Poemas sobre Apoiar o outro

Nos dias de hoje, apenas nos ateus sobrevive a paixão pelo divino. Nenhum outro se salvará.

Ser mãe não é uma profissão; não é nem mesmo um dever: é apenas um direito entre tantos outros.

A estupidez não está de um lado e o espírito do outro. É como o vício e a virtude; sagaz é quem os distingue.

Ninguém deve ser igual ao outro, e sim igual ao mais alto!
Como realizar isto? Que cada um seja completo em si.

Na hora que você pega na bola, se você não sabe o que fazer com ela, tente outro esporte.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Sempre imaginamos que o trabalho do outro é mais fácil que o nosso. Quanto melhor ele faz, mais fácil parece.

Não há nada que esteja só; nada pode estar em completa solidão: o que existe necessita de outro para ser.

Qualquer homem é capaz de fazer bem a outro homem; mas contribuirmos para a felicidade de uma sociedade inteira é parecermo-nos com os deuses.

Quem busca o conhecimento e o acha, obterá dois prémios: um por procurá-lo, e outro por achá-lo. Se não o encontrar, ainda restará o primeiro prémio.

Suportamos tudo: a guerra, o sofrimento, o exílio, etc. A passagem de um estado para o outro é que é terrível. O tempo de nos instalarmos.

Há dois graus no orgulho: um, em que nos aprovamos a nós próprios, o outro, em que não podemos aceitar-nos. Este provavelmente o mais requintado.

Não seja o teu pesar pelo que fizeste senão o propósito de tua futura melhora; todo outro arrependimento não é senão morte.

Se é verdade que a religião, por um lado, liberta o homem do medo, por outro lado gere-o fortemente.

O trabalho convém ao homem, (...) evita que ele olhe para esse outro que é ele e que lhe torna a solidão horrível.

Cada homem age por si, segundo um plano próprio, mas o resultado é uma ação social, em que outro plano, externo a ele, se realiza; e com os fios crus, finos e desfeitos da vida de cada um, se tece a teia de pedra da história.

A língua... é uma ponte que te permite atravessar com segurança de um lugar para outro.

Quase se poderia dizer que só existo na medida em que existo para o outro e, no limite: ser é amar.

Não haverá, entre um espírito que abarrota de invenções alheias e outro que inventa por si próprio, a mesma diferença que vai de um recipiente que se enche de água à fonte que a fornece?

O homem só poderia conhecer a sua lei, medir os seus limites, passando para o outro lado.