Poesia Felicidade Drummond
Você é Tud0 que Eu Precisava
Estava cansada do amor
Havia desistido de encontrar alguém
Com que eu compartilharia minha vida
Tudo estava escuro
Mas você como o sol
Apareceu no meu horizonte
E me mostrou o caminho
Que me tiraria da escuridão
Desde o primeiro momento em que te vi
Me apaixonei por você
E agora não tem como voltar atrás
Eu o amo
Você é tudo o que eu precisava
Para não ser mais refém
Da solidão sufocante
A Dor
Quando a dor consome
Sua alma
Seu corpo
Sua mente
E gostaria de poder ir embora para um lugar em que a dor agonizante não lhe encontrasse
Mas onde há esse lugar?
Não existe, porque a dor fez morada em você e ela vai lhe acompanhar para onde você for
Nesses dias parece não haver esperança
Esquecemos que tudo são fases
Tudo passa, até a dor
Alienígena
Ficção tornando-se realidade.
Os alienígenas invadem a terra.
E passam a se apossarem do corpos
Dos seres humanos.
Os homens pneumáticos se unem.
Os violinos se afinam.
Um só inimigo comum.
O alienígena pode estar em qualquer lugar.
Inexistem diferenças.
Não adianta paredes altas ou grades nas janelas.
O jogo agora. É outro.
Antes ficção. Hoje estatística.
“Alea jacta est”...
Mudança no mundo.
Morde e assopra.
Todos desejam manter
Suas conquistas.
Nem que, para isso;
Tenha que haver invasão alienígena.
Para manter a sombra do medo,
Circulando entre os caprichos e
Desejos acidiosos dos habitantes
Da terra.
Antes parecia ficção. Hoje fixação.
Cantando a canção de Pan.
Desvalorização dos serem afortunados
E, valorização dos seres menos afortunados.
Mudam-se os paradigmas nesses tabuleiros.
E o momento é de mudança. Vigia.
Esperança e luto.
Porque nas dores. Todo mundo,
São iguais.
Marcos fereS
(em tempo de corona)
Conchinha do mar
Desde que, nasceste.
Ficara pregada numa pedra,
Sendo açoitada pelas ondas.
E quanto mais , as águas batiam.
Mas forte ficava sua casca de calcário.
Fechada. Só deixava passar o necessário,
Para a Vida manter.
E assim viveu o ciclo.
Depois sua concha foi
Colocada pelas ondas do mar;
na vitrine da praia.
Para testemunhar eternamente.
A luta que tivera, e que; havia te
Deixado tão forte.
Marcos FereS
Um dia eu quero sair dessa sombra
Infelizmente ela me assombra
Só me sobra continuar sem persistir
Eu já desisti fico sentado em minha cadeira só para refletir
Desabafo em forma de lírica
Pensamentos antigos se recicla
Me ajude pareço um ciclista exausto pedalando infinitamente
Ao caminho do caos
essa poesia eu fiz com o coração
colocar uma ideia na cabeça da população
mostrar um pouco de informação
e ensinar que a chave da vida é a comunicação
e para ser homem de verdade não precisa segurar o canhão
enquanto as mulheres estiver sofrendo eu vou lançar os refrão
para acabar com esse ideal que mulher é só limpando o chão
abrir a sua mente de machão que não houve evolução
dia 08 de março
puta data hipócrita
nessa data é falada uma pá de lorota
e é distribuindo varias rosas
ofuscando o sofrimento de varias mulheres mortas
trancadas por uma porta
125 mulheres interditadas de seguirem a sua vida
vão me falar que é data comemorativa
só que eu já cansei dessa narrativa
enquanto a vida da minha rainha estiver em jogo
eu nunca vou ser pacifista
dia 08 de março
puta data hipócrita
nessa data é falada uma pá de lorota
se coloca no lugar da mulher sendo seguida
em uma viela sinistra
o medo só atiça
e você com medo só porque viu o carro da rota
e você achando que o sofrimento das mulheres
vale sua nota
não quero parecer ingrata
ou rancorosa ou cega
para as coisas boas
da vida
mas é inevitável olhar para
o topo da montanha e se
perguntar por que ainda
estou tão longe
por que todos os passos que
já dei não me levaram para
mais longe
porque parece que todos estão
indo mais rápido e chegando cada
vez mais perto do topo enquanto
eu estou dando passos de
tartaruga ao mesmo tempo em que
sonho com a parte mais alta da montanha
o que estou fazendo de errado?
como os outros chegam às suas
decisões e escolhas que os
impulsionam para o alto enquanto
eu mal consigo vencer
o dia de hoje sem chorar
me sinto parando no tempo
na caminhada
na vida
na jornada que antes
eu tanto amava
na jornada que antes era
o meu grande motivo de acordar
todos os dias e correr atrás
alguma coisa se perdeu
alguma coisa se apagou
estou procurando há um bom tempo
e ainda não encontrei
e ainda não sei como fazer
a luz voltar
Tudo passa...
