Poemas quando eu me Amei de Verdade
Eu só peço uma coisa: não me minta.
Não me diga que sou importante se suas atitudes mostram o contrário.
Não diga que me quer na sua vida enquanto age como se eu não significasse nada.
Não prometa o que não pode cumprir, não alimente expectativas que não pretende sustentar.
Eu entendo muita coisa, mas não entendo essa contradição entre palavras e ações. Então, faça o que quiser comigo, só por favor… seja sincero.
Eu sei que te amo
Apenas isso
Pela forma que você tocou meu coração
Pelo jeito que você invadiu a minha vida
Pela forma que você ocupou todos os espaços
Que mesmo sem imaginar que faltava algo em minha vida
Você apareceu
E não era algo que me faltava, e sim o que eu precisava
Caminhos e Sombras
Eu tentei, mas talvez não fui bom,
não como meu pai, não como sonhei.
Entre risos e passos perdidos na noite,
desbravei o mundo, mas o que deixei?
Duas filhas, dois olhares distintos,
dois corações que batem por mim,
mas às vezes me vejo em um espelho trincado,
e a dúvida sussurra: “fiz certo, enfim?”
Na época do meu pai, tudo era mais simples,
a rua, os amigos, o tempo sem pressa.
Os pais, mesmo duros, eram heróis,
e a vida fluía sem tanta promessa.
Mas hoje, no ruído do mundo veloz,
onde tudo se perde na tela fria,
será que falhei, será que me viram,
ou fui só um nome na ventania?
Eu fui menino, cedo homem e pai,
aos doze na luta, aos dezessete com medo,
sem tempo de ser jovem, de errar sem peso,
tive que ser forte, e nisso me perco.
E agora, na sombra do que construí,
sinto que falta um pedaço de mim.
Algo ficou entre as noites e os anos,
algo que grita no peito, sem fim.
Mas que um dia, no tempo que resta,
me vejam além do que pude ser.
Que o amor, mesmo em falhas e brechas,
me redima, me faça renascer.
E se não fui um pai como queria,
talvez no futuro, em um riso novo,
nas mãos pequenas de um neto qualquer,
eu possa, enfim, ser um bom avô.
Eu não sei para onde ir
Me sinto vazio
Sufoco enquanto respiro
Entre tudo no mundo
Não sei o que fazer
Para encontrar você
Você da minha mente
Que nunca pude ver o olhar ardente
Nem tocar sua pele resplandecente
Pois estou aqui
Ainda esperando
Amargando
"Ningúem sabe cómo está a mente do palhaço"
Será que eu estou prestando atenção nas pessoas que eu realmente amo? Uma vida prefeita não é sinónimo de uma pessoa feliz.
E este texto não é sobre palhaços!
#Concientização #acolhimento #apoio
Me aponte uma dor que não sou eu quem a sente que eu a intitularei como frescura.
Me aponte uma dor experimentada por mim, que eu, mesmo sem entender consigo compreendê-la.
Compaixão
Eu estava pensando em você. Pensando em nós. No que fomos, no que poderíamos ter sido. Tantas vezes me peguei viajando nesse mesmo caminho, refazendo nossos passos, buscando respostas no silêncio da saudade. Mas, sempre que abro os olhos, percebo... era só um sonho. Um sonho que insiste em viver dentro de mim.
O tempo passou, a vida seguiu seu rumo, mas há amores que não se apagam. Você se tornou parte de mim de um jeito que nem a distância, nem os dias, nem a ausência puderam desfazer. Seu nome ainda ecoa nos meus pensamentos, sua lembrança ainda aquece meu coração.
Talvez nossa história tenha ficado inacabada, presa entre o que sentimos e o que o destino decidiu. Mas se existe uma verdade que o tempo me ensinou, é que o amor se vive, às vezes se perde, mas nunca se esquece. E eu sei... vou te amar para sempre.
Eu te amo... mas você não gosta de mim de volta.
Diversas vezes tentei parar de gostar de você, mas eu sempre voltava atrás, pois é muito difícil e meio que se eu parar de gostar de você, minha vida não vai ter sentido.
Não vou ter nada.
Não tenho muitos amigos, fico sozinha na escola. Meu amor por você é tudo que eu tenho, então eu me apego cada vez mais nele na esperança que seja correspondido. Me iludo com nossas poucas interações e me alimento das nossas migalhas.
Eu te amo, mas tenho medo que se eu lhe falar isso você se assuste e pare de falar comigo.
Também, ultimamente tenho pensado que, a qualquer momento você pode ir embora, se isso acontecer e eu não contar como me sinto me arrependerei pelo resto de minha vida.
Por isso, utilizo a internet na esperança que um dia você leia isto e entenda que é de mim para você.
Eu te amo.
Em noites longas, a saudade aflora,
Teus olhos, estrelas que eu não vejo mais.
As dúvidas sussurram, a mente implora,
Se sou digno do amor que em ti se faz.
Te amo tanto, mas o medo me invade,
Às vezes, penso se posso te ter.
Teu sorriso é luz, minha felicidade,
Mas a insegurança insiste em crescer.
Porém, apesar do temor que me cerca,
Amo-te profundamente, sem hesitar.
Teu abraço é abrigo que tudo encerra.
Em cada instante longe, eu vou esperar,
Que o tempo nos una e a paz se desperta,
Pois ao teu lado é onde quero estar.
