Poemas Vinicius de Moraes Mulher Aries
Há um palco
onde a gente precisa subir e fazer o show
se será sucesso, o tempo irá dizer
caso contrário
é descer e batalhar para sobreviver...
DORA DA MINHA DOR
Clamei por ti noites inteiras.
Eras a Dora
Da minha hora,
Que foi amar-te nas clareiras
Das selvas em que vivi.
E eu sempre a chamar por ti.
E a Dora que agora
Me desadora,
Esta perfumada e rica senhora
De berloques de jóias gamadas,
De mamas por gigas sustentadas,
Faz de conta que não existo
Na sua memória cruel!
Não adiantou eu dizer: Sou o Manel,
O que te aliviou o "vírgulo"!
Pelo visto e sem mais vírgula
É triste lembrar assim
Quem não se lembra de mim...
Ah, Dora, mulher fatal,
Que matas qualquer mortal
Como me mataste por fim!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 31-05-2023)
JOGUETE
Fui-o.
Nas tuas mãos pouco macias
Perfumadas das bruxarias
E senti-o.
Foste lançando o feitiço
Como bruxa que lança em derriço
Incenso aos lanços nas brasas
Que fazem faíscas
Ariscas, com que arrasas
A vontade de dizer, não!
E sem mais contemplação
De outro piedoso pensar,
Louca mulher, sem paixão
Nem vontade de se amar.
(Carlos Vieira De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-06-2023)
DITADOS
E o ditado a dizer:
A cama que fizeres,
É aquela em que te vais deitar
E queira Deus que não vás penar...
Que sentença crua, de arrepiar!
Agora, digo eu, neste inocente pensar:
Mentira!
Fiz tantas camas na vida
Umas de pedras,
De pano e de ervas
E outras de sumaúma,
Mais macias que nenhuma.
Em todas descansei,
Amei
E gostei.
Só houve uma,
A de sumaúma,
Macia como nenhuma,
Onde não amei
E chorei.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-06-2023)
ESPERA DESESPERADA
Na velha gare esperei por ti;
Na esperança anunciada
De te ter como coisa amada
Naquilo que ao ganhar perdi.
Só depois é que vi
Que as estradas
E os carris das vidas
São feitos de tudos e nadas.
Nem sempre são retas desejadas
Para alcançar o sonho final,
Se não a mim e ao mundo
Vai um logro tão profundo,
Um medonho e abismal
Desígnio infernal
Nas encruzilhadas do mal.
Dessas, eu nunca me lembrei...
Por descuido me esqueci.
Agora, eu sei
Porque peno assim por ti.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-06-2023)
Muitas vezes somos julgados
Por sermos assim por sermos assados
Também já fomos crianças, adolescentes
E também nos frustramos e não foi fácil
Além de filhos fomos pais
Aí nos deixamos um pouco de lado para tentarmos o melhor
Mas o nosso melhor muitas vezes se parece pouco
O nosso jeito de educar e de nos preocupar
Se torna rude, chato, grosso muitas vezes vergonhoso
Verdade, a idade chega e como passa rápido
Tão rápido que olhamos para o ontem que na verdade já está há anos
E o que fizemos? O que vivemos?
O que sentimos? E como estamos?
Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não lhe entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?
A vida é muito curta para se dar tempo ao tempo...
Muito curta para se preocupar com opiniões alheias...
E muito mais para deixar de fazer, ficar ou estar com o que e quem nos fazem felizes...
Brilho nos olhos, sorrisos espontâneos...
Não ver a hora passar...
Sempre querer mais...
Se sentir bem. Se sentir leve...
São pequenos sintomas de que vale a pena tentar!
Se valorize, pois, nunca é tarde.
Tem medo de sentir falta de que?
Do carinho que nunca teve
Dos elogios que nunca escutou
Das surpresas nunca realizadas
Do desejo nunca demonstrado
E quem disse que sentiria solidão, estava errado.
Tu se sentirá viva!
Em tempos de guerra!
A bandeira branca se tornou vermelha, pelo sangue carregado por homens, violentos e degenerados.
A guerra gritou pelo ouro e a prata!
Mais foi a vida que se tornou o preço.
Nunca foi a vida que era pouco, mais sim a vontade de gerar a paz.
As angústia, tristeza, e ansiedade!
Torna-se profundas lacunas na alma, esperando todo vazio, achar algo que os complete.
O amor verdadeiro, fecha qualquer ferida em cicatriz, e emerge luz nas profundezas da alma.
Fazendo o amor, achar seu verdadeiro nome!
Que é Deus.
Quando se coloca Deus, nas lacunas da alma!
Não tem buraco que não possa ser preenchido.
CEREJAS
Degustava eu um ramo delas,
Quase assim.
Uma mais vermelhas
Ainda de formas fedelhas
De polpa ruim.
Outras, matizadas de branco,
Amarelado,
E eu sou franco,
Deixei as amarelas de lado.
Algumas, de bordeaux vincado,
Mas só cor
Sem sabor
Adocicado.
Poucas mais encontrei
Doces
Ainda que maduras
Apesar de duras
Como o mel melado.
Ia a meter a última à boca
E parei.
Era mais redondinha que as outras
Mas muito vermelhinha
E tinha
Uma outra cerejinha
Pegada à sua barriguinha
Como uma mãe que acabou
De dar à luz,
E quer mostrar a filhinha
Que reluz.
