Poemas de Teólogos
Quero viver enquanto estiver acesa, em mim, a capacidade de me comover diante da beleza. Essa capacidade de sentir alegria é a essência da vida.
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? (…) Dizem as escrituras sagradas: “Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer”. A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A “reverência pela vida” exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir.
O desejo que move os poetas não é ensinar, esclarecer, interpretar. O desejo que move os poetas é fazer soar de novo a melodia esquecida.
Quem me dera descansar em ti! Quem me dera que viesses a meu coração e que o embriagasses, para que eu me esqueça de minhas maldades e me abrace contigo, meu único bem! Que és para mim? Tem piedade de mim, para que eu possa falar. E que sou eu para ti, para que me ordenes amar-te e, se não o fizer, irar-te contra mim, ameaçando-me com terríveis castigos? Acaso é pequeno o castigo de não te amar? Ai de mim! Dize-me por tuas misericórdias, meu Senhor e meu Deus, que és para mim? Dize a minha alma: Eu sou a tua salvação. Que eu ouça e siga essa voz e te alcance. Não queiras esconder-me teu rosto. Morra eu para que possa vê-lo para não morrer eternamente.
Estreita é a casa de minha alma para que venhas até ela: que seja por ti dilatada. Está em ruínas; restaura-a. Há nela nódoas que ofendem o teu olhar: confesso-o, pois eu o sei; porém, quem haverá de purificá-la? A quem clamarei senão a ti? Livra-me, Senhor, dos pecados ocultos, e perdoa a teu servo os alheios! Creio, e por isso falo. Tu o sabes, Senhor. Acaso não confessei diante de ti meus delitos contra mim, ó meu Deus? E não me perdoaste a impiedade de meu coração? Não quero contender em juízos contigo, que és a verdade, e não quero enganar-me a mim mesmo, para que não se engane a si mesma minha iniqüidade. Não quero contender em juízos contigo, porque, se dás atenção às iniqüidades, Senhor, quem, Senhor, subsistirá?
(Confissões, Agostinho de Hipona, capítulo V)
Ama e faz o que quiseres.
De uma vez por todas, uma pequena regra é exigida de ti: ama e faz o que desejas.
Se tu mantens o silêncio, faz isso por amor;
Se gritas, faz-lo por amor;
Se corrigires, corrigirás com amor;
Se perdoares, perdoarás com amor;
Se evitas punir, Faz isso por amor.
Cultiva em ti a planta do amor, pois dela só poderá vir o que é verdadeiramente bom.
Por amor.
Quem ama nunca faz o mal, e é para o bem que nascemos.
O amor é a alegria pelo bem; o bem é único fundamento do amor. Amar significa querer fazer o bem para alguém.
Onde está a verdadeira amizade, aí está o mesmo querer e o mesmo não querer, tanto mais agradável, quanto mais sincero.
"Muitas vezes, aqueles que não são cristãos sabem alguma coisa sobre a terra, céus e outros elementos do mundo, sobre o movimento e a órbita das estrelas e mesmo seus tamanhos e posições relativas a previsão de eclipses solares e lunares, o ciclos dos anos e as estações, os tipos de animais, arbustos, pedras e outros objetos. Essa pessoas dizem que o conhecimento é verdadeiro por meio da razão e da experiência. Assim, é vergonhoso e perigoso ouvir um cristão, fazer interpretação presumível da Escritura, falando bobagens sobre esses tópicos. Devemos tomar todas as precauções para evitar uma situação lamentável em que as pessoas verificar o enorme ignorância em um cristão e tirar sarro dele. A vergonha não é tanto uma indivíduo é ridicularizado, mas que as pessoas que não compartilham nossa fé acho que nossos escritores sagrados realizaram tais opiniões, e como uma grande perda para aqueles cuja salvação que desejamos, os autores de nossas Escrituras são criticados e rejeitados por sua suposta ignorância. "
"Todo aquele que ler estas explanações, quando tiver certeza do que afirmo, caminhe lado a lado comigo; quando duvidar como eu, investigue comigo; quando reconhecer que foi seu o erro, venha ter comigo; se o erro for meu, chame minha atenção. Assim haveremos de palmilhar juntos o caminho da caridade em direção àquele de quem está dito: 'Buscai sempre a sua face' (Sl 104.4)" St. Agostinho
Recebe este livro de minhas Confissões que tanto desejaste. Contempla-me, para que não me louves mais do que sou. Julga-me não pelo que os outros dizem de mim, mas pelo que eu digo nelas. Contempla-me nelas e vê o que fui, na realidade, quando estive abandonado a mim mesmo(...)
