Poemas sobre Rios
A água que cai do céu
É a mesma que enche os rios onde me banho
A água que nutre a terra fértil
onde brota a vida que alimenta o ser
Esta água que limpa e purifica é a mesma que em chuva cai do céu
Esta água que é vida...
MINHAS LÁGRIMAS DE DOR
Minhas lágrimas de dor, como rios a correr,
Escorrem pelo rosto, trazendo o sofrer.
Cada gota é um lamento, um eco do coração,
Um peso que se arrasta, uma profunda aflição.
No silêncio da noite, as sombras vêm dançar,
E a solidão me abraça, difícil de suportar.
As memórias se agitam, como ventos a soprar,
E em cada lembrança, sinto a dor a pulsar.
Ah, como é pesado o fardo das desilusões,
Carrego o peso dos sonhos, das não concretizações.
As esperanças quebradas, como vidro a estilhaçar,
Refletem em minhas lágrimas, um grito a ecoar.
Mas mesmo na tempestade, onde tudo parece escuro,
Busco uma centelha, um sinal do futuro.
Pois as lágrimas que caem não são só de dor,
Elas também são sementes que brotam o amor.
Minhas lágrimas de dor, que caem em silêncio,
Podem ser a purificação, um caminho para o senso.
Elas lavam a alma, limpam o coração,
E em meio ao sofrimento, há espaço para o perdão.
Então, permito que fluam, que expressem a verdade,
Pois em cada lágrima, há uma parte de minha humanidade.
E ao final da tempestade, quando o sol voltar a brilhar,
Sentirei que a dor também me ensinou a amar.
Minhas lágrimas de dor, um tributo à vida,
Elas falam de coragem, de uma luta querida.
E se um dia me perder, no labirinto da solidão,
Que essas lágrimas me guiem, me tragam a direção.
Poeta: IVAN GUEDES BLACK JÚNIOR
Não acredito no amor
Não acredito nos rios rasos
Não acredito no vazio sentido
Não acredito no Amor tóxico
Não acredito nas mentiras
Não acredito nas ilusões.
Aos que Virão: V
A Terra não é herança, é empréstimo. Nossas mãos a rasgaram, envenenaram rios, sufocaram o ar com fumaça de ambição. Construímos desertos onde havia florestas; trocamos o canto dos pássaros pelo ronco de máquinas. Em nome do “progresso”, escrevemos o obituário de espécies inteiras.
Cuidado com a mentira de que destruir é desenvolver. Quem vende a natureza em pedaços não traz riqueza, traz dívida e vocês pagarão o preço. Os oceanos engasgam de plástico, o clima enlouquece, e o solo, exausto, já não nos sustenta e tudo isso enquanto aplaudíamos contas bancárias inchadas e corações vazios.
Não repitam nosso erro: a ganância veste terno, assina contratos, mas seu fim é canibal, ela devora montanhas, seca nascentes, envenena o amanhã.
Se ainda restar verde em seus olhos, protejam-no. A resistência começa quando se enxerga a vida como sagrado, não como recurso, plantem árvores onde deixamos cinzas; resgatem os rios que aprisionamos em concreto.
A natureza não pede perdão ela devolve, com juros, cada ferida. Salvem-se salvando-a. O futuro não é uma linha reta; é um círculo quebrado. Refazê-lo ou enterrá-lo: a escolha, agora, é de vocês.
Dois Rios que se Beijam no Mar
A gente sempre esteve perto,
mas nunca no mesmo passo.
Como dois rios correndo lado a lado,
sem nunca se tocarem.
Faltaram palavras, restou silêncio.
Fomos como pássaros errantes,
que migraram para estações opostas,
barcos que viram o porto
mas não conseguiram ancorar.
O tempo passou, levou a oportunidade,
deixou só essa sensação estranha,
um abraço que nunca aconteceu,
essa saudade do que poderia ter sido,
esse amor não concluído.