Tive pena de as comer
E num rebate de consciência,
Com exemplar paciência,
Fui metê-las em terra fresquinha:
A cereja mãe e a filha,
À espera que um dia destes
Irão nascer mais cerejas
Assim,
Por mim.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-06-2023)
Nos arrependemos de quase tudo, das tentativas e das renúncias. De agir, de pensar em agir, de apenas pensar em pensar em agir. Tudo nos tortura, nos consome, numa dança de incertezas e angústias.
Nossos cérebros são máquinas de tormenta, que refletem sobre o controle e a perda dele. Buscamos dominar o destino, mas percebemos que não controlamos nada, boa parte dos rumos da vida ocorrem a nossa revelia.
A vida dos que nunca existiram é uma honra enigmática e esquecida. Que maravilha nunca ter sido jogado ao vazio, e que bênção não possuir uma consciência. Somos joguetes nas mãos do destino, marionetes em um palco invisível. A única certeza é que não há resposta certa, e que todos os caminhos levam à morte.
Mas abra-se, coração, à descoberta, perca-se na reinvenção. A sabedoria é eterna aprendiz. Cada encontro, um livro novo a ser lido. Cada lágrima, uma lição, não um cicatriz. A vida é um eterno renascer. Recomece quantas vezes for necessário, pois cada renascimento é um ato de coragem, e em cada novo começo reside a oportunidade de novamente se encontrar.
Que a minha existência seja uma canção inacabada, repleta de versos entrelaçados com o divino, encontrando a eternidade em cada momento fugaz. Assim, lanço-me ao infinito, mergulhando no desconhecido, em busca da verdade que se esconde nas entrelinhas, e encontro a paz na aceitação de que nunca saberemos tudo.
Normalmente, as rimas acontecem nos finais dos versos. Ou no começo, ou meio de um e no final de outro. Tentei criar uma triangulação rimática, sem rigor, igual à disposição das plantas nos jardins que eu planejava, colocando rimas em versos e estrofes distintas, buscando uma discreta harmonia sonora.
A ver!
EVOLUÇÃO DAS FLORES
Jardim da infância!
Flores inocentes
Visões de arco-íris.
Ciranda do alecrim,
Madeira rachada,
Azaleia branca, margarida!
Limão bravo, limão cravo.
Rosa cheirosa,
Alegria da mão no chão!
Copo de leite, dama da noite,
Recantos de São Francisco.
Onze-horas encantadoras!
A fada entre vedélias!
Recinto sem defeitos.
Todo dia é dia santo!
Jardim da adolescência!
Flores igualitárias.
Íris, alamanda, amarílis,
Encostadas na costela-de-adão.
Hibisco e Malvavisco
Caídos no jasmim.
Porta sem tranca,
Deleite no leito!
Conchavo de delírios,
Egrégoras encantadoras!
Agapantos, jacintos, bromélias
Perdidos em um canto.
O amor-perfeito eclode!
Vaidade de narcisos,
Comigo-ninguém-pode.
Jardim da consciência!
Chuvisco no capim,
Guirlanda nos cabelos,
Enfeites em quase senhoras!
Espada de São Jorge
No tronco entortado.
Punho cerrado
Em luta franca.
Querida Primavera!
Generosa, com seu manto,
Terno acalanto,
Impera a fraternal era,
Frutos divididos
Lembram as flores libertárias:
Lírios, cravos, camélias!
Sérgio Antunes de Freitas
Junho de 2023
“ Não é o retorno que vai trazer certezas. A reciprocidade pode ser silenciosa. Por isso, nunca vou deixar de dizer que amo, nunca vou deixar de expressar a saudade que sinto, nunca vou deixar que se extraia de mim a minha essência, pois no final estarei sozinho em um lugar que nem para os lados poderei olhar “
Antônio Marques
11/62
POESIA PRENHE
Muitos,
Que tudo fazem
E desfazem
Para emprenhar a doce
E tão amarga
Presa ou solta à ilharga
Senhora bela - A poesia.
Sem nome de pai,
De mãe ou de tia,
Pelo menos nada consta
No cartão de cidadania.
Basta-lhe ser poesia
Pura, rebelde e arisca,
Não deixar copular
Macho ou fêmea,
Ou qualquer outro artista
Que só lhe quer levar a palma.
Gosta de preliminares,
De beijos e doces olhares
Sussurros loucos ao ouvido,
E embriaguez na alma.
Adora longos coçares
E muito depois então
É que abre as pernas
Para ejaculares
E te dar um dia
Um filho da poesia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-06-2023)
Do bom ao melhor!
A tempos para viver na bagunça, na vida saudável e desmantelada de um solteiro feliz e a tempos para estacionar o coração embaixo da sombra certa em meio aquele calor forte.
Tudo que um dia foi bom entrou para história, faz parte das minhas memorias e resenhas em churrascos entre amigos, no meu modelo atual só cabe uma vida repleta de lealdade, pura admiração e um amor imortal dedicado a ela a mulher das minhas vidas.
Um dia...
Um dia fomos um só,
a partir dali meu coração passou a te ovacionar,
presa nos teus encantos a minha alma distribui sorrisos por aí.
Pecado é você no mesmo mundo que eu
e a gente estar assim, tão distante
benção, seria você sorrir nesse exato momento
e pensar
poxa!! podemos mudar isso dai.
e só para lembrar
estou à sua disposição...
Pensar sem limites
A barreiras entre o excesso e o vazio dependendo de como limitamos o nosso pensar,
as vezes eu vejo o sol se escondendo no horizonte mesmo sabendo que ele vai voltar pela manhã fico ansioso, fico surpreso,
falar sempre o que faz bem é uma justificativa para nossa alma de que estamos caminhando certo,
quero ser visto dançando de felicidades quando for o último dia do mundo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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