Poemas para Desejar um Feliz Aniversario
Milagres
Ora, quem acha que um milagre é alguma coisa de especial? 
Por mim, de nada sei que não sejam milagres: 
ou ande eu pelas ruas de Manhattan, 
ou erga a vista sobre os telhados 
na direcção do céu, 
ou pise com os pés descalços 
bem na franja das águas pela praia, 
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo, 
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem 
/amo, 
ou à mesa tome assento para jantar com os outros, 
ou olhe os desconhecidos na carruagem 
de frente para mim, 
ou siga as abelhas atarefadas 
junto à colmeia antes do meio-dia de verão 
ou animais pastando na campina 
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar, 
ou a maravilha de um pôr-de-sol 
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes, 
ou o estranho contorno delicado e leve 
da lua nova na primavera, 
essas e outras coisas, uma e todas 
— para mim são milagres, 
umas ligadas às outras 
ainda que cada uma bem distinta 
e no seu próprio lugar. 
Cada momento de luz ou de treva 
é para mim um milagre, 
milagre cada polegada cúbica de espaço, 
cada metro quadrado da superfície da terra 
por milagre se estende, cada pé 
do interior está apinhado de milagres. 
O mar é para mim um milagre sem fim: 
os peixes nadando, as pedras, 
o movimento das ondas, 
os navios que vão com homens dentro 
— existirão milagres mais estranhos?
Eu sou um escritor difícil 
Que a muita gente enquizila, 
Porém essa culpa é fácil 
De se acabar duma vez: 
É só tirar a cortina 
Que entra luz nesta escurez.
LEMA DO PSICODRAMA
Um Encontro de dois:
olhos nos olhos,
face a face.
E quando estiveres perto,
arrancar-te-ei os olhos e
colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos
para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
e tu ver-me-ás com os meus.
Partirei de Madrugada 
Um dia partirei de madrugada
Enquanto o sol dormir.
Libertar-me-ei do pó, do nada
Que o tempo se encarregou de me cobrir.
Partirei só com a minha alma
Tal como nasci.
Leve como as borboletas,
Sem anéis, as mãos vazias
Para me encontrar com as violetas!
Chanson
Disse a meu peito, a meu pobre peito: 
- Não te contentas com um só amante? 
Pois tu não vês que este mudar constante 
Gasta em desejos o prazer do amor? 
Ele respondeu: - Não! não me contento; 
Não me contento com um só amante. 
Pois tu não vês que este mudar constante 
Empresta aos gozos um melhor sabor? 
Disse a meu peito, a meu pobre peito: 
- Não te contentas desta dor errante? 
Pois tu não vês que este mudar constante 
A cada passo só nos traz a dor? 
Ele respondeu: - Não! não me contento, 
Não me contento desta dor errante... 
Pois tu não vês que este mudar constante 
Empresta às mágoas um melhor sabor?
8
Há uma palavra
Que empunha uma espada
Pode trespassar um homem armado -
Lança as suas sílabas de farpa
E fica-se, calada.
Mas onde tombar
Os salvos dirão
Em dia da nação,
Deixou de respirar
Um irmão, um soldado.
Por onde corra o sol arfante -
Ou o dia vagueie -
Aí, o seu ataque sossegado -
E a sua vitória!
Notai o atirador mais hábil!
O tiro mais certeiro!
O mais sublime alvo do Tempo,
A alma "sem memória"!
Idade
Conheci dias duradouros, 
o sol tão longo entre manhã e tarde. 
Um levantar súbito de luz 
por trás da crista das heras no muro velho, 
e depois descer no verão entre grades verdes 
e para além do portão como a cair no Hades, 
no inverno. Não havia tempo 
nos dias longos, mas a passagem diária 
do sol abençoado.
As Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Sei que pareço um ladrão...
Mas há muitos que eu conheço
Que não parecendo o que são,
São aquilo que eu pareço.
Soneto da Desesperança
De não poder viver sua esperança 
Transformou-a em estátua e deu-lhe um nicho 
Secreto, onde ao sabor do seu capricho 
Fugisse a vê-la como uma criança. 
Tão cauteloso fez-se em seus cuidados 
De não mostrá-la ao mundo, que a queria 
Que por zelo demais, ficaram um dia 
Irremediavelmente separados. 
Mas eram tais os seus ciúmes dela 
Tão grande a dor de não poder vivê-la, 
Que em desespero, resolveu-se: - Mato-a! 
E foi assim que triste como um bicho 
Uma noite subiu até o nicho 
E abriu o coração diante da estátua.
