Poesias de Dor
Transformar dor em combustível é alquimia selvagem, a chama que nasce do abismo, a vida que renasce incendiada pelo próprio sofrimento.
A dor que tentou me derrubar foi a mesma que, pela graça de Deus, me deu o manual de instrução para levantar e nunca mais duvidar da minha força.
Transforme suas feridas em degraus firmes, cada dor em escada e cada queda em um novo impulso para a subida.
A dor me afinou a visão do essencial, descartei o supérfluo e me concentrei no vital, a vida simplificou-se em propósito.
Minha compaixão brota de ter sofrido, conhecer a dor ensinou a aliviar, dou mãos onde precisei delas
A dor já não me define, me informa, ela sinaliza o que cuidar e o que transformar, não mais sou refém do que passou.
Já caminhei pelos abismos cobertos de pedregais, já senti a dor dos espinhos de arbustos insensíveis, com seus galhos já sem vida a muito tempo. Afundei na lama até o pescoço, lutando para respirar e, por um instante, só pude ouvir as batidas lentas e vacilantes do coração... se é que ainda o tinha.
Pés despidos na pedra fria, olhos que sabem de dor. Mas há no rosto cansado a chama viva do amor. Quem carrega o que é amado não sente o peso que levou.
O paradoxo revela a dor de existir sabendo que a própria presença ou ausência não altera o curso do mundo. É a consciência da própria irrelevância diante de um universo indiferente, onde o desejo de significado colide com a certeza do esquecimento. A ferida nasce do conflito entre querer importar e perceber que, no fundo, o vazio permanece o mesmo.
Cada passo deixado na dor é também um vestígio de amor. O caminho pode ferir, mas quem anda com fé transforma o chão em esperança. Mesmo quando o corpo cansa, o coração ainda floresce, porque sabe que está voltando pra casa.
As pedras do caminho não impedem o amor, moldam os passos de quem acredita. A dor que machuca hoje será o altar onde a esperança se deitará amanhã. Há propósito até no terreno mais árido, porque o divino também habita o deserto.
Mesmo na mais longa noite, o amanhecer não se esquece de nascer. O tempo da dor é apenas o intervalo da transformação. A alma, quando confia, floresce até sob o frio da espera.
Fui dor, fui cura e sigo aprendizado, a vida mantém a lição sempre à mão, aceitar ser processo é viver em evolução, aprendo a cada passo, sem pressa.
O maior poder é aquele que se manifesta na ternura e na capacidade de chorar a dor do outro como sua.
No deserto, o conforto virou dor, eo silêncio me acusava sem piedade. O frio do esquecimento quase apagou meu nome… Até que ouvi a voz do Pastor chamando por mim.
Minha história é isso, uma colcha de retalhos emocionais onde fé, dor, memória, solidão e lucidez coexistem como os fios que sustentam uma alma ferida, mas viva.
A inspiração vem da dor, sempre da dor... Cada gesto de escrita nasce de uma ferida fresca ou de um hematoma emocional, sem essa dor, minha voz se calaria. Reconhecer que só a angústia me impulsiona a criar é aceitar que a beleza de cada frase vem acompanhada do sabor amargo de lembranças que preferiria esquecer.
Minhas lágrimas carregam tanta dor e sofrimento que, machucam a minha pele e onde posso sentir fisicamente o que me traz aflição.
Toda dor tem uma voz, os gritos da noite continuam ao amanhecer... Haverá sempre um desejo do Sol a brilhar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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