Poemas Nao quero dizer Adeus
Digo hoje um adeus, até logo, até breve,
Para um sentimento que tão pouco se descreve,
Mas quem nunca errou na vida,
Que abra a boca e me deprede.
Eu só espero que algum dia me perdoe,
Perdoe a minha falta de coragem,
E se o nosso "para sempre" durou apenas
Um filme curta-metragem.
SONETO NO CREPÚSCULO
Morre o dia. Aqui no cerrado goiano
Dizemos-nos adeus silenciosamente
À meia luz do entardecer confidente
O sol no horizonte desfalece profano
Em um purpureado lôbrego poente
O céu é degustado pelo breu ufano
Num longo abraço de um cotidiano
Do sol e a terra num valsar ardente
Da vidraça, o crepúsculo soberano
Invade o quarto numa luz pendente
Vindo do luar voluptuoso e fontano
E, como uma orquestração silente
A noite se prostra num olhar arcano
Embalando o dia misteriosamente...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, novembro
Cerrado goiano
ANOITECER (soneto)
Desmaia o dia no árido cerrado
Num adeus de luz e esplendor
É Deus com o seu recompor
Do céu azul ao negro estrelado
E eu, aqui num mero espectador
Sob este tão espetáculo, admirado
Não sei se rio, choro ou fico calado
Inerte... no âmago belo do criador
É um rosário pelo encanto desfiado
Conta a conta, infinito e acolhedor
D'amor, benção, no tempo denodado
Está hora, do ângelus, do cair multicor
Enteando saudades, dor ao enevoado
Vem a noite, para vida por ela transpor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
REFLEXÕES DE UM ADEUS (soneto)
Calado, ouvindo o silêncio ranger
Imerso no pensamento solitário
Gritante no peito o medo a bater
Do adeus, e que no fado é vário
Agora, cá no quarto, a me deter
Angústias do cismar involuntário
Que o temor no vazio quer dizer
E a aflição querendo o contrário
São duas pontas do nosso viver
No paralelo do mesmo itinerário
De ir ou ficar moendo o querer
E neste tonto e rápido breviário
Que é o tempo, me resta varrer
Os espantos, pois imutar é diário
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
Adeus...
Meus pulsos doiam, mas o alivio era maior
Enquanto via a água escorrer e se misturar com meu sangue,
eu sentia cada vez mais que podia continuar ali, me afogando.
Não esperava que alguem vinhesse para me salvar ,
apenas sentia que a solidão apertava a minha e dizia que o tormento logo ia passar.
Eu confiava nela, alias foi minha unica amiga nesses 3 ultimos anos,
foi quando enxerguei minha escuridão,
e derrepente me peguei pedindo perdão a todos aqueles que não destiram de mim,
me desculpem, mas eu ja desisti
Eu não sou fraca, e nem covarde
não me julguem
meu fardo estava pesado
Mas agora tudo acabou, e tudo vai fica bem.
Tudo que vai,tem que voltar…
Tudo tem seu fim…
tudo tem seu adeus…
Devemos aprender isso, as coisas não são para sempre. Tudo tem que acabar um dia, mesmo que a gente dê o nosso melhor para que o fim nunca chegue…”ele” de uma forma ou de outra irá vir… Por isso devemos cuidar, amar e aproveitar até o último suspiro…Para que quando a história acabar, possamos ver que a introdução valeu a pena…
Durante esses suspiros “infinitos”, devemos ver que tudo vai ficar bem…
Temos uma vida cheia de guerras, lutas, discussões, saídas, partidas…Mas mesmo assim insistimos em acreditar que algo melhor irá vir…
Que um novo “porque” irá mudar a nossa vida,nossa rotina e nossa caminhada…
Serão partidas, saídas, despedidas que nos machucaram e que nos fará chorar…Mas isso nos fará bem, e nos dará sabedoria para viver momentos mais difíceis…
Simplesmente continue… continue
Egrégios Silêncios -
Nos egrégios silêncios de um adeus
tantos sentimentos ainda por viver
tantos sonhos que alguém disse serem seus
perdidos num amanhã por conhecer.
Há nos olhos evasivos de um mendigo
qualquer coisa de verdade e de cansado
e às vezes, na vida, somos sem-abrigo
embalando nos braços um passado.
E os egrégios silêncios são os gritos
das gaivotas enganadas pela vida,
que se partem com o vento, como vidros,
em horas de dolorosa despedida.
Talvez haja p'ra lá daqui outro amanhã,
mais inteiro, mais aberto que este mundo,
pois a esperança no silêncio não é vã
só nos resta adormecer lá bem no fundo.
Um triste adeus
passou na minha vida
atravessou o meu ser
como um raio alucinante
cortou meu coração ao meio
e fez de mim uma triste mulher
Adeus, cerrado goiano!
