Poemas que falam do Silêncio

Cerca de 16486 poemas que falam do Silêncio

🐍 “A Menina do Teçado Quebrado”

Havia uma menina que morava numa casa onde o silêncio pesava mais do que os gritos.

Ela carregava um teçado velho e quebrado. Ninguém via esse teçado — era invisível. Mas ela sabia que estava sempre ali, pendurado no coração.

A menina tinha um irmão. Pequeno, de olhos bons.
E ela acreditava que tinha sido escolhida para ser sua guardiã.
Não como irmã — como mãe.

Quando a casa rachou por dentro, e os adultos viraram sombras apressadas e barulhentas, ela virou chão para o irmão não cair.
Ela virou calor quando faltava colo.
Ela virou muro quando vinha ameaça.



Um dia, num sonho antigo e real, uma cobra azul gigante apareceu.

Ela vinha rastejando com olhos que viam memórias.
Trazia ovos enormes no ventre — pesados como verdades não ditas.

A menina sentiu medo.
Mas não correu.

Ela segurou o teçado — quebrado, sim, mas ainda seu — e avançou.
Com o irmão escondido atrás do corpo frágil, ela lutou.

A lâmina rachada feriu a cobra.
E da ferida não saiu sangue.
Saiu água. Muita. Clara como lágrima contida.

A cobra chorou por ela.
Chorou o que ela nunca pôde chorar.

Da boca da fera, saiu um lamento.
E no meio da água, veio a verdade:

“Você não foi feita para ser mãe. Você era só uma menina.
E mesmo assim, você sobreviveu.”



Quando a cobra adormeceu, a menina ajoelhou.
E pela primeira vez, largou o teçado.

Olhou para o irmão e disse com os olhos:

“Agora você cresce. Agora você cuida de si.
E eu… agora, eu vou cuidar de mim.”



No sonho, a água lavou o chão, os pés, o passado.
A menina enfim pôde ser criança.
E a mulher que ela se tornaria,
nasceu dali: não da dor, mas da coragem de se libertar dela.

Inserida por ana_maximo

⁠Fidelidade em Silêncio

Não é ao mundo que juro minha alma,
Nem às promessas do tempo que dança.
Minha aliança é com a chama que acalma,
Com o princípio que em mim se lança.

Não sou fiel por medo ou corrente,
Nem por contrato que o tempo desfaça,
Mas por amor ao que em mim é semente,
Que floresce em silêncio, e nunca passa.

Já fui tentado a vender meu destino,
Trocar valores por trégua e prazer...
Mas algo em mim, antigo e divino,
Me ensinou a perder para não me perder.

Fidelidade não é resistir ao afeto,
É amar sem trair o próprio caminho.
É sorrir, mesmo andando discreto,
Com a alma vestida de sol e de espinho.

Não nego a dor que o amor traz consigo,
Nem os riscos de viver com o peito nu.
Mas prefiro errar seguindo comigo,
Do que vencer negando quem sou e fui.

Se me vires distante, não é indiferença,
É só que às vezes é preciso calar.
Para manter a aliança, a consciência,
Com o Céu que insiste em me visitar.

Inserida por VegaLira

⁠O Ser Divino que Mora em Mim

No silêncio da alma, um eco desperta, um sussurro que dança entre sonho e vento. Não é palavra, nem verso, nem canto, mas pulsa vivo, ardente, sedento.

Ecoa suave no peito trêmulo, como rio que abraça sua própria nascente. Não há templo, altar, ou promessa, apenas o instante, puro, presente.

Choro e riso são sua canção, a voz que vibra no coração. No amor, na dor, na brisa esquecida, Deus se revela na própria vida.

Quem ouve, sente; quem sente, vê: Deus não se esconde, Ele também mora em você.

Inserida por fluxia_ignis

Reflexão


O silêncio não é apenas a ausência de som, mas sim a presença de um espaço para a introspecção e a conexão. Ao cultivarmos, podemos descobrir uma fonte inesgotável de paz, clareza e autoconhecimento para refletir e escrever, tornando-se uma forma poderosa de processar emoções, organizar pensamentos e obter clareza.
Ao caminhar em um parque, sentar ao lado de um lago ou simplesmente observar o céu, sentiremos que a natureza tem imensa capacidade de acalmar a mente e promover uma conexão.
Façamos então, pausas conscientes das telas, das redes sociais e das notícias. Permitindo-se ficar offline por um período para se reconectar com o mundo real e consigo mesmo.

