Poemas sobre Alma

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Perdida em versos… perdida em pensamentos…
Minha alma desliza nesse emaranhado de sentimentos que não são entregues a ninguém.
É como se eu fosse destinada a amar ao máximo, porém sem amar alguém.
É estar presa dentro desse monte de sentidos que dilaceram minha alma, sem ter alguém que possa compreender a intensidade disso…
E por vezes, chega a doer.

Inexplicável… seria esse o destino do poeta?
Amar de forma intensa sem ter alguém para amar?
Essa busca incessante por alguém que desperte o máximo disso chega a ser cansativa.
E quando achamos que encontramos, nossa alma está dividida em vários amores.
Por quê?
Por que, alma?

E talvez seja esse o castigo dos que sentem com a pele da alma…

Amar sem direção, desejar sem destino, entregar sem receber.
A poesia nasce do que falta, do que escapa, do que não se encaixa.
E a alma, essa inquieta viajante, insiste em buscar o que a faça transbordar — mesmo sabendo que o mundo não está pronto para tanto.

Por vezes, ela se divide… não por querer vários amores, mas por não caber em apenas um.
Ela se espalha, se fragmenta, se entrega em pedaços…
E cada pedaço ama como se fosse inteiro.

Mas quem entenderia isso?
Quem saberia ler os silêncios entre os versos, os gritos por trás dos sorrisos, o desejo escondido na delicadeza?
Talvez ninguém.
Talvez só outro poeta.
Ou talvez… só o tempo.

Sempre


Sempre quiseram brilhar,
Artur e Lian, no mesmo lugar,
irmãos de alma, mas tão dispostos
a tudo vender pra se destacar.


Sempre juraram crescer,
sem nunca parar pra entender,
que o ouro cansa, o poder corrói,
e o tempo ensina a perder.


Sempre tentaram subir,
rindo de quem veio a cair,
achando que a glória viria
sem nunca ter de dividir.


Sempre buscaram o valor,
no brilho do metal e no suor,
mas o brilho apagou cedo,
e a ganância virou dor.


Sempre, um dia, veio o quebrar,
Artur caiu, Lian quis ajudar,
mas o peso do orgulho antigo
não deixou o perdão falar.


Sempre, no fim, veio o chorar,
os tronos ruíram, o ouro secar,
e só restou a memória fria
de quem quis tudo e ficou sem lar.


Sempre, então, compreenderam,
que o poder é vento a passar,
e quem governa o coração
tem mais do que pode contar.


Sempre, no fim, vão lembrar,
que nada há pra se levar,
que quem vive só pra possuir,
acaba por nada ser e só ficar.

Entre paredes e silêncios


Encosto a alma no concreto,
como quem pede licença ao dia.
O copo pesa menos que o pensamento,
mas mais que a ausência que me visita.

Fecho os olhos, não por cansaço,
mas por querer ver o que não se mostra.
Há um mundo atrás das pálpebras,
onde o tempo não exige resposta.

A camisa branca guarda segredos,
como se o tecido soubesse demais.
E os muros, cúmplices mudos,
não perguntam, apenas me deixam ficar.

Não é tristeza, tampouco paz.
É esse meio-termo que me veste,
feito sombra que não quer ser noite,
mas também não se atreve a ser luz.

A alma se torna
o que contempla.
Se olhar para
o que é puro,
refletirá pureza.

A boca revela o que
o coração esconde;
por isso o sábio
purifica primeiro
a alma antes de falar.

Sou um renascentista


Talvez eu tenha nascido fora do tempo,
mas minha alma caminha pelas ruas de Paris.
Não as ruas apressadas do turismo,
mas aquelas onde a madrugada ainda cheira a vinho, tinta e papel.
Onde os músicos tocam como se o destino dependesse de um acorde
e os poetas bebem a lua em silêncio.
É ali que existo — entre o som e a palavra,
entre o piano e o abismo.
Sou um renascentista: músico, poeta, pianista.
Vivo entre o sagrado e o profano, entre o vinho e o verbo.
Cada nota que toco é um pedaço de mim tentando renascer,
cada verso, uma confissão que o tempo não conseguiu apagar.
Não bebo para esquecer, bebo para lembrar —
que a vida, como a arte, é feita de breves eternidades.
Quando sento ao piano, sinto Paris me ouvir.
Os fantasmas de Debussy e Ravel espiam por sobre meu ombro,
e o Sena, lá fora, parece repetir minhas notas nas águas.
O poeta em mim escreve o que o músico sente;
o músico traduz o que o poeta pressente.
É uma comunhão silenciosa entre o som e o pensamento —
a forma mais bela de loucura.
Ser renascentista é não aceitar a indiferença dos tempos modernos.
É crer que a beleza ainda pode salvar,
que o corpo é templo e o amor é arte.
É brindar com o vinho e com o caos,
com a esperança e o desespero,
porque tudo o que é humano é divino quando há música no coração.
Sou um renascentista.
Poeta, músico, homem que vive nas ruas de Paris —
onde o tempo se curva diante de um piano,
e o vinho se torna prece nas mãos de quem ainda acredita
que a vida é, acima de tudo, uma sinfonia inacabada.

