Poemas sobre Alma
Haikais-Aibun
Tudo termina
Dentro de mim a alma silente
Se pergunta como será
A chegada daquela visita
que ninguém deseja?
Pois ela nos põe medo,
Não sabemos o seu segredo.
Não,não! O medo não é de covardia
E sim, por ser desconhecido.
E sobretudo desumano ao vermos
Alguém inerte sem noção daquele
Momento,certo, reservado a todos nós!
E que ninguém se coloca no lugar.
tudo termina
no esquife gélido
a morte chega
Mary Jun
No abraço do gato, o amor se encontra,
Entre páginas de livros, a alma se encanta.
Nas linhas e versos, a magia se revela,
Gatos, livros e amor, tríade tão bela.
Novo Despertar
No emaranhado de versos, um lamento ecoa,
Das palavras cantadas, minha alma se entoa.
Identificação profunda, preso ao passado me vejo,
Ainda somos os mesmos, vivendo como nossos pais, ensejo.
Mas para quem não vê, o novo sempre se faz presente,
É nele que deposito minha fé fervente.
Anseio por mudança, por uma alma atualizada,
Uma nova era, uma versão renovada.
Para enxergar o novo, é preciso expandir,
Meus horizontes limitados, abrir,
Aceitar e permitir essa nova era que me aguarda,
E assim, embarcar na jornada, a vida me conduzirá
Ergo-me corajoso diante do que virá,
Reinvento-me, não mais me prendo ao que já foi,
A cada passo dado, a cada escolha que faço,
Me aproximo da essência, do meu verdadeiro traço.
Ah, o tempo é sábio, seu curso não se abranda,
Mas é na mudança que a vida se expanda.
Que eu possa, como um rio, fluir,
Descobrindo a cada dia a alegria de existir.
Então, que o novo me encontre de coração aberto,
Em cada desafio, crescimento certo.
Que a alma se renove, transforme-se em luz,
Na dança da vida, encontre o meu próprio compasso seduz.
A nova era, a nova alma, estão à minha espera,
Na aceitação e permissão, a chave se revela.
E assim, sigo adiante, com coragem e gratidão,
Desvendando os mistérios da minha evolução.
Que as palavras cantadas, eternas em melodia,
Inspirem minha jornada, minha poesia.
No eco do passado, encontro o novo a pulsar,
E minha alma, renovada, está pronta para amar.
Caminhos da Fé
Na encruzilhada da alma,
Divergem dois caminhos:
A fé sem questionar e a fé com razão,
Duas vozes em conflito.
A fé cega, em seu véu de incerteza,
Sem indagar, segue adiante,
Preservando antigas tradições,
Mas com as dúvidas sussurrantes.
Já a fé raciocinada, abraça a razão,
Busca respostas no saber,
Em constante diálogo com a verdade,
Sem se deixar cegar pelo poder.
Estranhamento paira no ar,
Entre a dúvida e o interesse,
Pois cada coração tem seu caminho,
Entre a fé e a racionalidade, um endereço.
Alegria e medo se entrelaçam,
Na busca pelo divino entendimento,
Enquanto a fé sem questionar se entrega,
A fé com razão segue em movimento.
Metáforas se entrelaçam nas palavras,
Como raios de luz em cada poesia,
Percorrendo o labirinto da alma,
Despertando reflexões, sem falsia.
Versos libertos, como a mente inquieta,
Abraçam o ritmo das incertezas,
Aliterações, assonâncias em sintonia,
Pintando o quadro das diferentes crenças.
Que cada leitor, ao mergulhar,
Nas entrelinhas deste poema,
Descubra em si suas próprias verdades,
E abrace a fé que o coração acena.
Pois no encontro das duas sendas,
Na dança entre fé e razão,
O espírito se revela, genuíno,
Em busca de uma eterna união.
