Poesia Agua de Mario Quintana

Cerca de 105838 frases e pensamentos: Poesia Agua de Mario Quintana

⁠CONSELHOS....

Quando eu, solitário e inquieto, faço
Poesia de apelo, em um rogo intuindo
E busco palavras de um poético laço
É para adoçar o meu amargo infindo

Cada verso, conselheiro construindo
Indo o fado sem calma nem embaraço
Cheio de estrofe, rimas, vai seguindo
Erigindo o rumo no devido compasso

Passo a passo, aconselha: tudo passa!
No infortúnio, na leveza, cada graça
Pois, tem abrigo, e também o perigo

Aí, então, os conselhos, no concelho:
Se mais velhos, seremos mais fedelho
E eles, feliz e com dor choram comigo! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2021, 08’25” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GRATIDÃO ...

Te sou grato, no que a mim foi a cura
O alento que foste à emoção, poesia!
Encheste a solidão de cor e de doçura
E com poética a sensação que falecia

De choro e lamento lacrimejava o dia
O horizonte do cerrado era só lonjura
O desejo desventura então pressentia
E tu poesia: me trouxe a boa ternura!

Tenho gratidão, nada toda a vida dura
Do teu tempo a qualidade é a melodia
Se boa ou ruim, o que vale é a leitura

Então, vou agradecer a casta fidelidade
Das prosas nas tristuras que eu recebia
No falto, assim, pra mim, trovaste piedade! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/02/2021, 05’55” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FASCINAÇÃO...

Trovei, com quimeras, poesia inspiradora
Direto do coração, uma sensação tão pura
Manejando a inspiração, tão avassaladora
Do afeto aos pés da emoção, com candura

Uma sedução gemida e tão devastadora
E, poético, eu quis, num passe de doçura
Dar vida a ilusão numa poesia trovadora
Cantando meu sentimento com loucura:

- Cantei, cantei, loucamente, e dei duro
Em cada olhar, cada prova, cada querer
Cada ter, neste ansiar que eu procuro...

Porém, não se tem apenas no desejo
Sem saber a dor e a variação do ser
Pois, fascinação requer muito cortejo!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/02/2021, 12’55” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BREVE ...

Vós que leste, um dia, minha poesia
com que eu nutria a gamada emoção
vós que sentia nos versos a melodia
do meu coração: amor e sensação!

Se foi, fugaz, assim, tal uma ilusão
versos em pranto, e a sede fugidia
do encanto a uma triste desilusão
para o suportar da gorada fantasia

Assim, vejo bem, que paralelamente
na troça, falou-se e ria muita gente
quando só queria um olhar risonho

Rude paixão que eu senti sonhando
longamente, agora eu vou vexando
pois, o engano é um breve sonho! ...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/04/2021, 13’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠poema do cantinho

sabe aquele cantinho, o lugar
um recanto, onde quando fatigado
a poesia possa nele criar
refastelar, todo ele almofadado
inspirado, de sonhos, letras, flores
cá para as bandas do cerrado
cheio de charme, de cores
os amores... verso alado
tão mansinho
simples, sofisticado
emocionante e, com carinho...
na imaginação imaculado
apenas um cantinho

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/04/2020, 10’25" - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ MINHAS SAUDADES

As minhas saudades! A todas elas fio
Na poesia, arrendadas da lembrança
Entre os dedos coando o sofrer vadio
Do falto, eis que me vou nesta dança:

- Não queria ver-me, assim, neste estio
De poética rimando o pesar em aliança
Hora por hora, em um sentimento frio
Sem quem me adore, sem esperança...

Pranto e choro! Ó solidão, triste prece
Um poetar no morto papel de fatuidade
Num aperto, que tudo inda estremece!

