Poesia Poema Natureza
você é meu maior confessionário
ontem, hoje e pra sempre
que o mundo se acabe,
menos a gente
- confissão
Preparem minha filha para a vida
Se eu morrer de avião
E ficar despegada do meu corpo
E for átomo livre lá no céu
Que se lembre de mim
A minha filha
E mais tarde que diga à sua filha
Que eu voei lá no céu
E fui contentamento deslumbrado
Ao ver na sua casa as contas de somar erradas
E as batatas no saco esquecidas
E íntegras.
Dona de quê
Se na paisagem onde se projectam
Pequenas asas deslumbrantes folhas
Nem eu me projectei
Se os versos apressados
Me nascem sempre urgentes:
Trabalhos de permeio refeições
Doendo a consciência inusitada
Dona de mim nem sou
Se sintaxes trocadas
O mais das vezes nem minha intenção
Se sentidos diversos ocultados
Nem do oculto nascem
(poética do Hades quem me dera!)
Dona de nada senhora nem
De mim: imitações de medo
Os meus infernos
Felizmente.
Somos todos diferentes. Temos todos
o nosso espaço próprio de coisinhas
próprias, como narizes e manias,
bocas, sonhos, olhos que vêem céus
em daltonismos próprios. Felizmente.
Se não o mundo era uma bola enorme
de sabão e nós todos lá dentro
a borbulhar, todos iguais em sopro:
pequenas explosões de crateras iguais.
SONETO SAUDOSO
Choro, ao pé do leito da saudade
Que invade o corpo sem descanso
Se fazendo de fiel cordeiro manso
E a agrura numa brutal velocidade
E vem me trazer recordações, afeto
Tão apetecida em tempos outrora
Agora na ausência, lerda é a hora
E cruel a minha emoção sem teto
Chorei, choro por esta separação
Neste fado dessa longa despedida
Que partiu a vida daquela posição
Se eu, tenho na sorte malferidos
Aqui sinceramente peço perdão
Movidos nos desfastios vividos
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/04/2016, 21'00" – Cerrado goiano
O vento que vem de lá
Entra sem eira nem beira
Descabela o mundo de cá
Abre a janela, venta e incendeia.
Sem você
Te amo demais garota
Sem você
Meu coração sai pela boca
Pensa no caos que vai ser
Não me imaginaria no mundo
Sem você
Caiu na solidão
E de lá não saiu
Pensa no caos que vai ser
Pensa se meu coração não bater
Sem você irei morrer
Se eu sumir da sua vida
Pensa no caos que vai ser
Sem você é beco sem saída
Foi?
Foi...
Enaltecer o ganho
Abrandar o nórdico
Esclarecer o sóbrio
E engrandecer-se no pódio.
Claro?
Claro...
Não quero dizer
Audaz, vou fazer
Até as portas colapsar.
Ok?
Ok...
Acho que já é o suficiente
Digo mais, vou atrás ferozmente
Digo mais, cala-te.
Se não cair, eu faço cair!
Menina de cabelo comprido
seja loiro, castanho ou negro,
és linda e bem comovido
no meu coração te aconchego!
" Assim lutará o amor
até as forças cessarem
até ter a certeza, de que valeu
até quando não puder mais
ainda assim estará valente
vivo, forte, pulsante
fiel até o fim...
Perspectivas
A libertinagem intesifica a reciprocidade
Não há sentido demonizar quem vive para o prazer
A religião que tornou a conduta profana
Esconde Deuses libertos alados às camas
Do que adianta dar asas aos anjos
se a ética não lhes permitir voar?
