Poemas para Levar ao Amor
Poema do Ékstasis
Reflexo de notas frescas na aurora.
Levemente adocicadas, elas dançam.
Uma magnitude de acordes se anuncia.
Envoltos em essência, me transpassam.
Transformam o silêncio em percussão.
Melodias que minha alma vestem.
Notas que inebriam, desnudando verdades.
Revelam-me inteiro, sem disfarces.
Uma viagem íntima acrescenta-se ao viver.
Levando ao ápice, ao estado de Ékstasis.
Onde cada compasso é um respiro.
E a música, a última verdade, me envolve.
O vendaval formou nas areias
Um pequeno ciclone,
O vendaval levou até longe
Uma pequena semente,
A flor da duna adormecida
Que na livre altura oculta,
Uma ternura resoluta
Que embala toda uma vida.
O vendaval cantou no meu ouvido
Uma coisa que eu não havia percebido:
Que até nos teus passos eu dou sentido.
O vendaval plantou na duna,
Ele fez a boa semeadura,
Eu hei de abrir-me florida,
Nas tuas mãos carinhosas,
Por todo o amor que haverá nesta vida,
O vendaval trouxe-me da altura,
Para viver das venturas mais amorosas,
E depois fingir-me nos teus braços adormecida.
Perdoa-me por aquilo que não tem perdão,
Eu fui embora, e levei comigo o seu coração.
Perdoa-me pelas noites que não te iluminei,
E sobretudo não te aconcheguei...
Perdoa-me por tudo que abandonei,
Sim, eu fui embora, eu te deixei...
Perdoa-me ao girar da tranca,
Dei as costas para a tua esperança.
Perdoa-me porque a pena eu paguei,
Por tudo que construí, e larguei...
Perdoa-me por ter te deixado
Solitário,
Não quis ter te abandonado
No poemário,
E muito menos te humilhado
Por ter desconfiado de ti;
Perdoa-me por te amar mais
Do que a mim mesma.
Perdoa-me porque não fiz a tempo,
De ter entregue o meu sentimento.
Orgulho-me ter o meu ego pisoteado,
Para transformá-lo em estrela no éter
Deste amor infinito - e implacável;
Entrego ao mundo o que eu já devia
Ter tornado teu, e te revelado...
Perdoa-me pelo desespero,
Porque você não sai da minh'alma,
E não sai da minha retina;
Continuo por ti seduzida.
Perdoa-me eu sei que errei,
Como o fogo consome a brasa,
O amor quando é amor nunca acaba.
O coração bate descompassado,
É a fera que há em mim querendo
O teu laço que se chama [abraço];
Permanece o intenso sabor pelo fato
De nós termos nos [beijado]...
Perdoa-me porque é indescritível,
O amor que sinto é infalível,
O tempo não o apagou amor incrível.
Se o amor é o limite do amor,
Amar jamais terá limite,
O tempo me mostrou
Que enquanto houver céu,
Entre nós não haverá limite.
Onde o meu coração
te plantou?
Entremeado entre
as minhas preces.
Levando a minha fé
- contigo
Tu sempre me mereces.
Tudo de ti em mim
Brota e floresces,
Nada de ti em mim
...Envelheces.
Onde o meu coração
irá me levar?
Ventando sempre
para o teu lado.
Escolhi você
para ser o meu amado,
De estrelas irisado.
Tudo de ti em mim
É celebração,
A distância sempre
É expiação!...
Não me poupe de ti,
Do teu olhar,
Do seu siso,
Do teu afagar,
Do seu sorriso...
Longe de você tenho perdido
- tudo -
E até muito mais: o meu juízo.
Tenho uma canção, uma rota
E a carta náutica
Até para decifrar:
a rota que me leve
para viver e te reencontrar.
Talvez eu não consiga chegar,
- não me importa!
Eu não vou sossegar jamais!...
Porque talvez eu não transmita
- segurança
Através do meu jeito de calar
E de seguir em frente,
Neste mundo descontente.
Eu tenho um jeito de me expressar
- diferente
Talvez não me perceba assim,
Eu falo diferente sim;
De um jeito que jamais esquecerás de mim.
A poesia tem
a leveza das espumas
Ela voa pelo ar
tal como as plumas,
A poesia vira tudo,
e até te [revira
Te fazendo novo
para amar incrivelmente.
O canto que vem
de dentro,
É fruto que ninguém segura,
É a natureza que
ninguém [furta];
Ela é expressão do
meu sentimento.
Ai, poesia!...
Tão perfumada,
Escrita tão plena,
e tão apaixonada;
Voltei a ser menina
em versos [simples,
Não menos belos e
não menos importantes.
