Poemas que Falam sobre Amizade Colorida
Se tu soubesse como dói
ser desajustado e confuso
talvez não me olharia
como olha para
o palhaço do circo.
Talvez enxergaria
algum sentido
nas minhas palavras disléxicas.
“Abundância de sentimentos foi o que me acabou.”
Essa rotina de beber
para esquecer lesões internas
matou Van Gogh aos 37 anos.
Outra vítima do desajuste,
o mesmo desajuste que
me persegue todo dia
quando saio do serviço.
Roney Rodrigues em "Absinto"
Uma bala de amor,
outra bala de rancor.
Ao pressionar o gatilho
de uma paixão,
nunca saberemos
qual bala deixará
o rastro da destruição.
Roney Rodrigues em "Roleta Russa"
Finalmente você chegou,
achei que não viria,
achei que nunca te conheceria.
Rastejei por anos
como quem vive
no limo de um poço,
no fundo de um porão.
O amor veio como
tempestade sem trovão.
O grande estrondo veio
do ranger de um coração
enferrujado.
Esperei mil anos
nessa minha aflição.
Seu olhar claro,
seu abraço comprido,
é o lar mais aconchegante
em que já estive.
Logo eu que não tinha nada,
agora tenho um reino,
um império só meu,
um peito quente
para repousar o fardo
de não ser poeta,
o peso de não saber rimar.
Roney Rodrigues em "Bruma"
Eu fico triste
por essa geração.
As crianças não jogam
mais taco na rua.
Não tem mais
time da rua de cima
contra time da rua de baixo.
As calçadas
não tem mais marcas de giz.
Ninguém toca mais
campainha pra sair correndo.
Mas ainda brincam
de polícia e ladrão
aqui no quarteirão,
só que ao invés
de cano 'pvc' nas mãos,
a criançada sai armada
de fuzil e “três oitão”.
Roney Rodrigues em "Triste Geração"
Garoto pobre da zona sul,
de roupa e alma rasgada
tecia seu verso, incerto
em seu velho caderno azul.
O telhado tinha uma goteira,
o madeirite tinha uma fresta,
Pela fresta assistia o universo,
A lua, as estrelas, que linda festa.
O dinheiro que o pai trazia,
dava pro pão, mas faltava pra vida.
A mãe dizia menino larga esse caderno
que isso não dá futuro, só ferida.
O garoto da favela nunca esqueceu a viela,
o povo, a dor, a sirene e o caderno.
Foi pro mundo muito cedo,
comprou um livro, vestiu um terno.
Nunca contestou as palavras
afiadas de sua querida mãe.
Desobedeceu ela até o fim da vida.
Em seu jazigo um poema:
Morreu o poeta da viela,
Venha estrela e venha lua,
espiar por entre a fresta.
Venham cear nessa rua,
Chorar a morte, fazer uma festa.
Cantar seus versos, contar seu amor
Fazer com que saibam que poetas
também nascem do calor da favela.
Roney Rodrigues em "Poeta da Viela"
A imparcialidade é uma
armadura pra poucos.
É sombra na vastidão
de um deserto.
É refresco para o coração
desidratado.
Não se esqueça,
quem com a espada fere,
com a espada será ferido.
Quem com as palavras divide,
com as palavras será dividido.
Roney Rodrigues em "Imparcialidade"
Uma energia me suga
ao fundo do teu olhar.
O brilho vermelho
disfarça as cinzas, os restos.
Planetas e estrelas engolidos,
amores extintos e poeira cósmica.
Uma arma tão simples,
uma gravidade tão grande.
Concluo que é impossível
frear meu corpo ou
escapar do teu olhar radioativo.
Roney Rodrigues em "Quasar"
Saudades das magoas e decepções
das ilusões e contradições
saudade do brilho nos olhos
e das horas gastas
do tempo esquecido
estarrecido pelo materialismo
e pela corrupção sentimental
e imaterial
os olhos já não conseguem mais enxergar luz
e sim escuridão, pois as mãos estão tapando sua visão
deixando as lagrimas escorrerem aos poucos, junto ao sangue que
sai de seu braços,
a dor é inevitável e o sentimento perturbador
Não quero sucesso
não procuro fama
desde pequeno
eu prefiro o canto do palco
nunca gostei do holofote
eu gostava do papel da árvore
da nuvem ou da estante
eu derramava lágrimas
ao ver Romeu e Julieta
mortos por causa do amor
eu não almejo o mundo
pra mim um banco
de madeira
um bom rock
e uma cerveja
já compensam o stress
que me espancou
a semana inteira.
Roney Rodrigues em "Sou da turma do canto"
OSTENTAÇÃO É UMA MERDA
Isso de mostrar teu ouro
Esfregar na minha cara teu luxo
O vazio do seu caviar
Ao seu Porsche
É imenso e gritante.
É coisa ridícula.
Pendura no teu pescoço
Um livro de Drummond,
Um livro de Dostoiévski.
Recita pra tua morena
A poesia mais luminosa.
Ela vai amar o que você
Carrega por dentro.
Não essas coisas
Externas e breves.
O ADEUS
Tenho um encontro
Não sei onde, nem quando
Ou mesmo se estarei preparada
Mas já está marcado.
Não sei como será
Mas é inevitável.
E quando chegar o momento
Acontecerá um novo despertar
O relógio do tempo perderá seu valor
Iniciará uma silenciosa metamorfose
E então...
Serei o sopro suave no pensamento
A melodia dedilhada no violão
A brisa leve a te abraçar
Serei os versos da última poesia.
O retrato no aparador.
Serei paz, lembrança.
E quando for saudade
E ela doer... E vai doer!
Serei o riso largo
A consolar sua alma.
