Poesia Felicidade Drummond

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Como chorar a vida
Se a morte vai além
O tempo é corrida
Incertezas, porém

Tudo é começo, meio e fim
E eu tão pouco sei de mim.

Inserida por LucianoSpagnol

Não existe travesseiro com tanta sinergia, pra se repousar do dia a dia, do que uma consciência solidária...

Luciano Spagnol
Cerrado goianol

Inserida por LucianoSpagnol

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A noturna

Sinto a solidão anoitecendo
O frio escorrendo pelo cerrado
O silêncio já se emurchecendo
E o olhar no caixilho debruçado
A lua então querendo se abrasar
Na aridez do chão cascalhado

É breu solitário e ressequido
Onde não há capa nem blusa
Para aquecer o espírito doído
E amparar a solidão reclusa...
É um vil rugido diluído no ar
É uma agrura na alma infusa

Não sei com que me agasalhar.

Luciano Spagnol
Início de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da Ave Maria

Na fenda de ter crença eu já sabia
O pouco de amor se tinha nobreza
Na alma o homem trazia pobreza
E no olhar a mão que oferta, vazia

Nos caminhos, trilhados, uma certeza
O embate de quem clama na Ave Maria
Que na vida a nós é a Mãe da soberania
Via esperança, chama da ternura acesa

E neste sustento de fé, a paz em poesia
E no peito o afeto se dando em surpresa
Sentir a prenda de se ter uma real alegria

Após rezar, contemplar toda está beleza
À luz de Jesus desce da cruz, em romaria
E beija nossa face com humilde riqueza

Luciano Spagnol
13/06/2016
Dia de Santo Antônio

Inserida por LucianoSpagnol

Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto do cerrado no inverno

Chegaste, inverno no cerrado árido
Manhãs mais frias, ventos cortantes
As seriemas e seus cantos fascinantes
Noticiam o entardecer não mais cálido

Os pássaros engurujados e suplicantes
Pousam nos galhos tortos e desfolhado
O rubro céu pelo acinzentado é trocado
Do inverno no cerrado e seus instantes

A melancolia toma conta do dia gelado
Noites mais longas e mais pensantes
Oferece pinga pra aquecer o agrado

No fogão de lenha prosas fumegantes
Aquenta a alma e ao inverno versado
Propício aos sentimentos mais amantes

Luciano Spagnol
14 de junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Não te amo desalinhado como se é o cerrado
tal folhas emurchecidas libertas na sequidão
te amo como o árido clama água, na exaustão
sequiosamente, entre o limite e o estar saciado

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudação ao cerrado goiano

Caro cerrado goiano
te saúdo
e sem ter engano
mesmo eu este carrancudo
és soberano.

Aqui, pude te apreciar
aprender a lhe ver
diria até amar
mesmo daqui eu não ser
me sinto parte do seu despertar
belo, e também do entardecer.

Ali, cá, acolá
chão cascalhado
de frutos que são maná
arbusto desencontrado
flores, como não elogiar
tão mágico cerrado.

Então, minha gratidão
por tudo, pouco é o enaltecer
e o sentir que se leva no coração
e se saudade haver
volto, pra mais uma saudação.

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Encantamento

O tempo cá no cerrado
me fez um bom aprendizado

tudo veloz passava
no meu eu versado
assim, pude apreciar onde estava
e na saudade fui encantado.

E eu nem imaginava...

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

PLURAL

Quando o tempo nos é percebido
Distantes estão os anos ditosos
Conosco à frente dias penosos
E vai ficando o devaneio diluído

As horas sem segundos, gulosos
são os desejos, tudo é divertido
Eis que num as, se é envelhecido
E os enganos tornam-se facciosos

Então, tudo nos passa a ter sentido
Até mesmo os lamentos, saudosos
O que era ufano, vira comprometido

E vemos que nos plurais saborosos
Tem também o curso transcorrido
Num rugido de passos vertiginosos

(E lá trás o tempo de rapaz esquecido)

Luciano Spagnol
2016, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SABER

Talvez sonho, que de ti eu soubesse
Que no fado no cerrado aqui estaria
Pois na vida o escrito tem o seu dia
E não adianta querer outro na prece

Contudo, o fato é que se envelhece
Um logro, pois envelhecer não devia
Cria-se ausência, e a casa fica vazia
Quando da parceria mais se apetece

E se perde o entusiasmo da alegria
Sozinho, a saudade não nos aquece
A atitude só quer estar na nostalgia

