Poemas Nao quero dizer Adeus
Aos que já aprenderam a namorar sem apossar: feliz Dia!
E, para não ter que ficar voltando aqui toda hora para postar fotinhos, deixo aqui minha foto com a minha Melhor Amiga, Amante, Namorada, Esposa e Mãe dos meus Filhos.
Feliz Dia dos Namorados para todos nós, no mesmo par!
Não há Independência mais urgente e necessária que a da Mente Encarcerada pela Polarização.
Porque não há grilhões mais invisíveis do que os disfarçados de convicções.
Uma mente aprisionada pela polarização acredita ser livre, mas apenas repete os ecos das trincheiras que a cercam.
E quando pensar se torna sinônimo de escolher um lado — quer seja A ou B — o que se perde não é apenas a neutralidade — é a própria capacidade de enxergar o todo.
A verdadeira independência não se mede pelo grito mais alto, mas pela coragem de pensar fora da caixa, de pensar além dos muros que descaradamente erguem para nós.
Só veem essa medonha polarização com bons olhos, os que já não veem com os olhos seus.
Isso porque a polarização rouba a visão verdadeira e substitui a percepção da realidade pelas lentes dela.
Quem se deixa aprisionar por ela já não enxerga com clareza — apenas repete os reflexos que lhe oferecem.
A polarização estreita horizontes, fabrica inimigos imaginários e ensurdece para qualquer voz que não ecoe na própria trincheira.
O olhar, antes capaz de contemplar a complexidade da vida, passa a se contentar com a caricatura de “nós contra eles”.
E o mais trágico é que, nesse processo medonho, não se perde apenas a neutralidade: perde-se também a capacidade de enxergar o lado humano do outro.
Perde-se a liberdade de pensar com a própria cabeça, porque ver com os olhos alheios, nunca será o mesmo que enxergar com os próprios olhos.
Secar um clube encharcado de história não é para qualquer um… tradição não evapora — transborda! Avante, Tricolor Paulista!
Em vão se desgastam os menores, tentando secar aquilo que não se apaga — a História dos Gigantes!
Mas como drenar a essência de um clube encharcado de glórias?
Como estancar a força de uma história que não evapora, mas transborda em cada geração?
O São Paulo não precisa provar sua grandeza — ela está gravada em títulos, eternizada em almas e páginas históricas, marcada em cada coração que pulsa em vermelho, branco e preto.
A Grandeza do Campeão de Tudo é Ilibada!
Não há interesses mais confusos e covardes quanto aos que confundem amor com carência, e acabam após saciados.
Porque o Amor Verdadeiro não se esgota quando a fome é saciada — ele nasce justamente quando o outro deixa de ser remédio para a solidão e se torna companhia na inteireza.
A carência só quer preencher um vazio; o amor, transbordar!
Quem ama pela falta, consome, desgasta e até usa o outro.
Quem ama por plenitude, compartilha o que tem de mais inteiro.
Por isso, é tão fácil ver relações que começam com tanta intensidade e terminam em silêncios tão ensurdecedores — eram tão somente gritos de necessidade disfarçados de afeto.
O amor não almeja saciedade, mas sim, permanência.
Que a nossa criança interior não pode morrer, é um fato — que ela não pode matar a criança dos outros — é outro.
Dentro de cada um de nós, habita — ou deveria habitar — uma criança: curiosa, brincalhona, sensível, carente de encantamentos…
É ela quem nos distrai da seriedade cobrada pela vida adulta, nos impedindo de empedernir por completo, e quem nos faz rir de bobagens, sonhar alto e acreditar em recomeços.
Mas há um perigo deveras sutil, quando transformamos essa criança em centro absoluto do mundo: ela deixa de ser símbolo de pureza e se torna instrumento do ego.
Há adultos que justificam suas imaturidades em nome da autenticidade — como se sinceridade fosse salvo-conduto para a falta de empatia.
E assim, ao defender sua própria “criança interior” a qualquer preço, acabam ferindo a dos outros com ironias, indiferença ou desprezo.
A verdadeira maturidade não está em silenciar nossa criança, mas em educá-la.