Dores, amores e conquistas...
Não aprendemos que o melhor
Da Vida esta em fugir da maré
e viver os momentos.
PRESENÇA
É Zum
É Zum
É Zum
É Zumbi
Zumbi de Ogum
Guerreiro de Ogum
Aqui
Na praça na raça
Na reza fumaça
De incenso no ar
No canto de encanto
Na fala na sala
Na rua na lua
Na vida de cada dia
Em todo lugar
É Zum
É Zum
É Zum
É Zumbi
Zumbi de Ogum
Guerreiro de Ogum
Aqui
rabo-de-arraia
No aço do braço
No samba de samba
No bumba-meu-boi
No bombo do jongo
Congada batuque
Maracatu
Zumbi Zumbi Zumbi
Guerreiro da Serra
Sob as estrelas acesas
Na madrugada
Nó do ebó na encruzilhada
É Zum
É Zum
É Zum
É Zumbi
Zumbi de Ogum
Guerreiro de Ogum
Aqui
Não é que eu queira fugir
Não é que eu queira parar
Mas dentro de mim
Tudo parece desmoronar
Meu coração acelera
E eu perco a lucidez
E neste sufocamento
Me encontro mais uma vez
É que o futuro é tão dependente deste momento
E é um fardo tão grande os meus pensamentos
Que minha alma é levada ao vento
E minha mente vem a pulsar.
Pequena lua
Tenho fases como a lua
Às vezes sou verso
Noutra sou rua
Por ora me liberto
Noutra me fecho feito tartaruga
Fases que vem e vão
Feito pássaro que voa alto
Mas tem dia que prefere ficar no chão
Às vezes quero colo
Noutras a solidão
Às vezes pareço louca
cantarolando lavando a louça
Noutra pareço normal quando silêncio observando o jornal
Mas é na música que me enxergo
Viajo pelo mundo na mente inquieta
Quem me vê por aí
Pode até tentar me decifrar
Mas vou dizer que isso não vai prestar
No meio de tantas fases
Difícil saber quem sou
Quem vou ser e quem você merece encontrar
Eu já te disse
Sou como a lua
As vezes me perco
Me procuro e me acho
Sou céu aberto
Mas também sou laço
ÁGUAS DE MARÇO (soneto)
Na tarde do cerrado, tarde de chuvarada
A vida, arfa das quaresmeiras o perfume
Lilás, exalando aroma em um tal volume
Espalhando pelo chão nuance desbotada
Na tarde tropical, de quaresma, o lume
Do dia, é embaçado, e a ventania riçada
O ar, a criação, e a flora toda ela calada
A hera faz que os pingos d’água espume
O silêncio é partido pelo grito da seriema
Num guincho alto de estalo e esto triste
Melando o peito com melancolia extrema
A tarde vai, num entardecer onde insiste
A chuva, quase em pranto, sem dilema
Pois, nas águas de março, poética existe!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/03/2026, 17'15" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Amarras
Um dia, te terei em meus braços
Sentirei teus afagos, teus mimos
Quem sabe, poderemos mudar nosso destino
Um dia, conhecerei o teu coração
Longe dessas amarras, longe dessa prisão
Enfim, poderei transformar tuas razões
Numa verdadeira paixão, sem hora de acabar
Sem ninguém para nos amordaçar
Aprendi a me importa com quem se importa comigo.
Por isso cheguei a conclusão que a única forma de felicidade e você Mozão.
conjugando o verso
o verso versado
ao poetar versa
num teor sagrado
inspiração diversa
num versar fiado...
da imaginação, em conversa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/03/2016 - cerrado goiano
Nesse tempo de crise
ignorância é uma arma
mas o medo em excesso se
torna
uma cela
onde só o bom senso geral
pode
ajudar
a menos estrago
vim a criar
Outonando
Outono de brisas frias
vindas de tantos lugares
trazendo junto melodias
do céu, da terra e dos mares
Amo o outono tão quieto
folhas amarelas que se vão
em uma canção de afeto
tocando junto ao coração...
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