Na água cristalina, um mergulho sereno,
Enquanto chapadamos, no infinito terreno.
A alma se renova, leve e inteira,
Ao contemplar a natureza verdadeira.




(Chapada dos Veadeiros-Go)

Conectar-se com a própria alma,
Abraçar o presente sem medo,
Viajar pelos caminhos do mundo
E colorir cada instante com coragem.

Se a inveja te faz fugir de quem invejas, é sinal de que tua alma já entrou em estado de putrefação.


Benê Morais

Quando estou
dentro de ti:
não sou apenas corpo,
sou alma que encontrou o infinito.

Copiadora

Sou, enfim, uma copiadora de alma alheia.
Só derramo lágrimas e contemplar o pranto de outrem,
Só esboço sorrisos quando vislumbro a alegria em outro rosto.
Amo apenas quando vejo o amor florecer no peito de alguém,
E odeio, não por odiar por eu mesma, mas por testemunhar o ódio em outros olhos.
Minha existência, por fim, não é senão reflexo:
Apenas vivo… se vejo alguém viver.

Há amores que não se explicam.
Eles não vivem só na pele,
mas permanecem na alma.
E quando o tempo passa,
a admiração não some…
ela só cresce.

A internet pode ser jardim ou veneno; escolha onde pisa.
Cada clique deixa rastros na alma.
Se alimente de sabedoria, não de discórdia.
Proteja seu coração, mesmo no meio do caos.
— Purificação

Sobre Música e Sonhos


A música é a única salvação para o que resta da minha alma, quando o que se tem, não basta, ou o que há de mais importante, é inalcansável. Só ela nos ajuda a jogar para fora o que queima, arde, cura ou fere.
Cante suas histórias, conte tuas memórias. Que cantemos a verdade com paixão, pois se não há outro caminho, é necessária uma solução. Faça o que faz por amor, e não por dinheiro, pois ele é só um bônus do esforço e trabalho bem feito. Do que adianta toda riqueza, vivendo uma vida de mentira, sem desejo, vontade ou um amar verdadeiro?
Busque teus sonhos, viva o teu destino. Jamais deixe alguém dizer que não pode qualquer coisa que queira. Viva para realizar seus sonhos, e não os de pessoas alheias, que jamais devolverão o tempo perdido, ou o momento onde ainda podia alcançar teus objetivos mais concretos, e vontades mais sinceras.
— Marcela Lobato

Menina-Mulher


No rosto, um riso que encanta,
nos olhos, o azul que revela —
uma alma que luta e canta,
mesmo quando a dor se revela.


Carrega vitórias e quedas,
com coragem de quem já cresceu,
mas no fundo ainda anseia
por um abraço que aqueça o seu eu.


Como um pintinho no ninho,
ao fim do dia só quer ternura —
um colo, um carinho, um abrigo,
uma pessoa que diga: “Vai passar, criatura.”


E no silêncio que vem depois,
ela recolhe o que ainda resta —
um sonho, um sopro, uma voz
que insiste: “Você ainda é festa.”

🜂 “O Equilíbrio do Todo”

Não temas o mal que te fere a alma,
pois nele jaz o germe da transmutação.
Toda dor é iniciação,
todo peso é degrau na escada do Ser.

Não te embriagues com o sabor da vitória,
pois há sempre uma pedra velada
no meio do caminho dos homens.

Não te proclames o melhor,
pois o vento do tempo sopra e substitui
aqueles que se julgam eternos.

Cumpre o teu ofício com pureza e silêncio;
não firas, não invejes, não te exaltes.
O que é teu há de vir no seu instante,
e o justo colherá o que semeou na luz e na sombra.

O pior sentimento, é quando a alma se perde do corpo. Quando mais tempo longe, maiores os danos.
Quando se encontram, já não se encaixam, não são mais os mesmos.
E aí ? Como se encaixar ? Se quebrando mais ainda.
Com isso, tu nunca será o mesmo.
Nunca se perca por causa de alguém, nem por nada.
...

80's


Cada walkman era um templo portátil e cada cassete, uma confissão da alma.

Eternamente jovem, disse o espelho mudo,
Enquanto a alma contava invernos e adeus.
Sou a flor que não murcha, mas que vê tudo
O que amou ser poeira sob céus.
​O tempo me esqueceu, cruel e distraído;
Guardo um coração febril, sem ter ruga;
Mas cada beijo antigo, já partido,
É uma lágrima seca que me inunda.
​Dramático fardo amar a ti, mortal,
Com este peito insone que não finda;
Sou o verso que fica após o final,
A dor que persiste, bela e infinda.

A euforia tecnológica levará o homem de volta ao questionamento de suaprópriaalma.


𝑺𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐 𝒂𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒇𝒓𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒕𝒂𝒅𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒏𝒂𝒔 𝒊𝒈𝒓𝒆𝒋𝒂𝒔.