Poemas sobre Dias
Semente
Serei dela todos os dias
Como dantes dela eu era,
Só não serei eu só
Enquanto dela eu for...
Eu que nela estou vivo,
Agora, o presente do passado...
Dela sou semente adormecida
Ávida e viva em pensamento.
Onde quer que ela vá
Sei que me encontrará,
Porque nela eu me abrigo
Na semente deste amor.
Edney Valentim Araújo
1994...
17, 20 ou 43
Estou vivendo este encanto
Que me fizestes despertar por ti...
São dias que não tem mais fim
De um querer-te sempre em mim.
A vida passa alheira a nós dois
Sem que todo o meu amor
Lhe toque intacto coração...
Só me resta amargar a solidão.
Mas de tudo que o tempo
Ousou negar nos entregar,
Meu coração
Nunca deixou de te amar...
17, 20 ou 43...
O tempo passa,
E mais e mais
Me faz amar você....
Edney Valentim Araújo
1994...
Veio
.
Com amores te amei...
E de novo te amei
Nos dias que me veio,
De mim mesmo
Nada te poupei...
.
Tudo fiz saber do amor
Que em mim por ti repousa.
.
E veio vento de verão...
De sonhos e desejos
Se aqueceu meu coração.
.
Como veio um dia foi
Pra me deixar a solidão...
.
E nas flores que me cercam
Não há nenhum aroma
Que me perfume o coração,
Um tempo e outro tempo passa...
Fica só você no coração.
.
Edney Valentim Araújo
Vida inteira
.
Estou passando pela vida
Onde vivo nos meus dias
Essa busca em mim infinda...
.
Eu que te procuro
E só te vejo
Em mim em parte...
.
Da metade que me falta
Falta o amor
De minha amada.
.
Se me passa a vida inteira
Inteira é a vida que me falta
Sem o amor de minha amada.
.
Edney Valentim Araújo.
Tenho saudade
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que nos tínhamos todos os dias...
Quando o mundo era só eu e você.
.
Tenho saudade de você,
Do tempo que parava pra unir nós dois...
E o teu sussurro professava não poder me esquecer.
.
Tenho saudade de você,
De saber como foi todo o seu dia...
Se me trouxe ao coração ou a um breve pensamento.
.
Tenho saudade de você,
De lembra “o quanto de você se entregou a mim”...
Pra sentir um pouco de mim que ainda vive em você.
.
Tenho saudade de você...
.
Edney Valentim Araújo
1994...
O rato na batedeira
Todos os dias ele entra
Todos os dias ele adentra pelas noites, como ladrão
E ele rouba não só a dispensa
Ele rouba a minha paz, e a minha sanidade
Ele me lembra dos meus traumas e da minha solidão
Pra muitos ele não representa nada
Mas pra mim ele é como um mau agouro ou uma lembrança ruim
Todos os dias ele adentra pelas noites, como um ladrão
E ele rouba não só a dispensa,
Ele me rouba de mim, me arrasta pelo esgoto, me humilha e me expõe de uma forma que ninguém deveria ser exposto
Ele curiosamente conhece meus horários, e observa minha rotina
Ele rouba a minha paz, e a minha sanidade
Eu me opus por um período, tentei me impor, gritei, xinguei, usei a violência... mas eu fui vencida pelo medo da solidão
Ele agora entra a todo momento
Me desafia
Me mostra a minha pequeneza, literalmente, menor que um rato!
Agora mesmo eu fui a cozinha, e ele tá lá na batedeira.
Estou indo...
Mas, para onde ir? O que eu quero?
Onde está a alegria de quase todos os dias?
A iniciativa, a ação, a alegria de realizar, onde estão?
Onde estão as palavras que queria ouvir?
As pessoas que quero que estejam ao meu lado?
O que sou? O que serei?
Por que nada permanece?
Mas, para onde ir? O que eu quero?
Onde meu corpo estará?
Mas, quero mesmo é saber onde estará a minha alma?
O que acontecerá com a “minha velha roupa”?
Só o tempo dirá.
Não quero ir, mas estou indo.
Por acaso me vou, não sei para onde, mas preciso ir.
