Poemas sobre a Familia Brigas
Quando a Safira
do mar se unia
a Safira celestial
formava sem
precisar de palavras
a atlântica poesia
que da memória
ninguém apaga,
e que sempre faço
questão de recordar.
Os meus quadris
cobertos por
pérolas blister,
Ânsia de ter
proximidade
bem no ritmo
do seu amor,
Poema do destino
que saberemos
como pôr e o quê fazer
com ele por onde for:
Não temos tempo a perder.
Nômade eterna
das profundezas oceânicas,
Vestida de poesia
e de anacroporas tropicanas,
Sou eu a sutil captora
das tuas sensações,
sentimentos e emoções
em todos os momentos.
Tudo aquilo que
mais se menospreza
nos jardins carrega
o código de quanta
vida capaz existir
e de se dividir,
Florzinha branca
que com a sua
beleza me encanta,
Eu não sei qual
é o seu nome,
Só sei que um dia
eu irei descobrir.
Acropora serrata Lamarck
por cada lugar avistado
no silêncio deste recife,
os meus olhos, os ouvidos
e a atenção não permito afetar
mesmo com esta correnteza
forte na profundeza do mar
da minha poética existência
(o nosso mundo não é
só de quem tem poder,
ele pertence a todos que
buscam cultivar a paciência)
o quê é de poder dura um
tempo e depois se dissolve,
e o quê é de paciência permanece
na vida um dia sempre se resolve.
A distância uma imensa
Acropora valida revela
a sua monumental beleza,
Nadar ao redor dela
não se compara as matizes
encontradas nos teus olhos,
O mundo às vezes caça
o discernimento das leituras,
Não há nada que não possa
se descoberto com serenidade.
No caminho encontro
com a autêntica poesia
natural e citadina,
Não deixo de me encantar
com aquilo que enfeita
o coração e a vista.
Gostaria de ser uma
sementinha de vagem
do poético Ipê-amarelo
para crescer e florescer
como flor nacional
no seu afetuoso peito,
E tornar-me sua maior
amorosa anunciação
e total celebração
além do calendário
e da convenção
sempre que for preciso,
Porque amar também
é a respeito disso.
Na nossa bela cidade
de Rodeio beleza sublime
do Médio Vale do Itajaí,
No dia seguinte o Sol
e a ventania estão por aqui
percussionando as matas,
Sigo capturando leveza
das flores azuis do tempo,
mantendo viva a poesia
como as águas encontram
a rota do Rio Itajaí-açu
numa paz ímpar, profunda
e amorosa como busco
nesta vida ainda ser sua.
Colher frutos e lições
da Paxiúba que cria
raízes novas sempre
em busca do Sol e inspirações.
Se ver como palmeira
caminhante que se
livra das raízes antigas
caminhando sempre adiante
sem recear as tentativas.
Ficar só com as sementes
que dão origens a novas
paxiúbas e também enfeitam
como se fossem sorrisos na vida.
Lidar com as emoções
como quem mira
a conta no fio do colar:
Viver sem medo e com
toda a poesia para te entregar.
Quando o Sol
raiar vou até o Murici
frutos colher,
As sementes vou
guardar e preparar
porque quero um
colar de muitas voltas
para me presentear.
Tenho colocado no dossel
etéreo o tempo todo
a crueldade e a bondade,
Danço no Céu e no Inferno
com toda a intimidade,
A minha pluma de poeta
na verdade é corta sabre.
O cataclisma e a harmonia
ondulam com os seus véus,
Os punhais de salamandras
nas mãos fazem acrobacias,
O domínio que tenho sobre
você é algo que nem mesmo
o destino tem o controle,
O kajal está intocável no olhar,
no ritmo do oceano a embalar
e as estrelas estão a acompanhar.
Nos sacolejantes quadris
dos calendários e das horas
do Oriente e do Ocidente,
Mantenho a inspiração de pé
para impressionar porque
voz sei que nunca irão me dar,
O pouco que tenho querem
me furtar e até a poesia colonizar,
O braço a torcer nunca darei
e a resistência nunca trairei,
A autossuficiência escreve a lei.
Se te quero ou não,
você não encontrará
a devida direção,
A Rosa dos Ventos
está na minha mão,
Tomei controle dos teus
pontos mais cardeais.
Dos mais de cem mares
sou a absoluta filha,
De todos os altares
eis-me a prece erguida,
Das letras místicas
do tempo a poesia.
Tudo de mim passa
por seis continentes,
E em ti estabelece
um território soberano,
Deste peito para o seu
a devoção cresce,
O tempo e a glória
nos pertencem.
Tudo aquilo que é
de espírito imparável
e civilizações inteiras
está se espalhando
pelos cinco oceanos
da nossa existência,
Onde se condena
soul e tu és o poema.
Coloquei um colar de amêndoas
de côco para enfeitar a mesa,
Porque devemos colocar
sempre em tudo delicadeza,
Peguei um cordão de fio
de algodão, agulhas e algumas
sementes de Juerana,
Para fazer brincos, pulseiras
e cordões porque inspirações
não podem faltar nessa vida
atrevida com as nossas emoções,
O importante é ser feliz e cantar.
A Via Láctea se move
em forma de sabre oriental
nos lábios da Lua bailarina,
As duas mãos brincam com
o palimpsesto da profecia
sobre o Portal das Nações,
Tudo de mim dialoga com
cada uma das duas emoções
e de seus sidéreos êxtases,
Os perigos, os ruídos
e teus risos me pertencem,
embora eu seja de difícil captura,
Todo o dia te conduzo por uma forma diferente de amor e loucura.