Poesia Agua de Mario Quintana
Quem polui o meio ambiente, seja qual a área, ar, água ou outros locais, corre o risco de matar a si mesmo com a poluição no nariz ou outros também, por isso não polua nada.
Desconectar
Calma… tudo pede calma.
Respire.
Escute o som da água.
Sinta o calor dos raios de sol tocando sua pele.
Observe o balançar das árvores.
Apenas sinta o mundo ao seu redor:
a areia tocando os dedos
e fazendo cócegas nas rachaduras da pele.
Calma.
Pare.
Apenas respire... A VIDA.
Grace Carneiro, Praça do Derby, Recife. 18/07/2025, às 10h51.
Sou o lixo jogado nas ruas...
Sou a água poluída, suja,
Sou o ser humano abandonado nas ruas,
Sou o meio ambiente destruído,
Sou a chuva que cai com poeira.
Sou os peixes, mortos pelo esgoto.
Entre tantos a poluição o descaso público,
Sou apenas o pobre de cultura e sem estrutura
Lembrança de Mãe
Era pura como a água
Que acalma a sede da alma.
Tinha o perfume da rosa
E um jeito leve que espalhava calma.
Brincava, sorria, me envolvia —
Era amor em forma de gente.
Carinhosa, presente,
Minha mãe, minha alegria.
Foi ela quem me deu o dom da vida,
Me guiou quando o mundo parecia escuro,
Ficou do meu lado nas quedas,
Fez do seu abraço o meu porto seguro.
Mas um dia… ela partiu.
Fechou os olhos e subiu,
Pra um lugar onde a dor não alcança,
Onde tudo é paz, luz e esperança.
Meu coração se partiu em silêncio,
Chorou noites inteiras de saudade.
Não nego — ainda dói.
Mas sua ausência também me traz verdade:
Ela vive em mim.
Na lembrança, no gesto, no olhar.
E eu sei, com toda a certeza do mundo,
Que um dia… vamos nos reencontrar.
Silêncios que Gritam
Me sinto como peixe fora d’água,
sufocando em um mundo onde o mar se afastou de mim.
Luto sozinha por algo que só eu quero,
enquanto o outro apenas respira sem me notar.
Cansei.
De dar, de esperar, de me doar até não restar nada.
Só eu estou aqui, amanhã após amanhã,
tentando salvar o que nunca foi meu.
Por trás do meu sorriso,
vive um grito de socorro que rasga minha alma.
Meu coração chora calado,
mas ninguém vê — só eu ouço o eco.
Num planeta com mais de 8 bilhões de corações,
fui amar justo o que não liga para o meu.
Queria ser vista nos detalhes,
amada sem precisar implorar.
Desejada como um sonho que vira verdade,
receber carinho sem pedir,
atenção sem gritar,
e amor... sem dor.
A amamentação
com mil bocas você
sugando o que me sobra de água,
mas não é com suas bocas todas,
sanguessuga,
que me esvazia.
é em seus olhos que vejo-me,
escorrida,
ausente da chance de ser o que espera de mim.
Minha raça é nordestina
meu sustento vem do chão
minha água é cristalina
da fonte do ribeirão
quem vê de longe não imagina
que essa cor de azul piscina
vem do céu do meu sertão.
Eu moro lá.
Sou filha da Mãe d'água,
nascida do recanto mineiro,
criada no cheiro de manga madura,
com o sol costurado na pele.
Lá, o tempo dança diferente,
com ginga de feira e reza de esquina.
É onde a saudade passa o café devagar
e o vento sussurra histórias antigas.
Eu levo no peito um pedaço de céu,
um cheiro de chuva quente na terra,
a risada que brota sem razão,
e o silêncio de quem sente demais.
O mundo me chama —
mas a alma resiste,
fica um tanto presa
nos pés descalços da infância,
na areia que não sai da memória.
Mas quem mora lá sabe:
a gente nunca sai por completo.
O coração fica — pendurado
numa rede qualquer de fim de tarde.
E quando me perguntarem de onde sou, vou dizer com um sorriso que entrega tudo:
"Eu moro lá... sou filha da Mãe d'água."
Quebrei-me em cacos e fiquei no pó, sedenta da água da vida que só Deus pode dar.
Peço que Ele me molde como barro, transformando-me em um vaso novo, delicadamente esculpido em suas mãos.
Em profunda busca interior,
procuro me conhecer verdadeiramente, encontrar o sentido e o propósito da minha existência.
Percebo que, por muito tempo,
me doei aos outros para evitar
olhar para minhas próprias dores,
para o meu verdadeiro eu.