Bipolaridade ao Pôr do Sol
Na montanha-russa da alma emaranhada,
Um bipolar vive sua jornada,
Altos e baixos, o caminho sinuoso,
Mas a gratidão nele floresce, radioso.
Do sucesso profissional ao diagnóstico cruel,
A vida se transformou em um carrossel,
Entre tristezas e momentos de euforia,
Ele enfrentou batalhas com garra e valentia.
No pôr do sol, uma imagem sublime,
Solidão e tristeza, viraram poesia, rima,
Em cada clique, um escape, uma viagem,
Para um mundo onde a dor se dissipa na paisagem.
Com versos livres e rimados de emoção,
Ele compartilha a força de sua superação,
Transformando dores em motivos para sorrir,
Inspirando outros a nunca desistir.
A poesia, sua aliada, sua luz,
Afasta a escuridão, dá voz à sua cruz,
Com cada palavra, ele se fortalece,
E ajuda a quem sofre, trazendo prece.
Assim, ele segue em busca de conquistar,
Novos projetos, novas formas de amar,
Um poeta do bem, com coração aberto,
Guiado pela poesia, seu eterno concerto.
Somos dois poetas musicando um ao outro, enviando poesia para o fundo eterno da alma. Poesia não se faz, ela descreve, mostra e olha nos olhos das pessoas, demonstrando todo o amor que elas querem. Ela é a poesia da mãe, falando sobre ramos até o fim, independente da situação. Minha poesia é a minha arte da manhã.
A poesia é um fogo que arde e renasce, como a Fênix. É o amor incondicional de Deus, a melodia mais suave da arca de Noé. É a essência do trabalho, da compaixão, do carinho e do amor. A poesia é como uma chama que nos mantém quentes e nos traz alegria, iluminando nossos caminhos. Ela nos deixa livres para nos expressar e nos dá esperança de dias melhores. É o fogo que acende a chama da alma.
Reflexão do Marcos poeta
Eu tirei a venda
E eu liberto minha alma
Do medo que me colocam
Liberdade em minha vida
O amor que eu não posso negar
Livre para ver
- Into The Woods
Se para ter tudo
Você se torna um nada
Não perca o que enobrece a sua alma
Essência não se compra
Não tem prazo de validade
Seja essencial
Aos olhos de quem te enxerga
De verdade
Beijo Absoluto
Vera Sousa
Suspiro-te num beijo quente
Que me envolve a alma
E me entontece e inquieta
Em verbos apetecidos
Sugados nos teus lábios
Que profano imprudente.
Quero-te na alucinação
Que m' embala e m' estremece,
Num rasgar da alma muda
Que desabotoas devagar
E me descobres
Sentada na penumbra
Do teu ser.
Confio-me a ti e rendo-me
Já inconsciente pelo anseio
Deste desejo que me toma
Pelo teu beijo supremo.
Na dualidade da alegria e tristeza,
O reflexo da alma se revela,
A vida, um livro de poesia,
Nas mãos do autor, a escolha é sua.
Cada passo é uma tela em branco,
O pincel, seu modo de viver,
E a música, suave melodia,
Que te guia pelo salão da vida.
No presente, as páginas escritas,
Refletem as escolhas do passado,
Uma sabedoria adquirida,
Em cada momento vivenciado.
Então, sábio navegante da existência,
Escolha com sabedoria cada verso,
Pinte a vida com cores da consciência,
E deixe sua história ecoar no universo.
Na alma, a dor, a angústia se aninham,
Falta justiça, o peito aperta e fere.
No vazio, tristeza se entrelaça,
Injustiça canta, silente, sua graça.
Mundo sombrio, sombras nefastas,
Inocentes vítimas, impunidade arrasta.
A ausência da igualdade é pesada,
Dor grita, ecoa, por todos os lados.
Na escuridão, luto, coragem eu acho,
Por um mundo melhor, igualdade no trecho.
Dor e angústia são faróis na noite,
Guio-me pela esperança, pela luz que resplandece.
