Poesia Coração
A dor de amor
Pobre coração alvorecido
O teu sono é vinilo
E o teu despertar ominoso,
Choro, choro, de dor autousa
Lágrimas,
Que descem neste meu rosto greda,
Choro! Choro!
Pobre alma perdida
Na conjuntura do vazio escuro
Deste meu corpo morto por te herdado,
Hoo! Que Sentimento nociceptivo tu és amor.
O coração diz por escrit
Sei que não me ouve!
O meu dizer é tão imediato,
Instantâneo,
Rápido,
Sem demora.
Vou agir na sua frente,
Como Ultimo beijo de despedida,
Por isso vou correndo antes que fico vermelho como cereja.
Não basta eu ficar no estado sossegado,
Mesmo eu sei que meu coração bate e nunca ficou em descanso.
Eu meu dizer é tão imediato,
Isso serve para te como uma mulher de canto suavíssimo,
Também serve para mim, como sirene! Tu me desperta no rodeio do imediatismo.
Escuta-me hoje! Pós de te vejo o mundo apreciável
Amanha não haverá espanto e nem respeito admirável.
Essa gente tem coração tão pequeno, que quando coloca alguém ali dentro tem que tirar outra pessoa.
Tem tão pouco espaço que o amor é limitado. Pobres coitados que perdem o grande barato da vida: amar e ser amado.
Vem pra cá, junte-se a nós! Aqui estão os exagerados, de coração grande, imenso, trasbordante! Do grupo que ama demais e cada vez mais. O espaço aqui dentro só aumenta e se por acaso estourar a gente até remenda.
Coração, cérebro e o Reinado.
(Marcel Sena)
O coração joga pesado, o cérebro filho bastardo se torna ingrato
Bastardo degenerado, num feudo distante é abandonado
Primogênito querido, adorna o castelo com rosas e lírios
Cérebro ferido com sua razão oprimida, repousa numa masmorra
Irmãos diferentes, regentes do corpo e da alma.
Numa algoz batalha o coração diz sim e o cérebro não.
Cérebro se rende, o primogênito vai reinar
Em seu castelo com um sublime amor para sempre viverá.
Tempos de gloria, virtude e prosperidade, momentos pelo todo reino esperado
Período de paz findado, disputas para qual o coração não estava aparelhado
Ofensivas com espada, canhões e flechas, o alvo, primogênito amado.
Num ínfimo momento acontece, por uma flecha o coração padece.
O filho bastardo ao castelo retorna e seu reino em lagrimas clama vitória
Batalha difícil, pro cérebro reprimido, sacrifícios pelo reino caído
Cérebro valente, bastardo e ingrato, com a guerra acaba num ato macabro
Aos rivais assim ele faz, sacrifica o coração como um mártir, em busca de paz.
"... arrisco dizer que, apesar das alegrias e da inocência, prefiro um coração partido a vários joelhos ralados da minha infância."
(Do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser")
....E a(h)orta do seu coração se fez jardim...
Quando arranquei toda a dor... E plantei sementinhas de Amor perfeito e laços do amor...
Se expressar por arte, ou por parte
É um descarte, daquilo que arde
Desabafar, pra não desabar
Abrir o coração, pra tocar a emoção
Levar calma, pra aliviar a’lma
Ganhar sorrisos, pra dar suspiros
Descarregar pensamentos, pra gerar sentimentos
Tornar leve, aquilo que te adoece
De forma pura, pra trazer cura.
O sol desaponta por trás do mar e a luz se esconde na procela debaixo de um esplêndido luar, há águas, há horizonte, há lágrimas...
Chorarei por toda vida até que as águas de março inunda os meus mistérios e afogue um antigo amor em seus ministérios...
estarei a rezar em confissão por um amor vadio que conquistou meu coração.
O silêncio das lágrimas e o abandono em meio a chuva de ventos pelas ruas escuras a procura do sol que se esconde na noite.
E o amor vai morrendo silenciosamente em meu coração
já ouvi canções dormindo na madrugada e estando amando as orações que surgiam naquele noite que voltava a ser nada, sem nenhuma razão.
amanhecia com a música em minha mente e alguém não sei o que em meu coração.