Ó inspiração, tu que sopras estas dores
nos poemas onde só queria suavidade?
Assim, só trama saudade dos idos amores!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 12, 2021, 20’46” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO SENTIMENTAL

Eu poeto e poetarei sempre como poeto
Uma poesia de amor é o bem que se tem
Cheio de encanto, e da poética vai além
Onde nos há de ser aquele sentir secreto

Porta da sensação, que se abre no soneto
Sentimento de poesia e paixão, também
Nos acolhe, e pro viver, nós faz tão bem
Porém, tem de afazer do medo discreto

Um amor! que bravo, que bom que belo
Ali está a emoção, o ter, vamos facilitá-lo
A estimar-nos em galardão de estimá-lo

Assim, não se pode versar sem conhecê-lo
Pois, é singular querer haver, e ganhá-lo!
E, és sentimental até na ilusão ao perdê-lo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/05/2021, 13’02” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠eu poeto
ele poema

poesia sem ledor:
é verso sem gema
é poeta sem amor.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE ANTIGA

Há qualquer coisa de saudade antiga
na poesia que suspira e chora agora
alguma coisa tal uma sensação amiga
na trova o brilho de sol posto, outrora

Há a razão de toda a agonia, que diga:
pesar que estrangula e vai noite afora
no sentimento, pensamento, ó urtiga
que pinica, intriga e não vai embora

É dor com alma, é dor humana, dor...
ó Senhor, preenche este verso incolor
com mais agrado e agrado possa ter

Ah! aflijo sem nome, ah! aflijo infrator
que o fado verse com cuidado e amor
prosa suave e, assim, sossego no viver!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 18’58”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO ENAMORADO

Como na poesia o poeta que é imperfeito
Um canastrão na sua prosa só por amor
Ou quem, por ter cheio de paixão o peito
Vê o poema perder-se no ato de compor

Em mim, por sofrência, fica desamparado
O rito mais solene do desejo do coração
E o meu sentimento eu vejo tão agastado
Vergado numa poética sem ter sensação

Seja o temor então a minha eloquência
Bardo sem a rima de um soneto eleito
Só pra ti, que quer amor em recompensa

Mais que o verso estabanado o tenha feito
Saibas ler a emoção onde esteja imaculado
Canto de amor, em um soneto enamorado

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/08/2021, 11’25” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOU RÉU DE POESIA

Sou réu de poesia! Confesso a minha sina
Porém não me penalizo desse ditado fado
Sublime, o poetar é também feita contina
Jeito tão mais gostoso e tão quão amado

Por certo o que nos redime, nos faz alado
Arte! A quem quer ter a poética inquilina
Eu cedo, e está fortuna, assim, me defina
Se eu portar, por acaso, e for um sorteado

E nesta ação, tão incrível, embora fique
Meu poetizar espalhado em mil pedaços
Eu rogo que a inspiração tenha o clique

Sou réu de poesia, mas também indefeso
Na criação, da geração e dos teus passos
Assim mesmo, da prosa quero ser preso!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/08/2021, 05’58’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CANTAR EM VERSO

Tenho sede de poesia, tua rima, de tua poética
e por essa via vou sedento, falante, esfaimado
me sacia cada verso, cada sensação que libera
busco o som, a quimera, as prosas de cada dia

Sou faminto da imaginação, teu sonho alado
de tua sintonia, tons, fantasia, isto ou aquilo
tenho fome de emoção de tuas unas alcunhas
quero devorar cada ato na minha inspiração

Quero a poesia alinhada em sua formosura
alvura no verso, tal qual o claro luar posto
quero beber a luz fugaz de tuas centelhas

E, sequioso venho e vou provando o gosto
das palavras, catando toda paixão da gente
os cheiros, sentimentos, no sedutor cerrado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28, agosto, 2021, 14’21’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMANTES

Feliz a poética ficaria se a meu lado
Esse amor na poesia fosse o certeiro
Em cada verso ter-te comtemplado
Com sensação, em um amor inteiro

Feliz a prosa teria, ó amor, em te ter
No canto, no encanto, na rima estar
Viver, e, no entanto, sintonia conter
E, então, na inspiração te encontrar

Feliz, sim, seria, se não fosse a ilusão
Que tão desse amor não podemos ser
Em saber do fado com sua outra razão

Feliz, se tenta, um dia de cada vez, pois,
Depois a lembrança é dor que faz doer
Naquele poetar que evoca por nós dois!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠REMISSÃO

Como rejeitar-te? se na minha poesia
Deixou a sensação, o vigor dum amor
Teu cheiro, a saudade, a alma luzidia
Em prosa e verso tão cheios de dispor

Como rejeitar-te? se és sobeja quantia
Onde o desejo implora por dar-te flor
Cada menção tua é uma atraente via
Vem recordar-me deste afeto sedutor