Inserida por MensageiroLeal

⁠II. O silêncio que acende e a palavra que apaga
Há silêncios que iluminam mais do que mil palavras acesas. Quando cessam os ruídos, as verdades emergem como brasa sob a cinza. No entanto, há palavras que, embora vestidas de luz, encobrem mais do que revelam. A fala apressada, a explicação forçada, o discurso que se pretende verdade absoluta, tudo isso é claridade artificial, disfarce da ignorância que teme o escuro.
A luz plena muitas vezes inibe a contemplação. O excesso de nitidez exige respostas, impõe certezas. Já a penumbra nos permite hesitar. E é na hesitação que nascem as perguntas que realmente importam. Não aquelas que pedem definições, mas as que nos atravessam e nos desconstroem.
A escuridão não é ausência de caminho, mas convite à escuta interior. Ao contrário da luz que expõe tudo de uma vez, a sombra nos permite escolher o que ver, e quando ver. Ela respeita o tempo do olhar. Ensina que ver não é o mesmo que compreender, e que a revelação exige maturação do espírito.
Quando aceitamos a escuridão como parte do processo, a luz deixa de ser uma meta e passa a ser consequência. Não corremos mais em busca de holofotes, cultivamos lanternas. E nelas, acendemos apenas o necessário. O essencial não precisa de alarde. A verdade, quando chega, não brilha, pulsa.

Inserida por drleonardoazevedo

⁠III. Quando o grito se disfarça de silêncio
Há gritos que ninguém ouve porque se disfarçam de silêncio. E há silêncios tão densos que carregam em si o estrondo de mil tempestades internas. A mente, quando já não suporta traduzir a dor em linguagem, recua. Fecha as janelas. Apaga as luzes. Cria mundos paralelos onde, mesmo distorcida, a realidade se torna suportável.
Nem sempre a loucura é ruído. Muitas vezes, é ausência. Ausência de conexão, de resposta, de chão. É o exílio interior de quem ainda está presente no corpo, mas já não habita a lógica comum. E nesse exílio, o tempo não segue sua ordem. As palavras não obedecem significados. O real se dissolve em fragmentos que só fazem sentido para quem ali está.
A sanidade, do lado de fora, observa, mede, intervém. Mas nem sempre compreende. Porque compreender exige mais do que escuta técnica, exige atravessamento. E poucos suportam atravessar a dor do outro sem se perder de si mesmos.
Talvez a maior ponte entre a lucidez e a ruptura esteja na empatia profunda, que não tenta apagar o delírio, mas se ajoelha diante dele como quem respeita um altar de sobrevivência. Porque ali, naquilo que chamamos loucura, ainda pulsa a centelha de quem resiste, não por desordem, mas por excesso de verdade que o mundo não conseguiu conter.

Inserida por drleonardoazevedo

A Guardiã da Aurora

Era a manhã de 7 de outubro de 1939, e o céu ainda carregava o silêncio enganador para um dia um dia da festa da juventude. Amit Gur, uma mãe dedicada e soldado determinada, acordou com o som de sirenes cortando o ar.

O instinto a fez pegar sua pistola, a única arma ao seu alcance, enquanto deixava um beijo apressado na testa de sua filha adormecida. "Volto logo", sussurrou, embora uma sombra de dúvida a envolvesse seria aquele o último adeus?

Os relatos chegavam rápido: terroristas haviam invadido a área, trazendo caos e destruição. Sem tempo para hesitar, Amit correu para o confronto. Sozinha, com o coração acelerado e a mão firme no gatilho, ela se posicionou em um ponto estratégico. O barulho de tiros e gritos ecoava ao seu redor, mas ela não recuou.

Diante dela, vários inimigos armados avançavam, confiantes em sua superioridade numérica. Mas Amit tinha algo que eles não podiam prever: coragem indomável. Com precisão e sangue-frio, ela disparou. Um a um, os terroristas caíram, surpreendidos pela resistência feroz de uma única mulher.