Sozinho
Nos dias mais frios
Nos céus mais cinzas
Penso em você
Queria sentir o calor das tuas mãos nas minhas
E no teu abraço o conforto do teu olhar
Mas aqui estou
Sozinho
Nos dias mais quentes
Nos céus mais azuis
Penso em você
Queria ouvir sua melodiosa voz cantando
E no teu riso ver o lado bom da vida
Mas aqui estou
Sozinho
Nas noites mais escuras
Nos céus mais sem graça
Penso em você
Queria sentir o conforto do teu silêncio
E no teu olhar parte da minha alma
Mas aqui estou
sozinho
Nas noites mais bonitas
Nos céus mais estrelados
Penso em você
Queria estar observando com você as estrelas
E na beleza do teu sonhar o sentido de viver
Mas aqui estou
Sozinho
Nos dias mais alegres
E nos céus mais festivos
Penso em você
Queria pular, dançar, cantar e gargalhar com você
E na tua alegria ver o mundo em cores
Mas aqui estou sozinho
Nos dias mais tristes
E nos céus mais melancólicos
Penso em você
Queria estar a juntar as suas lágrimas a minha
E na tua resiliência forças para viver
Mas aqui estou
Sozinho
Nos dias inteiros da minha vida
E enquanto sol e lua estiverem no céu
Penso em você
Querendo, sonhando, imaginado estar com
você
E no teu viver a razão do meu
Mas aqui estou
Sozinho
Enquanto eu viver
E enquanto está terra ainda tiver um céu
Penso em você
Estarei aqui te esperando até virar uma uva passa
E nas tuas rugas ver que viver valeu a pena
Mas enquanto isso
Em minha lapide estará escrito:
"Mas aqui estou
Sozinho"
há dias em que me pego funcionando por inércia.
a xícara está ali.
a tarefa está feita.
mas o gesto vem de um lugar que já não sou eu.
é como se a vontade tivesse se mudado.
e eu tivesse ficado
por cortesia.
•
não é depressão.
não é sobre tristeza.
é sobre ser uma coisa que já não reconhece a si mesma
mas que continua presente por educação.
por contrato.
por automático.
por sobrevivência burra.
•
há algo em mim que anda descolado.
um passo depois.
um olhar ao lado.
uma presença que continua comigo
mas não me habita.
parece alma ~
mas é só o que sobrou
de tanto tentar se manter inteira.
•
você me vê.
mas não está olhando pra mim.
está olhando pra essa versão
que aprendeu a sorrir
sem querer ficar.
essa que responde rápido,
usa o tom certo,
não deixa ninguém perceber
que já foi embora há dias.
•
pareço viva.
mas estou só ocupando a ausência
pra não preocupar ninguém.
é isso:
tem dias em que me torno substituta de mim.
•
não sei quando começou.
mas hoje é sexta,
e eu deveria sentir alguma coisa.
qualquer coisa.
exceto esse vazio que já se veste antes de mim,
que já me senta na cadeira,
que já me entrega inteira pra um mundo
que só sabe lidar com quem funciona.
•
ninguém nota.
porque continuo dizendo “obrigada”.
continuo abrindo a porta.
continuo assinando o nome com letra legível.
mas o que há aqui
não sou eu.
é o fantasma de alguém
que cansou de tentar se habitar.
—
Juliana Umbelino
#SextaFeira #Leitura #VidaDeEscritora
Uma jornada de amor
No pó dos dias, além dos beijos e abraços,
Nas entrelinhas das brincadeiras e brigas,
Sob a vastidão da distância que nos separa,
Descobri um amor que transcende o tempo.
Entre risos e lágrimas, entre idas e vindas,
Cresceu silencioso, como um broto no deserto,
Um sentimento tão puro, tão profundo,
Que me consome e me enlaça em teu mundo.
Foi depois das noites insones e dos dias vazios,
Depois de perder-me em labirintos de saudade,
Que entendi o quanto és essencial em minha vida,
E como tua presença preenche cada parte de mim.
Assim, nesta jornada de descobertas e redenção,
Amar-te tornou-se minha mais doce obsessão,
E a cada instante, a cada batida do coração,
Sinto-me mais próximo de ti, em completa comunhão.