Se ainda houver chance,
que seja o vento, que seja a chuva,
que seja a luz que racha a escuridão,
um destino que se reencontre,
onde os desencontros se acertem,
e os rios, finalmente, se beijem no mar.
“Viajas como os rios,
Que fluem guiados por ventos;
Águas carregadas em correnteza,
Levam vida ao solo que lhes traz base,
Seguindo o caminho sereno,
Se desfazem do árduo,
Destinadas a desaguarem no mar;
Mergulham ao subterrâneo
E jamais haveriam de se contentar com menor profundidade,
Pois sabes, águas estão sempre a prenetrar lacunas;
Ainda na tempestade, no interno de tuas marés há calmaria;
Conforta-te com o silêncio,
E achas em si o equilíbrio,
ao deparares-te com a luz,
Reflete-se em tua face o toque suave
das chamas do astro rei;
Desperta-te.”
Quando Deus criou a natureza
Criou com bastante beleza
Fez os rios e o mar
Para com muito carinho
Podermos admirar e cuidar
- Neto Coutinho
Quase Nós
Éramos dois rios que queriam o mar,
mas corriam por margens opostas.
Dois tempos que nunca se encontram,
duas almas quase dispostas.
Nos olhos, havia promessa.
Nos gestos, carinho e abrigo.
Mas o mundo — cruel em seus mapas —
não traçou o mesmo caminho.
Faltou tempo, sobrou sentimento.
Faltou coragem, restou lembrança.
Vivemos no eterno “e se...?”,
no espaço entre o medo e a esperança.
Não foi falta de amor, eu juro.
Foi excesso de mundo, talvez.
Fomos poesia sem rima no fim,
história que o destino desfez.
E mesmo longe, ainda sinto
teu nome sussurrar no ar.
Fomos quase. Quase tudo.
Mas o quase não sabe ficar.
Escrevo na esperança que esse tempo e o vindouro leiam:
A terra canta em raízes, rios e folhas que sussurram segredos antigos, onde cada árvore é um pulmão, cada flor, um verso esquecido no livro do vento. O sol tece ouro sobre a pele da humanidade, lembrando-nos: somos feitos do mesmo pó que nutre as sementes, a natureza não é cenário, é abraço que cura a fome de ar puro, a sede de silêncio.
Escrevo para lembrar que cada árvore plantada é uma carta ao futuro, cada gesto de cuidado, um poema invisível, e que o amanhã encontre flores onde hoje semeamos raízes.
A terra não é herança, é empréstimo, que saibamos devolvê-la inteira, cheia de histórias para contar. Que o futuro leia estas linhas como um mapa: nas veias do mundo corre o mesmo sangue que nos une. Protegê-la é escrever, com raízes e mãos, um amanhã onde a vida ainda respira.
lágrimas Viraram Sol
Chorei mares, rios e tempestades
Nas noites frias de ausência e dor.
Mas, reguei sem saber, as saudades com gotas que hoje florescem o amor.
Cada lágrima caiu por um motivo,
Mas nenhuma se perdeu no vazio.
Transformei o pranto em alívio, e fiz do silêncio um doce arrepio.
O que era cinza, ganhou cor.
O que era medo, virou abrigo.
De cada queda, brotou flor.
De cada choro um novo riso.
Hoje sorrio com alma inteira,
Não por ter esquecido o que sofri,
Mas porque fiz da dor passageira,
O trampolim que me trouxe aqui.
Barra do Corda, Joia do Sertão
Barra do Corda, terra de encantos mil,
Entre rios que dançam sob o céu anil.
Corda e Mearim, em sagrado enlace,
Guardam tua história, que o tempo não desfaz.
Berço ancestral, de tribos primeiras,
Ecoam teus mistérios pelas ribanceiras.
Antes mesmo de seres fundada,
Já eras sagrada, já eras amada.
Manoel de Melo, em teu seio chegou,
E diante de ti, seu coração se encantou.
Viu nos teus rios um espelho do céu,
Na tua paisagem, um poema fiel.
Colinas te abraçam, chapadões te guardam,
Teus caminhos vermelhos memórias resguardam.
