Poesias de Luis de Camoes Liberdade

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Hoje não
Vou apelar ao faz de contas
Hoje não quero o real
Nem vou saber se o sol aponta
Nem quem está bem ou mal.

Não quero notícias nenhuma,
O mundo vou esquecer
Superar medos guardados
Ser feliz pelo fato de viver

Hoje serei corpo sem matéria,
Sem futuro me puxando
Vou sorrir como quem vive em férias
Sonhar como quem está amando.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Humildade morta
Talvez nunca chegue para ficar,
Nem nunca levante para ir embora.
Talvez a multidão escondeu
No tremor da respiração
Em que você se perdeu
E foi-se pela contramão.

Nem mais copo, nem mais corpo
Acolhendo os desejos acordados.
Não há boca esperando outra,
Apenas um movimento sem jeito
Um corpo conduzindo a roupa.

Na parede pendurado um recado
De um tempo a ser lembrado,
Um sorriso nunca esquecido
Contrastando com o hoje amarelado.

Findou assim, sem terminar
Foi tudo e sempre tudo será
Amor que ama tem vida eterna
O que morre é a humildade de amar.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Sol
Conte-me do sol prometido,
Disseste-me que ele ainda brilha,
Inquieto-me sem que o veja
A espera é castigo insano.
Venha para mim sol que tanto amo.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Florir
Floriu o poema que plantei.
Flores lindas!
Perfumadas de vida.
Escuto o assovio do menino
Em seus galhos empoleirado.
Doçura de versos germinado,
Na poesia, que mesmo tardia,
Faz sombra para lhe abrigar.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Para ser lido
O livro leva o silêncio
Leva a vida
Seus personagens
Suas passagens
Leva calado
O que foi grafado
Para ser lembrado.

O livro transporta
Tudo o que se quer,
Leva saudades
Em cada linha
Uma historinha
Que alguém inventou
Ou a verdade
Que o autor contou.

O livro é fiel
Leva de tudo, mas
Fica calado
Seu conteúdo
Não é revelado
Se não for folheado.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Poderás oferecer uns binóculos a um ignorante
Mas ele irá continuar a ver
Apenas as pontas dos sapatos

Inserida por fernando_r_luis

Vãos
Pelos vãos dos seus dedos
Com maestria incontida
Passaram tantos segredos
Escapou tanto da vida.

Por eles vazaram poesias
Num galope ultra frenético
Incrédulo e imóvel você permitia
Contemplava com olhar poético.

Inserida por MoacirLuisAraldi

A gente
A gente se doa em cada gesto de carinho
A gente se dá em cada flor que oferece
A gente se perde no outro quando ama
A gente renasce quando tem o que viver.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Faliu a sociedade
E a mãe perdeu o filho
E se fechou.
E outra família perdeu o pai
E se fechou.
E outros perderam outros
Humanos, honestos, bravos...

Faliu a sociedade
O crime reduziu a idade
Os valores reduziram nas cabeças
Intoxicadas.

E a mãe generosa
De coração sem limite
De bondade divina
De amor e luta
Perdeu outro filho,

E a sociedade não viu
O policial não viu
O juiz não puniu,
Mas o filho sumiu.

Coração de mãe cabe mais um,
Mas por Deus,
Há uns que não merecem ter mãe,
Há uns que não tem Deus,

Mãe nunca vai entender
Por qual motivo outro filho
Assassina um filho seu.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Cenário
É preciso encontrar ao menos um poema
Ou mesmo um simples verso sem rima,
Uma frase rabiscada na folha dobrada
Para fazer voltar na memória
O que agora é apenas história.

Na necessidade de se ir adiante
Vê-se o cenário da antiga cena
E hoje ensaia-se só.

Nesta hora tem-se a certeza
O que era um caminho
Transformou-se em estrada
De se caminhar sozinho.

Foi-se a vida
A velhice chegou.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Hostil
Para seguir em frente
É preciso detonar minas internas,
Cavar túneis na alma,
Fazer pontes nos sentimentos,
Abrir picadas nas muralhas da vida.

Neste ambiente hostil
Dos meus olhos nasce um rio
Dou a ele brilho sutil
Águas mornas de frio.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Que vida!
A algazarra cessou.
Apenas uma lâmpada, ao fundo,
De resto e de alma tudo sombreou.

Um menino sonhando corria sozinho
Perdido, desconecto do caminho.

De dia viu voarem passarinhos,
Mas pernoitou sem sequer ter um ninho.

Sem travesseiro,
Querendo a noite passar ligeiro
Como se fosse dela apenas um passageiro.

Sonhos reais
Horrores,
Temores...
Tremores.

Um timbre de galo .... Distante,
O dia entrante
Angústia alarmante.

Desejou plantar a poesia
Na ilusão de colher o café da manhã,
No orfanato da agonia.

Desacreditou no amor
Angustiado calou.

Sem mundo
Humano imundo.
Matou as aventuras,
Matou as canções,
Sepultou ilusões.

- Que vida meu Deus...
Que vida!

Inserida por MoacirLuisAraldi

A vida
Evito ao natural manusear
Vou lendo de lá pra cá,
Prefiro não saber se acabei
Ou se estou apenas a começar.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Na arte nada limita
Sou poema que desconhece distância
Já que o virtual aproxima,
Sou verso longínquo de relevância
Comungando a mesma rima.

Na arte nada limita,
Sem fronteira demarcada,
A cultura se unifica
Para ser admirada.

Poeta virtual eu sou
Não me ausento da escrita
Este gênero me conquistou
Poesia é a minha favorita.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Partir
Em pleno devaneio
Já no centro de mim,
Refleti-me desajeitado
E no meu espelho,
Em prantos sorri
Por fim...
Parti.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Eu não paro de sonhar
Só o fim dos sonhos me faria parar,
Mas tenho estoque para uma vida
E se necessário vou fabricar.
Eu não paro...
Eu não paro de sonhar.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Medos
Na velha casa de madeira
O quarto ao lado do meu
Um mostro escolheu para morar.
À noite, destemido, ele subia no foro
E fazia a madeira estalar.

A lua espiava os meus medos pelas frestas
– Que vergonha!
Ao longe, uivava algum bicho noturno,
Desconfio que em meio as palhas do colchão
Morava outro, mais barulhento, mais enfadonho.

Hoje a casa é adulta
Do menino já nem sei,
Mas os medos?
Deles nunca me livrarei.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Nem vi
Desculpem minha falta de memória
Repito os velhos versos
Como a canção antiga
Que cantei na infância.

Desculpem minhas frágeis lembranças,
Vividas desde dos tempos de crianças
Que não querem se apagar.

Desculpem – me
Nem vi a vida passar.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Doce
Tão doce seria sonhar
Sem os temporais da vida,
Cicatrizes são marcas
Causadas pelas feridas.

Inserida por MoacirLuisAraldi

Ficou
Restou um rastro de poesia
Em folhas rabiscadas
Um rascunho de poema
Uma caneta trincada
Um caderno envelhecido
Pelo café marcado
Bitucas abundantes
Num cinzeiro enferrujado.

Ficou a vida sem óculos
O poeta foi cegado.

Inserida por MoacirLuisAraldi

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