Bonecos moldados por uma falsa moral
Guardiões de um exército falido
Travestidos de bem, praticando o mal
Discussões evitadas, palavras não ditas
Quem sempre nega a culpa
Há de amargar o arrependimento
A dor do coração partido
Ao ver ela partir
Me revelou ser inútil
Enquanto esteve aqui
Todo amor vira ódio
Quando vencido pelo tédio
Consciência de inércia
Me fez assim tão só
" Já andei descalço em dunas ferventes,
senti o calor subir pelo corpo e precisei de água
já estendi as mãos a ingratos que não souberam dizer valeu
vi o mundo mudar, crianças crescerem
vi amores confundidos com amizades
e amizades maiores que amores
vi filhos deixarem suas casas
e suas mães chorando
já vi filhos chorando
a ausência de suas mães
e ai o mundo foi escola, lar
tribunal e verdade
já vi arrependimentos verterem em olhos cansados, vermelhos
e a dor acompanhar até o fim
vi mãos que nunca deram nem pediram perdão
já andei de sandálias novas e isso foi muito bom
conheci realidades, duras e belas sociedades
conheci o amor e a beleza da vida
conheci colo de mãe
e lá foi o melhor lugar do mundo...
Poeta eu não sou.
Não sou poeta nem ao menos sei escrever, mas conheço de amor
Dores que me fez sofrer, conheço de sentimentos não correspondidos
Conheço de frases não faladas ou não ouvidas,
Conheço de magoas não apagas e ressentidas
Mas o que mais conheço é o recomeço, pois não existe amor sem recomeço,
Não existe feridas sem curas, cicatrizes sem marcas
Passados sem lágrimas,
Mas do que isso importa, não preciso ser poeta para expressar sentimentos em uma folha branca de papel, não preciso ser poeta para falar de amor, pois ser poeta não é escrever poesias e sim despertar sentimentos no pouco que se escreve com alma despertar naquele que lê não o que está escrito em uma folha papel, mas sim na poesia escrita em seu olhar que consigo ler com minha alma.
Realmente prefiro não ser poeta, pois é tão mais fácil colecionar palavras que não tenho coragem de usa-las, as vezes é mais fácil calar os lábios e abrir a alma.
Deixo o dom da poesia a quem escreve, me contento em ser apenas um simples amante do escreve minha alma e reflete os meus olhos.
" Vamos fazer história
devorá-la
com menta refinada e chiclete
salivas doces
encontrar o amor e fazê-lo acontecer
florescer antecipado
cair nas graças da vida...
Adeus-
Adeus, cá estou esperando
Venha aqui se despedir de mim
Eu estou tão saturado...
Olhe nos meus olhos, me impeça
Estou partindo agora
Se eu tenho certeza?
Juro que não pirei da cabeça
Adeus, o tempo parou perante nós
Até a lua se foi
deixando nós a sós
Me abrace forte, me conforta
Já vou indo para fora
Tu tem certeza?
De que não sente nada...?
Adeus, já estou longe agora
O dia está tão bonito lá fora
Me encontro além do mundo
Queria estar do teu lado
Mesmo que o mundo seja imundo
Se eu tive certeza?
É... talvez eu tenha pirado da cabeça
Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
A minha Musa antes de ser
a minha Musa avisou-me
cantaste sem saber
que cantar custa uma língua
agora vou-te cortar a língua
para aprenderes a cantar
a minha Musa é cruel
mas eu não conheço outra
O namorado dá
flores murchas
à namorada
e a namorada come as flores
porque tem fome
Não trocam cartas
nem retratos nem anéis
porque são pobres
Mas um dia
têm muito medo
de se esquecerem
um do outro
então apanham
um cordel
do chão
cortam o cordel
e trocam alianças
feitas de cordel
Não podem
combinar encontros
porque não têm
número de telefone
nem morada
assim encontram-se
por acaso
e têm medo
de não se voltarem
a encontrar
O acaso
não os favorece
Decidem nunca sair
do mesmo sítio
e ficarem sempre juntos
para não se perderem
um do outro
Deus não me deu
um namorado
deu-me
o martírio branco
de não o ter
Vi namorados
possíveis
foram bois
foram porcos
e eu palácios
e pérolas
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