Poemas para uma pessoa que te feriu
Mágoa prende o espírito enquanto que o perdão liberta…Portanto, liberte-se, tire do porão essa mala empoeirada (coração) e liberte esses sentimentos plangentes e retrógrados, pois o peso de carregá-los é que deixa tua alma pesada como pedra...
Não tenho maldade nenhuma, meu coração não guarda rancores,
algumas mágoas somente, mas isso é normal não é? Tenho a mente tranquila!
Você me dói. Me dói como quem entra pela ferida já aberta e dança nela de sapato sujo. Me dói como febre que não quer ir embora, como saudade de um toque que nunca veio. Eu queria te amar com leveza, mas você me amarrou a um piano e me jogou no fundo do mar — e agora toda vez que tento respirar, sai uma melodia de dor.
”Um coração ferido também floresce.
Demora, mas um dia a dor vira força — e o amor próprio floresce onde antes era falta”.
As feridas foram tão frequentes que aprendi a sempre guardar tudo o que sinto, a não falar demais por saber que ninguém vai se importar, a ficar de longe por saber que ninguém vai me notar.
Vou me refazendo, dia após dia eu vou, pegando os cacos pelo chão e me costurando até que as feridas sarem...
Laços de amizades, laços de sangue, laços de amor...Não importa!!!
Se te feriu? Perdoe! Mas desfaça o laço, se afaste pra que nunca mais esse vínculo o machuque novamente.
Não queria suas máscaras e ornamentos, Eu queria sua alma desnuda, até seus ferimentos. Eu poderia suportar sua dor e regulamentos, Mas você fez brotar em mim tantos pressentimentos.
Feriado lá fora, a vida acontecendo… e eu aqui, quieto, sem nada para fazer, só tentando entender os caminhos que a vida ainda pode me levar.
Eu não me permito ser ferido numa guerra apenas para destroçar o inimigo, pois que o adversário não merece tal sacrifício. Sou, porém, capaz de mergulhar num combate mortal – em que apenas um dos lados sairá com vida – ao concluir que esse é o único preço a pagar pela minha dignidade.
O ser humano engana e trai como se tudo fosse normal. O sino toca, ninguém ouve. Nenhuma prece responde à dor amarga escondida no final.
Cuidado ao seguir as correntezas do rio para não se afogar; as mágoas do passado já estão curadas, e as cicatrizes não contam mais a história do que você viveu.
Abracei o confronto, beijei a guerra, atropelando quem feriu minha arrogância. Assombro com palavras para fugir de mim mesmo — até que eu desperte do meu pesadelo.
O passado passou pela curva do rio para lavar as mágoas e redimir-se das impunidades banais. A roupa não muda o caráter de quem está em decomposição; afinal, quem aborreceu o passado não será esquecido na curva do rio.
