Poemas para Bodas de Prata dos Padrinhos
DEUS ME DEU VOCÊ
Pedi a Deus o sol...
Mas o tempo passou, e Ele não me deu.
Pedi a lua, tão bela, tão serena .
E o tempo passou, e Deus não me deu.
Então, pedi as estrelas.
Para admirá-las nas noites silenciosas...
Mas os anos se foram., e Deus também não me deu.
Foi então que, num dia comum,
Quando eu já não esperava mais nada,
Você cruzou o meu caminho.
“Quem é essa?” pensei.
Era o Amanhecer.
E uma voz suave sussurrou ao meu coração:
“Vai lá... e vê.”
Naquele instante.
Eu soube:
Era você.
Mais radiante que o sol,
Mais linda que a lua,
Mais admirável que todas as estrelas.
Deus me deu você.
Mais do que pedi,
Mais do que sonhei para mim.
Deus não me deu o sol.
Porque guardava a luz dos teus olhos.
Não me deu a lua.
Porque tua beleza já bastava.
Nem as estrelas.
Porque preparava o brilho da tua alma.
Agradeço a Deus todos os dias.
Por ter você ao meu lado.
Minha amada
Meu amanhecer.
Meu amor eterno.
Eternidade do Nada
(Letra original por Maycon Oliveira dos Santos)
Eu vi o tempo se curvar diante dos meus pensamentos,
Transformei o silêncio em direção.
Há mil verdades presas no vento,
E eu aprendi a ouvir a contradição.
Eu sei o que é cair em ruínas e erguer castelos com o olhar,
Sei quando o mundo cala, é hora de falar.
Porque eu faço da ausência, presença,
Da dor, uma promessa que ascende.
Eu crio eternidade do nada,
E transformo o vazio em chama ardente.
Eu faço da sombra, luz,
E do fim, um novo início — consciente.
Aprendi a amar o caos como um velho amigo,
Ele me ensina onde a ordem se esconde.
Há beleza no perigo,
Quando a alma não se rende ao que não responde.
Eu sei quando o medo tenta se disfarçar de paz,
Mas minha mente é o fogo que jamais se desfaz.
Porque eu faço da ausência, presença,
Da dor, uma promessa que ascende.
Eu crio eternidade do nada,
E transformo o vazio em chama ardente.
Eu faço da sombra, luz,
E do fim, um novo início — consciente.
Se o tempo apagar meus rastros,
Que apague tudo, menos minha intenção.
Pois quem ama com lucidez,
Transforma o destino em criação.
Eu faço da ausência, presença,
Da dor, o mapa da existência.
Crio eternidade do nada,
Sou o eco da própria consciência.
E no fim, quando tudo silencia,
É lá que minha alma começa.
— Por Maycon Oliveira Dos Santos
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
💫 “Ecos do Teu Nome no Infinito”
Quando pronuncio o teu nome em segredo,
O ar suspira, o tempo se inclina;
E cada estrela, em tímido enredo,
Desenha em lume tua face divina.
És como a aurora que beija os montes,
E veste o mundo de nova emoção;
Teu riso — fonte que verte horizontes —
Desata em música o meu coração.
Teu olhar é verbo que o céu recita,
É lume antigo que o amor acendeu;
E o meu destino, qual flor bendita,
Desabrochou só porque és meu.
Se em tua ausência o mundo se apaga,
É porque em ti reside o viver;
E toda saudade que o peito propaga
É o eco eterno do meu querer.
Ah, se puderas sentir o que sinto,
Saberias — enfim, sem temor —
Que o próprio céu, ao fitar-te, sucinto,
Abençoou-me chamando-te Amor.
— Maycon Oliveira Dos Santos
"Pra quem não sabe me decifrar
Chega ser uma grande confusão
Pois eu gosto de estar sozinha
Mas não na solidão..."
Oque tenho pra te dizer. Será dito com ações.
Palavras, já não fazem mais efeitos em nossas vidas.
Muito já foi dito, e muito já foi prometido.
No entanto, elas se vão com o chegar do outono.
Assim como às flores da primavera.
Que perde as folhas.
Restando apenas a esperança dê que se pode renovar ou morrer...
Entre a Culpa e o Perdão
Caí…
O peso que sinto é insuportável.
A sombra que plantei sem perceber
voltou — fria e silenciosa —
como quem cobra o preço do erro.
Matei meus sonhos,
feri quem me amava,
e me perdi de mim.
A culpa virou meu pesadelo,
um eco no escuro da alma,
e me abraçou… como a morte.
Gritei…
mas só o silêncio respondia.
Chorei até o choro secar…
e ainda assim, doía.
Achei que Deus não me ouviria mais,
que o céu havia fechado pra mim.
Mas foi no chão…
entre a culpa e a morte…
que eu escolhi recomeçar.
Quando todos disseram “não”,
O Pai disse “vem.”
Ele não me cobrou explicações,
não perguntou o que fiz, nem onde estive.
Apenas me olhou —
e o olhar d’Ele…
me trouxe de volta à vida.
