Poemas que Fala sobre Adeus

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Não se chora apenas
com a noite estendida sobre o sono dos homens,
com o silêncio pulsando em poros de imperceptíveis silvos
trêmulos, sussurrantes, urdindo a trama de inúmeros aléns.

Não se chora apenas
com a solidão concentrada em firmes bosques,
num chão de sombras por onde as lágrimas se embebam,
e nem a palidez das estrelas seja um breve indício de presença.

Não se chora sempre de cara virada para um tranquilo muro.
Nem sempre se pode dizer: é da ausência, é da noite,
é do silêncio, é do deserto...
da planície vazia, do mar fatigante, do assombro enorme da treva...

Chora-se em pleno dia, à luz do sol, diante do mundo povoado.
Caem lágrimas em pedras quentes, com borboletas, flores, gorjeios,
nuvens brancas, moças cantando, janelas abertas, ruas alegres.

Alguma coisa em nós é maior e mais grave que as expansões da vida,
alguma coisa é maior que o candelabro azul do dia
com flores, pássaros, canções entrelaçados nos seus doze braços.

Nem é de nós, nem nos pertence.
Sentimos que é da terra e dos homens,
da desordem do tempo,
da espada das paixões sobre o peito do sonho.

Certa vez, um jovem foi visitar um sábio e falou-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito dos seus sentimentos por uma bela moça. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:
- Ame-a.
Disse o rapaz:
- Mas, ainda tenho dúvidas...
- Ame-a -, disse-lhe novamente o sábio.
E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, finalizou:
- Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. É um verbo, e o fruto dessa ação é o amor. O amor é como um exercício de jardinagem. Por isso, arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. E esteja sempre preparado, porque haverá pragas, secas e excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja: aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda.

Ou, simplesmente, ame.

De todas as lições sobre o tempo, a maior delas é não perdê-lo com coisas desnecessárias, sejam elas preocupações, medos e amores fracos.
Tempo é artigo de luxo. Nunca temos o suficiente e o pouco que temos perdemos com o que não deveríamos. Diferente do que pregava o grande Renato Russo não temos todo o tempo do mundo e os dias passam impiedosamente sobre nossos olhos.
Sinceramente, já perdi as contas de quantas vezes me peguei pensando na fragilidade humana diante do tempo. Vivemos os dias, mas não aproveitamos os momentos. Acreditamos em segundas chances, mas não apagamos as mágoas que ficaram da primeira. Queremos que tudo aconteça rápido, mas não tomamos atitudes para isso. A verdade é que ainda não entendemos o papel do tempo e sua forma de agir em prol do homem.
O tempo não representa uma unidade de medida certeira capaz de mudar o rumo das coisas através dos minutos, dos dias ou dos meses. Inclusive, sobre isso, Einstein chegou a afirmar que “o tempo é relativo e não pode ser medido exatamente do mesmo modo e por toda a parte”.
Tempo significa passagem, seja ela de vida, de momentos ou de sonhos. Proust afirmava que “os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem”.
Que o tempo é curto e a vida efêmera todos sabem. Aproveitar os momentos que nos são ofertados e usufruir de boas companhias que é o “xis” da questão.
Tempo não é algo que se compre, que se venda ou que se troque. É preciso inteligência emocional para entender seu valor e usufruí-lo sem culpa.

Eu não quero conversar,
Sobre as coisas que nós passamos
Embora isso me machuque,
Agora é passado
Eu joguei todas as minhas cartas,
E foi o que você fez também
Não há mais nada a dizer,
Nenhum ás a mais a jogar

O vencedor leva tudo,
O perdedor fica menor
Ao lado da vitória,
Está o seu destino

Eu estava em seus braços,
Achando que ali era o meu lugar
Eu achava que fazia sentido,
Construindo-me uma cerca
Construindo-me um lar, Achando que seria forte lá
Mas fui uma tola,
Jogando conforme às regras

Os deuses podem jogar um dado,
Suas mentes são tão frias quanto gelo
E alguém bem aqui embaixo,
Perde alguém querido
O vencedor leva tudo,
O perdedor tem que cair
É simples e está claro,
Por que eu deveria lamentar?
Mas diga-me se ela beija,
Como eu costumava te beijar?
Mas diga-me se é a mesma coisa,
Quando ela o chama?
Em algum lugar bem profundo,
Você deve saber que eu sinto a sua falta
Mas o que eu posso dizer?
As regras tem de serem obedecidas