Adeus, cerrado, já é hora de ir
Levo na estória de ti saudade
É tanto causo de felicidade
Tristura, mas é hora de partir
Volto pra minha natal cidade
Sina doida que devo cumprir
De lá vim e para lá vou seguir
Minh’alma está pela metade
Pedaço de mim aqui deixo
Outro comigo vou carregar
Da solidão não mais queixo
Pois tenho enredo pra contar
Na caminhada no teu seixo
Andei, e aprendi a te amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020 - Cerrado goiano
Como um dia pode ser, um último adeus?
Ou apenas a certeza de que nada mais vem à frente
Quando tudo se torna especial?
Um abraço mais apertado, talvez
Quando um sorriso pode se tornar mais que tudo?
E um momento algo eterno?
Quando as lembranças deixam um cheiro de casa
Quão bela são as coisas simples
A magia é o que acontece dentro de nós
Quando estamos a sós, porque sempre estamos
Até uma nova chama se acender
Até algo viver dentro de vc
Sem perceber, eu cai em um encanto
Eu não vejo mais nada, apenas um sorriso
Tudo que consigo ver é quão belo são estes belos verdes
Quem dirá que é a última vez?
Se tudo que temos é uns aos outros
Quem pode destruir a magia?
Se tudo que sabemos é amar
Quão belo é ver além de agora
E imaginar o melhor
Porque é o que somos
Nossas melhores versões
Pois agora reconhecemos nossos erros
Sempre houveram perguntas sem respostas
Mas que agora conseguimos entender
Eu estou voando agora, ao meu lado só vejo vc
E tudo que tem há frente é o que já repetimos agora, mas em versões melhores
Um dia eu sonhei
Um dia eu morri
Um dia eu reneguei
Vc me resgatou
Vc me ensinou
Eu preciso continuar
O caminho está logo ali
Já traçamos muito asfalto
Ainda haverão muitos espinhos
Segura a minha mão, eu sigo com vc
E quando vc quiser chorar?
Eu enxugarei teu rosto
Ainda farei piadas na hora do choro. Pois até chorando, vc é linda, sorrindo? Mais ainda
Quando chegarmos ao fim da estrada, podemos continuar correndo juntos
Podemos tomar um banho de praia talvez
E vc pode os ensinar a nadar, assim como ensinarei vc
Pode contar há eles sobre nosso primeiro beijo, atrapalhado
Pois não importa o que aconteça, nunca sabemos quando é a última vez
Mesmo que eu sofresse tudo outra vez, no final, ainda me apaixonaria por vc, pois vc merece a minha melhor versão.
Para meu Amor.
" Lagrimas sem choro, a dor de uma partida sem despedida,
Assim foi meu adeus com você.
Lembranças do passado, sem presente ao seu lado,
sem planos infundados, sem promessa de nos ver,
Assim foi meu alento sem você.
Dor sem ferida, choros sem lágrima, perdão sem respostas,
Assim foi meu apelo para te ver.
Tristezas alegres lembranças de sonhos não realizados,
Assim ficaram recordações de você".
Adeus velho sol!
Queria um segundo sol,
Me pergunto porque doi no amor,
Este amor que eu vivo,
Morrendo de sua saudade,
Apagar-me de mim, renascer,
Poder me alterar de ti,
Se eu pudesse estar sem ti,
Se pudesse dizer não,
Onde o sim desse amor é um grande não,
É como um chocolate sem sabor,musica sem som,
Quero que os anjos parem de cantar para mim,
Essa canção que faz acreditar em ti,
Desisitir como cancelar um vício da vida,
Parar de beber da esperança que me embriaga,
Já que não aprendo a amar,
Até hoje apenas amo e o amor vive a brincar,
Se sonhar no para sempre é uma besteira,
Uma sórdida e dramática peça da vida,
Se não sai mais da minha mente,
Se nunca vou te beijar eu não vou te amar,
Vou ficar na areia de uma praia qualquer,
Vou permitir qua as ondas levem o amor e saudade,
Olhar adiante para novos mares,
Parte de mim levarás, mas renovarei em mim a vida,
Estragou-me de tal forma que perdi meu eu,
Mas me conserto, sou do sol , sou da lua,
Sou da poesia que com vida se renova,
E a cada sol estarei ali, mas não estarás em meus olhos,
Não mas te verei nas luas de minhas noites,
As estrelas que brilham em meu céu,
A ti não pertencem mais,
E como a poesia não me abandona,
Está na inocência de meu coração,
Tenho ainda muito a escrever,
Tenho ainda muito do amor espalhar,
Haverá sempre um segundo sol,
E esse nasce para todos,
E nasceu para mim hoje.
Adeus!
José Henrique
*Dê adeus ao velho.*
Dê adeus aos velhos hábitos que paralisam, aos atos de mesquinharia, a falta de perdão, ao egoísmo, ao velho jeitinho brasileiro de levar vantagem em tudo, ao modo corrupto de driblar as leis no cotidiano, de roubar lugar na fila ou estacionar na vaga de deficiente (se você não é). Dê adeus ao racismo, ao preconceito social, a mania de enganar as crianças com falsas promessas ou iludir as pessoas com mentiras. Dê adeus a procrastinação, ao vício, ao plágio, a pirataria, a inutilidade.
