Poemas Vinicius de Moraes de Mar
provocação II
(um rascunho de pele)
es pa ço
entre nós:
meu
s
u
s
s
u
r
r
o
(quero te machucar de tão bonita que você é)
risca o ar —
seco —
(risco
risos
risco
risos
risco)
---
toque?
(mentira.
só o ar
que você roubou
do meu pulmão.)
(a alça do seu sutiã escapou do ombro por descuido?)
---
sumiço?
(mentira.
só o eco
do meu hálito
na sua boca fantasma.)
(apaguei quatro metáforas aqui: todas mentiam)
---
vontade?
(verdade e,
contra minha vontade,
te xingando
sem maldade
encerro a escrita
te deixando na...)
reticência.
provocação II
som:
esquisito radical que sem
som
bra de —
dúvidas
te as
sombram.
pois se existe
(?)
algo que
exista mais que palavras,
é som
e sombras,
perguntas.
(essa sua inclinada som
brancelha)
no teu peito
se propagam
as mesmas perguntas
mas não ressoa
o som.
e os sons
se misturam,
ao nada,
ao vácuo
e as perguntas.
e não há nada
que possamos fazer.
(sobre esse ensom
breado em você)
absolutamente nada
a respeito
do som
da sombra
das perguntas
dos por quês.
“e se’s?”
(e as razões
do seu existir?)
se perguntar:
qual a finalidade
de coexistir
à realidade?
consegue aceitar?
que não há verdade?
(e todas essas perguntas?)
no vácuo
adquirir a habilidade,
em meio a complexidade,
de simplesmente
sentir
seu som.
(e na hora de cantar,
desafinar no tom.)
floresta
tal qual um herbívoro
pastaria, lento,
nessa relva úmida —
beberia orvalho
(um doce noturno)
até que a floresta
toda se desmanchasse em chuva.
(e eu, fitófago)
ao morder teu broto
e inundar-me dela,
jamais secarei:
porque após a chuva
fica entre as folhas
o brilho da falta —
água que não evapora.
mas não há fim
para quem bebeu
de tua fonte:
o gosto que
a boca guarda
(não se perde)
— é eterno
como sede.
e teu rio,
que em mim virava mar
brotava até o que não era semente,
na boca de outro herbívoro —
secou.
antes que ele pudesse beber.
(risos)
sangue e lápis
asas da liberdade
entre linhas
algo que poucos
podem captar
perdi-me e me refiz
em refúgio abstrato,
disforme.
depois que te conheci,
ó Poesia,
ganhei forma no caos
que era meu rosto
torto.
meu eu-lírico
tornou-se
meu sangue,
meu respirar,
meu garfo.
dou corpo à dor,
a entalho—
para que ela
encontre o cinzel
e ali morra.
me dissolvo na escrita;
morro no papel
para renascer em cada linha.
se um dia eu calar,
morremos juntos:
verso e peito.
entre escrever e alívio,
escolhi sangrar.
quem escreve pra curar
continua doente.
Estamos vivendo uma época em que
pessoas mais capazes do que nós mostram,
todos os dias, o quanto são mais felizes e
bem-sucedidas do que nós. Não há como
fugir; por mais que você largue o celular ou se isole do mundo, não vai adiantar nada. Todas as pessoas ao nosso redor nos comparam o tempo todo. Já não basta nos afogarmos em fraqueza ao ver isso. Eles fazem você querer ser como eles ou morrer tentando. Mesmo existindo a forma antiga e simples de apenas viver segundo seus conceitos e ser feliz à sua maneira, as pessoas continuam tentando ser a "super feliz", mesmo sendo impossivel.