Os juízes decidirão,
As coisas boas da minha vida,
Os espectadores do espetáculo,
Sempre ficam quietos
O jogo começa de novo,
Um amigo ou amante?
Uma pequena ou uma grande coisa?
O vencedor leva tudo

Eu não quero conversar,
Se isso te deixa triste
E eu entendo,
Você veio me dar um aperto de mão
Peço desculpas,
Se isso faz você se sentir mal
Ao me ver tão tensa
Sem auto-confiança
Mas você compreende
O vencedor leva tudo...
O vencedor leva tudo...

Alguém querido...
Leva tudo...
E o perdedor...
Tem que cair...
Lance um dado...
Frio como gelo...
Bem aqui embaixo...
Alguém querido...
Leva tudo...

ABBA

Nota: The Winner Takes It All. Filme Mamma Mia

Talvez hoje o que me reste sejam as lembranças, o som do mar, seus dedos deslizando sobre o piano, a tocar melodias que tocam a minha alma. Seus olhos, seu sorriso, o som da sua voz, que soa como a de um anjo, invadem o meu coração, trazendo-me um amor puro e sincero.
Ah, talvez hoje só me reste viver da sua lembrança e trazer tudo de mais sublime e perfeito que um dia presenciei. E hoje, embora dias, semanas, meses, anos tenham se passado, você...
É, você continua vivo dentro de mim.
Quando fecho os olhos, consigo tocar suas mãos e ouvir o som do mar e você tocando as mais lindas melodias de amor.
Melodias que você me ensinou a tocar e a viver o que é amar e ser amado.
Você, meu doce, que me faz sonhar e querer viver cada dia para realizar tudo o que um dia planejamos, embora já tão distante, eu te levo aqui, no mais íntimo do meu coração. Não foi desta vez, mas quem sabe um dia Deus nos permita recomeçar...

Um homem precisa de ouvidos fortes
Para ouvir o que se diz sobre ele,
Quando é julgado com liberdade.

O Amor e a Morte

Sobre essa estrada ilumineira e parda
dorme o Lajedo ao sol, como uma Cobra.
Tua nudez na minha se desdobra
— ó Corça branca, ó ruiva Leoparda.

O Anjo sopra a corneta e se retarda:
seu Cinzel corta a pedra e o Porco sobra.
Ao toque do Divino, o bronze dobra,
enquanto assolo os peitos da javarda.

Vê: um dia, a bigorna desses Paços
cortará, no martelo de seus aços,
e o sangue, hão de abrasá-lo os inimigos.

E a Morte, em trajos pretos e amarelos,
brandirá, contra nós, doidos Cutelos
e as Asas rubras dos Dragões antigos.

A dor concentra-se, não se manifesta, não fala; é uma coisa muda, solitária, esquiva; tudo quanto se conta de doloroso não era dor.

Defendei-vos do homem que fala mas nada diz. Ou é estúpido e perdeis o vosso tempo, ou muito sabido e perdeis o vosso dinheiro.

Os costumes daquele que não fala convencem-nos mais do que os seus raciocínios.

DESVIO (soneto)

Hoje nada quero, nem se a paixão quiser
Estou em silêncio, lá fora o alvo me errou
Acontece que meu coração de ti cansou
Nada quero, mesmo se ainda afeto tiver

E assim, nesta emoção, então, eu vou
Deixe a ilusão de lado, não sou qualquer
No meu sentimento não meta a colher
Vai em frente, siga, pois em outra estou

Se livra de mim, nada em mim vai acender
Não pense em mim, a estação já chegou
Desça, pegue o desvio, não vou render

Estou machucado, você na dor acertou
É o fim, entenda, não vamos mais sofrer
Agora só recordação, de quem te amou!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro, 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

- Mil Razões Para Amar -

Sim, realmente eu te amo,
Mas por favor não pergunte porque,
Pois acho que demoraria muito,
Para tudo eu poder lhe dizer,

Seu jeito, Seu olhar, Seu ser,
Sua vontade infinita de viver,
Sua forma passiva de ver,
Seu olhar que parece não perceber.

