Poemas que Falam de Pessoas Imperfeitas
Sou um cosmólogo. Estudo o casamento do espaço com o tempo. É uma espécie de religião para ateus inteligentes.
(Stephen Hawking)
Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.
O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeu-se.
Um homem estava anoitecido.
Se sentia por dentro um trapo social.
Igual se, por fora, usasse um casaco rasgado
e sujo.
Tentou sair da angústia
Isto ser:
Ele queria jogar o casaco rasgado e sujo no
lixo.
Ele queria amanhecer.
O amor é finalmente
um embaraço de pernas,
uma união de barrigas,
um breve tremor de artérias
Uma confusão de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa é besta
Tenho um pequeno problema com a premissa da ditadura celestial.
(Stephen Hawking)
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais reis nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém.
A vida é um sopro!
Hoje somos e estamos, amanhã deixamos de ser.
Mais um ano ou um mês, um dia ou um minuto talvez.
A misericórdia de Deus dura para sempre!
Mas, vê-se se arrepende antes que a corda da vida se arrebente.
— Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas.
Não sei sentir, não sei ser humano,
Não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens,
Meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cotar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
De sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas
E ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"
"Eu não vou ficar chorando pelo que os outros falam...eu faço o que acho certo e o que eu tenho vontade. Não me arrependo de nada e seria até capaz de repetir tudo de novo. Pelo menos sei que mesmo tendo dados tantos erros, eu tentei, eu fui em frente, e eu não me envergonho.
Não vou julgar os outros que falam de mim, afinal, quem sou eu pra julgar os que me julgam?"
Nunca lhe confessei abertamente o meu amor mas, se é verdade que os olhos falam, até um idiota teria percebido que eu estava perdidamente apaixonado.
(Livro O Morro dos Ventos Uivantes, Ellis Bell)
Nunca lhe confessei o meu amor com palavras,mas se os olhos falam,o último dos tolos poderia verificar que eu estava totalmente apaixonado.
Todos falam que, quando você cai, você precisa aprender a se levantar, mas nunca me disseram que depois de se levantar, você precisa andar como se não sentisse nenhuma dor.
Quem sou eu?
Eu não sou só aquilo que falo, ou o que falam, o que penso ou o que pensam de mim. Eu sou aquilo que sou por dentro, sou como me sinto sobre mim mesmo. Eu sou, também, o que sinto em respeito as pessoas, e as coisas... Não gosto de ingratidão, não gosto de falsidade, não gosto de gente que faz que bebe, achando que vai ser melhor. Não gosto de gente metida, nem de gente que atua. Não gosto de gente que se acha por seu corpo, por dinheiro, pelo ficante bonitinho... não gosto nem sequer de gente burra. Não gosto de gente que se cala, nem daqueles que não prestam atenção nos outros, ou que se acham o centro do mundo. Não gosto de água com gás, nem de gelatina, de amendoim... Não gosto de soluço, gato, mosca ou formiga de asa. Mas gosto também. Gosto de gente que sabe rir, de quem sente, e sente verdadeiro. Gosto de gente que sabe aproveitar a vida, e sabe ser atenciosa. Gosto de quem tem o coração maior que a cabeça, mas sabe pensar. Gosto quando sussurram no ouvido, gosto quando beijam, quando abraçam. Gosto de pessoas autênticas, pessoas batalhadoras... Gosto até das pessoas que magoam, mas aquelas que magoam por serem sinceras ao me aconselhar. Gosto que briguem comigo quando faço besteira... Sobretudo, gosto mais ainda daqueles que amam, amam no sentido de amor, aqueles que amam verdadeiro, não dos que dizem que amam dois, três ou quatro caras diferentes. Gosto de quem ama mesmo. Porque quem ama aproveitar a vida é autêntico e sabe rir. Quem ama é atencioso, sabe dar carinho, e é verdadeiro, sente de verdade, e está sempre de bem com a vida. Quem ama magoa, também, mas magoa tentando ajudar, porque sabe que é preciso às vezes. Quem ama beija, quem ama abraça, e aquele que ama, batalha. Pela primeira vez, acho que amo.
Sei que todos falam de mim..que me consideram louca e mesmo histérica..Pode ser que seja meio estravagante e estejam certos. Mas sou feliz e estou no meu juizo perfeito!
Nada mais prazeroso do que ignorar gente fútil e com inveja. É como dizem: se falam mal de mim pelas costas, é sinal de que estou na frente.
