Poesia Felicidade Drummond

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Quando chega à noite
Os pássaros se escondem
Com medo da noite
Ou exaustos de voar

De dia
Enchem o peito
Se transformando em vitrolas com asas
Com seu doce canto
Nos fazendo valsar

E no meio de todo esse sentimento
que transbordava minh'alma
desejo,dores,sensualidade...
...Tanta verdade!
Dele eu extraí apenas flores,amores,
ternura,felicidade.
Resolvi ficar.
Tanta ternura
roubou meu eu.

És meu▼ ▽ ▾ ▿ ◀
...E não te atrevas
a buscar estrelas
em quaisquer outros céus.
Cede às minhas vontades
e te farei
o meu astro de maior grandeza.
Mas és meu...!

Talvez você diga que estou,
ou
Seja carente...
Acredite querida:
Não é esse o caso!

O caso é que sou um admirador incorrigível
por tuas curvas, tua pele macia, teu cheiro,
tua feminilidade,
Este riso solto,
este jeito de mulher
que ainda é menina.

Não é carência meu bem.
É amor mesmo!

...E ainda nem é madrugada.

Hoje a solidão se fez imensa
Mais concreta do que nunca fora antes
... Palpo-a com minhas mãos.

Esperei-te o dia inteiro
( E quão inteiro foi este dia!)
Quisera ao menos tocar-lhe a face numa carícia.

Quisera pisar o solo que pisam os teus pés
Respirar o teu ar
Beber de tuas fontes...

Mas há apenas o som do teclado
à despedaçar meus sonhos em fragmentos.
... Desperta-me para o nunca.

Sim. Jamais beijarei tua boca!
E isto torna o dia sombrio, isento de magia.
Não há borboletas no jardim.

Porque hoje a solidão se fez imensa.
Calaste até tua presença etérea.
... Hoje não houve ilusão. Não houve!

E a solidão é intensa...
A saudade mais imensa ainda.
... Nem a poesia preencheu a lacuna.

Nem a poesia!
Porque hoje a solidão se fez imensa.
... E ainda nem é madrugada dos poetas.

DENTRO DA TARDE

A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado

O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento

Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano

Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa dum café devasso.
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura.
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorreste um miserável,
Eu que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez não o suspeites!-
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.

Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça.
Uma turba ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias dum monarca.

Adorável! Tu muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.

Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos mignonnes e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos noturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.

E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
As mesas espelhentas do Martinho.

Tudo que eu realmente quero…

Quero ser o ser mais completo;
Desejo-te muito mais que simples gestos;
Este coração, bate forte muito forte;
Prefiro ser surpreendido;
Não deixe que palavras te confundem;
Especialmente começo a perceber;
Mostre-me esse incompreendido;
Destila todo o saber com belas palavras;
Reconheço que palavras dizem o que quero;
Mesmo nesse mágico jogo de palavras;
Eu busco, aquela que vai fazer marcar;
Existe um meio de entender;
E simples não tenha medo não fique tímido;
São palavras que vem a boca e que saem do fundo do coração;
E difícil de entender ou compreender eu sei;
Nem sempre as palavras vêm a nossa boca na hora que devemos;
Mas eu sei;
Reconheço que nem sempre essa palavra;
Vem;
Estou tentando mostrar que não e fácil mostrar o que quero mostrar;
Talvez um enigma não resolvido;
Singelas palavras que fluem sem sentido;
Ou com todo sentido;
Nem sempre vem na hora certa, geralmente incerta;
Quem sou eu para contar;
Mas posso tentar;
Preenche o ego;
Ainda não é à hora certa;
Nem a mais sabia pode explicar;
Quando vem não precisa mostrar;
Nesse jogo basta entrar;
Com fascínio e lógica eu ainda vou…
Te buscar.
E que nada nesse mundo vai me mudar.

A VIDA TOMA CAMINHOS QUE A PRÓPRIA VIDA DESCONHECE

Durante toda minha vida, Muitas pessoas passaram por mim, dia após dia.
Mas somente algumas dessas pessoas, Ficarão para sempre em minha memória.
Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir…
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.
Não sufoca os teus sonhos: eu me disponho a ajudar-te a realizar eles.
Não perde tuas esperanças: quem sabe eu tenho a palavra certa para te animar?
Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã… O agora é o mais importante, o passado serve de lição.
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Acorde todas as manhã com um sorriso.
Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz.
Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará.
Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!
A vida ensina que devemos batalhar e lutar com todas as forças.
Mas sabemos que um dia tudo será cessado e finalizado.
O tempo muito impiedoso, nós dá pouco tempo para buscar esse aprendizado,
Chamado viver. Às vezes estamos por cima outras muito por baixo.
Somente com sabedoria conseguimos sair das armadilhas.
Saber encontrar a dosagem certa em cada situação a cada minuto… A cada segundo…
Não tenho as respostas que queria saber, mas tenho um caminho a percorrer…

Cada vez mais

Cada vez mais a languidez que seu sorriso me tras
No olhar de uma dama a culpa um rapais
Cada vez mais deleitarme em seus lábios
a ternura da tua pele regozejo lamuirias perdidas em outrora.
Cada vez mais sem depreender por que te quero cada vez mais.

Eu pensador
Eu crítico
Nos meus rompantes
Nos momentos excitantes
Penso e crio
Vivo e fantasio
Falo não só de mim, mas também de ti
Poesia é suor
Poesia é descrever um momento maior

Não se trata de um poema, verso ou canção;
Falo apenas o que sinto, o que vem do coração...

É um sentimento intenso muito forte meio louco... posso te garantir que inexplicável e te garanto não é pouco...
As vezes tenho vergonha em falar, pois é muito complicado
Se não falo você não sabe, se eu falo pode achar quem sabe que apenas falo por falar...