Ensiná-la que o mundo não gira apenas em torno dos seus desejos, que brincar não é o mesmo que zombar, e que crescer é aprender a reconhecer o outro como extensão da própria humanidade.
A criança interior merece e deve viver — mas sob a tutela do adulto que devemos aprender a ser.
A criança que — graças a Deus — ainda vive em mim, saúda a criança que vive em ti!
Feliz Dia das Crianças, do mundo inteiro e da que vive dentro de você!
Se não escolhermos as nossas guerras, elas quebram nossa bicicleta.
E, para piorar, ainda nos escolhem.
A vida é uma estrada cheia de subidas, descidas e buracos invisíveis.
Em meio a tudo isso, a gente tenta pedalar — equilibrando sonhos, afetos, responsabilidades e o próprio fôlego.
Mas há dias em que o vento sopra contra, e a tentação de lutar contra tudo e todos parece inevitável.
O problema é que nem toda briga vale o pneu furado.
Guerras demais cansam, desviam, enferrujam o que ainda move a gente.
Algumas causas apenas disfarçam o ego ferido; outras são armadilhas bem pintadas de razão.
E quando lutamos em todas as frentes, esquecemos que a bicicleta — metáfora da vida que ainda precisa seguir — não aguenta tanto tranco.
Escolher as guerras é, antes de tudo, reconhecer as nossas fragilidades e escolher seguir inteiro.
É saber parar, respirar e entender que a paz não é covardia, mas sabedoria.
Porque, no fim, quem insiste em guerrear por tudo e contra tudo, se arrisca a ficar a pé — com o guidão torto, os sonhos empenados e a alma exausta.
Nem toda batalha merece tanto o nosso pedal.
Não há cuidado mais Bonito e Charmoso que cuidar de quem não está doente.
Porque a declaração de amor mais cheia de charme e beleza é aquela que cuida, mesmo sem precisar.
Há cuidados que nascem da urgência — e há outros que florescem do afeto.
Cuidar de quem está bem é tocar o invisível: proteger a saúde com ternura, manter o riso aquecido antes que o frio chegue.
Quando o cuidado não vem do medo, mas da vontade de permanecer, ele se transforma em poesia.
É um gesto que se adianta à dor — um afeto que não espera a ferida abrir para se apresentar.
Porque o verdadeiro cuidado é assim: não grita, não exige, não visa retorno — apenas se oferece, como quem descobre beleza no simples ato de permanecer por perto.
Não há um livre sequer, pois ninguém é tão livre ao ponto de não querer estar preso àquele que o libertou.
A liberdade que o Evangelho anuncia não é um rompimento com tudo e com todos, mas uma reconciliação com a origem.
Não é o grito do “eu posso tudo”, mas o sussurro do “Nele tudo posso”.
Porque a Verdadeira Liberdade não nasce da ausência de vínculos, e sim da presença certa de um Amor que não escraviza, mas sustenta.
Quando Cristo nos liberta, não nos lança ao vento — Ele nos acolhe no abraço que dá sentido até ao ar que respiramos.
A alma, antes acorrentada, descobre que o mais doce dos cativeiros é permanecer junto d’Aquele que lhe devolveu o chão e o céu.
Ser livre, então, é querer permanecer preso — não por medo, mas por gratidão.
Preso ao olhar que compreende, à voz que acalma, à cruz que redime.
Preso, sim, mas por escolha amorosa; por saber que longe d’Ele, toda liberdade é ilusão, e todo voo termina em queda.
A liberdade sem Cristo é deserto;
a prisão com Ele é paraíso.
E no coração do liberto ecoa o paradoxo divino:
quanto mais o Cristo me prende com laços de amor,
mais livre me torno.
Eis o Maior Paradoxo da Liberdade!
Sê Livre, estejas Preso!
Não podemos seguir — Ferindo o Próximo, Ferindo o Mundo
Já estamos quase conseguindo transformar o Paraíso — chamado mundo — que nos foi entregue,
Numa verdadeira bola de neve...
Insensíveis, imprevisíveis e gananciosos,
já não queremos dividir o mundo —
queremos tomá-lo, dominá-lo.
