Poemas Vinicius de Moraes Patria minha
Eramos nós os loucos?
Querendo amar de maneira eloquente
Nadando contra a correnteza nesse mar de gente
Eramos nós os loucos?
Que sonhávamos em ser livres
Até descobrir que liberdade não existe
Eramos nós os loucos?
Voando por ai sem ter asas
Fazendo da vida um belo conto de fadas
Eramos nós os loucos?
Proliferando paz num mundo de ódio
Correndo atras de felicidade sem se preocupar com o pódio
Eramos nós os loucos?
Sim! Eramos nós, os únicos loucos sem maldade no coração.
Onisciente
Imensurável de tudo sei
Em todo lugar estou
Dos corações que criei
Meu filho é o redentor
Transcendo as leis da física
Vou além do seu pensamento
Indulto todas as críticas
Pois sou o senhor do tempo
Comando a fúria do mar
Desperto o brilho das estrelas
Não tente me desvendar
Respostas não irão obtê-las
Meu poder é infindável
Mas não quero demostrá-lo
E mesmo que seja intolerável
Perpetuamente irei amá-lo
Vernáculo do Amor
Incondicionalmente a amarei
Em vida e após a morte
Num barco sem nau a navegar
Teu coração é meu passaporte
Ao perfeito mundo onírico
Que se tornou realidade
Negar amor é um ato ilícito
Vai trucidar a felicidade
De apreciar minha cônjuge
Incólume em meio a dor
Almejando o horizonte
Exercendo o vernáculo do amor
Beija Flor
Eis o beija flor
De visão apurada
Onde vais com tanto amor?
Planar sobre as águas!
Do que precisas no ardor?
Só do néctar das flores
Num voo livre sem temor
Polinizando amores
Ao redor desse esplendor
Habita um sentimento
Diz a ela beija flor
Que seu beijo é o meu alimento.
Chora, me liga, implora
Meu beijo de novo
Me pede socorro
Quem sabe eu vou te salvar
Chora, me liga, implora
Pelo meu amor
Pede "por favor"
Quem sabe um dia eu volto a te procurar
Não vai ser tão fácil assim
Você me ter nas mãos
Logo você que era acostumada
A brincar com outro coração
Quer saber? Que se dane esse povo todo
Nosso amor não precisa de plateia
Do nosso jeito torto, fica tudo certo
Ô, povo curioso, deixa a gente quieto
Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?
O que a gente sente tá acima de qualquer suspeita
Se a gente tá bem, não deve pra ninguém
Deixa nós, respeita
Quantidades e momentos
Não queria enxergar ninguém por dentro
Por trás de todo sorriso, só conseguia ver
Alguém que ia me fazer sofrer
Meu sentimento sem você ficou tão triste e vazio
Já percebi que, sem o seu amor, eu não renascerei
Porque a saudade está quebrando o que resta da minha ilusão
Preciso juntar os pedaços dentro do meu coração
Andei por toda a cidade, coração quebrado
Sem querer eu sempre quis alguém do lado
E o destino veio e me trouxe você
Não vou negar que vou sentir saudade sua
Quem sabe um dia a gente continua
Posso pirar, me declarar pelos bares da rua
E esculpir o seu rosto na lua
Amiga linda, quem sabe um dia vira amada minha?
A quem devo desculpas? A quem devo desculpas por presente no momento não estar? Sem sentir, sem cheirar... Sem saber aonde estar... Consciente quero em minha vida viver. Toda minha vida, tudo que tenho é tão pequeno e pouco, um momento apenas que, incrivelmente é eterno. Tenho-me tão pouco, reconhecendo que a vida é momentânea, quero estar vivo, permanecer no momento sem viagens no tempo, mesmo que momentâneo seja, desse momento sairei para outro apenas quando a saída for um momento.
Talvez devo-me desculpas, entreguei-me aos devaneios temporais e navegando por eles, me perdi, sem encontrar o caminho de volta percebi que, verdadeiramente não queria encontra-lo, me afastara dele para distante da realidade ficar.
