Poemas para Fita de fim de Curso

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Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço.

É assim: de vez em quando, uma coisa só começa mesmo a existir quando você também começa a prestar atenção na existência dela.

Como é que ela pode esperar que seus filhos sonhem em chegar às estrelas se não podem erguer a cabeça e olhar para elas?

Que sonhos?... Eu não sei se sonhei...Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteiro
Naus partem - naus não, barcos, mas as naus estão em mim,

O ANDAIME
O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!

Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão.

A 'sp'rança que pouco alcança!
Que desejo vale o ensejo?
E uma bola de criança
Sobre mais que minha 's'prança,
Rola mais que o meu desejo.

Ondas do rio, tão leves
Que não sois ondas sequer,
Horas, dias, anos, breves
Passam - verduras ou neves
Que o mesmo sol faz morrer.

Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.

Leve som das águas lentas,
Gulosas da margem ida,
Que lembranças sonolentas
De esperanças nevoentas!
Que sonhos o sonho e a vida!

Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.

Som morto das águas mansas
Que correm por ter que ser,
Leva não só lembranças -
Mortas, porque hão de morrer.

Sou já o morto futuro.
Só um sonho me liga a mim -
O sonho atrasado e obscuro
Do que eu devera ser - muro
Do meu deserto jardim.

Ondas passadas, levai-me
Para o alvido do mar!
Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar.


Fernando Pessoa

Não vive verdadeiramente
quem canta vitória sem ter conquistado coisa alguma,
nem quem desiste do jogo
só porque conhece suas enormes chances de perder.
As vitórias e as derrotas têm de ser vividas,
não apenas presumidas.

Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Entre tantas e tantas mulheres,
de paixão e de sonho,
justo a mais complicada,
sem tempo, bandida e desinteressada
é que eu quero ter comigo...

Daqui a pouco começam a vender lentes de contato
com editor de imagens pra todo mundo enxergar o mundo
mais bonito.

Depois de sonhar tantos anos, de fazer tantos planos, de um futuro pra nós...
Depois de tantos desenganos, nós nos abandonamos como tantos casais...
quero que você seja feliz... Hei de ser feliz também!
Depois de varar madrugada, esperando por nada, de arrastar-me no chão...
Em vão, tu viraste-me as costas
"Não me deu as respostas, que eu preciso escutar"
Quero que você seja melhor... Hei de ser melhor também!
Nós dois, já tivemos momentos, mas passou nosso tempo, não podemos negar... Foi bom!!!
Nós fizemos histórias pra ficar na memória e nos acompanhar...
Quero que você viva sem mim... Eu vou conseguir também!
Depois de aceitarmos os fatos... Vou trocar seus retratos pelos de um outro alguém,
Meu bem... Vamos ter liberdade para amar à vontade
Sem trair mais ninguém
Quero que você seja feliz... Hei de ser feliz também
Depois!

Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números ! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada.

[O Pequeno Principe cáp. IV]

filosofia da composição

sempre sonhei compor um poema narcísico
com tetas como tempestades e as
furibundas fêmeas com quem copulou
o bardo Gérard Éluard Du Kar´Nehru
na mui sensualmente San Sebastian
ciudad de los enganos
mas a musa dos meus verdes anos
perdeu-me em sua primavera de pentelhos
e, ainda melhor, furtou-me o espelho

Amor, saúde e dinheiro persistem
como a tríade dos sonhos,
mas o século 21 está colocando
na prateleira um kit suplementar:
independência, auto-estima e bom humor.
Adquira-o.
A felicidade não depende
só do cumprimento de metas vitais,
mas também de atitudes mundanas.

Inserida por lituaniasi

És a filha dileta da noss´alma
Da noss´alma de sonho e de tristeza
Andas de roxo sempre, sempre calma
Doce filha da gente portuguesa!

Em toda a terra do meu Portugal
Te sinto e vejo, toda suavidade
Como nas folhas tristes dum missal
Se sente Deus! E tu és Deus, saudade!…

Andas nos olhos negros, magoados
Das frescas raparigas, Namorados
Conhecem-te também, meu doce ralo!

Também te trago n´alma dentro em mim,
E trazendo-te sempre, sempre assim,
É bem a pátria qu´rida que eu embalo!

Inserida por Aline4258

"Para conquistarmos
algo na vida
não é necessário,
apenas, força ou
talento;
é preciso, acima de tudo,
ter vivido
um grande amor."

Inserida por meusversos13

Vencerei

Pediu um novo sonho e esqueceu-se de tantos que nem realizou.
Olhou para o dia de hoje e pensou no dia de ontem.
Acreditou que o passado foi melhor e nele se enterrou.
Não viu a noite chegar, não aspirou o perfume das flores.
Ficou como se fosse um retrato em cima de uma mesa.
Parado no tempo, vítima de si mesmo,
fruto da sua falta de vontade de lutar.
Acomodado no tempo e no esquecimento.

Quanta gente anda vivendo assim?
Os pés estão aqui, mas o pensamento está lá no passado.
Naquele tempo que não volta mais e que a pessoa jura que foi melhor.
Como saber o que é o melhor se só conhecemos uma parte do tudo?
Como saber qual é o melhor mel se só provamos um tipo?
A vida pede engajamento e no meio das lutas e até do sofrimento,
a força que tanto precisamos está dentro de cada um de nós mesmos.

Não espere o céu derramar nada.
Nem o mar se abrir para você passar.
Faça você mesmo o seu milagre, seja o próprio milagre.

Aquele que se abre para o dia e diz:
- Hoje eu vou conquistar!
- Hoje eu vou arrebentar!
- Hoje eu serei abençoado pelo esforço que carrego comigo.
- Não me faltarão amigos, saúde, paciência, amor e esperança.
E se faltar qualquer um dos itens acima, ainda assim,
Deus é comigo e eu vencerei!

Inserida por Epena

...Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais

Inserida por larii18

Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranquila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.
(Crônica Mistério)

Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.
(Crônica Ainda sem resposta)

Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável.
(Crônica Um degrau acima: o silêncio)

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
Inserida por gabi196

Eu tenho um sonho
que um dia esta humanidade
será tão fraterna, cordial, crítica,
e ativa de forma política e social
como é no Facebook. :)

Inserida por AugustoBranco

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade,
pude compreender
que em qualquer circunstância,
eu estava no lugar certo,
na hora certa.
Então pude relaxar.

Quando me amei de verdade,
pude perceber que o
sofrimento emocional é um sinal
de que estou indo contra a minha verdade.

Quando me amei de verdade,
parei de desejar que a minha vida
fosse diferente e comecei a ver
que tudo o que acontece contribui
para o meu crescimento.

Quando me amei de verdade,
comecei a perceber como
é ofensivo tentar forçar alguma coisa
ou alguém que ainda não está preparado
- inclusive eu mesma.

Quando me amei de verdade,
comecei a me livrar de tudo
que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas,
crenças e - qualquer coisa que
me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoismo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.

Quando me amei de verdade,
deixei de temer meu tempo livre
e desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo
e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!

Quando me amei de verdade,
desisti de querer ter sempre razão,
e com isso errei muito menos vezes.

Quando me amei de verdade,
desisti de ficar revivendo o passado
e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
que é onde a vida acontece.

Quando me amei de verdade,
percebi que a minha mente
pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco
a serviço do meu coração,
ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Kim e Alison McMillen
Mcmillen, K. e A. Quando Me Amei de Verdade. Editora: Sextante. 2003

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