo sabendo que não é possível
Elas tem a ilusão de que um dia viveram felizes sem nenhum problema
Infelizmente eu também faço parte dessas pessoas .
Também tenho a ilusão de que viverei
Feliz para sempre.
Onde está seu coração
Hoje eu tô cheia do nada
Cheia do vazio de olhos parados
transbordando de tantas coisas que não cabe em mim
Do tipo de coisas como ,e agora
Pra onde é que eu vou
Qual ponte devo cruzar
Do que devo encher a minha mente
Esse ar quente de sol e céu nublados
Me desanimam , pessoas me desanimam
Eu sei eu sei eu também sou uma pessoa
Por isso sei que posso me desanimar.
Sorriso
Naquele sorriso , nascera
O que meus olhos buscavam
Naquelas gargalhadas escandalosas
Que você emitia sem timidez
Em cada curva perfeita
Nas ondulações dos seus cabelos
Me quebrei , quebrei a promessa feita
Nunca me apaixonar dinovo
Mal se esperava a hora de ver te dinovo
Seus olhos anceia os meus
Sua pele quente chamava meu nome
Eu atendia exitar
Por onde andas aquele sorriso
Aposto que sorrindo para outros olhos
Beijando outras bocas
Elogiando outros rostos
Sonhando com meus olhos e corpo.