Poemas q Estao de Luto por Pai q Morreu
Dona moça
Menina-moça, tentaram me fazer acreditar que o amor não existe e que sonhos estão fora de moda. Cavaram um buraco bem fundo e tentaram enterrar todos os meus desejos, um a um, como fizeram com os deles. Mas como menina-teimosa que sou, ainda insisto em desentortar os caminhos. Em construir castelos sem pensar nos ventos. Em buscar verdades enquanto elas tentam fugir de mim. A manter meu buquê de sorrisos no rosto, sem perder a vontade de antes. Porque aprendi com a Dona Chica, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado.
Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço. Disse um certo pai Ogum.
A depender de mim
Os psicanalistas estão fritos
Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos
Com aspirina, amor ou com cachaça
Os gritos todos virarão fumaça
A dor é coisa que dói e que passa
Curar feridas só o tempo há de.
A vileza e a ingratidão estão sempre dispostas
A vitimarem as pessoas mais bondosas
Por isso é que ser bondoso neste mundo
Não é para os fracos, é para os fortes!
Os guerreiros da luz mantém o brilho nos olhos.
Estão no mundo, fazem parte da vida de outras pessoas. Começaram sua jornada sem alforge e sem sandálias. Muitas vezes são covardes. Nem sempre agem certo.
Os guerreiros da luz sofrem por coisas inúteis, tem atitudes mesquinhas, e às vezes se julgam incapazes de crescer.
Frequentemente acreditam-se indignos de qualquer benção ou milagre.
Os guerreiros da luz nem sempre têm certeza do que estão fazendo aqui. Muitas vezes passam noites em claro, achando que suas vidas não têm sentido.
Por isso são guerreiros da luz. Porque erram. Porque se peguntam. Porque procuram uma razão – e com certeza vão encontrá-la.
Canto a Mim Mesmo
Estão todas as verdades
À espera em todas as coisas:
Não apressam o próprio nascimento
Nem a ele se opõem;
Não carecem do fórceps do obstetra,
E para mim a menos significante
É grande como todas.
Que pode haver de maior ou menor do que um toque?
Sermões e lógicas jamais convencem;
O peso da noite cala bem mais
Fundo em minha alma.
Só o que se prova a qualquer homem ou mulher,
É o que é;
Só o que ninguém pode negar,
É o que é.
Um minuto e uma gota de mim
Tranquilizam o meu cérebro:
Eu acredito que torrões de barro
Podem vir a ser lâmpadas e amantes;
Que um manual de manuais é a carne
De um homem ou de uma mulher;
E que num ápice ou numa flor
Está o sentimento de um pelo outro,
E hão de ramificar-se ao infinito,
A começar daí,
Até que essa lição venha a ser de todos,
E um e todos possam nos deleitar
E nós a eles.
De todas as coisas que existem, algumas estão ao nosso alcance, e outras não.
Estão ao nosso alcance: o pensamento, os impulsos, o querer e o não querer – em uma palavra,
tudo aquilo cujo resultado são nossas próprias ações.
Mas existem coisas que surgem sem que possamos interferir. Neste caso, é preciso saber olhar – com sabedoria – o que se passa.
O que perturba o espírito do homem não são os fatos, mas o julgamento que fazem a respeito dos mesmos.
Não peça que tudo na sua vida siga o caminho de sua vontade.
Reze para que as coisas aconteçam como elas precisam acontecer e verá que tudo é muito melhor do que você estava esperando.
Acho graça quando ouço dizer
que os peixes dentro d'água
estão com sede.
Você vaga inquieto,
de floresta em floresta,
enquanto a realidade
está dentro da sua morada.
A verdade está aqui!
Vá aonde quiser,
ao norte ou sul;
até que você tenha
encontrado DEUS em sua alma,
todo o mundo lhe parecerá
inexpressivo
Esperemos
Há outros dias que não têm chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos
com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato.
Amor e alma gentil estão ligados
como nos diz o sábio na canção.
Só pode um sem o outro ser pensado
se à alma racional falta razão.
A Depender de Mim
A depender de mim
Os psicanalistas estão fritos
Eu mesmo é que resolvo os meus conflitos
Com aspirina amor ou com cachaça
Os gritos todos virarão fumaça
A dor é coisa que dói e que passa
Curar feridas só o tempo há de
Toda regra para o bem da humanidade
É certo necessita de uma exceção
A depender de mim
Os publicitários viram bolhas
Eu sei como fazer minhas escolhas
E assumir os erros que lá vem
Se a alma finca pé os medos somem
Menino nunca deixe que te domem
Mau pai dizia o verdadeiro homem
Sabe o que quer ainda que não queira
Besteira é não seguir o coração
A depender de mim
Os padres e pastores serão tristes
Eu penso mesmo que deus não existe
E ainda assim quem sabe eu creia em deus
Se deus é o outro nome da verdade
Deste momento até a eternidade
Eu levo entre mentiras e trapaças
Besta felicidade frágil farsa
.do que preciso riso preces e paixão
Você também Vai amar.
Pois eu amei a cristo Jesus
Por Meus pecados foi que ele morreu na cruz
Lá no calvário muito ele sofreu
Por sua liberdade já salvou você e eu.
Agora eu quero a cristo contemplar
Do seu Amor Muito Eu vou lhe falar
Quem dá um filho pelo amor de um irmão
Já pode ter certeza merece o seu coração
Você aí que não tem a Jesus Cristo
Tenha certeza ele Já sabia disso
Por isso hoje você aqui está
Venha junto comigo a cristo vem Louvar.
Amor que Morre
O nosso amor morreu... Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta.
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria...
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre... e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia...
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer
E são precisos sonhos pra partir.
Eu bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
Doutro amor impossível que há de vir!
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Nota: Trecho do poema "Autopsicografia", de Fernando Pessoa.
Quem sabe um dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!
Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!
Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!
Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!
AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
A amizade consegue ser tão complexa.
Deixa uns desanimados, outros bem felizes.
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes.
Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
Os assim assumem-nos.
Sem pensar conquistamos
o mundo geral
e construímos o nosso pequeno lugar,
deixando brilhar cada estrelinha.
Estrelinhas.
Doces, sensíveis, frias, ternurentas.
Mas sempre presentes em qualquer parte.
Os donos da amizade.
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Coisa amar
Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doí
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Eu tento no real
Eu tento no imaginário
Eu tento no plural
Eu tento no singular
Eu tento falar
Eu tento ouvir
Eu tento te odiar
Eu tento te amar
Eu tento parar
Eu tento prosseguir
Mas tudo que eu mas tento
É poder te sentir
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