Cada tiro era um ato de bravura, cada movimento uma prova de que o medo não a dominaria. Em sua mente, a imagem da filha a impulsionava ela lutava não apenas por si mesma, mas por todos que amava. O combate parecia eterno, e Amit acreditava que seu fim estava próximo. Mesmo assim, não desistiu.

Quando o último inimigo tombou, o silêncio voltou, pesado e surreal. Ferida, exausta, mas viva, ela percebeu que havia vencido o impossível. Cambaleando, retornou para casa, onde sua filha a esperava, alheia ao heroísmo da mãe. Amit Gur não buscava glória.

Sua bravura nasceu do amor e da necessidade, uma força silenciosa que transformou uma manhã de terror em um testemunho de coragem eterna. Ela sobreviveu e com ela, a esperança de um futuro mais seguro.⁠

Inserida por IgiWiki

Despertar da Almas

Despertei no suspiro do tempo,
No silêncio que dança no vento.
A razão se calou num momento,
E o amor se fez meu fundamento.

Vi verdades guardadas na pele,
Como cartas que a vida revela.
Cada lágrima antiga é pincel,
Desenhando a alma mais bela.

É no caos que a alma acorda,
Feito flor que rompe a borda.
Não se ensina, não se força,
Ela vem, quando a dor se entorta.
Despertar é renascer do nada,
Com o peito em paz e a mente alada.


Já fui sombra, já fui tempestade,
Hoje abraço a minha verdade.
Caminhando com leve vontade,
Sou poema em plena liberdade.

As correntes viraram canções,
Os espinhos, sutis orações.
Cada queda, um degrau no caminho,
Cada dor, um abraço sozinho.


É no caos que a alma acorda,
Feito flor que rompe a borda.
Não se ensina, não se força,
Ela vem, quando a dor se entorta.
Despertar é renascer do nada,
Com o peito em paz e a mente alada.


E o que era peso virou asa,
E o que era chaga virou brasa.
O que era medo, agora é dança,
No compasso da esperança.


É no caos que a alma acorda...
Despertar... é luz que transborda.

Inserida por Zayle

⁠Ausência Silenciosa

Essa falta a qual contemplo
Diante do silêncio medito
Palavras essência de uma ausência
Silêncio que conduz a versos
Singular forma de existir diante do caos.

Inserida por kaike_machado_01

⁠Silêncio que Respira

No ruído das máquinas,
busco um silêncio que respira.
Onde a alma não se explica
ela apenas é.

Há pixels que brilham,
mas não iluminam.
Há palavras que gritam,
mas não curam.

No fundo da ausência,
escuto o que o mundo enterra:
a ternura do instante,
a fé sem altar,
a justiça sem plateia.

As mãos vazias,
que não postam, não vendem, não imploram
essas sim, sustentam o invisível.
Essas escavam a verdade
que o ouro não compra
e que os likes não alcançam.

Na palma da mão, não carrego espadas,
mas sementes.
E mesmo que a terra esteja dura,
é nela que insisto em plantar
o impossível.

Porque há um Deus que não cabe em dogmas,
um amor que não vira tendência,
e um eu que não quer mais performance
quer presença

Inserida por luis_ricardo_777o777

⁠Não tema a grandiosidade
de sua existência,
mas sim,
o silêncio perante dela.

Inserida por ShandyCrispim

⁠Aprendi a não ter
a necessidade constante
de preencher o silêncio
emocional.

Inserida por ShandyCrispim

⁠Saudade do nosso silêncio
enquanto existe o som
do nosso corpo,
somando um ao outro,
criando caminhos
para se explorarem.

Inserida por ShandyCrispim

⁠O inverno do mundo e a primavera da alma

Enquanto o inverno veste o mundo de silêncio e frio, a alma escolhe seu próprio caminho. Nem todas as estações seguem o calendário da natureza, pois dentro de nós, o florescer é eterno.

Lá fora, a neve cobre o chão, gelando passos, silenciando vozes, mas aqui dentro, um jardim desperta, tecendo cores em meio à escuridão.

Quando nos libertamos das amarras da matéria e tocamos a essência mais pura do nosso ser, uma primavera eclode, delicada e infinita, nutrida pela luz da consciência que nunca se apaga.