O barulho do mar
é como o riso,
Ninguém consegue
prever,
E jamais conseguirá
[conter];
Ele é como o curso
do destino.
Ria bem alto,
mesmo sem
contentamento.
Alegre-se
[sempre],
afastando todo
o sofrimento,
A liberdade pode vir
a qualquer momento.
Espalhadas as espumas,
leveza e anunciação.
A pétala se aproximando
levada pela emoção...
Reunidas e atentas,
algas e conchas.
Para tomares contas,
enfeitando as areias.
Nada se vai,
E sei que tudo vem,
- nada vai-
A queda nunca trai,
ela nos eleva e reúne.
Tudo se vê,
Se sente, e se crê;
- não lamente -
Sê forte, e resiliente,
E viva carinhosamente.
Temos um oceano e conchas,
- e um só destino
Colorido como os corais,
Para escrevermos silentes,
Navegando sobre as ondas...
A leveza dum suspiro
A saudade em flor
Assim vou vivendo
Escrevendo a saudade
Que tenho do teu amor
Nunca te deixei
Foi o vento que me levou
Porque tenho as asas leves
Como as asas do beija-flor
U’a ternura entregue
A saudade permanece
Assim vou te amando
Crendo que os arcanos
Por nós estão conspirando
Nunca te abandonei
Foi o destino que nos afastou
Desconfio que o meu amor era só
E só ele não te bastou
U’a história que não perece
A saudade não fenece
Assim ela vai vivendo
Certa que ela não fenece
Um sacrifício de amor, ela te pede.
Palavras não são como folhas ao vento,
Dizem até que o vento as leva,
Mui diferentemente das folhas,
Elas - as palavras - sempre chegam ao
destino, - não duvide disso.
Lá do alto do Monastério,
Com os braços em direção ao céu
De tom opala e repleto de mistério,
Em busca de retirar todo o véu,
Ele que abriga o mel que te aflige,
Assim bem doce tu redige.
Palavras não voam com o vento,
Elas só trafegam,
Mui diferentemente do que pensam,
Elas ocupam o teu coração,
E tomam conta do teu pensamento.
Vejo no firmamento
do teu corpo,
Tatuadas as setes artes
liberais,
Inscritas deliciosamente,
Capazes de me endoidecer,
E de me invadirem ardentemente,
Rendendo-me severamente.
A tua retórica hipnotiza
a minha dialética,
A tua música a minha gramática
não traduz,
O teu beijo é expressão
- e o teu corpo seduz.
A tua aritmética domina
a minha geometria,
Somos uma constelação
- e uma só astrologia...
Sabor de tudo, sabor de mundo
Com a alma em desterro,
Vais seguindo sem medo,
Levando-me em segredo.
Amo demais os teus sorrisos,
Por ti faço letras dos suspiros,
Gozos, contentamento e risos,
Desenho sonetos novaiorquinos.
Quero de ti de tudo um pouco,
Tenho de ti ainda pouco,
Sou um coração em sufoco,
Esperando pelo meu moço.
Portanto, te aguardo com carinho,
Preparei um céu riscado de estrelas,
E um aconhegante ninho de sutilezas,
Para que voltes a cruzar em meu caminho.
Até as folhas caídas no chão,
E as folhas levadas ao vento
Já não têm o mesmo significado.
Afinal, você mora no meu
Coração e pensamento,
- eu te pertenço
Sou tua em todos os bons
Espasmos e ritmos...
Dizem que o coração não
Tem escolha para amar,
Eu digo ao mundo:
- Eu escolhi o teu amor
Para amar, cuidar e adorar.
Você trouxe para mim
O mistério celeste que
Só o amor decifra o que
Foi divinamente escrito.
Tenho orgulho dessa doce
Pertença que tem reavivado,
A minha porção feminina
É viver de um alimento,
Que ilumina e fascina.
Essa tua doçura masculina
Faz de mim ainda mais tua,
E completamente rendida
Vou vivendo respirando,
E escrevendo a nossa poesia.
Você pode roubar todos os meus versos,
Leve cada poema de minha autoria,
Leve cada escrito meu para você.
Mas saiba que ao roubar cada linha
Tens o compromisso de cuidar bem
De um coração apaixonado - poesia.
Bons versos não podem ser negados,
Eles nasceram para serem semeados,
Para fazerem os corações devotados,
E transformarem as tempestades em
Dias ainda mais belos - ensolarados...
Amar demais não é [pecado],
Se pegar os meus versos:
Pegue-os com [cuidado]!
Porque escrever uma trova de amor
Requer cautela, urgência e circunstância...