O meu corpo é um castigo
Uma estância e um abrigo
O meu corpo é meu amigo
Ás vezes também inimigo
Sinto o peso do meu mundo
Nunca o céu desceu tão fundo
Morre um pouco todos dias
De nada vale as homilias
É um templo que se esconde de ti
Dentro de si próprio
É um templo que se agarra a ti
Quando a vida foge
Corpo
Lágrimas,
São o reflexo do teu rosto, fruto do mês de Agosto e de aquilo que há-de vir
Lágrimas,
São as lembranças do teu jeito, aperto e dor bem junto ao peito e o que sobra de mim
Lágrimas,
São a canção que se perdeu e tudo aquilo que era meu, perdeu-se a noite e o luar
Lágrimas,
Sigo o meu rumo mar adentro, contigo no pensamento, não penses que amar tem fim
Não esperes por mim
A dor não tem fim
Não esperes por mim
A vida é assim
Parto rumo ao sentimento
Acompanhada de mim própria
Deixo a tristeza á beira mar
Enquanto grito de revolta
Nesta embarcação que me leva
Até ao fim do horizonte
Em busca de conforto e um momento
Sentir que estou bem longe de ti
“Amor/Traição”
E depois..vem o Amor
E com o Amor..a Desgraça
Amor,
Traição
Perdão?
Nunca
A desgraça de perder a Liberdade
Deixar de ser Eu, nesta busca
(Perder-me em ti, em troca de nada
Ou em troca de algo que eu nunca fui)
Amor,
Traição
Perdão?
Nunca
E agora..vem a Solidão
E com a Solidão..a Esperança
Foram sementes que nenhuma flor brotou
Mesmo que regadas com as minhas lágrimas
Deixaste as marcas em quem um dia sonhou
Desencantado Amor que nunca em ti morou
Lamento de um Cavaleiro
Um dia eu te amei
Como nunca pensei
Hoje é uma lembrança
Do que poderia ter sido uma mudança
Aquela que foi dona do meu coração
Hoje me deixou na solidão
Pensando aqui nessa escuridão
A perda de uma grande paixão
Te deixarei partir
Da sua vida irei sumir
Como gelo a derreter
Meu sentimento irá desaparecer
Vc poderia ter sido tudo pra mim
Mas assim
A nossa história chega no fim.
A Queda
O sucesso abrupto, escalado ao passo de Hermes ou Mercúrio, devolve ao indivíduo uma falsa sensação de poder e controle.
Essa fugaz emancipação corrompe a lei da evolução estruturada, e por sua vez solidamente sustentada.
Nesta fase de ilusório esplendor, o indivíduo afasta-se do seu próprio reflexo em busca de uma visão globalmente estonteante.
Qual Icarus num rasgado voo em ascensão ao Sol, embalado nesta emoção claustrofobica que lhe asfixia a Razão.
A queda será a sua eterna recompensa.
Marcos Lisboa disse:
“O Brasil não é pobre à toa.
Isso aqui é trabalho de profissional!
A gente faz um esforço imensopara ser um país pobre.”
Da linha de frente, eu digo:
“A educação não falha por acaso.
É incompetência profissional organizada.
Faz-se um esforço enorme para manter o fracasso, da ponta ao topo.”
Aproveite os seus dias
cante e ria, amigo velho
Viva tendo só alegrias
— Isso é dito até no Evangelho -
Só aproveita a vida com divertimento!
Coma e beba, nada é demais.
Porque para onde tua vais,
- tu vais para o esquecimento!
as vezes , a alma precisa atravessar o próprio inverno para descobrir que carrega em seu âmago , um sol que jamais se apaga; você não é apenas o sobrevivente das tempestades , mas a própria prova de que a luz mais bonita nasce da resistência entre a fenda e o abismo .
Márcio José
De que serve a minha poesia
se a sua boca não me diz,
se o silêncio faz sangria
no que eu quiz fazer feliz
de que serve o verso escrito
com o peso da intenção
se o meu grito mais bonito
não alcança o seu perdão .
pois a rima se esvazia
e o papel vira desterro
de que serve minha poesia
se seu beijo é o meu erro.
De que serve a minha poesia
se a sua boca não me dá
o destino , atravessia,
o destino de eu estar
guardo versos na lapela
metáforas ao relento
mais a rima mais singela
morre aondabor do vento
pois , se o lábio não confirma
o que a alma já escreveu
toda estrofes se desmancha
entre o seu mundo e o meu .
Além do Visível
Na travessia da vida, encontrei olhares que valorizavam aparências... mãos que mediam valores na superfície breve das coisas.
Mas meu coração, abrigo sem grades nem vitrines, anseia por aqueles que sabem ver aquilo que a pele não revela... aquilo que não cabe em molduras.
Desejo os que tocam a essência, os que valorizam a vida... os que enxergam o invisível, como quem vislumbra horizontes no brilho de um olhar.
Que se aproximem de mim, não os que julgam vitrines, mas os que conseguem transformar pequenos instantes em grandes momentos.
Porque a essência não se mede em molduras, mas na coragem de despir-se das aparências, reconhecendo que viver é o maior tesouro... livre como verdades que não precisam de vitrines.
