Poemas Pequenos de Beleza
Do caos a leveza
Um livro aberto com folhas em branco,
algumas frutas no pano de mesa estendido sobre as folhas,
ao lado um precipício,
no galho de uma árvore a frente um macaco gritando enlouquecido,
golpeada por sentimentos uma caneta começa a cantar...
Convicto
Chuva de pétalas de rosas ao som de um violino,
a chave de um cadeado é jogada fora,
uma rocha lapidada agora brilha mais que o sol,
boas sensações desaguam como uma cachoeira limpando a minha alma,
o canto de um pássaro revela para o meu coração o segredo mais sagrado.
Cada uma das pessoas deste mundo
É um verso, de uma estrofe
Das muitas que compõem ...
A eloquente poesia
A que chamamos de vida
O silêncio é como o exílio, a sombria
noite escura que não tarda chegar, é a
clausura que nos provoca o espanto, e a
reflexão, dialogando com a solidão da alma.
Eu amo
A quem me ama
E sobretudo
Amo a mim mesmo
Quando existe
Amor próprio
O amor do outro
É melhor entendido
E a gente não se deixar enganar
Por qualquer sorriso…
O melhor reconhecimento que há nesta vida é ver o olhar de esperança e o sorriso renovado depois de uma escuta e algumas palavras.
Soraya Rodrigues de Aragao
Se recebe grande recompensa quem salva vidas nesta Terra, quanto mais receberão aqueles que ganharem almas para Deus e os levarem para Eternidade.
Anderson Cássio de Oliveira
um dia depois do amanhã
talvez seja segunda-feira
estarei definitivamente só
tornar-me-ei criador de barcos
feitos de um fino e branco papel
que venderei como simetrias
plenas de um aço sonhado
com que rompi a terra infértil.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "criador de barcos")
multiplicam-se sombras
ténue pestilência
sigilo absoluto
infestam mudas
o chão
a parede
o tecto
e a alma
à luz da noite
brotam
impetuosas
precipitando a diáspora
do corpo humano.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "infestação")
de que vale o consolo humano da lágrima
trespassando a carne viva do coração
se são os meus horrendos e gigantes pés
ágeis pincéis que sangram no céu escarlate?
(Pedro Rodrigues de Menezes, "inutilidade da lágrima")
nunca o meu corpo abstracto
na sua infinita aritmética
encontrou a geometria da mão
que o elevasse ao quadrado
multiplicador da sua raiz.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "obtusidade no corpo")
procurando a poesia
terrestre e concreta
observam as mães
as mãos do poeta
cada vez mais fundas
cada vez menos visíveis.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "as mãos do poeta")
se eu fechar os olhos
pelo instante breve
talvez o instante perdure
porque a escuridão é
uma luz por instruir.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "a instrução da luz")
Você sabe o que a resiliência do nosso corpo nos ensina?
Ensina que,tudo que pode ser deformado pode voltar à forma original,e mesmo que fique uma cicatriz, essa marca indica que o processo foi demorado,nos lembrando de que o pior já passou!
É ledo engano pensar que uma
mentira dita repetidas vezes,possa
se tornar verdadeira, porque na
essência da mentira está o engano.
A falsidade é capaz de promulgar elogios emotivos.
Porém esses diante do tempo são vazios da realidade reveladora dos sentimentos sinceros.
Perguntaram a Deus...Por que fizestes o mundo em sete dias?
E Deus respondeu...
Fiz no tempo que tinha, e no momento que precisava.
As coisas são assim, quando o tempo parecer não lhe ser favorável, lembre-se que ele não é teu, é de Deus.
Apenas persevere.
Eu penso o mundo tentandoentendê-lo, e
cada vez quepenso tento compreender
alguma coisa, só que compreendo menos
aindasobre o fenômeno de sua existência,
descobertas e racionalidade humana.
O governo é como o trem
que passa, enquanto que o
estado permanece nos
trilhos da estação que fica.
