Poemas Nao quero dizer Adeus

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Quem já atravessou o próprio abismo sabe: o equilíbrio não se alcança, se habita por instantes. É quando a alma pousa, o coração desacelera e a vida parece, por um segundo, caber nas mãos. Há quem confunda esse intervalo com vitória, mas quem vive intensamente entende: a calmaria é só o fôlego antes da próxima onda. É o espaço entre o desespero e o recomeço, o instante em que a alma recolhe o que sobrou para continuar.

(Douglas Duarte de Almeida)

Não é uma despedida, é só uma hipótese — dessas que a gente pensa baixinho quando o peito lembra que é finito.

Se um dia eu fo, aliás, quando eu for, quero ir sem inventar desculpas. Já pedi perdão demais por ser intenso, por sentir demais, por não caber nos silêncios que esperavam de mim. Cansei de negociar minha essência pra parecer leve.

Não quero ser lembrado por “ter sido bom”, quero ser lembrado por ter sido real. Por ter misturado ternura com acidez, fé com ceticismo, coragem com medo, e mesmo assim, ter seguido. Quero que alguém, em algum momento, perceba que viveu com um pouco mais de coragem depois de cruzar comigo. Isso já me basta. Não deixo herança: deixo faísca. Se ela acender em alguém, sigo vivo.

E se perguntarem o que aprendi, direi: aprendi a me atravessar sem mapa. A perder com dignidade. A me refazer sem plateia. E a amar sem manual — porque o amor, no fim, é o último idioma antes do silêncio.

(Douglas Duarte de Almeida)

Não vou mais lutar comigo mesmo. Essa guerra íntima sempre foi injusta: eu de um lado, tentando caber; o mundo do outro, oferecendo moldes apertados demais. Passei tempo suficiente tentando negociar minha existência, arredondar arestas, suavizar excessos, traduzir quem sou para ver se assim eu era aceito. Não funcionou. Nunca funcionou.

Nunca coube nas expectativas porque elas nascem pequenas demais para o que pulsa em mim. Nunca me ajustei para pertencer porque pertença, quando exige mutilação, vira cárcere elegante. Aprendi isso do jeito mais cansativo: insistindo. E só agora entendo que insistir contra si é uma forma sofisticada de abandono.

Sou o que sou. Não por rebeldia, nem como defesa. Sou o que sou como quem finalmente pousa as armas no chão e senta. Há uma paz estranha nisso. Não a paz da acomodação, mas a paz de quem para de se ferir tentando ser outra coisa. Sustentar-se dá trabalho, mas lutar contra si cobra um preço alto demais.

Escolho, então, essa trégua radical comigo. Não para me tornar imutável, mas para mudar sem me violentar. Não para agradar, mas para existir com decência. Sou o que sou — e isso, hoje, não é sentença. É abrigo.

Há um ruído antigo em mim — não sei se nasce do peito ou das paredes internas. Um som que pergunta, sem mover a boca, se minha presença é respiro ou incômodo. Não pergunto aos outros; pergunto ao silêncio. E ele sempre responde: depende.

Depende de quê?
Talvez da sombra que ainda carrego — essa que aprendeu a duvidar do que é oferecido com ternura, como se o afeto tivesse validade curta.

E não é por falta de amor; não faltou.
É que, em algum ponto sensível da minha história, aprendi que tudo pode virar silêncio sem aviso. Cresci assim: não desconfiado das pessoas, mas das marés. Meio alerta, meio cético, inteiro faminto do que é seguro.

Há em mim um eco que hesita diante do amor mais evidente — não por falta de provas, mas por excesso de memória. Uma parte minha vigia a porta mesmo quando não há perigo.

E o curioso é que eu sei que sou querido.
Mas há uma porção antiga — leal às dores que sobreviveram — que pergunta: “e se for só gentileza?”