*Deixe vir o novo.*
Recomece! Deixe vir um novo sorriso. Comece um novo projeto. Comece a sonhar de novo. Pegue o novelo da vida e recomece o ponto. Uma nova conversa. Uma nova tentativa. Um novo telefonema. Uma nova carta. Um novo poema.
ADEUS até ao nosso reencontro [se ELE nos permitir] mi Hermanito Luis Emilio
Que triste eu tão fiquei, por descobrir;
Que tinhas PARTIDO, meu Lindo IRMÃO;
Deste nosso viver, com ténue chão;
Onde todos andamos, pra partir!
Oxalá que O de nós, Bom CRIADOR;
Tua ALMA Boa, Tenha Recolhido;
Num LUGAR, para ELA tão Merecido;
Dado: O Da MESMA, Tão LINDO Sabor.
Pois por cá, nesta rede social;
De TI, só assisti a UM Bom SEMEAR;
Do que em ELA tão TINHAS, com VALOR!...
Que foi, um AMARES todos, por igual;
Que foi, Um DESSA ALMINHA, tanto a nós dar;
Que foi, um a todos nós, DAR TANTO AMOR.
Com o CARINHO, que de mim MERECES, para TI;
eu tenho todas as vidas para ser grato adeus.
eu tenho todas as oportunidades possíveis ,impossíveis,para estar com deus.
eu sei todos os caminhos que mim leve a deus devo seguir solido.
eu tenho todos os motivos hoje para mim elevar a senhor deus .
eu tenho o exemplo da santidade de deus para seguir isso só depende de mim .
eu tenho todas as maravilhas da terra construídas por deus para eu mim deleitar por elas.
eu tenho a fé renovada a cada dia mais sou FINITO HUMANO tenho tendencia a falhas .
Adeus céu azul
Mundo em descomunhão
Eu vou pra essa cidade
Pra perto do tal do ego bom
Adeus, adeus céu azul
Não rasga a pele
Fere o coração
Me dê intimidade
Pra deitar e sonhar no teu chão
Nem sempre conseguimos realizar algo muito anelado...
E temos que dar um adeus às ilusões desejadas...
Não será o fim do mundo, pois sempre haverá uma luz no fim do túnel...
Por vezes temos que dar um adeus a algumas ilusões...
Pode ser triste, mas pode ser o marco
para uma felicidade maior que ainda virá...
ADEUS ÀS ILUSÕES
Marcial Salaverry
Por vezes é triste,
quando um amor não mais existe,
quando se dá um adeus às ilusões,
separando corações,
antes apaixonados,
e que agora vivem separados...
Por vezes é triste,
quando um amor não mais existe...
Pode ser contudo,
que a vida volte com tudo,
um novo amor mais vivo florescerá,
um novo alguém encontrará...
Por vezes é triste,
quando um amor não mais existe...
Mas não representa o fim do caminho,
outro alguém virá para ter seu carinho...
Nem sempre é o fim do mundo,
quando termina um amor profundo...
Por vezes é triste,
quando um amor não mais existe...
São apenas coisas da vida...
Assim é que ela é vivida...
Ora momentos de felicidade,
ora momentos de saudade...
Por vezes é triste,
quando um amor não mais existe,
mas a vida continua,
essa é a verdade nua e crua...
Marcial Salaverry
15/12/2002
Adeus Abruptamente -
Ontem o silêncio que escutava
junto ao teu corpo adormecido,
ecoa hoje, intensamente,
dentro do meu peito ...
É um estalar cansado,
um soar vazio,
um sentir oblíquo ...
Um pensar se resisto
à tua ausência,
cheia de lamento e fuga,
que me põe à beira d'um abismo.
Pobre de mim tão cheio de nadas,
incoerente e cego, além de todas
as vontades ...
Alheio a mim estão todos os sonhos
do mundo, todas as vidas da vida,
todos os olhos das gentes! Adeus!
Adeus abruptamente! ...
O silêncio ensurdeceu,
A luz apagou,
A noite enlutou,
Solidão que chegou;
Parti sem adeus,
Para longe dos meus,
Sofrimento me deu,
Enterrando o meu eu;
Já não lembro de mim,
Chorando sem fim,
Sozinho enfim,
Com saudade de mim;
Esperança virá,
No peito gritar,
Outro amor encontrar,
Em alguém descansar;
Outra vida ganhei,
Por amor eu lutei,
Não foi sorte, eu sei!
Foi Deus! A Deus eu orei...
Fim
Faltam-me palavras para o adeus.
Eu sei... Nunca fui prioridade.
Mas sei o qto te amei.
E a cada vez se distanciando vai,
longe dos sussurros meus, pedindo que fique,
e olhe nos olhos e não se torne em saudade,
esse amor que foi só seu.
Ouça, por favor, os meus ais!
Oh, quanto me ferem os Abrolhos,
quando tenho milhas a caminhar,
chorando. Que fatalidade!
Ou então fechar a cortina para não enxergar a direção...
Se é o caminho do Sempre ou o de volta, regressando.