Persisto na busca, apesar da distância,
Por um futuro justo, cheio de abundância.
A lança da esperança guia-me na trajetória,
A voz da justiça ecoa na minha memória.
Dor, falta justiça, mas creio no fim,
Verdade vence, a injustiça tem seu fim.
Em meio a cicatrizes profundas,
Coração ferido, alma desmoronada.
Acreditar no amor parece impossível,
Após as dores que a vida trouxe à jornada.
Traumas marcaram, deixaram marcas,
Palavras cortantes, gestos traiçoeiros.
Como se o amor fosse apenas ilusão,
E os sonhos, agora, meros espinheiros.
Mas não desista, ó coração abatido,
Pois mesmo na escuridão, há esperança.
O amor pode renascer das cinzas,
E curar as feridas com sua doce dança.
É preciso tempo, paciência e acolhimento,
Para reconstruir o que foi despedaçado.
E encontrar alguém que compreenda,
A dor que o passado tem deixado.
O amor verdadeiro é suave e respeitoso,
É cura e bálsamo para a alma aflita.
Não temas abrir-se novamente ao mundo,
Pois em meio ao medo, a luz se agita.
Acredite, há pessoas que valem a pena,
Que irão enxergar além das cicatrizes.
Elas cuidarão de ti com ternura,
E os traumas serão apenas capítulos infelizes.
Não deixe que o passado dite o futuro,
Pois o amor pode renascer.
Deixe-se surpreender pela vida,
E permita que novas histórias possam florescer.
O ABISMO DA ALMA
Um mal silencioso que devora
A esperança, a alegria e a razão
Um vazio que se alastra a cada hora
E consome o que resta do coração
Um abismo que se abre sem aviso
E engole o brilho do olhar
Um tormento que não tem mais juízo
E quer nossa vida devorar
Um poema que nos mostra a realidade
Da depressão, esse mal sem cura
Que rouba a paz e a felicidade
E que nos leva à loucura
Um convite para buscar ajuda e apoio
De quem nos ama e nos quer bem
De quem nos ouve e nos acolhe no seu bojo
De quem nos dá um pouco de si também
Um chamado para não desistir da vida
Que é um dom precioso de Deus
Que tem beleza, graça e saída
Para quem confia nos planos seus
William Santos
A ALMA QUE SE VAI
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que tens preparado para dar?
Será que tens guardado algum tesouro
Ou apenas o vazio do teu olhar?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que tens feito para a salvar?
Será que tens buscado a Deus em oração
Ou apenas te deixado levar?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que tens vivido para a honrar?
Será que tens seguido os seus mandamentos
Ou apenas te afastado do seu altar?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que tens esperado para a mudar?
Será que tens aceitado o seu perdão
Ou apenas te condenado a pecar?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que tens escolhido para a eternizar?
Será que tens crido em Jesus Cristo
Ou tens deixado pra lá?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que vais responder quando Ele chamar?
Será que vais entrar na glória celeste
Ou apenas ficar e se lamentar?
Ainda hoje pedirão a tua alma
E o que vais fazer agora que sabes disso?
Será que vais refletir sobre a tua vida
Ou apenas ignorar este aviso?
William Santos
Alma Corsária
De tanto sono me baixa uma lucidez estranha
em que a amendoeira pousa, luminosa, rara,
sob o fundo escuro da noite meio baça
(cilíndrica, roliça, bizarra)
seu vulto verde acocorado sobre a água
da piscina que não tem um pensamento.
Eu sinto inveja dessas águas anuladas
tão plácidas, idênticas ao próprio contorno
enquanto eu mesma nem sei onde começo,
quando acabo
e sofro o assédio de tudo o que me toca.
O mundo ora me engole, ora me vara
e tudo o que aproxima me desterra.
Chorei, ao ver no chão da cela,
o botão arrancado na contenda,
os óculos pisados do escritor judeu.