Por capricho, descuido ou maldade,
estamos ferindo quem deveríamos cuidar:
o próximo.
Com tanta gente disposta a ferir,
precisamos cuidar um pouco mais de nós mesmos...
Mas é preciso sermos cuidadosos
até no ato de nos proteger —
para não nos blindarmos
a ponto de nos empedernir.
Os que não vivem de Verdades Fabricadas para arregimentar Inocentes, não precisam subir o Tom, nem se valer de Citações Bíblicas para impactar Fanáticos.
O Abraço da Serenidade
Porque a verdade, quando é vivida — e não fabricada —, fala baixo, mas ecoa na eternidade.
Vivemos tempos em que a força da voz e o volume do discurso parecem ter se tornado sinônimos de autoridade.
Mas a verdadeira autoridade — aquela que não exige gritaria nem dogma — nasce da integridade.
Quem não se assenta sobre “verdades fabricadas” — aquelas construídas para mobilizar plateias, conquistar devotos ou erguer trincheiras — não precisa de plateia, nem de holofotes, nem de frases decoradas prontas para ecoar.
Quando nosso discurso se sustenta sobre fatos claros, sobre o respeito mais que devido à dúvida e à complexidade, ele já traz consigo uma leveza silenciosa.
Não exige acréscimos para soar forte, porque sua força reside justamente em não manipular — em não buscar “inocentes” para transformar em massa, nem “fanáticos” para impressionar.
O impacto autêntico não é obtido elevando o tom ou acumulando citações célebres.
Ele se gera quando as ideias sussurram e reverberam, em vez de berrar.
E há algo de muito profundo nessa serenidade: o que se diz com calma e clareza não entra em guerra com a consciência; ele a convida a despertar.
Ele se abre para o outro, e não o fecha.
Normalmente, ele pergunta mais do que afirma.
Ele permite que a dúvida, em vez de ser inimiga, seja aliada — o terreno fértil em que nascem a liberdade e o pensamento próprio.
Em suma: a integridade do discurso não depende de espetáculo.
Depende de verdade — não da que se monta para impressionar, mas da que se vive para transformar.
A Serenidade sempre abraça os que não precisam gritar.
Feio não é se abrir na internet…
Feio é um mundo tão abarrotado de gente, mais disposta a falar do que a escutar.
Quando alguém se arrisca a desabafar online, muitas vezes não está buscando atenção — está buscando Sobrevivência.
Chegar a esse ponto pode ser, sim, a última tentativa de encontrar um ouvido disposto a escutar, um olhar que não julgue, um coração que ainda tenha espaço para acolher.
Vivemos em tempos muito difíceis, em que quase todos têm voz, mas poucos têm paciência.
Todos opinam, mas poucos compreendem.
Quase todos estão prontos para responder, quase ninguém está disposto a ouvir.
E ouvir, nos tempos de hoje, virou quase um ato de Misericórdia.
Um gesto tão simples, mas tão raro: Parar, Respirar e Permitir que o outro exista na sua dor, sem ser Ridicularizado ou Diminuído.
Porque, no fim das contas, o Desabafo Online não revela a fraqueza de quem fala — mas a ausência de empatia de quem não quer ou não sabe ouvir.
E isso, sim, é tão Feio quanto Medonho.
Não há passeios que se comparem aos que você faz nas lembranças daqueles que não precisam de você para nada.
E, ainda assim, são raríssimas — quase joias — as desculpas que alguém inventa só para lembrar de você, mesmo sem precisar de você pra nada.
Porque não há desculpa mais bonita e charmosa do que aquela encontrada apenas para tocar seu nome por dentro!
Às vezes, o coração não sabe pedir, então disfarça saudade em assunto bobo,
em mensagem curta, em pretexto pequeno.
É como quem bate à porta sem querer entrar,
mas deseja que você perceba a visita.
E nós sentimos!
Sempre sentimos!
Porque certas lembranças não pedem permissão para existir;
elas apenas acendem a luz e nos convidam a entrar,
mesmo sabendo que aquele lugar
não precisa — e talvez nunca precise — de nós.