Dentro de mim arde uma necessidade, não de religiosidade vazia, mas de espiritualidade viva,
que transcende a matéria e
me aprofunda em Cristo.
Recomeço
É verdade...
Uma hora, a água vai secar
E o leite esfriar, o moinho vai parar
O vento não vai soprar
A ferida vai sarar, os abraços vão se acabar.
Mas, uma hora, tudo isso vai passar
O coração palpitar, o leite esquentar
O vento vai voltar, os abraços, recomeçar
E a ferida?
Essa ninguém quer saber,
Deixa pra lá...
Uma hora, o que era importante
Nada mais será;
Uma hora, o seu beijo falta não fará
Um sorriso acabará, mas outro nascerá...
Uma hora, tudo cansa, você descansa
E, logo, tão novamente,
Cansará, mesmo cansado
Assim é o coração,
Ora cansa
Ora está apaixonado...
No monte alto, o oceano cinza se estende
Com cheiro de maresia e água de coco doce
A brisa suave sopra, trazendo sossego
De um lugar longe, onde o cuscuz branco é gosto
E o vento leve acaricia a terra de barro e areia
Quando foi que
parou de ensaiar pensamentos no banho,
e apenas deixou a água banhar
suas dores e levar embora
suas preocupações?
Sou o fogo que arde em teu ser
Sou água que mata tua sede
O castigo da tua presunção
As espada caudal sem razão
Sou a torre mais alta de fel
As estrelas lá do cão maior
O alpendre da anunciação
Um papado de um bispo só
Sou o ar que repiras na dor
O calor que ressoa no ar
Uma flor que insiste em florar
E o vento que não quer soprar
Sou reflexo de lua no mar
Infinito e eterno esplendor
Dia quente em puro calor
Um deserto de ilhas sem fim
Sou uma ilha deserta em mim
Uma história feliz sem amor
Um amor infeliz a durar
A tristeza do riso sem fim
A pintura de um riso sem cor
Um inverno trovejando em si
Dialeto latino ou tupí
Sou um peito repleto de amor
Oriṣa é como água.
Precisamos estar sempre hidratados.
Porém não adianta tomar 10 L de água.
Tem que ser uma hidratação constante.
Estou a navegar
Escutando o barulho da água
É noite e deparo com a intensidade das estrelas
O silêncio preenche minha alma
Medito diante do céu fascinante
E contemplo a beleza da noite.
Sou como a água de um rio…
Calada, disfarço minha fúria,
Você olha, acha que é calma,
Mas no fundo… sou abismo.
Tente mudar meu caminho, ouse me parar,
Levante barreiras, cave desvios…
Só não esqueça:
Minha força não se mede na superfície.
Debaixo do que parece paz,
Escondo correntezas traiçoeiras,
Buracos que te puxam,
Te arrastam… te afogam.
Pode tentar me secar,
Gole a gole,
Como quem suga por um canudo…
E quando achar que me venceu,
Surjo, escorrendo onde você menos espera.
Eu sei esperar…
Silenciosa, espero o tempo das chuvas.
E quando elas caem,
Eu transbordo.
Eu invado.
Eu quebro.
Eu retomo tudo aquilo que é meu.
E nesse instante, meu caro,
Só resta dobrar os joelhos,
Pedir perdão ao Deus que te resta…
Porque eu te puxo,
Te abraço nas minhas sombras,
E te mostro que com a força de um rio…
Ninguém jamais deveria brinca
O poeta do autêntico cordel
com a água da cultura mata a sede.
Ao chegar no barraco do saber,
põe no chão o bisaco e arma a rede.
Conhecimento com ele sempre vem,
mesmo assim, se esforça,mas não tem
uma placa do YouTube na parede.
Quanto você se paga?
Você paga o aluguel para o proprietário.
Paga água e luz para as companhias.
Paga o iptu, IPVA, licenciamento, para o governo ...
Paga escola para os filhos.
Paga presentes para os outros mas, e você quanto você se paga?
Quanto realmente ganha depois de pagar todos?
Qual sua diferença para um escravo?
O escravo não paga nada, apesar de ser escravo ele tem moradia, comida e vestes a seu dispor .... você paga tudo e todos menos a si mesmo, me diga qual a sua diferença sua para um escravo?
Cante alto e beba água,
molhe os pés na beira do mar,
é imenso como você sempre foi.
Vai longe. Vai sem medo...
Amor sem responsabilidade também machuca
Oferecer ração e água é bonito —
mas se não há compromisso, o gesto perde força.
Cuidar de um animal exige constância, limites e segurança.
Deixar solto, mesmo com boa intenção, pode causar dor.
Às vezes, o que falta não é afeto, é consciência.