À procura de riqueza o poeta destinou o seu destino, ao sonhar com um caminho que parecia ser divino, sob a luz do luar enfrentou a sua sina, encontrou uma botija que sonhava desde menino.
Em uma madrugada de solidão, há anos estava guardado, escondido e acuado sua grande realização, o poeta reencontrou e por ali mesmo se debandou sem ter imaginado que teria encontrado o seu próprio coração.
belicoso coração
chistosa a coalização do corolário do dissentir,
eflúvio as elucubrações do mexilhão,
vitupério procrastina a oscular do sentir,
opróbrio a quimera do coração,
no homizio da razão
Alimentar a raiva é contaminar-se diariamente, compromete nosso organismo, envenenando órgãos nobres!
Alimentar a VINGANÇA é como carregar brasas nas mãos, só quem se VINGA acaba queimado!!!
Chega uma fase em nossa vida que o céu é nosso teto...
Mistério!
Com pés descalços pisar em solo árido é nosso chão...
Calos do destino bate em compasso no coração!
Como abrigo de nossa alma uma armadura que aos poucos se desprende no ar...
Deus em nosso silêncio nos soprando a Paz!
Confuso
Tenho tido motivos para não acreditar
Volto não sei de onde tentando entender
Que a realidade não é a que quero ver.
As vezes fecho os olhos
As vezes durmo
Outra vezes, reflito
Mas ainda estou sem resposta.
No horizonte, o infinito
Nem luz, nem escuridão, nem o silêncio
Pois meu coração bate, eu respiro e escuto.
Tento fugir e não consigo
É como minha sombra
Não tem como separar
Nem mesmo, quando o sol raiar.
[Eu Poderia me Apaixonar]
Eu poderia ser verdadeiro
pra sempre?
Meu coração me diz que eu poderia se eu
me apaixonasse por ti,
Apenas um beijo intenso e
envolvente
Eu tenho a resposta dentro de mim,
Eu poderia me apaixonar pela
primeira vez?
Isso é o que eu me pergunto quando tu
me agarra e me beija,
Eu poderia cair nos laços da
paixão essa noite
E amar o valor que tu dá a si mesma, sim,
Será que eu poderia te
pertencer?
Isso é o que eu gostaria de saber quando
te seguro no colo,
Tô sendo levado pelo teu
prazer
Enquanto saboreio a maciez do teu corpo,
Agora que estamos sozinhos,
Eu poderia ser verdadeiro
pra sempre?
Meu coração me diz que eu poderia se eu
me apaixonasse por ti,
Apenas um beijo intenso e
envolvente
Eu tenho a resposta dentro de mim,
Sim,
❤
Aqueles que
me odeiam
não conseguem
me oferecer outra
coisa, exceto a
possibilidade de
ficar longe deles
e me sentir
feliz por isso.
_____Sim_
Senhor, rogo-te, não me esqueça de que
"quando as riquezas vierem, não coloque nelas o coração; perderia eu o advém delas?"
Borboleta iludida
Os teus olhos escondem diamantes
Nas retinas com olhares mortais
Que arremessam flechas ofuscantes
Como se fossem notas musicais!
A lua cheia, num mar de euforia
E eufórica rotação constante
Faz uma escura noite ser dia
E o amoriscado, coisa ofegante.
O coração, de cego, então insiste
No timbre perfeito, que não existe,
Como se o amor lhe desse a mão.
Mas tal como a borboleta iludida,
Que tão curto é seu ciclo de vida
Como o fado duma breve paixão!
Doces memórias da infância
Do tobogã no ribeirão
Das pescarias de enguia
Do barreiro transbordando
Do meu irmão com medo dos trovões
Do segundo sol na chuva forte
Dos baldes de água na cabeça
Da minha mãe nadando
Dos ombros tortos
Do escorrego com o carro-de-mão
Da cicatriz
Das feridas não cicatrizadas
Da saudade
Das lágrimas
Da luz em meus óculos.