Só quero que você saiba o que acho de verdade...

Acho você simplesmente linda e faço questão de te dizer...

Se for possível todo dia pra você não esquecer...

Meu Amor o quanto eu te amo e impossível descrever;

Queria falar muitas coisas
Mais o tempo não daria...

De Amor, saudade ou poesia...

Mais vou resumir pra você...

Quero que nunca esqueça o quanto és linda e faço questão que você sinta...

Amor...
Amo amar Você!

Os vinte anos remetem ao fim da mocidade
Inicia-se um ciclo escorregadio, o prêmio marcado pela idade
Tem marcas mais profundas, o deleite de uma esperança
Calada tão cedo por uma política de amargas alianças

Meu país não é meu lar
Não me restam forças, inda na mocidade, para lutar
Essa profundeza de abismo coberta por purpurina
Não engana minha mocidade, trágica euforia

Ser não mais nova
Ser inda não velha
Resistir para que os versos em mim resistam
Insistir para que as saudades em mim não consistam
Com o eterno esperar



Olhos de alma inquieta
Tão só, naufragada
Refugiei-me em ilusões incertas
Sonhei como marinheiro, a espera da alvorada


Vinte anos, o nada
Bilhões de anos, astrais
De que me valeria a estadia
Se a alma não regozija? Se a alma não tem paz?

E de que valeria a paz
Se só se mostra ela presente
Ao término do ciclo
Da vida intermitente?

Se tantos sonhos ainda sonho
Se tantos versos não sou mais capaz de compor
Por onde anda o sonho de marinheiro
Que um dia em meu peito desabrochou?


Se puder, eu, enfim, ser borboleta
Sem rumo, vagar entre flores do equinócio primaveril...
Por que não veneramos também as mariposas
De vidas noturnas, outonais de abril?


Se tantos sonhos já desisti de sonhar
Por que ainda é latente no peito
O esboço do desejo
Da eterna desventura?


Eu quero me calar
Eu quero gritar aos mares
Para a moça bonita que passa
Que traga a vida na morte
A resposta inconstante
De como se navega para o norte


Fatigada dos sonhos
Do deixar de sonhar
Alçar os céus no prumo da borboleta
Nos ventres da mariposa, repousar.

Medos
Medos apenas medos, medos que nós impedem de trilhar certos caminhos, medos como o medo da morte que talvez por ironia não nós deixe viver, medos que muitas vezes guardamos bem La no fundo do peito como aquela ponto quarenta que o seu avó tem a anos mais que guarda no fundo de um baú segura por três cadeados ,Para os amigos ele diz que protege sua arma de tal forma por medo que seu neto a encontre e a confunda com um brinquedo mais bem La no fundo do peito ele sabe que a guarda de tal maneira torcendo pra que ele nunca precise tira La do baú ,medos como o medo de altura que nós impedem de andarmos nas montanhas russas da vida medos que nos impedem de pular de pára-quedas ,medos que nos impedem de fazer uma escalada ,medos que te impedem de subir em um skate ,medos que te fazem admirar motocicletas mais que te impedem de ter uma ,medos que você guarda a sete chaves dentro do seu peito pois não quer que as pessoas saibam dos seus medos.
Medos que me fazem escrever este texto em terceira pessoa para que não se associem a mim esses medos, medos que me fazem não querer postar este pequeno texto preocupado com o que vão pensar.

Estou muito feliz
Porque conquistei a mim mesmo
E não o mundo.
Estou muito feliz
Porque amei o mundo
E não a mim mesmo.

VIVO VIVENDO (soneto)

Vivo por viver vivendo a vida somente
Agradecido, sempre, sou eu por ela
Que me dá mais que posso ter dela
Agraciado com dádiva tão presente

E nesta deste amor tão diversamente
Faz dos dias sorrisos, e a alma bela
Em cada passo o bem em sentinela
Onde no peito este ato não é ausente

E a vida vivida na vida, vida me traz
Mutuando o pranto pela felicidade
Quem dela prova, ventura é capaz

De, com alegria, ter a fraternidade
Viver vivamente tudo conseguirás
Levando no ser paz pra eternidade...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Sexta feira da paixão

Quando vou a um baião
e escuto dois cantadores
em gemedeiras, louvores,
falando sobre o sertão
de Mãe Preta e Pai João,
na minha mente solfejo
as notas que só eu vejo
na minha longa jornada
e a saudade faz morada
no peito do sertanejo.

Quero ver num espelho cristalino
o cordel virtual de Alceu Valença;
Elomar dedilhar sua incelença
pr’um amor que buscou novo destino;
Trupizupe ir ao céu compor um hino,
enjoado que estava deste plano,
com feições de poeta soberano
que cantou um baião no Paraíso.
Deus, que gosta demais de um improviso,
Pede um outro martelo alagoano.

TE QUERO!

Meu corpo cobra o toque das tuas mãos
Meus olhos anseiam ve-lo mais uma vez
Minha boca saliva à ideia do teu beijo
e minhas ancas se arqueiam ao simples
pensamento do teu eu mais íntimo invadindo
o meu eu...
...Quero toda tua indecência
As palavras profanadas
Não ditas entre os demais
Só eu posso ouvi-las
Só eu posso me excitar à lembrança delas
Quero-as aos meus ouvidos pelas madrugadas
Quero despir todo o meu pudor
Me entregar sem dividir sílaba alguma
Conjugando todos os verbos ilícitos e lícitos
Não há nada porque me envergonhar
Porque minhálma te ama
Minha carne te quer
e meu desejo treme à menção
do desejo teu.