Título: Meus Braços.
Em meus braços
Eu te sentia,
Em minha retina
Eu te via.
Com meus lábios
Espremia
O sabor, a alegria.
Com meu coração
Eu te acudia,
Incendiava, falava, vivia.
Enfim, eu te desejava,
Como o vento deseja a brisa,
Como o fogo abraça a brasa,
Como a noite espera o dia.
E assim, nos meus braços,
Tu eras só minha.
O Palhaço.
Era dia de festa, o sol a brilhar,
Eu e meu pai prontos para animar,
De palhaço me vesti, todo empolgado,
Macacão branco, bolhas roxas, engraçado.
O calor subia, o suor escorria,
Eu passava, a criançada aplaudia.
Mas aos poucos, algo estranho eu senti,
Minha vista ficou preta, e eu só caí.
No meio da festa, lá no chão parei,
O palhaço que ia, agora apagado fiquei.
Gente correndo, tentando me ajudar,
O palhaço que ia festejar, teve que descansar.
Repetição.
Se do passado, no futuro, eu começar a falar,
E se no futuro eu falar do passado,
Não me julgue, nem me faça calar,
Estou apenas revendo meu caminho traçado.
Pode ser que me ouça dizer,
"Na minha época, não era assim."
Mas a verdade, se você bem ver,
É que sempre foi, do começo ao fim.
Os hábitos mudaram, a tecnologia cresceu,
Mas no fundo, o que mudou foi a fantasia,
De uma história que sempre se repetiu,
E que de tempos em tempos, renasceu.
Há poucos anos, ouvi dizer:
"No meu tempo, todo mundo lia."
Hoje ouço alguém dizer,
"No meu tempo, só se assistia."
A vida é assim, de mudança em mudança,
E o ciclo se renova a cada geração.
Mas, no final, a mesma fala alcança
Quem conta sua história com dedicação.
E, quem sabe, um dia você será,
O senhorzinho que não para de falar.
Então, pense bem antes de criticar,
Pois o tempo transforma o que nos faz lembrar.
Título: Tipos e seus tipos.
Tipo eu seja veneno,
Tipo eu também cure sendo.
Tipo eu seja água,
Ainda de que tipo não entendo.
Tipo a curiosidade em forma de peça,
Tipo um oceano em verão de pesca,
Tipo o semáforo cheio lá fora,
Talvez um carro à minha espera.
Tipo palavras sem nexo,
Tipo agora que escrevo nesse verso,
Tipo eu, engraçado,
Por fim, a mentira que impera em mim.
Um abraço do tipo talvez,
que se vai entre meus braços.
Homem tolo.
Eu, que estive a divagar,
Pelos rumos da vida a trilhar,
Procurei uma costa para parar,
De todas as mulheres e portos, nenhum consegui ficar.
Ó vida, de ti até hoje só amei o conhecimento,
Em noites de sábado, me atormento.
Homem tolo e imaturo que sou,
Mas que em ti, uma ilusão criou.
De maduro e sábio, talvez foi isso que encontrou,
Uma ilusão em sua mente o colocou.
Pelas jornadas e tempestades, eu naveguei,
Em busca de portos seguros, eu sonhei.
Mas aqui estou, ainda a boiar,
Com mais perguntas do que respostas a encontrar.
Neste mar vasto da existência, a procurar,
Um lugar para finalmente ancorar.
O Começo.
Quase impossível de explicar,
Mas era como se eu já soubesse,
Dava nomes ao que antes devesse,
E o desconhecido, enfim, se esclarece.
O medo não veio, só curiosidade,
Cada detalhe, um novo enigma,
Na mente, ideias em agonia,
Cada resposta, outra incógnita.
O relógio a marcar seu compasso,
E eu, inquieto, a desvendar,
Engrenagem por engrenagem no traço,
A lógica oculta a se revelar.
O tempo, um mistério de precisão,
Um ciclo sem fim, sem hesitação.
Mas ao final, no que pensava entender,
Descobri que há sempre mais por ver.
"Eu quero estar com você todos os dias..
Todas as manhãs, todas as tardes e todas as noites..
Todas as horas, todos os minutos, todos os segundos."
Padrinhos
Ainda na minha cidade natal,
As visitas aos dindos eram ritual.
De cavalo eu ia, mas ele, ligeiro,
Pegava embalo, virava no pampeiro,
E eu, pobrezinho, só via o terreiro!
Na piscina, afogava e ria,
Meio nadava, meio bebia.
E certa noite, na sala a deitar,
Uma aranha gigante parou pra me olhar.
Corri pro berço, fiz-me bebê,
Na falta de cama, o que mais ia ser?
De manhã, a cena ilustre:
Eu espremido, perna pra fora,
Torto, embolado, num baita sufoco!
Os dindos riam: “Isso é maria mole ou menino?”
Chegou,
não pude desviar o olhar,
um brilho que revelou tudo,
algo que eu nunca soube esperar.
Esse brilho,
que fascina e transforma,
disse o que não se pode expressar,
iluminando tudo o que parecia escuro.
Uma dor cravada no peito,
Vinda de quem mais esperei.
Mas, como a flor que eu cultivei,
Foi nela que aprendi a força do amor.
Ela se foi, mas o que ficou
Foi a lição do amor que renova,
Renovando a vida a cada passo.
