Poemas sobre Vida dos Cangaceiros
O melhor estado dos corpos, é a agitação,
a asa se faz casa, se deita na inspiração;
assim como o pensamento exercita o voar.
Quero fugir com os girassóis no inverno,
quero me aquecer em cada pétala
onde o perfume se deita comigo.
Eu amo
Tu amado
Ele não imagina como é sagrado
Nós somos amor e vento
Voz dos sentires e
Eles veem de dentro
Êh, vento!
Esse que pelo meu subterrâneo transita
Agita a minha saudade
que num levitar se negrita
E me arrepia os poros
e sótãos.
Silêncio tudo sabe,
é meu volume baixo em plenitude,
É meu barulho de porta trancada,
sem posse da chave,
São os meus eus presos em mim
e livres qual uma ave.
Eu não sou mais por ser exagerada,
É que eu sou infinita, sou intensidade
porque não me dou só um pouco,
porque quando me verto
espalho-me por toda a mesa
e corro pela abertura estreita do chão
só para inundar...
Quis fotografar a gente em sentimento;
a máquina só captava a carne.
A carne é exibida.
A carne é passageira.
Quis fotografar a nossa alma;
ela é tão fotogênica, eu sei.
Mas a lente não alcança.
Seu sorriso é um convite,
e dá a mão para a minha alma.
Rodopia meu ser em leveza;
deixando pegadas no céu e
esvoaçam os meus cachos...
Ela era assim, catava poesia ao vento,
Tinha sorriso largo de sol, choro curto,
Cabelos emaranhados na cor chocolate.
Criamos “nós” sem vírgula e
sem interrogação.
Viramos a mais bela expressão.
O nosso conceito é et cetera
seguida de reticência
e não é só isso.
Nem é preciso levar tudo a ferro e fogo,
Nem tão pouco um faz de conta...
Melhor mesmo é ser criança,
verdades e brincadeiras...
E não carregar nenhum peso em vão...
Somente amar você,
Até o amor ficar mais forte,
O dia em que te conheci,
Essa foi a minha sorte!
Sorte do meu coração
Ter encontrado o teu amor,
Foi a coisa mais linda
Meu jardim virou só flor,
E assim a vida ensina
Que cada um tem uma sina,
E que devemos sim,
Acreditar no amor!...
Me disseram que tenho um buraco,**
um buraco no meu coração.
Está mais pra um vazio
em meio à imensidão.
**Ausência e dor de algo que nunca vou ter,**
um escuro com lágrimas dentro
do quarto onde sempre me pego pensando.
**Talvez seja tarde — perdi minha vida.**
Esse é o eco da minha voz
que fende a ruína.
**Estou sufocado. Estou com medo.**
O tempo é o inimigo do homem.
Isso me soa como um grande desespero.
**Peso da alma, cheia de dor, vendo**
o mundo vencendo
e o resto… perdendo.
VOCÊ VEIO
Você veio e me adotou
Você veio e simplesmente me amou,
Você veio e fez do velho ao novo,
Você veio e me trouxe o renovo.
É por isso que eu te amo,
É por isso que eu te louvo,
É por isso que eu me derramo aos teus pés,
É por isso que hoje eu te encontro e te adoro acima de tudo.
Como é bom ouvir tua voz Pai,
Dizendo que me ama.
Me abraçou, me encheu de amor
E pelo meu nome me chamou.
Às margens da Laguna Porã.
Duas cidades, dois corações,
Unidas por histórias e tradições.
Ponta Porã e Pedro Juan,
Fronteira viva, terra irmã.
Laguna Porã, espelho d’água,
Guarda segredos, murmura a mágoa.
Lendas antigas, contos de fé,
Que os nativos contam, crê quem quiser.
Vieram de longe, de todo lugar,
Os que sonharam em aqui ficar.
Ergueram casas, abriram caminhos,
Tecendo o tempo com seus destinos.
No mercado, cheiros e vozes dançam,
Mistura de línguas, ritmos que avançam.
Tereré partilhado, sotaques cruzados,
Laços que nunca serão quebrados.
Aqui se vive, aqui se sonha,
Sob o sol ardente que nos acompanha.
Duas cidades, mas um só chão,
Que pulsa forte no coração.
Cativeiro das Palavras
Nunca sei o que escrever.
As palavras chegam sem aviso,
como pássaros desorientados
que pousam no peito
e logo se lançam ao vazio,
deixando o silêncio
como única companhia.
Sempre há dúvida.
Onde estão as inspirações?
Onde se esconderam os sorrisos
que um dia iluminaram o caos?
Talvez seja apenas questão de tempo,
tempo que não há,
tempo que se dissipa
como névoa em manhãs febris.
Mostre-me as lágrimas
que tais sorrisos trouxeram consigo,
como marcas discretas
nas dobras da memória.
Entre tantos sentimentos vazios,
confusos e desgastados,
é difícil encontrar algo verdadeiro,
algo que não se dissolva
na vastidão dos dias incertos.
Piedade em:
• Hebraico (חֶסֶד - chesed): bondade, misericórdia e amor leal.
• Grego (εὐσέβεια - eusebeia): reverência e devoção a Deus.
• Latim (pietas): dever, lealdade e respeito à família, a Deus e à pátria.
• Português: compaixão, misericórdia e amor altruísta pelo próximo.
Vou, mas levo!
Morri...
E você nem me conheceu
Fui poeta e cantador
Violeiro amador
Da Julieta, o Romeu.
Fui o Adão da Eva
Fui profundo e vazio
Causei na pele, arrepio
E tive conduta perversa
Causei tristeza à Bessa
E fiz lágrima virar rio.
Sei que falo algo bobo
Mas que também traz consolo
Para quem perdeu meu bem
Na verdade não sei nem
Se o distanciar é duradouro
Pois pretendo ter no quórum
O chegar de mais alguém
Vizinho, colega, amigão
Eu sei muito bem que então
Estaremos com um só riso
Lado a lado no paraíso
Nos chamando de irmão.
(Edgi Carvalho🍁)
Tenho Lirios
Tenho Lírios nos olhos,
da água ... Os Lindos delírios
e algumas orquídeas
Sobre a mão
Qualquer dia
Uma borboleta
Pousa no meu jardim ou
Talvez nas rosas
Que floresceram
em meu coração.