A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade...
Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.
É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas das gaiolas estivessem abertas eles voariam. A verdade é o oposto. Os homens preferem as gaiolas ao voo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão as suas vidas.
Nota: Trecho da introdução do livro. O pensamento muitas vezes é atribuído erroneamente a Fiódor Dostoiévski. Acredita-se que a confusão aconteça por Rubem Alves mencionar o escritor e a obra "Os irmãos Karamazov" na introdução do livro "Religião e Repressão".
...MaisA alma é o lugar onde os sentimentos
são profundos demais para palavras.
Calamos não porque não tenhamos o que dizer,
mas porque não sabemos como dizer tudo
aquilo que gostaríamos de dizer.
Deus tem de existir.
Tem beleza demais no universo,
e beleza não pode ser perdida.
E Deus, é esse Vazio sem fim,
gamela infinita,
que pelo universo vai colhendo
e ajuntando toda a beleza que há,
garantindo que nada se perderá,
dizendo que tudo o que se amou
e se perdeu haverá de voltar,
se repetirá de novo.
Deus existe para tranqüilizar a saudade.
São as crianças, que sem falar,
nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm saberes a transmitir.
No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Tudo o que vive é pulsação do sagrado.
As aves do céu, os lírios dos campos... Até o mais insignificante grilo, no seu cricri rítmico, é uma música do Grande Mistério.
É preciso esquecer os nomes de Deus que as religiões inventaram para encontrá-lo sem nome no assombro da vida.
“Meu encanto precisa da saudade...”
“Era uma vez uma menina que amava um pássaro encantado que sempre a visitava e lhe contava estórias, o que a fazia imensamente feliz. Mas chegava um momento que o pássaro dizia: “Tenho que ir”. A menina chorava porque amava o pássaro e não queria que ele partisse. “Menina”, disse-lhe o pássaro, “aprenda o que vou lhe ensinar: eu só sou encantado por causa da ausência. É na ausência que a saudade vivi. E a saudade é um perfume que torna encantados todos os que os sentem. Quem tem saudades esta amando. Tenho que partir para que a saudade exista e para que continue a ama-la e você continue a me amar...” E partia.
A menina, sofrendo a dor da saudade maquinou um plano: quando o pássaro voltou e lhe contou estórias e foi dormir, ela o prendeu em uma gaiola de prata, dizendo: “Agora ele será meu para sempre.” Mas não foi isso que aconteceu. O pássaro, sem poder voar, perdeu as cores, perdeu o brilho, perdeu a alegria, não tinha mais estórias para contar. E o amor acabou. Levou um tempo para que a menina percebesse que ela não amava aquele pássaro engaiolado. O pássaro que ela amava era o pássaro que voava livre e voltava quando queria e ela soltou o pássaro que voou para longe.”
Patativa do Assaré
Que homem extraordinário! Leia esse poeminha e você virará um poeta:
“Pra gente aqui ser poeta
Não precisa professor.
Basta vê no mês de maio
Um poema em cada gaio
Um verso em cada fulô”.
(do livro: Ostra feliz não faz pérola)
C. S. Lewis era protestante e Tolkien era católico. As diferenças não impediram ambos de serem grandes amigos. Isso é nobreza de espírito.
Algumas dicas para cultivar a amizade: ouvir com interesse sincero, se sacrificar pelos amigos, ser paciente com os defeitos alheios, corrigir sempre com docilidade e ajudar na busca pelo bem (respeitando a liberdade).
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