Tenho um coração que estala
com o peteleco das palavras de Clarice.
Numa vila miserável na Bahia,
um negro lindo, lindo,
dança ao som do corisco
– e só me apaixono por casos perdidos,
homens com um quê de irremediável.
Mais de uma vez, imóvel, circunspecta,
vi abrir-se a máquina do mundo
sob a luz inclinada de Ipanema,
na Serra da Bocaina, no meio da floresta,
no alto da escada no topo do morro
por onde a moça seqüestrada vinha subindo
debaixo das lágrimas do pai.
Mais de uma vez meu coração trincou feito vidro
diante da página impressa,
e sempre que a palavra justa vem tirar seu mel
de dentro da copa do desespero de amor.
Acredito, do fundo das minhas células,
que uma amizade sincera “é o único modo de sair da solidão
que um espírito tem no corpo”.
Sim, eu acredito no corpo.
Por tudo isso é que eu me perco
em coisas que, nos outros,
são migalhas.
Por isso navego, sóbria, de olho seco,
as madrugadas.
Por isso ando pisando em brasas
até sobre as folhas de relva,
na trilha mais incerta e mais sozinha.
Mas se me perguntarem o que é um poeta
(Eu daria tudo o que era meu por nada),
eu digo.
O poeta é uma deformidade.
A verdadeira beleza está na alma
A verdadeira riqueza está no simples
E o verdadeiro amor...
Onde menos imaginamos.
Alma Nua.
Cuida bem da vida
Antes, saiba o que ela é
Essa coisa doida
Pois a gente não recorda nunca
Quando ela começa
Pois a gente raramente sabe
Como ela termina
Normalmente é na rotina
Armadilha bem posicionada
Entre excessos e exceções
Portanto, cuida bem dos passos
Não há e nunca haverão palavras
Que não poderão ser ditas
Cuida bem da fé
Há um instante certo pra dizê-las
Nunca antes da hora
Nem depois que ela passou
O momento de calar-se
Chega a ser mais importante até
Deixa estar
Saiba, que em algum lugar
Há sempre alguém te observando
Não importa sua cara no espelho
Seu brinquedo novo ou velho
Nem seu ímpeto ou seu medo
Cuidado com teu ser recôndito
Pouco importa
A distância que te separa
de onde diz querer chegar
Saiba, que existe alguém
Observando teu coração agora
E sabe onde você queria estar
Não é o que faz ou que sabe ou o que tem
Nem pra onde teu dedo aponta
O importante não é o que o mundo vê
Nunca foi a opinião de ninguém
Conta muito mais quem você é.
Edson Ricardo Paiva.
No brilho suave da lua prateada,
Nasce um verso de amor apaixonado,
Erguendo-se ao céu da alma enamorada,
O poeta declama o que é amado.
No silêncio da alma, um amor nasceu,
Um sentimento puro, que o coração acendeu.
Um amor platônico, intenso e profundo,
Que transcende o tempo, que não tem mundo.
É um amor que vive nas asas da imaginação,
Onde os sonhos se encontram em perfeita sintonia,
Um amor não correspondido, uma ilusão,
Mas que no coração encontra sua moradia.
É um amor que se nutre de olhares discretos,
De suspiros contidos e palavras não ditas,
Um amor que vive nas entrelinhas dos afetos,
Na dança sutil das emoções infinitas.
É um amor que não se toca, mas se sente,
Que se alimenta da esperança e da poesia,
Um amor que perdura, mesmo que ausente,
E preenche a alma de melancolia.
No mundo dos sonhos, esse amor floresce,
Um amor platônico, intenso e eterno,
Mesmo que distante, ele nos enriquece,
E nos envolve com seu encanto externo.
Que esse amor platônico seja inspiração,
Que nos faça sonhar e buscar a beleza,
E que mesmo não sendo uma realidade concreta,
Nos traga a doçura de uma amorosa incerteza.
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