Quando estiver cansado do cansaço
Olhe para a linha do tempo
E relembre por um momento
A força que em ti havia
Siga o norte que te guia
E viva novamente o seu passado
o gato dorme, ronrona, brinca e se exalta.
como ser belo iqual um malta?
na linda flor desse jardim o gato zoa.
no ramo do plano, que faz o coração brincar de canoa.
se exalta, se exalta ò jardim.
brinca de ser um querubim.
cuida de mim no céu gato branco.
e anda, sem desespero.
e lembre-se de brincar de ser um anjo.
uma vida pra fazer.
como rio à fluir.
uma historia para ver.
como peste a fugir.
criatura à rugir.
ditadura à manter.
uma vida pela frente.
para acabar de repente.
morte, nada à temer.
pois, homem está ao leito
e nada pode ser feito.
veia à falecer.
um gato, em seu brinquedo.
um rei, em seu bandejo.
um homem, em seu leito.
um poeta, à escrever.
um soldado, à temer.
um rei, à perde
um nobre, a dever
uma missão à concluir.
um passado à refazer.
o rio à fluir.
o tempo a lazer.
trabalho a ser feito.
alguém a se negar.
tem de ser feito, de qualquer jeito.
nada pode parar.
alguém criado à liderar.
ò rei, ò rei, ò rei.
trabalho a me dar.
algo a fala.
nada pode para.
a parábola, de um rei.
seu desejo mais fiel.
ò grande Israel.
o rei, pede misericórdia.
não pede vitória, nem o hino da gloria.
apenas faça seu trabalho.
um cavaleiro com sua espada.
dá medo até em vosso rei.
uma dama iludida.
em sua casa retirei.
nada disso lhe satisfez.
um cavaleiro com seu cavalo.
exalta coragem.
um rei caído.
em sua ida levou bagagem.
traído por vosso servo.
onda boa bate, bate.
vida rasa onda leva.
complicado é o trote.
mas em onda passageira vida se revela.
boa é a festa, que passa depressa.
onde onde o mar não encaixa nessa.
mais pressa, o mar não espera.
respire, acalme se e para.
por um estante pense.
veja o caminho e oriente-se.
lindo beija flor!
mas que nariz pontudo.
nada disso no meu jardim.
estou cheio de amor.
além de tudo.
comendo um pudim.
contemplando essa vida.
quem diria? está linda!
falou meu querubim.
quando eu tendo a extravasa ideias.
eu tenho de andar a bicicleta.
quando eu tenho um bloqueio mental.
meditar leva a um mundo espectral.
criatividade começo a ter.
nada extravasa do ser.
com nada a temer.
começo a escrever.
o gato está com medo.
aspirador de pó.
esse barulho infernal.
mas que mal.
isso me deixa com dó.
dó, do meu querido gato.
está com muito medo.
ele só queria caçar um rato.
mas que desespero.
oque fez meu gato, para sofre?
caneta e papel.
mundo a se fazer.
rei e coronel.
só á lazer.
uma vida.
não vivida.
nesse mundo cruel.
forte como um quartel.
cortejo, reverencia e educação.
um sonho de um rei.
para um mundo sem emoção.
colorido de vermelho.
chore, chore ò rei.
esse mundo não vai mudar.
sempre foi assim é nada vai parda.
colorido á vinho.
seu cabelo preto me alucina.
seu olhos parecem a noite mais profunda.
seu batom e o charme.
você é encantada.
está sempre a ser mencionada.
a deusa do meu mundo.
com seus olhos profundos.
sua alma boa e má é visível.
clara como a luz do sol.
meu amor mais sincero.
só de escutar seu nome já fico meigo de afeto.
não paro de notar cada detalhe de seu lindo corpo.
eu te amo de mil maneiras.
nunca vou esquecer seu jeito de sorrir.
explorei o mundo e o único tesouro que achei foi você.
ò meu lindo amor.
sua face linda, seus olhos calmos.
notei sua precaução.
arrumada como se fosse ir á um baile.
parece uma rainha sem vestido, com seu grande charme.
seus olhos refletem a água mais clara do rio mais claro.
cada detalhe seu é um fato á ser estudado.
linda rainha a governa, cade teu rei?
se eu pudesse seria teu rei.
e mesmo assim me governaria acima de todos.
faria de tudo só pra ver teu sorriso.
eu escalaria a montanha mais alta do reino mais alto.
só pelo teu sorriso.
vestida de coelho.
cenouras vá colher.
pulando de poça em poça.
arrumando oque fazer.
então corre, corre.
ò linda coelha
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