Poesias de Oswaldo Montenegro

Cerca de 51 poesias de Oswaldo Montenegro

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso. Que eu me lembro ter dado na infância. Por que metade de mim é a lembrança do que fui. A outra metade eu não sei.

Não pense que o mundo acaba ali onde a vista alcança. Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança.

... Que o homem que amo seja pra sempre amado
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a uma mulher inundada de sentimentos...

... Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
e que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada...

... E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

Nota: (Metade - Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca,
porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza; que a mulher que amo seja pra sempre amada, mesmo que distante, porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade. (...)

Que essa vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada, (...) porque metade de mim é a lembrança do que fui, mas a outra metade, não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito e que o teu silêncio me fale cada vez mais, porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

(...) Que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também.

Oswaldo Montenegro

Nota: Trechos da música Metade.

Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas outra metade é silêncio...

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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Faça uma lista dos sonhos que tinha, quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre, quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece: Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantas mentiras você condenava?, quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo, eram o melhor que havia em você?

Oswaldo Montenegro

Nota: Techo da música composta por Oswaldo Montenegro e publicada em 1999. Link

O Mesmo Assunto

Olha nego
Desculpe mas me cansa repetir a mesma coisa
Todo dia insistindo em fazer saltar os olhos
O que os olhos não conseguem enxergar
Olha nego
Desculpe mas me cansa repetir o mesmo assunto
Ou pior, perdê-la no turbilhão de frases feitas
E a mim falta saúde pra agüentar
Olha nego em mim não sobrou ilusão
Mas de sã consciência
Lhe afirmo meu nego
Farei o possível se for pra ajudar
Mas se não
Não quero esse papo doente
E sem conseqüência palpável meu nego
Não conte comigo pra filosofar
Eu quero é na sombra da velha mangueira
Amar a morena e sentar num papo sem pressa mexendo o canudo
Num copo de maracujá
Você apareça que a gente aprecia
Por deus nem precisa avisar
Mas usa essa mente sem acrobacia nego
Clareza é preciso tentar
Olha nego
No fundo eu compreendo a tua cuca
E a tua culpa eu também sinto
Mas não acho justo a gente se iludir
Que adianta a luta na mesa do bar
Olha nego
Enquanto não for pra valer
Apareça lá em casa sem medo ou remorso
Pra com alegria ajudar quem não tem

Que seja preciso mais que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito, e que o teu silêncio me fale cada vez
que ninguém atende complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer, porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção. Que minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra.. também.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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Meu amor
Me ensina a escrever
A folha em branco me assusta
Eu quero inventar dicionários
Palavras que possam tecer
A rede em que você descansa
E os sonhos que você tiver

Meu amor
Me ensina a fazer
Uma canção falando quanto custa
Trancar aqui dentro as palavras
Calando e querendo dizer
Não sei se o poema é bonito
Mas sei que preciso escrever ...

Me Ensina a Escrever

Não é que eu não tenha amigos, não
Não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão...

Metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade…
Metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo...
Metade de mim é a lembrança do que fui
a outra metade não sei....
Metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço...
E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

Eu quero viver uma relação em que as pessoas sejam leais e sejam fiéis sem fazer o menor esforço.

É difícil dizer quando uma história termina, aquele instante súbito em que deixamos de ser vilões, heróis e donzelas, e somos arremessados de volta contra o chão duro da realidade, aquele exato momento em que caímos em nós mesmos, vemos quem somos, os cristais se quebram, e é o fim.

Sabe aquele sentimento feliz de encontrar alguém querido que você não vê há muito tempo, quando na verdade você nunca esteve com essa pessoa, nunca viu e nem conhece? São assim as afinidades. Seu tempo e ritmo a nossa revelia, nos aproximando dos nossos, nos reconhecendo do nada e num instante antes que essa pessoa diga você já sabe o que ela quer, nas adversidades vocês choram juntos e depois riam e rolam pelo chão feito crianças brincando. Vivendo só por acharem que a vida vale a pena.

Sabe que as vezes eu tenho a impressão de que as coisas bonitas, elas sempre tem um ponto final… Diferente do nosso cotidiano, dessas que nos acompanham e vem com a gente no nosso dia a dia, as vezes são boas, as vezes são más, mas é parte da vida de todo mundo e essas ficam por ai. Agora essas coisas bonitas, essas que a gente não quer que acabe nunca sempre tem um ponto final. Parece que de tão delicadas, as vezes qualquer movimento brusco, um sopro e elas podem se desfazer.

"Cada alegria desfaz algum nó, não é preciso entender as paixões [...] Sim, cabe ao amor te aliviar do que te cansa..."

Se você me olhar pela última vez, só verá meu sorriso com jeito de adeus. Delicado e quieto no centro da sala.

Imagina alguém se transtornar a simples visão de uma tela de Rembrandt ou ouvindo em êxtase a 9ª sinfonia de Beethoven.

Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, a outra metade é silêncio.

Oswaldo Montenegro

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Ferreira Gullar. Trecho do poema "Metade".

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Quando voa o condor
Com o céu por detrás
Traz na asa um sonho
Com o céu por detrás
Voa condor
Que a gente voa atrás
Voa atrás do sonho
Com o céu por detrás ...

Condor -

Inserida por anapaolavichiett

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