Mas, quando alguém inventa uma desculpa para lembrar,
Ah!…
A memória vira jardim de novo!
Se não nos acautelarmos com o que consumimos, nos transformarão num Amontoado daquilo que nem sequer existiu.
Às vezes, o que nos ocupa por dentro não passa de um monte de coisas que nunca existiram de verdade.
Medos condimentados demais.
Opiniões mal passadas.
Vontades fabricadas em linha de produção emocional.
Informações que engolimos sem mastigar — e que, depois, fazem morada, como se tivessem sido escolhidas a dedo.
O perigo não está no que consumimos com a boca, mas no que consumimos com a mente.
É ali que mora a grande armadilha: transformar-se em um amontoado de ideias alheias, desejos plantados, certezas embaladas a vácuo.
E, quando percebemos… já não sabemos mais o que pensamos, apenas repetimos o que nos alimentou.
Por isso, é preciso cautela.
Porque o mundo oferece banquetes para todos os gostos, mas quase nenhum deles nutre.
Quase todos apenas enchem.
E o excesso, quando não serve para fortalecer, deforma.
No fim, somos aquilo que digerimos — não aquilo que só engolimos.
Não bastasse o desrespeito à opinião e à Liberdade de Expressão, comumente confundida — por descuido ou capricho, com Discurso de Ódio — os tais “juízes virtuais” ainda insistem em cometer outro pecado: o de esvaziar a língua pátria que fingem defender.
É muito curioso…
Julgam com voracidade, apontam erros com fúria, mas tropeçam no português com a elegância de quem pisa no próprio eco.
Têm certezas demais, dúvida de menos, e nenhuma disposição para pensar antes de responder.
E assim seguimos, assistindo aos espetáculos nos quais a intolerância se veste de virtude, a arrogância posa de sabedoria e a medonha preguiça de ler,
tenta se passar por autoridade moral.
O que se perde, no fim, não é apenas o diálogo, tão desvalorizado, especialmente no meio polarizado.
É a delicada arte de discordar sem ferir, sem desumanizar.
Infelizmente, é o português que sangra nas mãos de quem nunca o acariciou.
E é a liberdade — a verdadeira — que sofre nas trincheiras onde as convicções são afiadas, mas o pensamento próprio é rejeitado ou esquecido.
Em tempos dominados pelas certezas fabricadas, talvez a provocação mais urgente e necessária seja:
não basta defender o direito de falar;
é preciso aprender, também, a ouvir, a duvidar e a escrever — com respeito, com cuidado e com a humildade de quem sabe que nenhuma vírgula bem colocada salva uma mente mal-intencionada.
Com tantos incomodados com as flores que os mortos recebem, nota-se que a inveja não é pelo que se pode juntar — mas espalhar.
Talvez o que realmente doa em muitos que ainda respiram, de fato, não seja a homenagem tardia, mas a lembrança silenciosa de que algumas vidas, mesmo encerradas na terra, continuam semeando.
Há os que colecionam méritos, aplausos e conquistas como quem ergue as muralhas da vaidade; e há os que, sem sequer perceberem, deixam pétalas pelo caminho.
E é justamente aí que — quase sempre — nasce a inquietude: não na flor depositada sobre a ausência, mas na constatação de que há presenças que jamais se apagam.
Os vivos que não recebem flores — que lutem!
Ajuntem menos, espalhem mais!
Porque o verdadeiro legado não é aquilo que se acumula nos bolsos — é aquilo que, mesmo depois, insiste em perfumar o mundo.
Não há jeito mais medonho de perder Tempo do que passar Tempo longe do Dono do Tempo.
Há os que erroneamente acreditam que o Tempo só se perde nas distrações, nos atrasos, nos desvios da vida…
Mas, na verdade, não há forma mais sombria de desperdiçá-lo do que tentar vivê-lo longe Daquele que o sustenta.
Distante Daquele que até dele é Senhor.
Tempo sem sentido é aquele que tentamos carregar sozinhos — como quem tenta segurar água nas mãos.
Esse é o Tempo que inevitavelmente escorre, some e evapora.