A primavera não espera calendários, nem pede permissão ao tempo cruel, nasce onde há esperança guardada, sob o véu do inverno, floresce fiel.

O inverno se instala, mas o que sussurra o coração sobre suas próprias estações?

Inserida por fluxia_ignis

⁠"A vida é o palco onde o amor dança em
silêncio — e cada gesto sincero é um milagre
que o tempo jamais apaga."

Inserida por celso_augusto_soares

⁠"Refém de Mim"

É madrugada e o silêncio grita,
me aperta, sufoca, me limita.
A cama parece um campo de guerra,
onde o travesseiro é refém da minha tristeza.

Me perco nos olhos que não estão,
no amor que finge que foi ilusão.
Mas eu sei... no fundo eu sei,
que amar não é erro, mesmo se eu calei.

O telefone não toca, ninguém vem,
o peito pesa, ninguém me mantém.
Meu avô luta, minha vó se perdeu,
minha mãe se apoia no que restou... eu.

E o emprego, e a vida, e as contas, e o mundo...
Tudo pesa num segundo.
Queria sumir, ser fumaça, desaparecer,
mas, mesmo querendo, não sei nem como fazer.

Tem dias que penso em ferir minha pele,
como se ela pudesse gritar o que minha alma não consegue.
Mas no fundo, lá no mais fundo,
eu só queria um abraço, um colo, um refúgio seguro desse mundo.

Se poesia é pra curar, que ela me cure,
se é pra salvar, que ela segure.
Que cada palavra seja um sopro de vida,
que me lembre que apesar da dor...
eu ainda respiro. Eu ainda existo.
E talvez... só talvez... isso já seja um sinal de que ainda há caminho,
de que não acabou, e que eu não tô sozinho.

Inserida por Patrick_Vieira

⁠Fragmentos de “O vazio de Ivan em mim”
(por Leonardo Azevedo)

4.
Entre o silêncio de Deus e o clamor dos homens, eu sigo com a alma em ruínas e a mente em labaredas.

Inserida por drleonardoazevedo

“Nem todo silêncio é ausência de voz, às vezes, é presença de sabedoria.”

Há momentos em que o melhor argumento é o silêncio. Especialmente quando alguém está convicto de uma verdade que não abre espaço para escuta, insistir é como tentar acender uma luz em quem escolheu fechar os olhos.

Manter-se em silêncio diante de certas certezas alheias não é sinal de fraqueza ou de omissão, mas de maturidade emocional. É compreender que nem toda conversa precisa de resposta imediata, e que nem toda batalha merece desgaste.

Silenciar, nesses momentos, é um ato de autocuidado, respeito e inteligência.
É confiar que o tempo ensina o que o ego ainda não permite aprender.

Inserida por NelmaAndrade

⁠Não há nome pra isso

Tem coisa que não se escreve,
mas insiste em nascer letra.
Um silêncio que sangra alto
no canto de cada espera.

É a sede que não se mata,
mesmo afogando na fonte.
É saudade antes da hora,
é o sol quebrando a ponte.

Tem amor que vem sem rosto,
mas deixa marcas na pele.
Feito vento que atravessa
sem pedir, sem dizer: "segue."

É o erro que a gente escolhe
mesmo sabendo o final.
É o abismo tão bonito
que faz a queda ser banal.

Não tem nome o que nos move.
É mais rugido que fala.
É o que pulsa entre os olhos
quando a palavra se cala.

Inserida por silvano_eising

⁠Velha Amiga

Não corro da morte,
não tremo ao seu nome.
Ela não é sombra,
é apenas silêncio que chega sem alarde.

A vejo como uma velha amiga,
de passos lentos,
que caminha à margem da estrada,
esperando o dia em que nos sentaremos
para conversar,
como quem reencontra alguém
depois de uma longa jornada.

Ela não me assusta.
Me ensina.
Me lembra que cada nascer do sol é raro,
que o riso de hoje não volta,
e que amar vale mais do que temer.

E quando chegar o momento,
não haverá luta.
Apenas um aceno leve,
como quem parte de casa,
mas sabe que foi inteiro
enquanto esteve.

Inserida por silvano_eising

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