Tua cultura é viva, tua alma é forte,
Barra do Corda, és do Maranhão o norte!
Hoje, ao soprar teus cento e noventa janeiros,
Celebro contigo, entre cantos e festeiros.
És sertaneja, és centro, és raiz,
Terra que pulsa, terra feliz.
Que os teus dias sigam em paz e progresso,
Com teu povo altivo, firme e promesso.
Barra do Corda, orgulho e paixão,
Eterna estrela do meu coração!
"Sim, *Éramos Sete"*
Em uma pequena cidade rodeada por vastos campos e rios sinuosos, uma família numerosa vivia cheia de amor e aventuras. Os pais, figuras centrais dessa história, eram conhecidos por sua bondade e sabedoria. Eles tinham sete filhos, cada um com sua personalidade única e cheia de vida.
A história começa com o encontro dos pais em um rodeio, onde a mãe era a rainha da festa e o pai um vaqueiro corajoso. O amor floresceu rapidamente, e logo eles se casaram e começaram a construir uma vida juntos.
A família vivia em uma casa grande, com um quintal cheio de árvores frutíferas e um jardim colorido. Os filhos passavam os dias brincando, explorando e aprendendo com os pais. No entanto, a vida não foi sempre fácil. Quando a mãe faleceu em um parto, o pai ficou desolado e não sabia como cuidar dos filhos sozinho.
Com a ajuda da avó, os filhos foram distribuídos entre parentes e amigos da família. A protagonista, uma menina de 3 anos, foi adotada por uma tia-avó no Rio de Janeiro. Embora a tia-avó tenha feito o melhor que pôde, a menina sentia falta da família e lutava para se adaptar ao novo ambiente.
À medida que crescia, a menina descobriu sua paixão pela arte e com 14 anos, ela retornou para a casa da avó, onde se reuniu com os irmãos.
Juntos, eles enfrentaram desafios e superaram obstáculos. A avó, que inicialmente parecia severa, revelou-se uma figura firme na educação das crianças e sábia. Os irmãos aprenderam a se apoiar mutuamente e a superar as dificuldades.
A história de "Sim, *Éramos Sete"* é uma jornada de amor, perda e resiliência. É um testemunho da força da família e da importância de se apoiar mutuamente nos momentos difíceis. No final, a primogenita dos irmãos morre e os outros irmãos se reencontram... agora todos já têm seus filhos e muitos sobrinhos e netos hoje estão reconstruindo uma nova vida juntos, cheia de aconselhamentos esperança e amor.
No coração das matas, onde os rios serpenteiam, veias do Brasil,
Corre, livre, a água da vida,
Que brota da terra, viajando,
Até o coração do país.
Nos tesouros perdidos, em que um povo se resgata,
Os caboclos bradam.
Nas lendas da Amazônia e nas senzalas,
Ecoa, forte, o grito ancestral de resistência.
Mistérios antigos, escondidos no seio das florestas,
Gente que fala com as árvores,
Que entende o canto dos ventos e a língua dos animais,
Conhece os caminhos das águas, do céu e da terra,
Esta, nossa pele sagrada,
Resistente ao esquecimento, jamais se renderá,
Nem será dobrada pelo medo.
Esta é a terra da Ararajuba,
Das belezas do Rio de Janeiro,
Mas também da Revolta dos Alfaiates,
Onde o sangue da resistência ainda fervilha nas ruas.
E nos cantos africanos, me abrigo,
Na força dos ancestrais que nunca nos deixaram.
Reencontrando a terra que nos gerou,
Erguemo-nos, firmes e imbatíveis,
Com coragem inabalável, raízes que nos sustentam,
Lutamos para assegurar o direito de viver,
E proteger o amanhã,
Na força da mata, nas folhas da Jurema,
Os povos que aqui estavam e os que chegaram,
Ainda resistem,
Guardados pelas forças ancestrais.