Seu coração, sua alma, sua dádiva,
Sua história envolvida em cada página,
Seu notar, Seu chorar, Seu sorriso,
Seu amor que é tudo que eu preciso.

Então não pergunte algo tão bobo
Que é tão fácil de se dizer
Porque para essa pergunta há somente
Mil maneiras de te responder.

Tenho mais de mil razões para amar
E todas elas ainda são você.

Oh morena linda
de sorriso radiante
Encantador e marcante.

Sedutora e deslumbrante
Que ilumina minha inspiração
E desafia minha doce imaginação

ONDE (Walmir Palma)

Inda que a gente não queira
Há o abismo
A vida gira em sua beira
Quando se quer ser profundo

Risco corre quem deseja
E quem não corre
Se reprime a vida inteira
Trancado em seu próprio mundo

Por isso é que existe o "OU"
Nos mares da vida vou mais longe

Há uma maré que é baixa
Mas é no fundo do oceano
Que se acha
Guardado o seu conteúdo

Sei que que a vida breve passa
Para viver cada segundo
Apenas basta sentido para o mergulho

Nos ares da vida voo
Quem fica não é e eu sou meu ONDE

Tornar Amor em Verbo-
Para minha querida e amada mãe

Eu poderia falar
cada som de meu coração
Poderia cantar cantar
cada palavra de meu peito
Poderia abrir meu coração
com todas as chaves de minha alegria
Mas jamais conseguiria
Tornar amor em verbo
Imagina se pudesse
Assim me aliviaria da carga
de meu sentimento
Que sufoca meu corpo
e acorrenta meus pensamentos
Este amor que me domina
e me liberta de ser livre
Como gostaria de tornar o amor em verbo
Soltá-lo em palavras
que dançariam com o vento
E bateria nas portas
de seu coração
Poderia assim compartilhar
meu fardo contigo
Tornaria sua mente
pesada de emoção
e carregada de sentimento
Assim não sofreria feliz sozinho
Mas nada seria suficiente
Nada tornaria tão eloquente
Jamais serei livre
do que me liberta
De ser escravo
de uma vida sem você

São conversas bobas que queremos,
pois uma conversa séria não ira trazer
a incrível bobagem que é a alegria.

ENCANTA-ME

Encanta-me,
pessoa com sensualidade no corpo,
que deixa exalar o cio na pele,
traz romantismo nos olhos,
flores perfumadas na alma,
doçura nos beijos,
carinho nas mãos e
felicidade em sorrisos.

Entre as rosas
Tu és, a mais linda
Cheiro de jasmim
Olhar de menina
Caminho sem fim
Entre as rosas
Tu és, a mais bela
Doce mulher
Sonho e magia
Um conto, um sonho, uma Cinderela
Entre as rosas
Tu és, a mais charmosa
Tenho o jardim mais belo
Pois tenho você minha flor
A mais linda do meu castelo.

Primavera (Walmir Rocha Palma)

Um rouxinol acorda os outros passarinhos
Como um maestro, ele conduz o seu coral
Pintor de todas as manhãs, o sol morninho
Seduz as flores com seu beijo matinal

Olho que vê tamanho encanto da janela
Não sei se meu ou se o de Deus está em mim
Estou setembro, vinte e um, é primavera!
Meu coração amanheceu feito jardim

Num alegreto inusitado, as borboletas
Vão espalhando grãos de pólen a granel
A terra fértil, mãe feliz, e tudo aceita
Há comunhão nesta estação, entre ela e o céu

Fascínio assim, de flores, já não há quem pinte
Só mesmo o traço inconfundível de Monet
Ou o delírio extasiado de Stravinsky
Para com sons a primavera conceber

Mas que mulher exuberante, a primavera
Ela é a prima mais querida do verão
E embora o outono morra de paixões por ela
É o inverno que ela traz no coração

Obs.: Este poema foi musicado por Rosa Passos.

Felicidades

O primeiro olhar da janela de manhã
O velho livro perdido e reencontrado
Rostos animados
A neve, a sucessão das estações
Jornais
O cachorro
A dialética
Tomar banho, nadar um pouco
A música antiga
Sapatos macios
Compreender
A música nova
Escrever, plantar
Viajar, cantar
Ser camarada

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