Quero minha vida, aceito esta e me responsabilizo por se a partir daqui me ausentar. Está é minha casa e aqui estou a morar, aceito o momento e então posso ser até o mesmo. Não mais morto, agora vivo. Vivendo a vida real.
Por que não ?
Por que não tentar? Por que não querer? Por que não sentir? Por que não fazer? Muita pergunta. Pouca resposta. Os por ques de quem somos, os por que de quem queremos ser? Devemos seguir sem perguntas ou sem as respostas se ter? A vida é mais que interrogaçoes, ou respostas sem fim. Pode pontos de exclamação em meio a vírgulas de si? Pode sorrir e chorar. Pode amor sem amar. Pode carinho sem tocar.
Pode prazer só de olhar.
Pode o bem sem querer. E sabe o que não precisa ter no meio disso tudo? O POR QUE. As vezes a razão foge a lógica, o que é inteligente se torna burro e o que mais se foge é o que mais se mostra perto. Nos escondemos em perguntas ou em buscar respostas e esquecemos de apenas viver. Por que não amor? Por não paixao? Por que não amigos? Por que não se permitir aquilo que se quer ser? Troquemos os por que não e coloquemos os por que sim em nossas vidas mas sabendo que para as nossas escolhas não cabe uma explicação nem á nos mesmos. Ou seja, apenas POR QUE É.
Noite fria
Um cobertor, um pensamento, um vazio
E de companhia me faz o frio,
Uma cama, um aconchego, um sorriso,
E de longe sopra o frio.
Uma ideia, uma tosse, um calafrio,
E o vento traz o frio.
Uma sensação, uma vontade, um martírio,
E sinto em mim o frio.
Me aqueço, me esfrio
Põem fogo e apaga.
Me acho me perco.
O contraditório esfriou
Ou o a razão super aqueceu.
O molhado deu lugar ao seco,
Ou será que sou eu?
Frio de junho que fogueira não esquenta,
Frio de junho que sentimento congela,
Congele as preocupações da vida,
E todo o resto deixe que eu aqueça.
Pois pra ter fogo não basta o calor,
Mas a chama que se faz com o mais puro querer ser feliz.
A estrada
A estrada é o caminho, a direção o rumo. A estrada é o destino marcado a cal por novos limites. A estrada é escola, ensina, machuca, nos faz crescer. A estrada traz dor e também esperança. Apresenta-nos a raiva e depois a alegria. Traz o medo em cada curva, acentuado e sem sinalizações de saída. Nas retas nos da tempo para descansar, pensar, nos preparar para novas curvas. Essa é a estrada. Esburacada, Mal cuidada, Perigosa. Fascinante, Bela, Sedutora. Na estrada se vê o por do sol e também o seu nascer. Na estrada se conhece o amor e também a desilusão. Como canta o Titãs “Estou na estrada, ou a estrada é que esta em mim. Tenho pressa, será que a estrada é que não tem fim. Em cada curva uma vontade, em cada reta uma ilusão, se eu queria uma resposta, só encontro interrogação. O tempo passa ou será que quem passou fui eu”.
Chuva
Chuva de pranto em esperança que assola.
Molha alma, molha cara, molha a vontade de limpar tristeza pra vir certa a felicidade.
Chuva de relva em positividade, traz a esperança em cada gota e em cada batuque dos pingos um novo ânimo para vencer.
Chove chuva de amor, vem relâmpago de paixão, se for pra arrastar algo pra longe, leve qualquer ilusão. Vida molhada agasalhe no frio de estar sozinho.
Chove cá, lá, aqui , agora.
Molhe o tempo, as horas e o passado. O futuro fique limpo para as tempestades de outono, e a primavera seja início dos desafios que pretendemos alcançar.
Chove, ou não chove.
Molhe ou não molhe.
O céu está td escuro, mas a beleza do dia nunca esteve tão clara.
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