Trate cada letra emprestada
Como pedra preciosa a ser lapidada,
Amar requer atitude, compromisso e plenitude,
Não temas amar em amplitude,
Sê sedutor, verdadeiro e [completude].
No ínfimo olhar,
Poeminhas soltos,
Levados pelo ar,
Sonhos intensos,
No infinito do amar.
No ínfimo olhar,
Sonetinhos amorosos,
Simples de declamar,
Desejos intensos,
No infinito do delirar.
No ínfimo olhar,
Versinhos caprichosos,
Temperados ao paladar,
Corações luminosos,
No infinito do esperar.
No ínfimo olhar,
Gemidinhos engolidos,
Loucos para transbordar,
Corpos ansiosos,
No infinito de tanto desejar...
Hoje, a brisa
leve fez lembrar
A mente não
cessa de pensar
Fico extasiadamente
a embalar
Vou respirando de
tanto te amar
Quando senti
o sol a tocar
Captei você
na minha pele
Seduzida de tanto
de adorar
Sei que a nossa
hora irá chegar
Doce espero
por esse momento
Basta que você
doce me toque
O meu coração
doce se dobre
A minh'alma doce
se entregue
O teu jeito já é
um doce provocar
Provocantemente
o nosso insinuar
Confirma que o amor
é uma fruta
Juntos cultivaremos
o amor
E o colheremos
do nosso pomar.
Através do teu
olhar sensual
e único,
Permiti-me levar
pelo sideral
e íntimo espaço
capaz de fazer
a unidade de medida
de indução magnética
conosco acontecer,...
Num resultado
da explosiva
combinação
capaz de super
aquecer trópicos,
derreter geleiras
e dar origem
a galáxias inteiras;
Traçando a rota
de um refúgio
do abismo
que o mundo
se encontra
em plena noite
de Superlua,
Continuamos
como fugitivos
sem destino
dentro do teu
carro vermelho
desbravando
novas estradas
e descobrindo
despenhadeiros,...
E assim unidos
encontramos
o nosso paraíso
bem distante
deste inferno,
Somente o amor
é capaz
de mostrar o rumo certo.
Um carro
desfilando
leve na rua,
emoção e
pele de flor,
e a tua à
flor em pêlo,
De todas
a mais alta
conspiração
surgida até
para o teu
sono ocupar,
No teu céu
tornei-me
a tua Lua
_suspensa,
em teus
sentidos
_presença,
E total
_sentença
que tuas
mãos não
podem
capturar;
Betelgeuse,
Antares,
e Aldebaran
ao redor
da cintura:
o meu rubi
na boca tua.
Honey ram
Acordei tão cheira de vontade
de não levantar da cama.
Fui á cozinha preparar um chá para o desjejum.
Olhei para a mesa, nela não havia uma toalha estendida e toda posta, nem mesmo uma xícara.
Foi muito ruim e um grande desânimo pesou, rapidamente retornei a cama,mesmo não tendo teu calor, nela ainda há o cheiro de tua pele.
Constância é o compasso da alma que insiste,
É força serena que nunca desiste.
Ela levanta quando tudo fraqueja,
É chama acesa que o tempo não apaga ou despreza.
É ritmo firme, sem pressa ou demora,
É presença diária que nunca vai embora.
Constância é o elo entre o sonho e a ação,
É quem constrói castelos com o tijolo da repetição.
Não grita, não salta, apenas permanece,
E no silêncio, tudo ela tece.
É no gesto que se repete com fé e razão,
Que se ergue a ponte para a superação.
Eu quero você assim, leve , puro , sadio , risonho , sincero , singelo, meigo, de alma lavada .
Vindo de branco em minha direção , não por imaginar o "príncipe encantado " , mas um homem renovado e ingenuo.
Com uma pagina em branco pra se juntar a minha pagina em branco e escrevermos nossa historia.
Eu quero simplesmente VOCÊ ...
TOMO
Tão longe me leva a poesia
Alevanta a alma e o desejo
Só emoção, donde me vejo
Inspirando agrado e alegria
Vezes me perco na porfia
Da ilusão, outras me rejo
E sempre afeto eu almejo
Criando na prosa fantasia
Vós, poesia, cá no cerrado
Meu alento, minha fiança
Do coração o meu assento
Se haveis, amor postulado
Dar-lhe-á para a confiança
Pra assim, eu ser sentimento...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 17’17” – Araguari, MG
🔍 Está em busca de se entender melhor?
Todos os dias, compartilhamos ideias, perguntas e reflexões que ajudam a olhar para dentro — com mais clareza e menos julgamento.
Receba no WhatsApp