(Grazielle Sabino)
A visita do Eu Sou em mim
Vasculha o ser maculado
O ser perdido na imensidão do seu querer
Fere o coração!...
Faz sangrar
Na intenção do
Resgate de Si em mim mesma...
Transpassa-me a Luz
Como uma espada afiada!
Solta-se um rugido de dor!
A libertação e cura dói...
E deixo doer...
Para que o perdão aqueça
O peito da misericórdia,
E o passado que machuca
A perfeição Divina
Seja derramado em terra
De coragem,
Amor
E paz.!
Serenando a alma...
Acalmando o espírito...
Autora: (Gabriela Santos Delegada da ACLA-MG/ 2014-08-01)
morte do meu eu antigo
É o mesmo que não volta a ti
Sujeito a estar sempre errando
Errando porem sempre pensando em si
Esparando a hora certa de morrer
Porem a todo tempo mudando
Enquanto isso no decorrer
Sigo Morto Caminhando
Morto Vivo iludido?
Creio que não
Vivo pra junta de ti morrer
Por que me matas todo dia entao?
Sem razao ou sem motivo
Sem motivo ou sem explicação
Em minha boca um sorriso
Com o doce amargo da ilusão
Pensei em voce
Queria voltar a sorrir
Porem Creio que estou sem sorte
Nao consigo mais evoluir
Parado apenas sobre a linha de corte
Facil te observar
Dor similar a morte
Dificil é te encontrar
Feito uma bussula sem seu norte
Antologia
Hoje eu sou amanhã à noite lembrar o que viveu
Porque eu tenho tanto amava como eu perdi
Eu sou culpado de ter amado que não merecia
Eu sou culpado de não merecer que me amou idolatria
Eu voltar a amar sem fé somente companheiro
Eu amo de novo, mas eu quero ganhar sempre
Volto para fingir que você que eu estou feliz que eu me importo
Porque você nunca vai adorar se o coração está ausente
Onde as batidas e emoção eram
Onde ele foi que meu amor não pode voltar
Onde a ilusão de amor era sonhador
Talvez você levou você e nem eu posso encontrá-lo
Incêndio de madeira que termina em cinzas
Como nós amamos sem medida limita a lamentar
Talvez hoje eu olho para trás toque
Escolher ou me levar migalhas de pão .
Sortilégio
Seduceme entre blue grass
Enredame entre armas brancas
Cativar -me sorrir verde
Sorria para entre lábios vermelhos
Eu vejo muito, mas tão pouco de pena
Eu vejo pouco e se contentar com nada
Eu não tenho nada e eu quero tudo
O paciente dorme e acorda
Sua paisagem é minha fronteira
Muitas vezes eu não vi
Andar através do fogo e punição
e entre areia eu perdi
O pensamento nos engana
Quanto mais você esquecer mais memorável
Os mais tiros mais cry
Quanto mais você ama , mais você sofre
Talvez sentindo transformou em obsessão
Mel que caiu para o final de costume
É por isso que nós nos tornamos tão louco
O que é que nos torna tão sã
Vai ser a fonte que brilha fora de sua boca
Será feliz que nós gostamos o lamento
Será que vamos buscar uma razão onde a razão não
Será o feitiço que me deixou e foi para você .
"Não se esqueças;sois tão bela.
És torre, rainha,
Guardada em um coração.
Não se canses. De fazer-se bela.
Da beleza que se tem.
És essa beleza que encanta.
És sua beleza que faz bem."
marcos fereS
Gaivota
Óh gaivota que voas no céu.
Que observa tudo e a todos.
Procurando lugar para pousar.
Continuas segundo bolsões de ventos quentes?
Que a levam para cima. E ; descer, e; recomeçar?
Quando pensas estável. Para outro bolsão há de correr?
Estabilidade só acima. Mas acima do que?
Perguntou a si mesmo? Ostentas porque?
Se ; somente no chão pisado. Lhe trará bom grado,
Daquele sonho acontecer?
Mas, vive voado de lado?
O que há fazer? Senão acompanhar.
Outro bolsão vir juntar.
E ver em novos ventos se esconder?
Qual seria tua escolha?
Vontade que se desvirtua, desculpas.
Nada se constrói.
Decides teu agrado. Guarde-o bem direitinho.
E diga a ninguém. Seu lugar de repouso.
O que é de ti. A outro não importa.
Gaivota, segue a corrente. Em noite de vento quente.
Mas descubras o teu lugar. Nem todos podes agradar.
Mas pousa em tuas terras. Onde possas finalmente; descansar.
marcos fereS
"E não precisará, viver para o preenchimento
de espaços vazios do coração.
Porque o que a alma tem sede é de amor.
Apaixonadamente ou não."
marcos fereS
"Mas não há problemas. Somos assim.
De momento em momento. Sobe-se a escada.
Dá uma parada. Se esquece um pouco. No nada.
Equilibra tudo na paz. E volta para a caminhada."
marcos fereS
Candeia
Candeia, de óleo bem cheia.
Das sabedoria surgida.
Que clareia a passagem da noite.
Iluminando muitas pegadas,
Do óleo da necessidade.
Para o pavio fazer brilhar.
Espalha em lúmen seus passos.
Para claridade mostrar.
Faz do calor seu alimento.
Dos lugares por onde passar..
Encha a candeia de óleo.
Para ascender nova luz.
Assim para também para o corpo.
Porque nos olhos , há de passar.
Sem força. Frágil. Nesse.
Da falta; do azeite na calma.
Fagulhas em fios falhados.
O fogo também se apaga.
Se do óleo errado consomes.
Faltando força pra alma.
Alimentar-se do óleo verdadeiro.
Só lhe aumenta o valor.
Quanto mais leve for seu brilho.
Mais intenso o Amor.
marcos féreS
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