Poemas de Teólogos
Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias.
Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...
Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que se arrisca é livre...
"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."
Porque a vida é feita de uma mistura de alegrias e tristezas.
Sem as tristezas, as alegrias são máscaras vazias,
e sem as alegrias, as tristezas são abismos escuros.
É por isso que os olhos, lugar dos sorrisos,
são regados por uma fonte de lágrimas.
São as lágrimas que fazem florescer a alegria.
A saudade se parece com a fome.
A fome também é um vazio.
O corpo sabe quando alguma coisa esta faltando.
A fome é a saudade do corpo.
A saudade é a fome da alma.
“...Quando tudo se aquieta,
e o tempo diz sua passagem
nas cores que se sucedem,
o rosa, o vermelho, o marrom,
o roxo, o negro...
Sabe-se então que o fim chegou.
Pôr-do-sol é metáfora poética,
e se sentimos assim é porque
sua beleza triste mora em nosso
próprio corpo.
Somos seres crepusculares..."
“As almas dos velhos e das crianças brincam no mesmo tempo. As crianças ainda sabem aquilo que os velhos esqueceram e têm de aprender de novo: que a vida é brinquedo que para nada serve, a não ser para a alegria!”
(trecho extraído do livro em PDF: Se eu pudesse viver minha vida novamente)
Sobre o tamanho
Se o maior fosse o melhor, o elefante seria o dono do circo.
(do livro em PDF: Ostra feliz não faz pérola)
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora,nasce a primavera do lado de dentro.
Esperança é quando, sendo inverno do lado de fora, a despeito dele brilha o Sol de verão no lado de dentro.
[...] SOBRE A VELHICE: Por oposição aos gerontologistas, que
analisam a velhice como um processo biológico, eu estou interessado
na velhice como um acontecimento estético. A velhice tem
a sua beleza, que é a beleza do crepúsculo. A juventude eterna,
que é o padrão estético dominante em nossa sociedade, pertence
à estética das manhãs. As manhãs têm uma beleza única, que lhes
é própria. Mas o crepúsculo tem um outro tipo de beleza, totalmente
diferente da beleza das manhãs. A beleza do crepúsculo é
tranquila, silenciosa – talvez solitária. No crepúsculo tomamos
consciência do tempo. Nas manhãs o céu é como um mar azul,
imóvel. No crepúsculo as cores se põem em movimento: o azul
vira verde, o verde vira amarelo, o amarelo vira abóbora, o abóbora
vira vermelho, o vermelho vira roxo – tudo rapidamente. Ao
sentir a passagem do tempo nos apercebemos que é preciso viver o
momento intensamente. Tempus fugit – o tempo foge – portanto,
carpe diem – colha o dia. No crepúsculo sabemos que a noite está
chegando. Na velhice sabemos que a morte está chegando. E isso
nos torna mais sábios e nos faz degustar cada momento como
uma alegria única. Quem sabe que está vivendo a despedida olha
para a vida com olhos mais ternos...
“Hoje é tudo o que temos: morangos à beira do abismo, alegria sem razões. A possibilidade da esperança”.
(Em “Sobre o otimismo e a esperança” – Concerto para corpo e alma. Página 160 – Editora Papirus – Campinas – São Paulo, 2012).
O olho vê aquilo que o coração
deseja. Quando o desejo é belo, o
mundo fica cheio de luz, mas
quando o desejo é ruim, o mundo
se entristece...
“Bernardo Soares escreveu que nosso problema está em nossa incapacidade de desembarcar de nós mesmos. É inútil ir até a China se não saímos da bolha onde vivemos".
(trecho extraído do livro em PDF: ostra feliz não faz pérola)
“As Palavras são entidades mágicas, potências feiticeiras, poderes bruxos que despertam os mundos que jazem dentro dos nossos corpos, num estado de hibernação, como sonhos. Nossos corpos são feitos de palavras”...
( na crônica 'Lagartas e borboletas', do livro "A alegria de ensinar". São Paulo: Ars Poética, 1994, p. 52.)
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você…” A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta”.
(em “Se Eu Fosse Você”, do livro ‘O Amor Que Ascende a Lua’. Campinas/SP: Papirus, 1999.)
Sobre a morte e o morrer
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
(Trecho do Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3. Fonte: Projeto Releitura)
“O amor se realiza quando recebemos de volta as coisas que amamos e perdemos”.
(Extraído do livro Pensamentos que Penso Quando não Estou Pensando, Editora Papirus, 3ª Edição, página 64).
APRENDER A SER CRIANÇA
São muitos os estudos da psicologia das crianças. Estudamos as crianças para ensiná-las a maneira adulta de ser. Não conheço estudos que tenham por objetivo o contrário: ensinar aos adultos a maneira de voltar a ser criança.
(do livro em PDF: do universo à jabuticaba)
Para encerrar a conversa, a entrevistadora fez a última pergunta: “Como é que você se definiria?”
Êta pergunta impossível de ser respondida! Porque definir, como o próprio nome está dizendo, vem do latim finis, fim. Definir é determinar os limites. Mas sei eu lá quais são os meus limites!
Para respondê-la, eu teria de encontrar uma frase que não fosse definição, que apontasse para o sem limites. Aí eu me lembrei da frase que Robert Frost escolheu para sua lápide e disse que aquela era a definição de mim mesmo: “Ele teve um caso de amor com a vida”.
Quero que estas sejam as palavras na minha lápide.
(de “Ostra feliz não faz pérola”)
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