Poesias curtas de Amor

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O amor platônico mais lindo, o sol e a dona lua!
Ele raia, pra ela luar...
Eles cintilam, eles se amam, sem se tocar!

A espécie compromete-se com um casal a que haja amor entre os dois. Mas logo que se apanha servida, vira-lhes as costas e eles que se arranjem.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

Amor é deus de paz; nós amantes, veneramos a paz; / para mim, particularmente, bastam as guerras com a minha mulher.

Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.

Os arrufos entre amantes podem ser renovações de amor, mas entre os amigos são deteriorações da amizade.

O mais belo momento de uma mulher (...) é aquele em que, seguros do seu amor, ainda o não estamos dos seus favores.

O nosso amor-próprio suporta com mais impaciência a condenação dos nossos gostos que a das nossas opiniões.

Por mais descobertas que se tenham feito nos domínios do amor-próprio, ainda ficarão muitas terras por descobrir.

Muitas vezes o amado desencadeia a força lentamente acumulada no coração daquele que ama. O amor é uma coisa solitária. É esta descoberta que faz sofrer.

Mas de vez em quando ergues-te ainda frenético, como esse velho de que se conta que fazia amor uma vez por ano....

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

O nosso amor-próprio é tão exagerado nas suas pretensões, que não admira se quase sempre se acha frustrado nas suas esperanças.

A fé é um condão. Mas o bom trabalho, no amor do ideal, dá a fé. Não há trabalho no sentido verdadeiro sem fé.

O sentimento do amor não-correspondido é diferente, íntimo, impiedoso. É como jogar uma bola para o céu e ela, desafiando a gravidade, desaparecer. E é impossível não ficar ali esperando ela voltar.

O amor é como o capim: você planta, cultiva, espera crescer e depois vem uma vaca e acaba com tudo.

O amor não é considerado um erro, e sim algo inevitável, por que se alguém passou pela vida e não amou, não viveu, só passou.

O amor tem as suas razões, que a lógica não compreende, como o destino tem as suas ironias que a razão não explica...

Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa. Me escorrem desejos pelo rosto pelo corpo. Um amor susto. Um amor raio trovão fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim todos os dias.

Parece que o amor da gente recomeçou... A cada dia ele aumenta e o coração não aguenta de tanto que te esperou...

Todos os sentimentos cansam e "desistem", menos o amor. Sentimento algum é tão teimoso! Até quando passa, não acaba. Posto de lado, jamais se conforma. Mesmo se afogando na impossibilidade, não morre.

Mas não me queixo. O amor que sinto pelos outros quase sempre é suficiente, não precisa nem ter volta.