No certo, paga-se o preço, e agradece
São as prendas de se obter a sabedoria
Saber, dá alforria e harmonia nos oferece

Luciano Spagnol
21 de junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÍNTIMA SOLIDÃO

Árida é a solidão que inspira o cerrado
Tão nostálgica e árdua no meu contentar
A que provém da saudade a me chamar
Em murmúrios, além, do vivido passado

Aquela que se perde no horizonte ao olhar
Que chora no entardecer de céu rubrado
E traz na brisa, a maresia, no seu ventado
A que me faz relembrar, calado à saudosar

Ampla, melancólica, é a solidão no cerrado
Uiva nas planuras em vagidos dum soluçar
Nos pousando vazios no chão cascalhado

Mas, a solidão abafada, que faz lacrimejar
É a que domicilia comigo, no meu sobrado
E que existe íntima e triste no meu trovar

Luciano Spagnol
22 de junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SALSTÍCIO DO INVERNO

No solstício do inverno, a luz solar
aparentemente, pode mais iluminar,
que seja, para clarear e ornar,
o afeto entre todos...
Trazendo sentimento terno,
olhar abrasador e aos corações
amor eterno...
Seja bem vindo solstício do inverno!

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

LUAR DO CERRADO

Quando, no cerrado, vem o anoitecer
O seu luar prateia as várzeas quedos
Num silêncio de fúnebres segredos
Numa tal beleza por assim merecer

É o Criador vazando o belo entre os dedos
Enfeitando a noite para não mais esquecer
Ladeando a lua com estrelas a resplandecer
E pondo a prova os nossos sentidos tredos

É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber
Que nos faz pequeninos, eternos mancebos
Pasmado, que quase não se pode descrever

A imaginação migra para vários enredos
Numa rutilante e bela experiência no viver
Numa total plenitude e sentimentos ledos...

Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Num mundo violento
e pobre de afeto,
rico é quem
desarma o outro
com amor concreto...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AMBIGUIDADE

Uns carregam prata outros trazem ouro
Eu? Nem ouro nem prata, tenho rosas
Umas com espinhos, outras formosas
No meu farnel são um acaso e tesouro

Na oferta é para serem harmoniosas:
Nas dores, as brancas são vertedouro
Na sorte, as negras portam mal agouro
Assim, ornam a vida, tornam prosas

É enredo no amor passado e o vindouro
Aos corações belas poesias primorosas
E nas lágrimas, doce arrimo batedouro

Dotam a emoção, alegres e nervosas
São cores na morte e no nascedouro
Vão em todas as venturas, preciosas

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O AMOR

Fui um dia, mais que um diverso instante
Devaneei e nem se quer por ele eu tinha
Inspiração ou na estrofe qualquer linha
Para mergulhar na poesia emocionante

Por ele sem sequer saber, sofrer eu vinha
Nas estórias de imensa angústia cruciante
E seria envolvido em trama vil e delirante
Na inquieta nuance da desventura minha

Andei correto e fiel sem ser redundante
Me inspirou versos de dia e de noitinha
E mesmo assim, a solidão foi triunfante

No poetar espalhou como erva daninha
Contaminou as rimas, se fez importante
Ah! O amor, tê-lo é tal cigana adivinha

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADE SEM DESCULPA

Tão igual quanto saudosar alguém
é sentir-se solitário acompanhado
estar rodeado e na alma isolado
ter do lado lembranças sem ir além

A saudade só importa se ela provém
dum amor contente do ser amado
retribuído no mesmo quilate doado
aquele que fala a influência do bem

Mas se o morno é a têmpera e peso
a dor da ausência um simples acaso
e os lamentos ruídos sem real culpa

Com certeza o coração não está aceso
o olhar vai se encontrar no tal descaso
e a saudade no sentir falta, é desculpa

Luciano Spagnol
24/06/2016, 14'14"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMOR POETA

O amor que poeta unicamente
para ti, luzente verso incisor
tão exclusivo em trova maior
e de inspiração total e ingente

É compendio tão integralmente
do coração, pulsando estertor
no peito forte e lugubremente
deste humilde, ao seu dispor

Poeta, outrora independente
agora prisioneiro e pecador
deste querer-te impaciente

Ao receber-te este poema flor
leia com o olhar complacente
é uma confissão do meu amor

Luciano Spagnol
Junho de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

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