A liberdade, a ferro, foi conquistada,
Na carne e nas marcas de um povo heroico,
Que jamais deixou de crer
No axé, na luta,
Na força que brota de sua terra.
Não mais seremos subjugados,
Não seremos apagados nem silenciados,
Porque a nossa voz ecoa,
Mais forte que os grilhões
Que um dia tentaram nos calar.
Ainda lutamos,
Com a clava forte,
A terra é nossa,
E jamais será tomada.
SONHOS
Cada sonho contigo é um refúgio
Rios da solidão que levam à mares
Dos desejos ansiados que cantares
Com sabor, nosso amor com eflúvio.
Cada cena, passagem, sinto a criança
Que há dentro de mim, se despertar
Contigo usufruindo do verbo amar
Sem pressa, sono bom que me lança
Aos teus braços com tanto afago,
Meus lindos olhos vendo os seus
As lindas órbitas que me apego.
Teu pudor me atrai aos lábios teus
Cada toque, encosto mais perto
Sem querer acordar, fica no meu peito.
Não quero que esse sonho amoroso
Efetivo acabe, abrindo os olhos, quieto
Deixo você me dominar cuidadoso.
(estrada)
Entre luz e sombras
Íamos caminhando
Havia rios e som de estrada.
.
Livro: A eternidade das árvores 🌳
Labirinto dos Porquês
Quanto mais porquês,
mais porquês aparecem,
brotam como rios
que nunca adormecem.
Buscamos sentido,
um fio na mente,
mas cada resposta
foge de repente.
A dúvida cresce,
se espalha, consome,
transforma certezas
em névoa sem nome.
Perguntas se multiplicam
como estrelas no céu,
e a verdade escapa
por um véu tão cruel.
Menos respostas,
mais inquietação,
é o preço que paga
quem busca razão.
Mas mesmo perdidos,
seguimos a andar,
pois é no mistério
que a alma quer estar.
Oh Senhor,
Minha alma se abre como flor ao sol,
E as lágrimas que descem são rios que buscam Teu abraço.
Cada gota carrega meu medo, minha dor, minha esperança.
Em silêncio, Te chamo;
Em cada suspiro, Te entrego meu coração.
Mesmo quando a noite parece infinita,
Teu amor ilumina meu ser,
Como farol que guia na tempestade.
Recebe, Senhor, minha total vulnerabilidade,
Transforma minha fraqueza em força,
Minha dor em luz,
Meu pranto em hinos de gratidão.
Pois em Ti encontro meu refúgio eterno,
Minha paz que excede todo entendimento,
Meu Deus, meu tudo, meu princípio e meu fim.
Os únicos muros
a serem construídos
são as barragens
dos rios da ignorância...
Que se rompam
as correntes do medo
que se desfaçam
os grilhões da mentira...
A verdadeira fortaleza
é feita de livros
de olhos
que ousam ver
e de vozes
que não se calam...
Pois
só floresce o futuro
quando a mente
se abre
como terra fértil
depois da chuva...
✍©️@MiriamDaCosta
Desde a primeira vez
lembrei das fronteiras,
das correntezas dos rios
e quando te vi algo
lindo fez querer ouvir
você dizendo para mim:
"- Ama-me, senhora."
Se estiver certa,
fiz a promessa
de não ir jamais embora;
Amor de verdade na vida é
feito para não ser jogado fora.
No ritmo do Chamamé,
ao som dos violões,
da gaita de botão
e do bandoneon,
Você só vai pensar
como o amor é bom.
Quero ouvir você
com improvisação,
cheio de empolgação
e com tom de paixão
dizendo para mim:
"- Te protejo, senhora!"
E dançar contigo até
o raiar da aurora,
Se não houver o raiar do amor,
é melhor que cada
um escolha o caminho e vá embora;
para que fique o melhor na memória.
Panapanás de Gema-de-Ovo
nas beirinhas dos rios,
Alegria sublime e pampeira
de imaginar que você me queira
como quem escreve um
poema para a vida inteira
de corpo, alma e coração
em comunhão perfeita.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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