Que sejamos então dois viajantes do destino,
Caminhando juntos nesta estrada de amor sem fim,
Onde cada curva, cada desafio, nos fortalece,
E onde o nosso amor, eterno, jamais perece.
O QUE COMPLETA EM MIM?
(15.09.2018)
Manifesto em mim o encanto
De todos os dias ter por
Companheira o contentamento
Das escritas que penetram
Em minha carne, completando
A parte que é devida.
Então, consigo almejar
O amanhã de maneira terna.
Dias sem te ver,
e ainda sinto teu cheiro no ar,
o som da tua risada tão vivo em minha mente,
a lembrança da tua pele sob meus dedos.
Hoje te encontrei.
Por um instante, parecia que tudo estava em seu lugar,
e eu queria que aquele momento nunca acabasse.
O toque dos nossos corpos,
teu cheiro — meu Deus, teu cheiro —
tua voz, tua vibração,
cada batimento que senti deitado em teu peito.
Eu sei que te amo de longe,
mas, de perto...
Estou entregue.
Quando você se foi, achei que era apenas uma viagem de alguns dias...
Mas não havia percebido que em sua mala havia toda minha ternura e amor...
E o vazio que ficou jamais será selado diante da eternidade, pois a saudade me assola todos os dias e em minha mente há uma batalha épica para não te esquecer jamais mãe.
Há dias ensolarados, nublados ou chuvosos, mas eles passam.
Há noites calorosas, frias e chuvosas, mas elas também passam.
Tudo passa independentemente da circunstância...
Não seja uma pessoa presa à desculpas!
A vida é uma dádiva, tanto tendo seus dias chuvosos, quanto aqueles dias ensolarados...
Porque no deslumbre do que poderia ter sido, muitos sonhos e vidas se perdem!
a falta que você me faz me trouxe dias de febre e poesia.
nada, nem a ausência é em vão, se parar para observar bem. acho que você não entenderia pois sempre se deu bem com excessos.
do exagero, de tanto ocupar espaço a sua ausência deixou um buraco imenso nos meus dias. e mesmo assim consigo ver beleza, por mais irônica ou colérica que seja.
sua falta faz verso e saudade, é verdade. pego caneta e registro notas sobre sua ausência. notas sobre o tanto de mim que há pra explorar.
eu sou gigante também.
eu sou quem ocupa minha vida.
I. a parte em que ninguém percebe
há dias em que o mundo continua ~
mas eu não.
eu me arrasto dentro da roupa.
cumpro compromissos como quem finge
ainda habitar o próprio nome.
me sento onde sempre me sentei,
mas algo em mim não chega.
o corpo levanta,
mas não comparece.
•
há horários que evito.
nomes que pulo.
itens na gaveta que não toco há meses.
não é superstição.
é autodefesa.
ninguém entende.
porque continuo funcionando.
mas já não pertenço à máquina.
•
II. a parte que só eu escuto
há um som que só eu ouço.
não é voz,
não é memória,
não é aviso.
é uma frequência baixa
que vibra quando tudo está em silêncio.
uma presença que não se mostra,
mas me atravessa.
me obriga a manter as janelas fechadas,
a não reorganizar os móveis,
a conservar os espaços como estavam
no dia anterior ao que nunca mais passou.
•
não estou esperando nada.
mas também não fui.
é isso que ninguém entende:
o não ir.
o continuar por engano.
o viver como quem segura a respiração
no fundo da piscina
sem saber se ainda é possível subir.
•
III. a parte em que eu entendo
as coisas não melhoram.
elas se adaptam.
e chamam isso de cura.
eu aprendi a conversar sem falar.
a sorrir sem acionar músculo.
a dormir com a sensação
de que algo ainda respira ao lado.
talvez seja eu.
talvez não.
mas sigo deitada.
olhando pro teto
como quem espera uma explicação
que não chega.
•
e então amanhece.
como se nada tivesse acontecido.
como se meu corpo não estivesse carregando
o peso exato
do que ninguém ousa perguntar.
e eu levanto.
porque a vida, ao contrário da morte,
não precisa pedir permissão pra continuar.
Juliana Umbelino • O Luto Sou Eu
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A vida é um livro a ser aberto todos os dias, e ler o que as páginas nos transmitem.
Sejamos lentos em julgar.
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