Poemas Vinicius de Moraes Patria minha
Aurora vespertina que
beija a Roseira-do-mato
e que faz o meu coração
sempre doce e admirado,
Não tenha dúvida que
quero que leve um recado
que toque com carinho
o coração do meu amado.
Uma Tapirica florida
sempre me fascina
do raiar da aurora
matutina ao cair
da aurora vespertina,
Igual ao seu jeito
manso e doce que
sempre me inspira.
Buganvília amarela
sob o beijo apaixonante
da aurora matutina
escreve por mim
os Versos Intimistas
mais importantes
da minha vida que irão
envolver o meu coração
com toda a magia do amor.
Fabulosa aurora vespertina
que a Buganvília amarela
se fascina e me entrega
o romance mais bonito
da minha vida para seguir
tendo motivos para sempre
escreve e fluir no meu
rio de Versos Intimistas.
Buganvillea amarela
que beija com as suas
pétalas a nossa terra,
Não existe cena
mais bela que inspire
uma alma de poeta.
Buganvillea amarela
que hipnotiza com a sua
dança e me traz toda
a festança para trazer
o melhor mim que tem
a ver com a esperança
de amar em prosa, poema
e poesia muito além
dos meus Versos Intimistas.
Aurora vespertina que
abre a cortina do céu
para a Via Láctea vir
cortejando a atenção
da Peroba-Rosa amorosa
até se parece comigo
todas as vezes que tento
com Versos Intimistas
te fazer um simples aceno,
mas você segue desatento,
prefiro então ficar assim
no meu lugar feito de infinito
porque em mim o quê há não corre nunca longe do meu papel feminino.
Eflorescido o Tajy Hû colorindo
de rosa a terra dos guaranis
onde se ouve como harpa o rio
e me deixo nas mãos do destino.
A imensa dor do Chaco também
me pertence e a coragem igualmente
de colocar cada qual no seu lugar,
não vou esquecer e custe o quê custar.
Pertenço a um alguém que também
me pertence com tudo aquilo
o quê sinto mesmo que ele venha demorar.
Pode não ser nesta Primavera Austral,
mas na próxima nada vai mais nos atrasar
porque já será chegado o tempo de amar.
Um olhar irrenunciável
como o mar voltado
para o Oceano Pacífico
nesta América Austral
ainda me cobre de infinito
E é o único capaz de fazer
o meu coração rendido.
Demore o tempo que for
terei absoluta paciência
para esperar pelo seu amor.
Há vestígios do pesadelo
em curso na atmosfera
que as correntes de ar
a respiração carrega
não só em Rodeio
no Médio Vale do Itajaí,
O Sol diante dos olhos
discretamente a sua
cor carrega em comparação
aquilo que se vive por aí,
Está muito melhor por aqui.
Deixo para que decidam
ou não se sou a tal Poetisa
desta cidade de Rodeio
que põe a sua poesia
em descanso no verde
deste Médio Vale do Itajaí,
Que se deslumbra com
ventos e alvoradas sobre
esperas românticas
em companhia das vidas
atlânticas na habitação
com vista para o Pico do Montanhão.
No meu destino
tu és meu pleno
Cedro-verdadeiro,
És norte alvissareiro,
Os nossos nomes
em Versos Intimistas
nascidos para o amor
imortal e derradeiro.
Todo o governante
ou militante
que não consegue
deter uma guerra
deveria receber
uma sentença
que os condenasse
a andar de perpetuamente
com a cabeça baixa
e nunca mais olhar
para os olhos de quem
quer que seja
na face da Terra,
Porque todo aquele que torna
o Homem fera
não merece nenhum
tipo de condescendência,
porque Deus não colocou
no âmago este tipo de essência.
Nas mãos mais lindas ser
a Monja Blanca florescida
e a amada consentida
para alegrar os seus dias
Trazer o melhor e a alegria
e cobrir-te com beijos
a cada instante e dar-te
as primícias dos desejos
Confiar livremente tuas idas
e vindas com a firmeza
nas desejáveis constâncias
Trazer as auroras austrais
e boreais para a querência
aumentar sempre mais e mais.
O Bem-te-vi de outrora
quase não se escuta mais,
na memória o canto
não foi esquecido jamais.
Rotas que não deveriam ser
apagadas devem ser
constatemente resgatadas,
e laços igualmente refeitos.
Em nome daquilo que nunca
deveria ter sido esquecido:
caminhos devem ser restabelecidos.
Lembrar de tudo aquilo que fez
resistir para chegar até aqui é
necessário para continuar a existir.
Depende do dia
posso vir a ser
o Abebé de Oxum
ou até mesmo
o Abebé de Iemanjá,
Tudo na vida
tem um depende,
assim também
é a poesia que se sente.