Rejeitar-te? impossível. Por ti eu peno
Meu coração versou e verseja história
Se é para suportar, tomo deste veneno

Eu não espero uma poesia transitória
No olhar, quero afago não um escudo
Hão da razão ter e o perdão de tudo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, agosto, 01, 19’11” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENVELHECEU COMIGO

Quando, à primeira vez, me vi na poesia
Que foi lá pros tempos da longe meninice
E quedei-me à paixão de quem sentisse
Sede n’alma, emoção e razão na grafia

E depois, fantasia e ilusão, a vê-la, disse:
É moço o poeta é enroupar-se de ousadia
O sentimento aceso, estro, sedução e cria
Hoje a sinto entre as sensações da velhice

Cá de caneta e papel, trancos e solavancos
Vejo-a idear as mãos em prosa, terno abrigo
De venturas e os hostis versos saltimbancos

E ao apreciá-lo assim, inteiramente, digo,
Vendo-a poetar com meus cabelos brancos
A poesia, realmente, envelheceu comigo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 setembro, 2021, 17’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

𝙰 𝙰𝚁𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝚅𝙴𝚁𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁

⁠A poesia nasce assim...
No instante em que a alma aflora livre.
Versos vão tecendo sonhos alados
Que como pássaros partem em revoada.
Uma estranha paz, um êxtase supremo...
E nos transportamos ao limiar do real!
Bendita a mão quer verseja...

Como bendito é o pranto que inspira...
Pois o poeta se alimenta deles!
Em sua arte de vasculhar o íntimo,
Compor desejos... Decifrar pecados...
Se um poeta chora solidões, saudades...

Seu pranto iluminado se transforma em versos.
E de sua alma ferida, brotam flores, luares, campos...
Descrições incautas... Narrações fantásticas.

Seu coração é todo inspiração e luz!
Na sua poesia ele desnuda a alma...
Reinventa o belo, consolida o mágico...

E vai destilando no papel seus sentimentos
Ousando sonhos nunca revelados!
E na suprema criação das mãos que escrevem
Os versos, estrofes, rimas...vão brotando assim...
Livres... Ditados pelo íntimo que se exprime
Se mostra na forma mais sublime e bela.

Se o poeta sofre, sofre em versos...
Se é feliz.... Transparece em estrofes...
Se sonha... Cria rimas...
Se morre... Ah! Se um poeta morre...
Apaga-se uma estrela, morre uma flor...

E seus poemas se perpetuam nas madrugadas chuvosas
Carregados de vida e forjados no fogo da paixão!
E vão cantando os amores que viveu.... Os amores que sonhou...
Os amantes que conheceu...
A natureza em seu fulgor.

E por toda a eternidade sua poesia permanece
Infinitamente bela.... Infinitamente nova
Enternecendo os corações sedentos de sonhos...
Com fome de sentimentos e exausto de solidão!!!!!

Inserida por inezcurado1959

Pode ser que eu tenha colocado poesia demais em uma história qualquer que nunca teve o suficiente pra virar o livro que eu queria te dar.

Eu sempre fui de exagerar.

Gabriela Freitas
Tudo que meu coração grita desde o dia em que você (o) partiu. Belo Horizonte: Crivo, 2020.
Inserida por SaraMendes

A poesia tem por Pai, o próprio Criador e, para nos certificarmos disso, basta-nos prestar a atenção em Suas obras.

Inserida por paduadesousa

⁠⁠A dor é o tutano da escrita, quando dói por dentro dos ossos a poesia mais bonita sai e mesmo que seja dolorosa de ler, ainda consegue cativar.

Inserida por arcaismos

INEXPLICÁVEL AMOR



Que é o amor?

Tem existência concreta,

Na abstração dos sentimentos?

É algo tão leve,

Que um sopro de vento leve?

É um fardo tão pesado

Capaz de deixar esmagado

O coração de quem ama

E de quem é amado,

Quando algo sai errado?

Ou será um mistério

Para sempre guardado?

Ou um enigma

Jamais desvendado?

Se todos já o dizem ter sentido,

Essas dúvidas não fazem sentido!

Mas, justo por tê-lo sentido,

Nenhuma explicação faz sentido!

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