Às vezes imagino que essa dúvida é um animal. Mora em mim. Cheira o amor antes de deixá-lo entrar. Rosna quando alguém chega perto demais — não por recusa, mas por medo de desmanchar.

E a cura?
Talvez seja deixar esse animal cansar.
Permitir que o amor chegue devagar, até o corpo entender que não é ameaça: é colo.
Ou aceitar que essa dúvida é profundidade — alguns de nós amam em camadas, e o afeto precisa atravessar labirintos para chegar ao centro.

E no meu centro existe um lugar que sempre soube que sou amado.
Mas às vezes ele cochila — e o mundo fica estrangeiro.

Basta um olhar verdadeiro para tudo despertar.

E eu lembro, mesmo que por instantes:
não estou sendo tolerado, há morada nos amores que me abraçam.

(“O lugar onde o amor cochila”)

Pra hoje,
siga em frente.
Não precisa ter pressa.
Pode ir devagar,
só não pode parar.

Deixe que a vida tome a lição
daqueles que não querem entender.
O ensinamento é pra todos, mas só quem se esforça consegue aprender.

Milagres acontecem mesmo quando não vemos.
Basta que creiamos.
Acordar, já é um milagre!
Que possamos agradecer todos os dias.

Que Deus permita que nesta noite,
aqueles que não vemos mas sabemos que estão
ali, juntinho de nós, todo o tempo,
nos protegendo, nos guiando, nos iluminando
e nos dando boas intuições,
nossos anjos da guarda
nos vigie na hora do sono
e nos proporcione lindo sonhos.
Amém!

A felicidade é correr riscos...
É se atrever, dar impulsos,
não temer, não fugir, se dedicar e
acreditar.
Colocando a fé em primeiro lugar.

Sem personalidade,
é aquele que não enxerga o que vê.
Acredita em tudo que ouve e não toma suas próprias conclusões.

Mas um ano que vai se despedindo...
E o que levamos dele foram os momentos, felizes ou não.
Então, que o nosso coração só absorva as boas lembranças, só o que foi bom.
Não se lamente, não guarde o rancor. Pois o tempo passa muito rápido para perdermos tanto tempo.
Que nele só permaneça a gratidão e o amor.

Um dia nunca não é igual ao outro.
Então, vamos aproveitar o dia de hoje,
porque o de amanhã não sabemos
como vai ser...

Não devemos perder o nosso dia
com pequenos aborrecimentos.
Devemos aproveitar os bons momentos
com o que nos faz bem. E deixar que Deus
tome conta do nosso dia
como um pai zeloso. Nos encorajando,
nos protejendo e nos abençoando.
Amém!

Quando o vento
não estiver
a seu favor.
Dê um tempo
e espere um
bom momento.
Não é hora de se arriscar,
e sim, de esperar.
Pra tudo tem seu
tempo.
Até o vento tem sua hora
de parar.

Seja feliz com o que já tem.
Se não for suficiente, peça a Deus o que não tem.
Se for do seu merecimento, ele te dará.
Mas não deseje nada de ninguém.

O verdadeiro amor e a saudade, são dois sentimentos que não tem medida.
Um dia me disseram que eles são do tamanho do céu.
Ah se eu soubesse o tamanho do céu...
eu ainda diria que são bem maiores...

A simplicidade
não deve estar somente nas palavras,
mas, no coração humilde, nos gestos e
principalmente nas atitudes.

Comece o dia com gratidão...
Não deixe que nada e nem ninguém
tire a beleza do seu dia e nem a paz
do seu coração.

Fé...
não vemos, não tocamos e
não ouvimos, mas sentimos.
Temos, e mesmo sem ver,
não podemos perder.

Isso aqui é pra quem ficou quando não tinha nada
Sem palco, sem luz, só rima engasgada
Pra quem ouviu no fone estourado
E viu valor num sonho mal gravado


Não foi hype, foi lealdade
Foi escuro, foi verdade
Se hoje o som bate mais forte no peito
É porque vocês nunca soltaram o respeito.


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