Drão
Drão,
O amor da gente como um grão
Uma semente de ilusão 
Tem que morrer pra germinar
Plantar n'algum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer 
Aquele amor morrer 
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura 
Drão,
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito 
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão,
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer 
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão.
Soneto oco
Neste papel levanta-se um soneto,
de lembranças antigas sustentado,
pássaro de museu, bicho empalhado,
madeira apodrecida de coreto.
De tempo e tempo e tempo alimentado,
sendo em fraco metal, agora é preto.
E talvez seja apenas um soneto
de si mesmo nascido e organizado.
Mas ninguém o verá? Ninguém. Nem eu,
pois não sei como foi arquitetado
e nem me lembro quando apareceu.
Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha pois este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres.
Fábula: A Raposa e a Cegonha
A Raposa convidou a Cegonha para jantar e lhe serviu sopa em um prato raso.
-Você não está gostando de minha sopa? - Perguntou, enquanto a cegonha bicava o líquido sem sucesso.
- Como posso gostar? - A Cegonha respondeu, vendo a Raposa lamber a sopa que lhe pareceu deliciosa.
Dias depois foi a vez da cegonha convidar a Raposa para comer na beira da Lagoa, serviu então a sopa num jarro largo embaixo e estreito em cima.
- Hummmm, deliciosa! - Exclamou a Cegonha, enfiando o comprido bico pelo gargalo - Você não acha?
A Raposa não achava nada nem podia achar, pois seu focinho não passava pelo gargalo estreito do jarro. Tentou mais uma ou duas vezes e se despediu de mau humor, achando que por algum motivo aquilo não era nada engraçado.
MORAL: às vezes recebemos na mesma moeda por tudo aquilo que fazemos.
Bola de futebol... é um utensílio semivivo,
de reações próprias como bicho,
e que, como bicho, é mister
(mais que bicho, como mulher)
usar com malícia e atenção
dando aos pés astúcias de mãos.
Amadurecer...
É deixar que falem tudo, sem que isso mude quem você é,
É ter coragem de enfrentar seus medos e sair da neutra zona de conforto, 
É sair do muro, agir, tomar decisões e saber lidar com  elas,
É aprender com os erros, sem se vitimizar, 
É saber perdoar e pedir perdão, 
É se afastar de pessoas negativas e situações que ameaçam a sua paz,
É ser feliz pelo que vc tem e não viver se lamentando pelo que te falta,
E ter a sabedoria de aceitar que nem tudo é perfeito.
Sou não sendo
Sou solitária...
Mas não tenho exatamente solidão.
Todos me conhecem...
Mas não conhecem meu coração.
Posso ser forte...
Mas só possuo fraqueza.
E a única coisa que me circunda...
É a irremediável tristeza.
Sou carente...
Mesmo tendo carinho.
Não sei por que, mas me sinto como...
Filhote de pássaro esquecido no ninho.
Sei o que é certo...
Mais persisto no errado.
A verdade e que já estou acostumada...
Com o mundo amargo.
Sou triste...
Mas sei fazer os que me cercam sorrir.
Só que eles não sabem transmitir alegria para mim.
Sou corajosa...
Apesar de ter medo que descubram...
Que a coragem é o meu grande segredo.
Sou muitas vezes a decepção, que sempre...
Surpreende.
Sou também professora...
Que só ensina, nunca aprende.
Sou para muitos a felicidade...
Enquanto vivo de sofrimento.
Já invadi a intimidade de muitos...
E não conseguiram invadir meus sentimentos.
Por ser o que não sou...
Sou não sendo.
Porque vivo...
"Uma vida que não deveria estar vivendo."
você já viu os
documentários
sobre animais carnívoros?
eles mostram a morte.
e agora me pergunto
que animal entre
nós dois
devorará
primeiro o outro
física e
por fim
espiritualmente?
Sim, eu tenho medo quando você fica chateada.
Sim, eu tenho medo quando você não está ao meu lado.
Sim, eu tenho medo quando você vai embora.
Mas, felizmente me sinto seguro e confortável quando esta comigo.
Muitas vezes nos encontramos cheios de perguntas,onde as respostas não são nada boas:
Você pergunta: Nasci pra ser feliz?
Resposta: Nasceu pra fazer os outros felizes.
Você pergunta: Nasci para ser amado?
Resposta: Nasceu apenas para amar, e não, ser amado.
Você pergunta: Nasci pra sorrir?
Resposta: Nasceu apenas pra fazer os outros sorrirem.
Qual a lógica da vida? Fazer tudo isso sem esperar nada em troca.
Um Solitário
Seja feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo que os outros exigem de você. Simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.
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