Estar longe do Dono do Tempo é caminhar com pressa, mas sem destino; é preencher os dias, mas não a alma; é envelhecer por fora sem amadurecer por dentro.
Quando nos afastamos da Fonte, até os minutos pesam.
Mas quando nos reaproximamos, até o silêncio floresce.
O Tempo ganha outra textura quando lembramos que não somos seu dono, apenas passageiros.
E que sentido maior existe do que entregar essa travessia a quem conhece todos os portos?
No fim, o maior desperdício não é o Tempo perdido — é a vida não vivida na presença de quem a criou.
É ali, e apenas ali, que os dias se encaixam, que as horas respiram e que o Tempo, enfim, encontra propósito.
Tempo bom é aquele vivido nos braços de seu Dono!
Não me preocupo com os que acreditam em Papai Noel, mas com os que alugam as cabeças e ainda acreditam que pensam com elas.
No fundo, a inocência dos que acreditam em Papai Noel ainda lhes conserva alguma forma de beleza.
O que realmente inquieta é perceber quantos, já adultos, seguem alugando as próprias cabeças — entregando seus pensamentos a quem grita mais alto, a quem promete atalhos, a quem dispensa qualquer reflexão.
Assusta menos a fantasia do bom velhinho do que a fantasia medonha de autonomia que muitos carregam.
E carregam-na com tanta convicção que quase sempre ela é bordada nos berros.
Pensam que pensam, mas apenas repetem ecos, devolvem opiniões prontas, vestem certezas emprestadas.
E, assim, vão cedendo o território mais sagrado que existe: o da consciência.
Talvez o verdadeiro e mais urgente milagre não seja acreditar em Papai Noel, mas resgatar o direito — e o trabalho diário — de pensar com a própria cabeça.
De duvidar, questionar, investigar…
De não permitir que ideias venham com contrato de aluguel, mas que sejam construídas com autenticidade, esforço e liberdade.
Porque, no fim, a maior ilusão não é a de um presente — embalado na inocência — na noite de Natal, mas a de viver sem perceber que a mente foi entregue ao comodismo, à manipulação ou ao medo.
E nada é mais urgente e necessário do que retomá-la.
Sob custódia da pá de cal, não há brechas para a famigerada “passação de pano”.
Porque a terra que sela o que foi feito — ou deixado de fazer — não negocia versões, não dilui culpas, não aceita desculpas tardias.
A pá de cal não apenas encerra histórias: ela revela, em seu silêncio deveras pesado, que todo ato tem peso próprio, e que nem todo peso cabe sob o manto da conveniência.
Ali, onde o último punhado cobre o inegável, percebe-se que o mundo só tolera o acobertamento enquanto ainda acredita ser possível reescrever o enredo.
Mas diante do irrevogável, a verdade emerge como eco: não há como lustrar o que apodreceu, nem como dourar o que se fez cinza.
É a justiça granítica da terra — simples, definitiva, incorruptível — lembrando que alguns erros não cobram explicação: cobram responsabilidade.
E que, quando o fim é posto, só resta aprender a não enterrá-lo outra vez dentro de nós.
Chega!?
Chega, já te perdoei as setenta vezes sete, vá e não peques mais…
Até o perdão tem um limite secreto onde a dignidade aprende a falar mais alto.
Já te perdoei as setenta vezes sete, e em cada uma delas deixei que o coração respirasse a esperança de que tu soubesses finalmente o peso do que fazias.
Mas o perdão, por maior que seja, não é convite para a repetição da mesma queda.
É aviso, cura, é último chamado.
Por isso, vá…
não como quem foge, mas como quem enfim entende que não se pode ferir o mesmo lugar para sempre e esperar que ele permaneça vivo.
E não pequeis mais — não porque o erro seja proibido,
mas, porque há um momento em que machucar alguém que te ofereceu todas as chances deixa de ser falha humana e passa a ser escolha deliberada.
Vai, então.
Leve contigo toda a soma de perdão, mas não esperes que ele continue sendo casa.
Algumas trilhas só viram caminhos quando alguém — finalmente — aprende a caminhar sozinho.
Vá em Paz e não peques mais!
